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09/09/2009

Configuração do OUTLOOK:

Boa Tarde FLYMigas!!

Segue tutoriais que achei em 3 Sites e tiram todas as dúvidas...

Só adianto que o Outlook não aceita gifs - só se for em HTML, mas nem todos que receberem a mensagem talvez o vejam, devido a talvez escolherem ler em texto simples - quanto à mais de uma assinatura, é só inserir, salvar, quando você inserir outra o OUTLOOK dá um novo número (ou você dá um nome), seleciona qual é padrão e depois faz o passo abaixo da FLYMiga Miisa...

Para a FLYMiga Leozinha digo que tem que escolher quando terminou o email em ir em INSERIR e escolher a Assinatura...

Mas segue os Passos e qualquer dúvida, perguntem novamente:

Para criar uma nova assinatura de e-mail no programa Outlook, siga os passos abaixo descritos:

Configuração Inicial do OUTLOOK:

http://www.baboo.com.br/absolutenm/templates/content.asp?articleid=4805&zoneid=24&resumo=

CONFIGURAÇÂO ASSINATURA

http://roneymedice.wordpress.com/2008/09/29/configurar-assinatura-no-programa-de-e-mail-outlook/

1) Abra o Programa Outlook no computador no perfil (usuário desejado);

2) Na barra de ferramentas que se encontra no canto superior da tela, clique na opção "Ferramentas" e depois em "Opções".

3) Na janela que vai ser aberta após clicar em "opções", clique na aba chamada "Formato de E-mail" e depois no botão "Assinaturas", para criar ou modificar as assinaturas de e-mail.

4) Para criar uma assinatura, clique no botão "Novo".

5) Insira o nome que será conhecido a assinatura e clique em "OK".

6) Agora, digite os dados da assinatura .

7) Após criar a assinatura, selecione a assinatura para ser utilizada em novas mensagens e ao responder/encaminhar mensagens.

8 ) clique no botão "OK" e suas assinatura já está gravada.

CONFIGURAÇÃO ASSINATURA2

http://www.redemeta.com.br/usuario/suporte/oeconf.php

Configurando assinatura: No menu Ferramentas, clique em Opções.

Na guia Assinaturas clique no botão "Nova" e, em seguida, digite texto na caixa "Editar assinatura".

Caso você tenha algum arquivo pré definido, clique em "Arquivo" e, localize-o no seu computador. Ele deve ser de texto ou HTML.

O texto que você digitar será anexado em todas as suas mensagens caso você selecione a caixa de seleção "Adicionar assinaturas a todas as mensagens enviadas".

Para usar assinaturas diferentes para contas diferentes, na área Assinaturas, selecione a assinatura, clique no botão "Avançado" e, em seguida selecione a conta com a qual deseja usar a assinatura.

CONFIGURAÇÃO ASSINATURA3

http://support.microsoft.com/kb/216673/pt-br

O Outlook Express não permite que você personalize as fontes de assinatura e as cores no texto da assinatura que você pode no Microsoft Outlook.

Para personalizar a fonte de assinatura e cor no Outlook Express, execute essas etapas:

Se você usar o Outlook Express 5, use as seguintes etapas:


  1. No menu Ferramentas , clique em Opções e, em seguida, clique na guia assinaturas .
  2. Clique em NOVA para adicionar uma nova marca de assinatura.
  3. Em Editar assinatura , clique em arquivo e clique em Procurar para procurar o arquivo HTML que você criou e, em seguida, clique em Abrir .
  4. Clique na caixa Adicionar assinaturas a todas as mensagens de saída .
    Observação : se você tiver mais de uma assinatura, clique na assinatura HTML e clique em Definir como padrão para tornar a assinatura HTML a assinatura padrão.
  5. Clique em Aplicar e clique em OK .


Inserindo assinaturas com imagem no Outlook Express 6 "Possuo o Windows XP e o Outlook Express 6. Gostaria de criar uma assinatura com nome, telefone e o logotipo da empresa usando uma imagem ao invés de texto. É possível."
Airton Mondadori
http://www1.folha.uol.com.br/folha/colunas/canalaberto/ult3810u44.shtml

A inserção de assinaturas gráficas, composta por uma figura ou arquivo de imagem é possível no Outlook Express 6. Não dá para inserir diretamente uma imagem como assinatura, mas podemos "enganar" o Outlook Express inserindo um pequeno programa HTML que contém a imagem. Como exemplo iremos inserir a imagem mostrada na figura 1. Essa assinatura é uma imagem no formato JPG que contém o logo da folha e o menu nome. Esse arquivo se chama logo-folha1.jpg.









Reprodução

Imagem que será inserida na mensagem


O primeiro passo que o leitor deve executar é criar a imagem que será usada como assinatura. Lembre-se de criar um arquivo bem pequeno, pois ele aumentará o tamanho do e-mail. Coloque a imagem na pasta meus documentos para efeitos deste exemplo, ela pode estar em qualquer local.

Em seguida você deve criar um pequeno arquivo texto, com a extensão .HTM que indique o local da imagem. Esse arquivo é, na verdade um pequeno programa na linguagem HTML, usada para criar web pages. Na próxima figura, usando o bloco de notas do Windows criamos o documento. Nesse exemplo, o arquivo foi gravado com o nome assinatura1.htm









Reprodução

O programa HTML


O leitor deve substituir o caminho completo para o arquivo de imagem na linha que possui o comando " < IMG SCR ". Tome cuidado na digitação. Qualquer descuido com a falta de aspas ou parênteses vai causar um erro na execução desse programa.

Abra o Outlook Expres 6, clique no menu Ferramentas e no item Opções. Na caixa de diálogo que se abre, selecione a Guia Assinaturas. (figura 2)







Reprodução


Clique no botão Nova. Isso habilitará os campos do painel Editar Assinatura. Você pode criar uma assinatura contendo apenas texto, que fica marcada como padrão. Nesse caso basta digitar o texto que desejar no campo de assinatura. Como em nosso caso vamos inserir uma imagem, vamos marcar a opção Arquivo. Ao fazê-lo você tem acesso ao botão Procurar. Clique sobre ele. Na caixa de diálogo Abrir, abra a pasta onde está o arquivo com a extensão HTM. Selecione-o e pressione o botão Abrir.

O caminho do arquivo é colocado no campo Arquivo. Note que essa assinatura foi criada com o nome de Assinatura número 1. Você pode modificar o seu nome clicando no botão renomear.

Para ativar a inserção das assinaturas marque o item "Adicionar Assinaturas a todas as mensagens enviadas" Se você marcar essa caixa, todos as novas mensagens incluirão automaticamente a assinatura. (figura 3)







Reprodução


Se não marcar esta opção, pode incluir manualmente as assinaturas. Para isso, na tela de nova mensagem ou de resposta, clique em Inserir/Assinatura. Se voce quiser, pode ter mais de uma assinatura. Nesse caso O comando Inserir/Assintaura exibe as opções disponíveis.

Agora você deve pressionar o botão Ok para encerrar a configuração da inserção de assinaturas com imagem. Se foi marcada a opção para inserir a assinatura em todas as mensagens, ao clicar no botão Criar e-mail da tela principal do Outlook Express, uma nova mensagem é aberta com a assinatura já aparecendo no corpo da mensagem ( figura 4)







Reprodução





José Antonio Ramalho é escritor, jornalista e fotógrafo. Publicou 105 livros sobre tecnologia, mitologia grega e fotografia, traduzidos para o inglês, espanhol, polonês, indonésio e chinês. Ganhou dois

10/06/2009

Imagens no Yahoo Mail, Grupos Yahoo e BLOGSPOT

FLYMigas!!!

Esse tutorial serve para um POST de BLOG também:

1 - Escreva a mensagem em MODO WEB (ou no Yahoo MAIL, ou no Grupo que quer enviar a Imagem) - ENVIAR


2 - Selecione no lado DIREITO - Editor de Formatação de Texto (BETA)

3 - Escreva a Mensagem completa

4 - Vá ao GOOGLE - coloque a imagem que quer colocar (CLIQUE À Esquerda no alto: IMAGENS)
EX: BOM DIA GIF


Aparecerá as figuras que você quer

4.1. Clique com o BOTÃO Direito do MOUSE e COPIE (assim a imagem será pequena)


Se quer a imagem maior, peça para abrir em nova aba e novamente "Ver Imagem em Tamanho Grande"

Clique com o BOTÃO D do Mouse, copie


Ficará do tamanho que foi criado pelo Site (nesse caso a ORIZA)

http://www.recados.oriza.net/

Esse exemplo serve para qualquer imagem, foto, nomes

5 - A outra forma, mais avançada:

5.1. Clique embaixo da mensagem que está escrevendo "VER CÓDIGO FONTE HTML"

Cole o Código HTML que os Sites de Imagens disponibilizam, eu limpo o "leia mais aqui, etc"

Ex: http://www.recados.oriza.net/gifsbyoriza-bom-dia-4.html

<a href="http://www.recados.oriza.net" title="Gifs by Oriza" target="_blank"> <p style="margin-top: 0; margin-bottom: 0"><b><span ><img src="http://www.recados.oriza.net/gifs-by-oriza-bomdia8.gif

" /> </span></b></p> <p align="left" style="margin-top: 0; margin-bottom: 0">
<span ><a href="
http://www.recados.oriza.net"> <span style="text-decoration: none">
<font size="1"><b>Gifs by Oriza</b> - Lindos gifs, poemas, mensagens, recadinhos, scraps</font></span></a></span></p>
<p align="left" style="margin-top: 0; margin-bottom: 0">
</p>

5.2 - Depois de colocar esse codigo e retirar o "Ver código HTML" aparecerá a mesma imagem acima

5.3 - Sites com Recados para ORKUT e HI5 sempre disponibilizam imagens e mensagens, porém sempre são grandes...

6 - Vamos supor que queiram colocar a mesma mensagem de email em um POST do BLOG, ou o contrário (faço com a Espiadinha)

Vá em "Ver código HTML" - repito, tem que ser no Yahoo, em modo WEB

Selecionar o Código e copiar

Ir ao BLOG, novo post, selecionar o HTML, colar, escrever..

Dá uma verificada na formatação: letra, distância entre-linhas e pronto... é só publicar...

Eu sei que parece dar trabalho, mas depois que pega a prática, fica muito legal as imagens...

FLYBABY

27/05/2009

A tricoteira brincalhona!

Boa Tarde!!

Olá Gentem... é muito bom poder fazer algo que a gente gosta, com tempo e disponibilidade, sem cortes e interrupçõs...

To animada com o Curso de Trico e assim que eu lembrar de carregar as pilas (andam descarregando à toa), posto o casaquinho que sai hoje ou amanhã, a bolsa, o porta controle remoto, o porta-raquete-mata-pernilongos e afins...

Acabei de ver esse jogo no blog Casaterapia e me deu a maior vontade de brincar!
A Aline traduziu e respondi.
Indicarei 5 pessoas para continuarem a brincadeira.
Espero que gostem!

Beijos

5 coisas até R$ 5,00 que não posso viver sem...
1. Um cafezinho
2. Meu copo com rosca da Plasútil
3. Sabonete OX
4. Prendedor de Cabelo estilo "peixe"
5. Meu porta-crachá

5 filmes favoritos...
1. Nove Semanas e Meia de Amor
2. Dirty Dancing
3. Um lugar chamado Notthing Hill
4. Linda Mulher
5. O casamento do meu melhor amigo

5 nomes de bebês que eu amo...
1. Beatriz
2. Ana
3. Julia
4. Roberta
5. Saulo

5 músicas que adoro...
1. Tocando em Frente
2. O Violeiro Toca
3. O Divã
4. Traumas
5. Don´t Cry for me Argentina

5 acontecimentos importantes da minha vida...
1. O dia que eu conheci o Paulo
2. Dia do começo do nosso namoro
3. Quando passei no vestibular
4. Quando casei com o Paulo
5. A morte do meu Avô

5 obcessões...
1. Falar
2. Pão de Queijo
3. Café
4. Amar o Paulo
5. Ser Feliz

5 lugares que quero conhecer...
1. Pantanal
2. Gramado
3. Espanha
4. Las Vegas
5. Hawaii

5 utilidades domésticas ou acessórios de cozinha que não posso viver sem...
1. Computador
2. Transcoder TV à Cabo
3. Sanduicheira Singer
4. Cafeteira Expresso
5. Máquina de lavar roupas

5 fotos inspiradoras...

1. O Carinho e Respeito dos meus Sogros

2. Cristo Cuidando de Nós

3. Meu Anjo Feliz em uma Viagem

4. Animais Abandonados


5. As Criações de Deus

As próximas 5 indicadas para responder essa enquete...
1. Grazi Moreli do BLOG Viagem com G
2. Anna Rivelli do BLOG Dicas da Anna
3. Mônica do BLOG Inventadeira de Moda
4. Luiza do BLOG Luiza Alexandra
5. Lúcia Correia do BLOG Menina Prendada

Espero que gostem, passeio por muitos BLOGs e peguei um assunto de cada um que gosto!!

Beijinhos

08/03/2009

O Dia da Mulher nasceu das mulheres socialistas

Bom dia!!!





O Dia da Mulher nasceu das mulheres socialistas

http://www.piratininga.org.br/memoria/mulheres-vito.html

Por Vito Giannotti, 8 de março de 2004
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Quando começou a ser comemorado o Dia Internacional da Mulher? Quando começou a luta das mulheres por sua libertação? Qual é a influência do movimento socialista na luta das mulheres? E o 8 de Março, como nasceu? A data teve origem a partir do quê? Onde? Estas e outras questões mereceram uma atenção especial em 2003, quando nos jornais e na Internet apareceram repetidamente versões diferentes. Todas, no entanto, esqueceram a palavra-chave, que está na luta da mulher por sua libertação: mulher "socialista".
Em 2003, nas vésperas do 8 de Março, o jornal cearense O Povo publicou um longo artigo de uma professora da Universidade Federal do Ceará (UFCE) que deixou muita gente assustada. O mesmo aconteceu com vários artigos que circularam pela Internet.

Para encarecer a dose, logo após a comemoração do Dia Internacional da Mulher, em 2003, o novo jornal que acabara de sair, Brasil de Fato, no seu número 1, também trazia um artigo da mesma professora da UFCE, Dolores Farias, que reafirmava o que ela havia escrito no jornal O Povo, dias antes.

Houve pessoas que ficaram furiosas com a contestação da origem da data do Dia Internacional da Mulher. Procurando entender o porquê desta confusão.

Na verdade, a questão da origem do 8 de Março já é discutida há uns 40 anos. Em 1996, o Jornal do Brasil trazia um artigo da professora da UFRJ, Naumi Vasconcelos, no qual ela dizia que a tal greve de Nova Iorque, em 1857, quando teriam morrido 129 operárias queimadas vivas, nunca existiu. E ela afirma que a origem desta data é bem outra.

No mesmo ano, em março, Conselho de Classe jornal do SEPE, Sindicato dos Profissionais de Educação da rede pública do Estado do Rio de Janeiro, trazia um artigo da mesma professora Naumi, com o título sugestivo de: Quem tem medo do 8 de Março? Este mesmo texto da Naumi já tinha sido publicado no mensário Em Tempo, pouco antes.

Uma pesquisa de 12 anos

Neste artigo, a autora citava, como fonte fundamental para a discussão, um livro de uma pesquisadora canadense intitulado: O Dia Internacional da Mulher – Os verdadeiros fatos e datas das misteriosas origens do 8 de março, até hoje confusas, maquiadas e esquecidas.

Este livro, da autora canadense Renée Côté, saiu em 1984, mas estranhamente ficou esquecido por várias razões. O livro da Renée é totalmente antiacadêmico, anticonvencional. Mas, mais do que a forma, o que fez o livro cair em esquecimento é o que ela afirma, que incomoda muita gente. Ela prova por a+b, ao longo de 240 páginas, que as certezas criadas nos anos de 1960, 70 e 80 pelos movimentos feministas, a respeito do surgimento do 8 de Março, são pura ficção.

Ela derruba um mito caro às mulheres feministas, que tanto penaram para afirmar esta data. Além disso, o livro acabou caindo no esquecimento porque é mais fácil aceitar versões já consolidadas de histórias, caras às nossas vidas, do que questionar mitos estabelecidos. Assim como, para muitos, é mais fácil aceitar a historinha de Adão e Eva, criados do barro, uns seis mil anos atrás, do que questionar as origens do homem, bem mais complexas, centenas de milhares de anos atrás.

Há um outro fator determinante que fez o livro da autora canadense cair no limbo: ela deixa transparecer, o tempo todo, sua visão favorável à autonomia dos movimentos sociais frente aos partidos e mostra uma prevenção à própria idéia de partido político.

O livro se insere no grande leito de luta autonomista, típica dos movimentos de esquerda dos anos 70. Isto cria uma animosidade com muitos setores da esquerda mais influente, que poderiam divulgar sua obra. Mas, deixando de lado simpatias, ou alergias, vamos entrar no cipoal deste mito.

A explicação da origem do mito da greve de Nova Iorque de 1857, nos EUA, e do esquecimento de outra greve real, concreta e julgada inoportuna pelo Partido e pelo Sindicato, de 1917 na Rússia, vamos ver só no final do artigo. A questão-chave é ver por quê, no mundo bipolar da Guerra Fria dos anos 60 do século passado, os dois blocos em disputa aceitaram a versão de uma greve de mulheres, em 1857, nos EUA, e esqueceram uma outra greve de mulheres, em 1917, na Rússia. Os motivos são mais políticos que psicológicos.

Há vários estudos, cada um acompanhado de uma vasta bibliografia, que vão no mesmo sentido das pesquisas da Renée Côté. Entre eles destacamos os artigos "8 de Março: Conquistas e Controvérsias" de Eva A. Blay, de 1999. Outro estudo é de Liliane Kandel, de 1982, "O Mito das Origens: sobre o Dia Internacional da Mulher". Outro texto muito rico é da Sempreviva Organização Feminista (SOF), de 2000, "8 de Março, Dia Internacional da Mulher: em busca da memória perdida". Vamos apresentar a síntese destas recuperações históricas.

O clima mundial quando nasceu o mito de 1857

Na década de 60 o mundo vivia uma grande convulsão político-ideológica. Somente no começo dos anos 70, o jogo se define e o bloco ocidental americano, isto é, capitalista, leva a melhor sobre o bloco soviético, socialista. A chegada do homem à lua, por parte dos americanos, em 69, definiu o destino da humanidade por várias décadas e, quem sabe, séculos. A URSS, a partir dessa data, entra em rápida decadência e o bloco americano caminha rumo ao império neoliberal mundial.

Esta década foi um vendaval nos costumes e ideologias do mundo. Mexeu com todo o equilíbrio político-cultural do planeta. Os anos 60 começam com a vitória do povo da Argélia contra o colonizador francês que foi o estopim das guerras de libertação no Congo, Senegal, Nigéria, Ghana e em toda a África.

A China vivia sua Revolução Cultural, com o famoso Livro Vermelho de Mao Tse Tung, que influenciava milhões de jovens no mundo inteiro. O Vietnã, após ter derrotado a França em 54, enfrentava e preparava a derrota do maior exército do mundo. Os países ex-coloniais tinham criado o movimento dos Não-alinhados. O mundo árabe, sob a liderança de Nasser, começava a se mexer.

Enquanto isso, a Revolução Cubana, com os barbudos Fidel e Che, era um modelo para os revolucionários da América Latina e do mundo.

No bloco soviético, aumentava a contestação interna com a Primavera de Praga, em 68, na República Tcheca. Enquanto isso, a Igreja Católica vivia as dores do parto do nascimento da Teologia da Libertação, pós-Concílio Vaticano II, que negava o apoio a exploradores, opressores, colonizadores e senhores da guerra, com suas cruzadas, e começava a falar em libertação dos oprimidos.

No mundo ocidental, os costumes tradicionais eram contestados pela entrada em cena do mundo jovem: Beatles, Woodstock, Black Power, movimento hippie e Panteras Negras. Na América Latina, faziam-se guerrilhas contra ditadores representantes do capital local e capachos do imperialismo americano.

As mulheres americanas e européias haviam descoberto a pílula e as dos países do Terceiro Mundo, a metralhadora, nas guerrilhas lado a lado com os homens.

No Ocidente, os estudantes passaram dos livros de Marcuse a Alexandra Kollontai e Wilhem Reich com sua Revolução Sexual e A Função do Orgasmo. As mulheres americanas se manifestavam contra a Guerra do Vietnã e falavam em Women's Lib, libertação das mulheres.

Os estudantes erguiam barricadas em Paris, tomavam as ruas em Praga, Berkley e Rio de Janeiro e falavam de revolução e de amor: revolução social e sexual. E as feministas nas suas manifestações falavam de "mística feminina" e queimavam sutiãs nas praças públicas.

Nesse caldeirão cultural mundial, em Chicago, em 1968 e em Berkley, em 69, se retoma, através de boletins e jornais feministas, a idéia do Dia Internacional da Mulher. Só que se esquece de que no começo do século, quando nasceu o Dia da Mulher, se acrescentava a qualificação de socialista. Este dia tinha caído no esquecimento, enterrado por sucessivas avalanches históricas.

As duas guerras mundiais, a burocratização stalinista da União Soviética e o avanço do capitalismo ocidental na sua versão clássica americana, ou na sua versão socialdemocrata européia, cada vez menos socialista, não tinham interesse em comemorar o 8 de Março.

Nos países comunistas, após a 2ª Guerra Mundial, voltaram as comemorações do 8 de Março. Mas estas eram mais para louvar a política dos seus respectivos governos do que para encaminhar a luta pela total libertação da mulher.

É nesse clima político-ideológico que será retomada a idéia de se comemorar uma data internacional para a luta de libertação das mulheres.

A origem do mito da greve de 1857

O que estamos acostumados a ler nos boletins de convocação do Dia da Mulher é a história de uma greve, que aconteceu em Nova Iorque, em 1857, na qual 129 operárias morreram depois de os patrões terem incendiado a fábrica ocupada.

A primeira menção a essa greve, sem nenhum dos detalhes que serão acrescentados posteriormente, aparece no jornal do Partido Comunista Francês, na véspera do 8 de Março de 1955. Mas onde se dá a fixação da data do 8 de março, devido a esta greve, é numa publicação, que apareceu em Berlim, na então República Democrática Alemã, da Federação Internacional Democrática das Mulheres. O boletim é de 1966.

O artigo fala rapidamente, em três linhas, do incêndio que teria ocorrido em 8 de março de 1857 e depois diz que em 1910, durante a 2ª Conferência da Mulher Socialista, a dirigente do Partido Socialdemocrata Alemão, Clara Zetkin, em lembrança à data da greve das tecelãs americanas, 53 anos antes, teria proposto o 8 de Março como data do Dia Internacional da Mulher.

A confusão feita pelo jornal L ´Humanité não fala das 129 mulheres queimadas. Aonde se começa a falar desta mulheres queimadas é na publicação da Federação das Mulheres Alemã, alguns anos depois. Esta historinha fictícia teve origem, provavelmente, em duas outras greves ocorridas na mesma cidade de Nova Iorque, mas em outra época. A primeira foi uma longa greve real, de costureiras, que durou de 22 de novembro de 1909 a 15 de fevereiro de 1910.

A segunda foi uma outra greve, uma das tantas lutas da classe operária, no começo do século XX, nos EUA. Esta aconteceu na mesma cidade em 1911. Nessa greve, em 29 de março, foi registrada a morte, durante um incêndio, causado pela falta de segurança nas péssimas instalações de uma fábrica têxtil, de 146 pessoas, na maioria mulheres imigrantes judias e italianas.

Esse incêndio foi, evidentemente, descrito pelos jornais socialistas, numerosos nos EUA naqueles anos, como um crime cometido pelos patrões, pelo capitalismo.

Essa fábrica pegando fogo, com dezenas de operárias se jogando do oitavo andar, em chamas, nos dá a pista do nascimento do mito daquela greve de 1857, na qual teriam morrido 129 operárias num incêndio provocado propositadamente pelos patrões.

E como se chegou a criar toda a história de 1857? Por que aquele ano? Por que nos EUA? A explicação, provavelmente, é a combinação de casualidades, sem plano diabólico pré-estabelecido. Assim como nascem todos os mitos.

A canadense Renée Côté pesquisou, durante dez anos, em todos os arquivos da Europa, EUA e Canadá e não encontrou nenhuma traça da greve de 1857. Nem nos jornais da grande imprensa da época, nem em qualquer outra fonte de memórias das lutas operárias.

Ela afirma e reafirma que essa greve nunca existiu. É um mito criado por causa da confusão com as greves de 1910; de 1911, nos EUA; e 1917, na Rússia.

Essa confusão se deu por motivos históricos políticos, ideológicos e psicológicos que ficarão claros no fim do artigo.

Pouco a pouco, o mito dessa greve das 129 operárias queimadas vivas se firmou e apagou da memória histórica das mulheres e dos homens outras datas reais de greves e congressos socialistas que determinaram o Dia das Mulheres, sua data de comemoração e seu caráter político.

Já em 1970, o mito das mulheres queimadas vivas estava firmado. Rapidamente foi feita a síntese de uma greve que nunca existiu, a de 1857, com as outras duas, de costureiras, que ocorreram em 1910 e 1911, em Nova Iorque.

Nesse ano de 1970, com centenas de milhares de mulheres americanas participando de enormes manifestações contra a guerra do Vietnã e com um forte movimento feminista, em Baltimore, EUA, é publicado o boletim Mulheres-Jornal da Libertação. Neste já se reafirmava e se consolidava a versão do mito de 1857.

Mas, na França, essa confusão não foi aceita tranqüilamente por todas e todos. O jornal nº 0, de 8 de março de 1977, História d´Elas, publicado em Paris, alerta para esta mistura de datas e diz que, em longas pesquisas, nada se encontrou sobre a famosa greve de Nova Iorque, em 1857. Mas o alerta não teve eco.

Dolores Farias, no seu artigo no Brasil de Fato, nº 2, nos lembra que, em 1975, a ONU declarou a década de 75 a 85 como a década da mulher e reconheceu o 8 de março como o seu dia. Logo após, em 1977, a Unesco reconhece oficialmente este dia como o Dia da Mulher, em homenagem às 129 operárias queimadas vivas.

No ano de 1978, o prefeito de Nova Iorque, na resolução nº 14, de 24/1, reafirma o 8 de março como Dia Internacional da Mulher, a ser comemorado oficialmente na cidade de Nova Iorque.

Na resolução, cita expressamente a greve das operárias de 1857, por aumento de salário e por 12 horas de trabalho diário, e mistura esta greve fictícia com uma greve real que começou em 20 de novembro de 1909. O mito estava fixado, firmado e consolidado. Agora era só repeti-lo.

Por que a cor lilás?

A partir de 1980, o mundo todo contará esta história acreditando ser verdadeira. Aparecerá até um pano de cor lilás, que as mulheres estariam tecendo antes da greve. Daquela greve que não existiu. A mitologia nasce assim. Cada contador acrescenta um pouquinho. "Quem conta um conto aumenta um ponto", diz nosso ditado.

Por que não vermelho? Porque vermelhas eram as bandeiras das mulheres da Internacional. Vermelhas eram as bandeiras de Clara Zetkin, Rosa Luxemburgo e Alexandra Kollontai, delegadas dos seus partidos, à 1ª Conferência das Mulheres Socialistas, em 1907; e da 2ª, na Dinamarca, em 1910. Nesta última foi decidido que as delegadas, nos seus países, deveriam comemorar o Dia da Mulher Socialista.

A cor lilás na luta das mulheres tem uma origem engraçada. A feminista Sylvia Pankrust nos conta que esta foi adotada pelas sufragistas inglesas, em 1908, junto com outras duas cores, como símbolo de sua luta. Estas lutadoras pelo direito de voto escolheram o lilás, o verde e o branco. O lilás se inspirava na cor da nobreza inglesa, o branco simbolizava a pureza da luta feminina e o verde a esperança da vitória.

Historicamente, vamos reencontrar a cor lilás na retomada do feminismo, nos anos 60. O vermelho estava muito ligado aos Partidos Comunistas do Bloco Soviético que, na verdade, já tinham muito pouco de socialismo, ou de comunismo. Além disso, historicamente, vários destes partidos pouco apoio haviam dado às lutas específicas das mulheres.

A expressão "Libertação da Mulher" não era própria destes partidos. Neles, a luta da mulher era vista quase só com o objetivo de integrá-la à luta de classe. A luta feminista, para muitos comunistas, só atrapalhava a luta geral do proletariado. Tirava forças da luta principal.

Foi nesse clima que, nas décadas de 60 e 70 do século passado, a luta feminista foi retomada, num processo de auto-organização das mulheres. No movimento feminista havia uma forte crítica à prática da maioria dos partidos e sindicatos. Muitos movimentos se organizaram de forma autônoma, lutando para garantir sua independência.

Assim, várias feministas adotadaram a cor lilás, como uma nova síntese entre as cores azul e rosa. O vermelho das bandeiras das mulheres da Internacional foi esquecido. Na década de 70, as mulheres socialistas reafirmavam a origem socialista do 8 de Março, ao mesmo tempo em que várias delas assumiam a cor lilás como cor específica da luta feminista.

A libertação da mulher tem origem na luta socialista

A idéia da libertação da mulher nasceu na terra fértil do movimento socialista mundial, no final do século XIX e começo do século XX.

As raízes desta batalha podem ser encontradas nos escritos de Marx e Engels. A visão da família, da mulher proletária e da burguesa que permeiam A Origem da Família, da Propriedade e do Estado, de Engels, é a base da visão dos socialistas sobre a necessidade da libertação da mulher proletária. A frase de Marx, "A opressão do homem pelo homem iniciou-se com a opressão da mulher pelo homem", demorou para dar seus frutos, mas deu.

Contemporâneos de Marx, Paul Lafargue e Laura Marx foram batalhadores da igualdade e da libertação feminina, em seus vários escritos, sobretudo em seu livro mais conhecido, Direito à Preguiça.

Clara Zetkin, desde 1890, logo após a fundação da Internacional Socialista, começou a falar, escrever e organizar a luta das mulheres visando a integrá-las à luta socialista. Visando a que elas tomassem seu lugar na luta de classes, na revolução socialista que estava próxima.

Fora da 2ª Internacional, a tradição anarquista de uma parte do movimento operário também exigia a igualdade de homens e mulheres. A realidade, naquele começo do movimento da classe trabalhadora ainda era dura: partido e sindicato eram coisas de homem. Mas, mesmo nesse ambiente desfavorável, grandes mulheres passaram a discutir com as maiores lideranças da época e deixaram suas marcas em livros e artigos e na organização das forças revolucionárias.

Foi neste embate de idéias que um dos teóricos da Internacional, August Bebel, em 1885, escreveu seu livro A Mulher e o Socialismo. E é nesse grande rio que deságua o célebre A Nova Mulher e a Moral Sexual, de Alexandra Kollontai, mais de 20 anos depois.

Nesse ambiente de lutas operárias e de discussões teóricas, no campo socialista, é que nasceu a luta pela participação política e, pouco a pouco, pela libertação da mulher.

A partir do começo do século XX, essa batalha das socialistas se cruzou com a do movimento das mulheres independentes, em sua maioria pertencentes às classes média e alta, que estavam em campanha pelo direito de voto. Essas mulheres, nos Estados Unidos e na Inglaterra, ao reivindicar o sufrágio para as mulheres, ficaram conhecidas como as sufragistas e suas relações com as socialistas eram de conflito, devido às visões e a posição de classe diferentes.

As mulheres socialistas criam o Dia da Mulher

Desde 1901, nos EUA, logo após a criação do Partido Socialista, surge a União Socialista das Mulheres, com a finalidade de reivindicar o direito de voto feminino. Entre os anos 1900 e 1908, sempre nos Estados Unidos, nascem vários clubes de mulheres, uns intimamente ligados ao Partido Socialista, outros mais autônomos, anarquistas ou não. Todos exigiam o direito de voto para as mulheres.

Em 1908, a Federação dos Clubes de Mulheres Socialistas de Chicago toma a iniciativa, autônoma, não ligada oficialmente ao Partido Socialista, de chamar para um Dia da Mulher, num teatro da cidade. Era o domingo, 3 de maio. Os debates do dia tinham dois temas de pauta: 1. A educação da classe trabalhadora. 2. A mulher e o Partido Socialista.

Nessa conferência, o palestrante Ben Hanford repetiu uma das idéias-chaves de Engels no seu A Origem da Família da Propriedade e do Estado. Nas palavras do orador, de acordo com Engels, "As mais exploradas são as mães do nosso povo. Elas estão de mãos e pés amarrados pela dependência econômica. São forçadas a vender-se no mercado do casamento, como suas irmãs prostitutas no mercado público."

Mas não foi esse encontro independente, no teatro The Garrick, de Chicago, que foi reconhecido pelo Partido Socialista como começo da comemoração do Dia da Mulher. A iniciativa desse dia tinha nascido fora da estrutura oficial do Partido.

O primeiro dia da Mulher, nacional, assumido pelo Partido, foi no ano seguinte, em Nova Iorque, em 28 de fevereiro de 1909. Em outras cidades do País, como Chicago, o dia foi celebrado em outras datas.

O objetivo desse dia, convocado pelo Comitê Nacional da Mulher do Partido Socialista americano, "era obter o direito de voto e abolir a escravidão sexual." O panfleto de convocação dizia: "A realização da revolução das mulheres é um dos meios mais eficazes para a revolução de toda a sociedade."

Desde o começo do século, nos EUA havia um importante movimento pelo voto feminino, fora da órbita dos socialistas. A maioria das mulheres do Partido consideravam esse movimento como um movimento de mulheres brancas e de classe média.

Dentro do Partido Socialista havia um constante vai-e-vem sobre esse tema. Por seu lado, as mulheres anarquistas não viam nenhum sentido na luta pelo voto, nem das mulheres e nem dos homens. O meio para construir uma nova sociedade, e a igualdade entre homens e mulheres, na visão anarquista, não seria certamente o voto, e sim a ação direta revolucionária. A principal porta-voz desta visão era a revolucionária anarquista Emma Goldman.

O ambiente americano favorecia esta reivindicação do direito de voto. Até o ano de 1909, somente em quatro estados era reconhecido o direito ao voto feminino. A extensão do voto para toda mulher americana só viria em 1920.

Na Europa, o movimento das mulheres socialistas, liderado por Clara Zetkin, também era cheio de zige-zagues.

No começo, dentro da Internacional, se levava uma guerra sistemática contra a luta pelo direito de voto feminino, visto como uma forma de desviar as forças revolucionárias das mulheres e considerado como uma reivindicação burguesa. Era assim que eram tachadas as sufragistas, seja da Europa que da América, pelos socialistas.

Essa visão européia será adotada pelo Partido Socialista americano, em meio a grandes debates e com vozes discordantes. No meio do calor e das contradições desse debate, na 1ª Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, em 1907, em Stuttgart, 58 delegadas de 14 países elaboraram uma proposição que comprometia os vários Partidos Socialistas a entrar na luta pelo voto feminino. A resolução foi elaborada, na véspera, na casa de Clara Zetkin, por ela e duas camaradas, suas hóspedes: Rosa Luxemburgo e a única russa da Conferência, Alexandra Kollontai.

É nesse clima de embates que, em 1910, o Partido Socialista americano organiza, pela segunda vez, o Dia da Mulher no último domingo de fevereiro, em Nova Iorque. O objetivo do dia é declarado sem rodeios no convite: "Arrolar as mulheres no exército dos camaradas da revolução social."

Esta comemoração, de 1910 foi marcada por uma grande participação de operárias. Eram as costureiras da cidade que haviam terminado uma longa greve pelo direito de ter o seu sindicato reconhecido. A greve durou de 22 de novembro de 1909 até 15 de fevereiro de 1910, quase na véspera do Dia da Mulher. Foi uma greve longa, dura, com fortes piquetes reprimidos com violência pela polícia, que prendeu mais de 600 pessoas. Encerrada a greve, as costureiras participaram ativamente da preparação e da realização do Dia da Mulher chamado pelo Partido Socialista.

Dois meses depois, em maio, no congresso do partido, realizado em Chicago, foi deliberado que o partido americano enviaria delegados ao Congresso da Internacional, a ser realizado em agosto, com a tarefa, entre outras, de propor ao plenário que o Dia da Mulher fosse assumido pela Internacional. Esse dia deveria tornar-se o Dia Internacional da Mulher, a ser celebrado pelos socialistas, no último domingo de fevereiro de cada ano.

Em agosto desse ano, antes do Congresso da Internacional, se realizou em Copenhague, na Dinamarca, a 2ª Conferência Internacional das Mulheres Socialistas. Foi então que as delegadas americanas levaram a proposta aprovada no Congresso do seu partido. Assim, aceitando a proposta das delegadas dos Estados Unidos, Clara Zetkin e outras camaradas propõem a realização anual do Dia Internacional da Mulher.

O dia ficou indefinido. Ficou a cargo de cada país escolher a data melhor para comemorar este dia. A resolução aprovada será publicada logo em seguida, no jornal dirigido por Clara, A Igualdade, em 29 de agosto.

"As mulheres socialistas de todas as nações organizarão um Dia das Mulheres específico, cujo primeiro objetivo será promover o direito de voto das mulheres. É preciso discutir esta proposta, ligando-a à questão mais ampla das mulheres, numa perspectiva socialista." A outra proposta, de comemorar o Dia da Mulher junto com a data já clássica da luta operária, o 1º de Maio, defendida por Clara e várias outras delegadas, foi derrotada. O dia da Mulher deveria ser comemorado num dia próprio, específico.

O Dia da Mulher se fixa em 8 de Março

Na Europa, a primeira celebração do Dia Socialista das Mulheres aconteceu em 19 de março de 1911, por decisão da Secretaria da Mulher Socialista, órgão da Internacional. Alexandra Kollontai, que propôs a data, diz que foi para lembrar um levante de mulheres proletárias, na Prússia, em 19 de março de 1848. Nesse dia, escreveu Kollontai, as mulheres conseguiram do rei da Prússia a promessa, depois não cumprida, de obter direito de voto.

Nos EUA, a tradição de realizar o Dia da Mulher no último domingo de fevereiro se repetiu em 1911, 1912 e 1913. Em 1914, será comemorado em 19 de março, seguindo a indicação da Kollontai.

Nos vários países da Europa, após a decisão da 2ª Conferência, onde havia um partido socialista, se começou a comemorar o Dia da Mulher.

Na Suécia, a primeira comemoração foi em 1º de março de 1911. O mesmo aconteceu na Itália.

Na França, o começo do Dia da Mulher foi em 1914, comemorado dia 9 de março, próximo ao Dia da Mulher na Alemanha.

Em 1914, pela primeira vez, na Alemanha, Clara Zetkin e as mulheres socialistas marcam data do Dia da Mulher para 8 de março. Não se explicou o porquê dessa data, pois não precisava. Era um detalhe sem interesse. A data era totalmente indiferente. Tinha que ser qualquer dia. Importante era a realização do dia.

Na Rússia, sob da opressão do czar, o primeiro Dia da Mulher só foi comemorado em 3 de março de 1913.

Em 1914 todas as organizadoras do Dia da Mulher foram presas e com isso não houve comemoração.

Em plena Guerra Mundial, em 1917, na Rússia, as mulheres socialistas realizaram seu Dia da Mulher no dia 23 de fevereiro, pelo calendário russo. No calendário ocidental, a data correspondia ao dia 8 de Março. Era o mesmo dia que, na Alemanha, tinha sido escolhido em 1914. Foi nesse dia que explodiu a greve espontânea das tecelãs e costureiras de Petrogrado.

Nesse dia, um grande número de mulheres operárias, na maioria tecelãs e costureiras, contrariando a decisão do Partido, que achava que aquele não era o momento para qualquer greve, saíram às ruas em manifestação por pão e paz. Declararam-se em greve. Essa manifestação foi o estopim do começo da primeira fase da Revolução Russa, conhecida depois como a Revolução de Fevereiro.

Em outubro o Partido Bolchevique lidera a grande Revolução Russa, nos "dez dias que abalaram o mundo".

Essa greve foi documentada nos escritos de Trotsky e de Alexandra Kollontai, ambos membros do Comitê Central do Partido Operário Socialdemocrata Russo e ambos, depois, proscritos pelo stalinismo vencedor. Kollontai escreve: "O dia das operárias, 8 de Março, foi uma data memorável na história. Nesse dia as mulheres russas levantaram a tocha da revolução."

Mas o texto que melhor nos conta os fatos da greve das operárias da Petrogrado é um longo trecho de Leon Trotsky, no primeiro volume de seu livro História da Revolução Russa. Vale a pena acompanhá-lo:

"O 23 de fevereiro era o Dia Nacional das Mulheres. Programava-se, nos círculos da socialdemocracia, de mostrar o seu significado com os meios tradicionais: reuniões, discursos, boletins. Na véspera, ninguém teria imaginado que este Dia das Mulheres pudesse ter inaugurado a revolução.
Nenhuma organização planejava alguma greve para aquele dia. Ainda por cima, uma das combativas organizações bolcheviques, o Comitê dos Tecelões de Rayon, formado essencialmente por operários, desaconselhava qualquer greve. O estado de espírito da massa, segundo Kaiurov, um dos chefes operários deste setor, era muito tenso e cada greve ameaçava tornar-se um confronto aberto.

O Comitê julgava que o momento de começar hostilidades ainda não tinha chegado e que o Partido ainda não tinha forças suficientes e, ao mesmo tempo, a união entre soldados e operários ainda era insuficiente. Por isso tinha decidido não chamar para greve, mas para se preparar para a ação revolucionária, num futuro ainda não definido.

Esta era a linha de conduta preconizada pelo Comitê, na véspera do dia 23, e parecia que todos a tivessem aceitado. Mas, na manhã seguinte, contra todas as orientações, as operárias têxteis abandonaram o trabalho em várias fábricas e enviaram delegadas aos metalúrgicos para pedir-lhes que apoiassem a greve.

Foi a contra-gosto, escreve Kaiurov, que os bolcheviques, seguidos pelos operários mencheviques e pelossocialistas de esquerda se juntaram à marcha.

Como se tratava de uma greve de massa, era necessário comprometer todo mundo para sair às ruas e estar à frente do movimento. Esta foi a resolução proposta por Kaiurov e o Comitê de Vyborov se sentiu forçado a aprová-la.

Pelos fatos, é então certo que a Revolução de Fevereiro foi iniciada por elementos da base que passaram por cima da oposição das suas organizações revolucionárias, e que a iniciativa foi tomada espontaneamente por um contingente do proletariado explorado e oprimido mais que todos os outros, as operárias têxteis. (...) O empurrão final veio das enormes filas de espera em frente às padarias."


Em 1921, realizou-se, em Moscou, na URSS, a Conferência das Mulheres Comunistas que adota o dia 8 de Março como data unificada do Dia Internacional das Operárias. A partir dessa Conferência, a 3ª Internacional, recém-criada, espalhará a data 8 de Março como data das comemorações da luta das mulheres.

Um dia esquecido e depois reinventado

Na Rússia comunista, após a vitória da Revolução de Outubro, nos primeiros anos do novo regime, o dia 8 de Março era comemorado todo ano, como o Dia Internacional da Mulher Comunista.

O dia, pouco a pouco, perdeu seu interesse e o adjetivo comunista foi caindo à medida que o ímpeto revolucionário da União Soviética começou a se arrefecer.

Nos últimos anos da década de 20 e, sobretudo, nos anos 30, o Dia Internacional da Mulher, seja comunista ou socialista, se perderá na tormenta que se abateu sobre o mundo. A ascensão do nazismo na Alemanha, o triunfo do stalinismo na URSS e o declínio da socialdemocracia na Europa e o vendaval da 2ª Guerra Mundial enterram as manifestações do Dia das Mulheres.

Fora dos países comunistas, no Ocidente, a humanidade só voltará a falar do Dia da Mulher, no final dos anos 60. Nesse lapso de tempo, o marco do 8 de Março, data da greve das operárias de Petrogrado, de 1917, foi esquecido.

A data da vitória das revolucionárias rebeldes russas, que impôs a derrota do absolutismo do Czar e deslanchou a Revolução Russa, não interessava aos comunistas do mundo todo. Estes, quase todos, viviam anestesiados pelos encantos ou pelo terror stalinista.

Retornar a lembrança daquele 8 de Março das operárias revolucionárias de Petrogrado também não interessava à Socialdemocracia, rejuvenescida após a destruição da Segunda Guerra Mundial e em conflito aberto com o comunismo dos países do bloco soviético.

8 de Março: uma data a celebrar

Menos que menos, a data do 8 de Março de 1917, na nascente URSS, interessava o bloco capitalista ocidental, inimigo mortal da Rússia comunista. É neste clima, propício ao esquecimento da verdadeira história do Dia da Mulher, já na década de 1950, nas publicações do Partido Comunista, na França, se começou a falar de uma forte luta das operárias americanas, em 8 de março de 1857. Talvez, a famosíssima greve do 1º de Maio, na Chicago de 1886 e as numerosas greves nas tecelagens americanas estimularam as fantasias e levaram a enfatizar a participação dos Estados Unidos na luta da mulher, o que favoreceu esta confusão de datas. Pouco a pouco se deslocou a data para 1857, em Nova Iorque. E aí, em ondas sucessivas de contadores, se chegou a historinha completa.

No dia 1º de Março de 1964, o jornal da CGT francesa, Antoinette, fala que "foram as americanas que começaram. Era 8 de março de 1857. Para exigir as 10 horas elas ocuparam as ruas de Nova Iorque". É a continuação do que já tinha aparecido no jornal do PCF, nos anos anteriores.

E finalmente, foi assim, sem precisar de uma conspiração organizada por um suposto império do mal, que na Alemanha Oriental, em 1966, a Federação das Mulheres Comunistas noticiou a história do Dia da Mulher, enriquecida com o martírio das 129 queimadas vivas.

Tudo isto foi feito de forma confusa, misturando fatos com fantasias, com cada contador, escrevendo e inventando datas e detalhes.

E foi assim, sem nenhuma deliberação conspiratória, que o mito que acabava de ser criado, em 1966, no Leste Europeu, começou a ser divulgado e foi depois enriquecido fartamente, nos EUA do final dos anos 60 e em todo o mundo ocidental.

Depois disso, era só enriquecer o mito. O que foi feito, até sua cristalização em 1975, com a ONU e logo depois com a Unesco, em 1977.


Uma data muito rica que não precisa de mitos

Derrubar o mito de origem da data 8 de Março não implica desvalorizar o significado histórico que este adquiriu.

Muito ao contrário. Significa retomar a verdade dos fatos que são suficientemente ricos de significado e que carregam toda a luta da mulher no caminho da sua libertação. Significa enriquecer a comemoração desse dia com a retomada de seu sentido original.

Significa voltar às origens do ideal socialista da maioria das mulheres que lutavam por um mundo novo sem exploração e opressão do homem pelo homem e especificamente da mulher pelo homem.

Um dia que quer retomar a comemoração e a luta de um 8 de Março sem medos. Avançar sem medos e sem vergonha pelas derrotas sofridas pelas revoluções perdidas no século XX, rumo à conquista da libertação total das mulheres.

Significa integrar todos os novos e importantíssimos aspectos da luta da libertação da mulher, descobertos com a evolução histórica da humanidade no século XX, com a retomada de suas raízes socialistas.

Integrar à clássica luta libertária, socialista e comunista do começo do século XX, as contribuições de diferentes linhas de pensamento e países, que vão de Wilhem Reich a Simone de Beauvoir, de Herbert Marcuse a Samora Machel, de Betty Friedann a Rose Marie Muraro. Integrar toda a luta do feminismo para construir uma sociedade onde a mulher seja reconhecida como gente.

Integrar estas elaborações teóricas com as lutas e as experiências de vida de milhares de ativistas, militantes e organizadoras da luta das mulheres, no mundo inteiro: das guerrilheiras latino-americanas, às mulheres vietnamitas, das trabalhadoras das fábricas às plantadoras de arroz da Índia, das Mães dos desaparecidos argentinos às lutadoras pela reforma agrária do MST.

Uma longa luta sem medo da felicidade, sem medo do prazer. Sem medo de lutar por uma revolução, que deverá ser social, sexual, e profundamente cultural. Sem medo de levantar as bandeiras vermelhas da luta pela libertação da humanidade. A libertação de homens e mulheres.

Anexo
Datas básicas sobre a origem do 8 de Março

1900-1907
— Movimento das Sufragistas pelo voto feminino nos EUA e Inglaterra.
1907
— Em Stuttgart, é realizada a 1ª Conferência da Internacional Socialista com a presença de Clara Zetkin, Rosa Luxemburgo e Alexandra Kollontai. Uma das principais resoluções: "Todos os partidos socialistas do mundo devem lutar pelo sufrágio feminino."

1908
— Em Chicago (EUA), no dia 3 de maio, é celebrado, pela primeira vez, o Woman´s Day. A convocação é feita pela Federação Autônoma de Mulheres.

1909
— Novamente em Chicago, mas com nova data, último domingo de fevereiro, é realizado o Woman's Day. O Partido Socialista Americano toma a frente.

1910
— A terceira edição do Woman's Day é realizada em Chicago e Nova Iorque, chamada pelo Partido Socialista, no último domingo de fevereiro.

— Em Nova Iorque, é grande a participação de operárias devido a uma greve que paralisava as fábricas de tecido da cidade. Dos trinta mil grevistas, 80% eram mulheres. Essa greve durou três meses e acabou no dia 15/02, véspera do Woman's Day.

— Em maio, o Congresso do Partido Socialista Americano delibera que as delegadas ao Congresso da Internacional, que seria realizado em Copenhague, na Dinamarca, em agosto, defendam que a Internacional assuma o Dia Internacional da Mulher.

"Este deve ser comemorado no mundo inteiro, no último domingo de fevereiro, a exemplo do que já acontecia nos EUA".

— Em agosto, a 2ª Conferência Internacional da Mulher Socialista, realizada dois dias antes do Congresso, delibera que: "As mulheres socialistas de todas as nacionalidades organizarão (...) um dia das mulheres específico, cujo principal objetivo será a promoção do direito a voto para as mulheres". Não é definida uma data específica.

1911
— Durante uma nova greve de tecelãs e tecelões, em Nova Iorque, morrem 134 grevistas, a causa de um incêndio devido a péssimas condições de segurança.

— Na Alemanha, Clara Zetkin lidera as comemorações do Dia da Mulher, em 19 de março. (Alexandra Kollontai diz que foi para comemorar um levante, na Prússia, em 1848, quando o rei prometeu às mulheres o direito de voto).

— Nos Estados Unidos, o Dia da Mulher é comemorado em 26/02 e na Suécia, em 1º de Maio.

1912
— Nos Estados Unidos, o Dia da Mulher é comemorado em 25/02.

1912 e 1913
— Na Alemanha, o Dia da Mulher é comemorado em 19/3.

1913
— Na Rússia é comemorado, pela primeira vez, o Dia da Mulher, em 3/3.

1914
— Pela primeira vez, a Secretaria Internacional da Mulher Socialista, dirigida por Clara Zetkin, indica uma data única para a comemoração do Dia da Mulher: 8 de Março. Não há explicação sobre o porquê da data.

— A orientação foi seguida na Alemanha, Suécia e Dinamarca.

— Nos Estados Unidos, o Dia da Mulher foi comemorado em 19/03

1917
— No dia 8 de Março de 1917 (27 de fevereiro no calendário russo) estoura uma greve das tecelãs de São Petersburgo. Esta greve gera uma grande manifestação e dá início à Revolução Russa.

1918
— Alexandra Kollontai lidera, em 8/3, as comemorações pelo Dia Internacional da Mulher, em Moscou, e consagra o 8/3 em lembrança à greve do ano anterior, em São Petersburgo.

1921
— A Conferência das Mulheres Comunistas aprova, na 3ª Internacional, a comemoração do Dia Internacional Comunista das Mulheres e decreta que, a partir de 1922, será celebrado oficialmente em 8 de Março.

1955
— Dia 5/3, L´Humanité, jornal do PCF, fala pela primeira vez da greve de 1857, em Nova Iorque. Não fala da morte das 129 queimadas vivas.

1966
— A Federação das Mulheres Comunistas da Alemanha Oriental retoma o Dia Internacional das Mulheres e, pela primeira vez, conta a versão das 129 mulheres queimadas vivas.

1969
— Nos Estados Unidos, o movimento feminista ganha força. Em Berkley, é retomada a comemoração do Dia Internacional da Mulher.

1970
— O jornal feminista Jornal da Libertação, em Baltimore, nos EUA consolida a versão do mito de 1857.

1975
— A ONU decreta, 75-85, a Década da Mulher.

1977
— A Unesco encampa a data 8/3 como Dia da Mulher e repete a versão das 129 mulheres queimadas vivas.

1978
— O prefeito de Nova Iorque decreta dia de festa, no município, o dia 8 de Março, em homenagem às 129 mulheres queimadas vivas.

Não poderia deixar essa data passar em branco, mesmo com tanta controvérsia da origem, o texto foi longo, mas vale a pena sabermos da origem dessa data e claro, não deixá-la passar em branco... sendo real ou mito, alguém começou a lutar por nós... as vitórias são muitas, alguns "tiros pela culatra", mas só a vitória do "Obama" lá nos Estados Unidos de tornar o salário semelhante entre homens e mulheres, já é sinal de que a "luta continua", mesmo que as vitórias sejam mais vagarosas e pontuais... vamos manter nossos saltos, batons e feminilidade em alta, pois isso, ninguém nos tira...

"Mulher da vida, minha irmã">Mulher da vida, minha irmã

Cora Coralina href="http://www.arteducacao.pro.br/homenagem/mulher.htm">http://www.arteducacao.pro.br/homenagem/mulher.htm

Mulher da Vida, minha Irmã.
De todos os tempos.
De todos os povos.
De todas as latitudes.
Ela vem do fundo imemorial das idades e
carrega a carga pesada dos mais
torpes sinônimos,
apelidos e apodos:
Mulher da zona,
Mulher da rua,
Mulher perdida,
Mulher à-toa.
Mulher da Vida, minha irmã.
Pisadas, espezinhadas, ameaçadas.
Desprotegidas e exploradas.
Ignoradas da Lei, da Justiça e do Direito.
Necessárias fisiologicamente.
Indestrutíveis.
Sobreviventes.
Possuídas e infamadas sempre por
aqueles que um dia as lançaram na vida.
Marcadas. Contaminadas,
Escorchadas. Discriminadas.
Nenhum direito lhes assiste.
Nenhum estatuto ou norma as protege.
Sobrevivem como erva cativa dos caminhos,
pisadas, maltratadas e renascidas.
Flor sombria, sementeira espinhal
gerada nos viveiros da miséria, da
pobreza e do abandono,
enraizada em todos os quadrantes da Terra.
Um dia, numa cidade longínqua, essa
mulher corria perseguida pelos homens que
a tinham maculado. Aflita, ouvindo o
tropel dos perseguidores e o sibilo das pedras,
ela encontrou-se com a Justiça.
A Justiça estendeu sua destra poderosa e
lançou o repto milenar:
“Aquele que estiver sem pecado
atire a primeira pedra”.
As pedras caíram
e os cobradores deram s costas.
O Justo falou então a palavra de eqüidade:
“Ninguém te condenou, mulher...
nem eu te condeno”.
A Justiça pesou a falta pelo peso
do sacrifício e este excedeu àquela.
Vilipendiada, esmagada.
Possuída e enxovalhada,
ela é a muralha que há milênios detém
as urgências brutais do homem para que
na sociedade possam coexistir a inocência,
a castidade e a virtude.
Na fragilidade de sua carne maculada
esbarra a exigência impiedosa do macho.
Sem cobertura de leis
e sem proteção legal,
ela atravessa a vida ultrajada
e imprescindível, pisoteada, explorada,
nem a sociedade a dispensa
nem lhe reconhece direitos
nem lhe dá proteção.
E quem já alcançou o ideal dessa mulher,
que um homem a tome pela mão,
a levante, e diga: minha companheira.
Mulher da Vida, minha irmã.
No fim dos tempos.
No dia da Grande Justiça
do Grande Juiz.
Serás remida e lavada
de toda condenação.
E o juiz da Grande Justiça
a vestirá de branco em
novo batismo de purificação.
Limpará as máculas de sua vida
humilhada e sacrificada
para que a Família Humana
possa subsistir sempre,
estrutura sólida e indestrurível
da sociedade,
de todos os povos,
de todos os tempos.
Mulher da Vida, minha irmã.
Declarou-lhe Jesus:
“Em verdade vos digo
que publicanos e meretrizes
vos precedem no Reino de Deus”.
Evangelho de São Mateus 21, ver.31.

Poesia dedicada, por Coralina, ao Ano Internacional da Mulher em 1975.

26/11/2008

A trágica consequência das águas!

Olá

Infelizmente está acontecendo com Santa Catarina uma situação muito triste...
No grupo que faço parte têm uma moradora Ana Beatriz que nos relata como andam as coisas e postou algumas fotos do Jornal da Região: http://diarinhonachuva.blogspot.com/, claro que estamos acompanhando pela TV as notícias... mas ler o que uma pessoa que mora perto e sente... é diferente...

"Graças à Deus a minha rua é ladeira, então a água desce e não enche, mas em outras ruas aqui da cidade encheu muito e as pessoas tiveram que deixar suas casas e se abrigar nas escolas, que estão sem aulas. Estava lendo a lista dos mortos, que está repleta de crianças, adolescentes e até uma família inteira (mãe, pai e filho) que foram soterrados"

Por isso - e por outras coisas que posto por aqui... façamos uma corrente de preces para quem se foi, para quem ficou ter força e quem puder ajudar, aqui vai a forma de fazer Doação...


Conta corrente para receber doações
A Defesa Civil Catarinense abriu no final da tarde de hoje , duas contas bancárias para receber doações em dinheiro para ajudar as pessoas atingidas pelos desastres naturais. Os interessados em contribuir podem depositar qualquer quantia nas contas: Banco do Brasil – Agência 3582-3, Conta Corrente 80.000-7; ou Besc – Agência 068-0, Conta Corrente 80.000-0. Todo dinheiro arrecado será utilizado para compra de mantimentos para os desalojados.

Fonte: O Diarinho



03/10/2008

Bom dia!!Hoje estou na Fase “Mulher Blogueira” - lembro quando entrei na vida dos BLOGs , pois sempre fui adepata a escrever diários, anotações, poesias, pensamentos – um monte de riscos e rabiscos e quando começou a “febre dos blogs” com a tal publicação da “festinha da FGV” - aí não deu outra, cheguei eu escrevendo um pouco de mim e de minhas idéias do dia a dia...

Porém minhas memórias estão presas à bur “rocracia” do BLOGGER e por não ter acessado por 3 meses – meu primeiro blog está fadado a “mofar” até sumir do ar.. não consigo atualizar... não consigo ler e me dá uma “depre” grande, saber que ele está lá e não posso “movimentá-lo” - já tentei até contratar a Globo.com para poder reativar – e quem disse que dá?????

O BLOG em questão? www.venusiana_friend.blogger.com.br


Mas lamúrias a parte, visitei os BLOGs indicados à direita, alguns blogs que estão no www.fly_ro_brasileira.zip.net e no www.flyrobrasileira.blogspot.com...

Estou sendo meio “gulosa” em possuir tantos BLOGs, mas é que cada um é mesmo diferente:
Um é a documentação que uso para administrar o Grupo FLYBabies
http://flyrobrasileira.blogspot.com/



Assinar flybabiesnoBrasil




Desenvolvido por br.groups.yahoo.com




O outro foi e é um diário de meus passos no Sistema de Organização:
http://www.fly_ro_brasileira.zip.net

Infelizmente não lembro mais como fazer selinhos, mas assim que reaprender crio um...

Mas para hoje indico um BLOG super 10 que encontrei na NET – sei que para muitos parecerá coisa de “sonhadora”, mas quem não sonha em ser Princesa por um Dia??
A auto-estima faz parte das dicas que leio e releio e dou força para quem necessita e a mim mesma...


http://www.projetocinderela.blogspot.com/
O Projeto Cinderela é uma iniciativa do Rotary Club de Capivari de Baixo e da Casa da Amizade, com a intenção de proporcionar a 10 meninas do município a realização de sonhos.Em comemoração ao aniversário de 15 anos do Rotary Club de Capivari de Baixo, que tem por lema deste ano "Realizemos os sonhos", surgiu a idéia de realizar um Baile de Debutantes para meninas de famílias cuja renda não contempla a possibilidade de materialização deste sonho.Mas o Projeto Cinderela não se resume a um Baile de Debutantes.A essência do projeto é trabalhar a auto-estima destas meninas, valorizando-as e mostrando-lhes novas possibilidades de crescimento individual.
Maite Lemos



Esse Site eu indico e gostaria que outras pessoas resolvessem ajudar em algo que está em seu alcance...
Beijinhos

Online

Agatha Christie na Amazon