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28/04/2015

DL 2015 - Chapeuzinho Amarelo

Eu li: "Chapeuzinho Amarelo"
Boa Tarde!!

Desafio Especial: Literatura Nacional
Reading Challenge 41 - Um Autor que nunca leu antes

Quando começa o ano, parece que as escolhas, programações, e tudo mais será simples...

Quero fazer parte dos desafios literários, pois para quem gosta de ler, 52 livros em um ano não parece muito, até você TER que ler - pelo menos 12 - o CAOS se instala e pronto - só correria...

Achei que seria mais fácil cumprir, mas não vou desistir da minha meta e vou, devagar, mas chegarei ao fim de ano e vencerei os desafios....

Desde o começo do ano procuro primeiro um livro nacional para encaixar nos temas, ou mesmo um clássico...

Para esse desafio achei que já era hora de fazer duas escolhas - conhecer o Escritor Chico Buarque e matar a curiosidade que sempre tive de ler "Chapeuzinho Amarelo" - muito infantil???

Sei lá... eu achei um doce!!!!

Para aqueles que gostam do Compositor - segue um resumo da vida desse grande personagem Brasileiro - Chico Buarque de Holanda:

Vida e Obra do Autor
http://www.uems.br/seminarioemeducacao/anais/07.Moysa.pdf

Francisco Buarque de Holanda, filho do renomado historiador Sérgio Buarque de Holanda e de Maria Amélia Cesário Alvim, nasceu no Rio de Janeiro, em 19 de junho de 1944.
Desde criança, Chico sentia-se atraído pela música. Aos quinze anos, estreia num show de estudantes com a música de sua autoria Marcha para um dia de sol.
De ouvidos atentos, Chico deixou-se levar pela voz e a bossa nova de João Gilberto na composição de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, situação que influenciaria os rumos de sua vida artística.
Chegou à vida universitária no início da década de 1960, auge do movimento popular e estudantil que precedeu o golpe militar de 1964. Em 1965, reunindo poesia ao futebol, feijoada à música, a solidariedade ao bom humor, Chico escreve os sessenta versos de Pedro Pedreiro e, também no mesmo ano, é convidado por Roberto Freire a musicar Morte e vida severina, de João Cabral de Mello Neto.
Apesar de o Brasil já estar sob as botas da ditadura, a televisão era ainda incipiente e a juventude da época respirava música, teatro, literatura e cinema brasileiros. Em 1966, A banda ganha o II Festival de Música Popular Brasileira da TV Record. No mesmo ano, Chico grava seu primeiro LP e se torna uma celebridade nacional e internacional.
Aos poucos, o regime endurecia e forçava aqueles que participavam do mundo da produção cultural, catalisadores do pensamento nacional, a tomar posições. Em 1967, as ruas brasileiras começaram a sentir o estremecimento provocado pelos tanques e pelas botinas dos militares no poder. No ano de 1968, Chico Buarque escreve a peça teatral Roda viva, que desafiou a repressão que o país sofria e obteve plausível sucesso no meio cultural paulista. Quando o Ato Institucional nº 5, de 13 de dezembro de 1968, “explodiu”, a vida de Chico tornou-se conturbada, sendo, inclusive, no dia 18 do mesmo mês, acordado com os militares já forçando a porta de seu apartamento. Assim, reprimido, no dia 03 de janeiro de 1969, ele e sua então esposa, Marieta Severo, embarcaram para Cannes, na França. Exilados, a primeira filha do casal, Silvia, acabou nascendo na Itália, em 28 de março de 1969.
Mesmo estando a ditadura sob o poder do general mais linha dura, Emílio Garrastazu Médici, que num discurso político do “pão e circo” fomentava o slogan “Brasil: ame-o ou deixe-o”, Chico e a família retornam, no início de 1970, ao Brasil.  Em 1971, lançou Construção, dando tons concretos à realidade dura dos brasileiros das classes mais populares, flagrando a impossibilidade de ação diante das grandes estruturas de poder que se formavam no começo dos anos 1970. Chico mostrou os tons obscuros da política militar do “pão e circo”, que buscava a alienação das massas, sob o manto do patriotismo exacerbado.
Tendo se transformado num símbolo de luta contra a ditadura, Chico, com o intuito de escapar da censura, criou o pseudônimo Julinho da Adelaide. Julinho compôs três músicas: Acorda amor, Jorge Maravilha e Milagre brasileiro.
Em 1974, escreveu sua primeira obra literária, Fazenda modelo, baseado no livro A revolução dos bichos, de George Orwell, e, em 1977, lança seu primeiro disco para crianças, intitulado Saltimbancos, baseado no conto Os músicos de Bremen, dos Irmãos Grimm. No fim da década de 1970, a crise do petróleo fez cair por terra as ilusões do milagre brasileiro sustentadas pelo governo militar. Assim, a ditadura perdia a única justificativa possível: o crescimento econômico. Os generais preparavam sua saída e anunciavam a anistia aos exilados.
Foi nesse processo inicial de redemocratização que Chico Buarque estreia na área da literatura infantil e lança, em 1979, o livro Chapeuzinho amarelo.

Pessoal - me sinto muito intimidada com essa de fazer resenhas - prefiro indicar - quando não me sinto inspirada - outros Blogs, pois vamos combinar, temos muitos Blogueiros com muito talento, vamos prestigia-los:

Resenha de Chapeuzinho Amarelo — Chico Buarque de Holanda

Chapeuzinho Amarelo, de Chico Buarque de Holanda , conta a história de uma menina com medo do medo — uma menina amarela de medo — que transforma a fantasia dos contos em sua própria realidade, chegando ao ponto de não brincar, não se divertir, não comer, nem mesmo dormir.


Enfrentando o desconhecido “O Lobo”, ela supera medos, inseguranças e descobre a alegria de viver. Com sensibilidade, Chico Buarque constrói um texto no qual aparece com transparência o valor mágico que o autor atribui à palavra e não só trata com maestria nossos medos, como também, ensina as crianças a superar suas fobias.


...Chapeuzinho Amarelo,
de tanto pensar no lobo,
de tanto sonhar com lobo,
de tanto esperar o lobo,
um dia topou com ele
que era assim:
carão de lobo,
olhão de lobo,
jeitão de lobo
e principalmente um bocão
tão grande que era capaz
de comer duas avós,
um caçador,
rei, princesa,
sete panelas de arroz
e um chapéu
de sobremesa ....


Considerado um clássico da literatura infantil brasileira, Chapeuzinho Amarelo de Chico Buarque de Holanda, foi editado pela primeira vez em 1979 e, foi relançado em 1997 pela Editora José Olympio com ilustrações do chargista e caricaturista Ziraldo. A obra foi condecorada com o selo Altamente Recomendável para Crianças da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), em 1979, e ganhou o Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro (CBL), em 1998.

A expressão “Era a Chapeuzinho Amarelo” assinala o começo do novo conto e faz alusão direta à fórmula “Era uma vez”. Existe, no entanto, uma diferença: a abertura do texto não está direcionada para um acontecimento que talvez tenha acontecido “uma certa vez”, mas descreve a atitude de uma menina que transforma a fantasia dos contos em sua própria realidade.

O leitor ao ler o título “Chapeuzinho Amarelo”, imediatamente dirá: “Eu já li esse livro!”... “mas o chapeuzinho era vermelho!”, “será que também tem lobo nessa história e vai comer a chapeuzinho?”, porém ao virar a página percebe que é diferente do conto original, já que a menina do Chapeuzinho Amarelo, apresenta uma heroína que com características culturais de um novo tempo enfrenta os conflitos presentes na criança moderna que, muitas vezes, se deixa dominar pelo medo e esse medo de tudo a impede de viver enquanto criança, isolando-a do mundo, dos prazeres da infância e da alegria de viver.

Nessa nova versão de Chapeuzinho, texto e imagens afirmam que Chapeuzinho Amarelo tinha muito medo de encontrar um lobo fantasioso, que tal como o velho lobo, este novo lobo também era capaz de não só comer a vovozinha, mas também um caçador, rei, princesa, sete panelas de arroz e um chapéu de sobremesa e, este medo é muito bem ilustrado por Ziraldo que utiliza uma figura-fundo onde a sombra projetada pelas pernas de Chapeuzinho sugere formar a boca do lobo pronto para devorá-la e, essa “boca”, representa o medo que a menina possuía de um lobo não-existente que só aparece como uma sombra recortada na claridade.

Sem receber ajuda de nenhuma “entidade mágica”, Chapeuzinho tem que enfrentar “ O medo do medo do medo de um dia encontrar um LOBO...Um LOBO que não existia” e este confronto torna-se decisivo para o desenlace da história, pois neste momento ocorre o conflito entre o personagem e a possível solução do mesmo e, é esta mudança de atitude que rompe a opressão, o controle e faz com que se liberte do conformismo e da passividade da antiga menina — Chapeuzinho Vermelho.

Neste confronto, a ilustração que acompanha a menina e o lobo mostra os dois frente a frente com as mãos abaixadas, como se estivessem prontos para uma luta — a defesa de seu espaço — e a menina percebe que o lobo já não lhe causa nenhum medo e, na ilustração seguinte, apresenta uma Chapeuzinho já sem medo do lobo, com o corpo projetado para a frente e encarando o lobo e, a partir deste encontro, Chapeuzinho que se fechava para o mundo, presa à sua imaginação, começa a enxergar o lobo como um animal qualquer, provavelmente incapaz de devorar pessoas, portanto, já não o vê mais como um animal traiçoeiro e cruel capaz de engoli-la sem mastigar.

O Lobo, por sua vez, ao compreender que a menina não tinha mais medo e, portanto, não reage conforme suas expectativas, sente-se desmoralizado e isto é ressaltado na ilustração quando o lobo perde sua identidade pavorosa e ganha a imagem de um verdadeiro palhaço.

Na tentativa de recuperar seu papel de vilão dominador, grita seu nome várias vezes e ao ouvir seus gritos Chapeuzinho Amarelo não demonstra medo, como nas versões consagradas do conto e, mais uma vez, o narrador afirma que a menina conhece as antigas histórias em que o lobo aparece como sendo mau, insaciável, destruidor. Para afirmar isso, usa a palavra "enjoada", o qual subentende-se que a menina está saturada desse animal faminto que aparece em tantas histórias que ouviu ou leu e, como tal, despreza suas garras e presas às quais considera inofensivas e, portanto, a Chapeuzinho Amarelo, neste momento, revela uma nova imagem: corajosa, forte, dominadora e ousada.

A superação do medo é também percebida através da decomposição em sílabas da palavra "lobo" e da inversão destas sílabas e, o próprio lobo, através do grito e da repetição do seu nome “....lo-bo-lo-bo-lo-bo-lo-bo-lo...” , na tentativa de recuperar sua imagem amedrontadora, colabora para sua transformação da palavra “lobo” em "bolo"!

Nesse momento “O LOBO” vira “um lobo”, ou melhor dizendo “um lobo bolo” todo decorado pela imaginação da Chapeuzinho, que podia degustá-lo, mas preferiu não comer aquele “bolo de lobo”, porque sempre preferiu o de chocolate...

Um outro fator interessante e importante na história é a transformação da figura do lobo através da própria palavra"LOBO", que, inicialmente, aparece em letras maiúsculas até quando a menina o confronta e, a partir do momento que ela perde o medo, a grafia passa a ser minúscula: "lobo", portanto, menos perigoso do que “LOBO”.

A partir desse momento, o autor não mais se refere à menina como Chapeuzinho Amarelo, uma vez que a palavra "Amarelo" significa o medo que ela sente do lobo e quando esse medo desaparece, ela escapa, com talento e coragem, da prisão nominal de Chapeuzinho Amarelo — Agora ela é a "Chapeuzinho" ou "a menina", que passa a ser simplesmente menina e, como tal, passa a se divertir com outras crianças e, aparece então, brincando de amarelinha com as bochechas vermelhas — sinal evidente de que o medo passou — já não é mais amarela — e na última página, o chapéu aparece como se fosse jogado para o ar...

A essa altura descobrimos uma menina que pela sua coragem, capacidade e sagacidade aprendeu como transformar o velho em novo, portanto, apta para fazer suas próprias escolhas. Utilizando-se de trocadilhos e deslocamentos, entre palavra-som-imagem, a menina, recria outros companheiros dos quais qualquer “menina”poderia ter medo: dragão, coruja, tubarão, bicho-papão e outros monstros e, ao mesmo tempo, apresenta “comportamentos”muitas vezes não esperados para meninas: como entrar no mato, trepar em árvores e roubar frutas..


Mesmo quando está sozinha,
Inventa uma brincadeira.
E transforma em companheiro
cada medo que ela tinha:
o raio virou orrái,
barata é tabará,
a bruxa virou xabru
e o diabo é bodiá.


O medo que fazia tremer Chapeuzinho Amarelo e a impedia de manifestar suas vontades e desejos de criança, desapareceram e, amadurecida, mostra possuir discernimento suficiente para ingressar no mundo dos adultos, portanto, responsável por seus próprios atos.

Pode-se dizer que a paródia de Chico Buarque — ao contrário do conto tradicional Chapeuzinho Vermelho,no qual o Lobo ocupa a posição de dominador com características de maldade e agressividade e a Chapeuzinho representa posição de dominada, com suas características de ingenuidade e impotência — descreve a atitude de uma menina que transforma a fantasia dos contos de fadas em sua própria realidade, porém, ao confrontar seus medos transforma-se numa menina forte e dominadora e, o Lobo, fraco e dominado.

Vale ressaltar que o jogo visual utilizado para ilustrar o medo da menina,neste livro, imediatamente, nos remete às brincadeiras em que as crianças produzem imagens a partir da sombra de suas mãos.

Chico Buarque aborda com mestria, a eficácia simbólica da poesia — a vitória sobre o medo, por meio do poder da palavra — na questão do desenvolvimento infantil, os percalços da criança para crescer, e sobretudo da questão primordial do enfrentamento do “medo” , não só do medo infantil, mas também, medo da criança que habita em cada um de nós e que muitas vezes nos impede de viver.

Mostra ainda que para a criança e também para alguns de nós, os grandinhos, a realidade é contraditória, ambígua, e que para viver precisamos aprender a viver de uma forma mais real possível e não numa realidade que muitas vezes é deformada por nós mesmos, nos privando de fazermos as coisas corriqueiras por medo ao desconhecido que pode nos trazer “alguns riscos inevitáveis”, porém, quando o enfrentamento se impõe, o objeto desse medo surge nas suas reais dimensões e o medo desaparece e, portanto, crescemos e aprendemos a viver.


Chapeuzinho Amarelo — Chico Buarque de Holanda

Era a Chapeuzinho Amarelo.
Amarelada de medo.
Tinha medo de tudo, aquela Chapeuzinho.
Já não ria.
Em festa, não aparecia.
Não subia escada, nem descia.
Não estava resfriada, mas tossia.
Ouvia conto de fada, e estremecia.
Não brincava mais de nada, nem de amarelinha

Tinha medo de trovão. 
Minhoca, pra ela, era cobra.
E nunca apanhava sol, porque tinha medo da sombra.
Não ia pra fora pra não se sujar.
Não tomava sopa pra não ensopar.
Não tomava banho pra não descolar.
Não falava 
nada pra não engasgar.
Não ficava em pé com medo de cair.
Então vivia parada, deitada, mas sem dormir, com medo de pesadelo.
Era a Chapeuzinho Amarelo…


E de todos os medos que tinha
O medo mais que medonho era o medo do tal do
 LOBO. Um LOBO que nunca se via,
que morava lá pra longe,
do outro lado da montanha,
num buraco da Alemanha,
cheio de teia de aranha,
numa terra tão estranha,
que vai ver que o tal do LOBO
nem existia.

Mesmo assim a Chapeuzinho 
tinha cada vez mais medo do medo do medo
do medo de um dia encontrar um LOBO. 

Um LOBO que não existia.

E Chapeuzinho amarelo,
de tanto pensar no LOBO,
de tanto sonhar com o LOBO,
de tanto esperar o LOBO,
um dia topou com ele
que era assim:
carão de LOBO,

olhão de LOBO,
jeitão de LOBO,
e principalmente um bocão
tão grande que era capaz de comer duas avós,
um caçador, rei, princesa, sete panelas de arroz…
e um chapéu de sobremesa. 



Finalizando…
Mas o engraçado é que
assim que encontrou o LOBO,
a Chapeuzinho Amarelo
foi perdendo aquele medo:
o medo do medo do medo do medo que tinha do LOBO.

Foi ficando só com um pouco de medo daquele lobo.
Depois acabou o medo e ela ficou só com o lobo.
O lobo ficou chateado de ver aquela menina
olhando pra cara dele,

só que sem o medo dele.
Ficou mesmo envergonhado, triste, murcho e branco-azedo,
porque um lobo, tirado o medo, é um arremedo de lobo. É feito um lobo sem pelo.
Um lobo pelado.


O lobo ficou chateado.
Ele gritou: sou um LOBO!
Mas a Chapeuzinho, nada. 

E ele gritou: EU SOU UM LOBO!!!
E a Chapeuzinho deu risada.
E ele berrou: EU SOU UM LOBO!!!!!!!!!!
Chapeuzinho, já meio enjoada,
com vontade de brincar de outra coisa.
Ele então gritou bem forte aquele seu nome de LOBO
umas vinte e cinco vezes,
que era pro medo ir voltando e a menininha saber
com quem não estava falando:
LO BO LO BO LO BO LO BO LO BO LO BO LO BO LO BO LO BO LO BO LO


Aí, Chapeuzinho encheu e disse:
"Pára assim! Agora! Já! Do jeito que você tá!" 

E o lobo parado assim, do jeito que o lobo estava, já não era mais um LO-BO.
Era um BO-LO.
Um bolo de lobo fofo, tremendo que nem pudim, com medo de Chapeuzim.
Com medo de ser comido, com vela e tudo, inteirim.
Chapeuzinho não comeu aquele bolo de lobo,
porque sempre preferiu de chocolate.



Aliás, ela agora come de tudo, menos sola de sapato.
Não tem mais medo de chuva, nem foge de carrapato.
Cai, levanta, se machuca, vai à praia, entra no mato,
Trepa em árvore, rouba fruta, depois joga amarelinha,
com o primo da vizinha, com a filha do jornaleiro,
com a sobrinha da madrinha
e o neto do sapateiro.


Mesmo quando está sozinha, inventa uma brincadeira.
E transforma em companheiro cada medo que ela tinha:
O raio virou orrái;
barata é tabará; a bruxa virou xabru; e o diabo é bodiá.
FIM




Ah, outros companheiros da Chapeuzinho Amarelo:
o Gãodra, a Jacoru,
o Barãotu, o Pão Bichôpa…
e todos os tronsmons).




Chapeuzinho Amarelo
Autor:
 Chico Buarque de Holanda
Ilustrador: Ziraldo
Assunto: Infanto-Juvenil — Literatura Infantil
Editora: José Olympio
Preço: De R$ 10,90 até R$ 22,00
Blog Livros Pra Ler e Reler

17/04/2013

Botão do Pânico contra a violência doméstica

Bom dia!!

Esse é daqueles POSTS que devo compartilhar, afinal, não esqueço de Eloá e tantas outras Mulheres que ainda são vítimas de Violência Doméstica...

A Lei Maria da Penha existe, mas a imunidade é berrante em tantas situações, graças a Deus, casos como Eliza Samudio e Márcia Nakachima, já encontraram o caminho da Justiça (mesmo que tenha sido por conta da publicidade), mas muito falta para que a Mulher se sinta segura e protegida - Deus nos Ajude!!!

16/04/2013 – 16h30 | última atualização em 16/04/2013 – 16h47

TJ-ES lança botão do pânico contra a violência doméstica


http://www.oabrj.org.br/noticia/79445-TJ-ES-lanca-botao-do-panico-contra-a-violencia-domestica

Fonte: site do CNJ

O Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo (TJ-ES) lançou, nesta segunda-feira, dia 15, uma ferramenta que poderá fazer a diferença na proteção das mulheres vítimas de violência: o Dispositivo de Segurança Preventiva (DSP), batizado de botão do pânico. O juiz auxiliar do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) Álvaro Kalix participou do evento de lançamento, na sede do TJ-ES, e destacou a importância do instrumento, que, uma vez pressionado, envia um chamado diretamente para a central da Guarda Municipal.
Na cerimônia, cinco mulheres beneficiadas por medidas protetivas receberam o dispositivo. Outras 100 deverão recebê-lo até o fim deste mês. Para atender à demanda que poderá ser gerada pelo botão do pânico, a Guarda Municipal informou que disponibilizou quatro viaturas para atender exclusivamente às vítimas de violência doméstica e familiar. "O botão poderá possibilitar mais eficácia às medidas protetivas. Uma vez acionado, imediatamente a Guarda Municipal será informada e poderá agir de forma a garantir a prevenção", avaliou o juiz auxiliar do CNJ.

Botão do pânico é um dispositivo eletrônico, constituído por GPS e mecanismo para a gravação de áudio
Kalix explicou que o botão do pânico é um dispositivo eletrônico, constituído por GPS e mecanismo para a gravação de áudio. "O que poderá também auxiliar na produção de provas para o processo criminal ou de medidas protetivas de urgência", explicou. Porém, o mais importante é que a mulher esteja realmente segura e que o socorro venha antes que um mal maior aconteça, disse o magistrado. "Daí a necessidade de que o projeto funcione como verdadeiro sistema em que cada um dos envolvidos cumpra bem o seu mister, a fim de que a mulher esteja efetivamente protegida de seu agressor", destacou.
O Espírito Santo é o estado com maior índice de violência contra a mulher, segundo o Mapa da Violência – estudo produzido pela Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM). De acordo com a pesquisa, essa unidade da federação lidera o ranking nacional de homicídios femininos, com a taxa de 9,4 assassinatos para cada 100 mil mulheres. Segundo o estudo, de 1980 a 2010 aproximadamente 91 mil mulheres foram assassinadas no Brasil, sendo 43,5 apenas na última década.
Kalix, que também é presidente do Fórum Nacional de Juízes de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (Fonavid), participou da solenidade no TJ-ES em representação ao presidente da Comissão Permanente de Acesso à Justiça e Cidadania do CNJ, conselheiro Ney Freitas. Esse é órgão do Conselho responsável pela execução das ações relacionadas à efetividade da Lei Maria da Penha.

20/07/2011

Feliz dia da Amizade!!!!



Li e adorei!!!

 

Há quem diga que mulheres quando são amigas...

porque concordam sempre uma com a outra e não se desgrudam.

A vida nos apresenta milhares de pessoas.
E cada uma delas vem cumprir um papel conosco.
Todas elas ficam na nossa memória, nos nossos hábitos, nas nossas fotos, nos nossos guardados... E no meio de tudo que se sente de dor, ou de prazer.

Eu tenho saudade de todas as amigas que já tive na vida.

Tem as amigas da família, as primas, irmãs e tias, que sempre estão indo e vindo da sua vida, provando que o tempo passa, mas certas coisas nunca mudam.

Aquela amiga desbocada que só fala palavrão e se mete em encrenca, mas faz você rir muito.
Tem aquela com quem você anda de braços dados pra todo canto.
Aquela pra quem você contou sobre o primeiro garoto que você gostou.
Aquela que te dá toques sobre roupas, pessoas, corte de cabelo e comportamento.
Tem aquela outra que é chorona, aquela que critica você a cada cinco minutos, aquela nerd e cdf que sabe de tudo e aquela melosa, que gosta de abraçar e mandar recadinhos de amor.
E aquela com quem você dividiu a cama naquela viagem que foi o maior programa de índio da sua vida.
Aquela pra quem você conta absolutamente tudo, e sente que foi entendida, e sai aliviada.
Aquela que te dá broncas e manda você parar de roer as unhas.
Aquela que não tem vergonha de dizer que te ama.
Aquela que apresenta os melhores caras.
Aquela que passa com você o momento mais difícil da sua vida.
Aquela que liga todo dia.
Aquela intelectual, que te ensina milhares de coisas.
Aquela que abraçou em silêncio e sentiu você chorar, e aquela que virou as costas quando você mais precisou.

Aquela que faz tudo que você pede e aquela egoísta.
Aquela que ouve quando você está apaixonada e passa horas falando do mesmo assunto.

E aquela que entende quando você a deixou pra ficar com seu namorado.
E aquela outra que exige a sua atenção.
Aquela que só liga no dia do seu aniversário, e que mesmo assim você adora.
Aquela que te indica ginecologista.
Aquela que era a mais chegada, mas sumiu e você nunca mais soube.
E aquela que é uma irmã pra você.

Tem quem não possui tantas amigas assim, mas tem aquela que vale por todas.
E tem também a melhor amiga.
Aquela que é simplesmente aquela.

Claro, os homens também sabem ser bons amigos.
Também deixam ótimas lembranças.

Mas nada é igual à amizade entre duas mulheres.

Um grande beijo para as amigas que vierem a ler isso, para as que não vão ler, para aquelas que estão perto e longe de mim, para aquelas que eu lembro a todo minuto e para aquelas que eu esqueci.

Digo sem piscar que a amizade
vale a pena e quem me ensinou isso foi você!!!!

22/11/2010

Menstrual CUP - solução ecológicamente correta

Boa Tarde / Abril de 2009
No Grupo a FLYMiga S. nos contemplou com uma novidade (para mim pelo menos) e achei super interessante e espero uma hora conseguir ter coragem e fazer a compra... o receio só existe, pelo produto só ter ainda nos EUA e Europa, mas a esperança é a última que morre, quem sabe algum "Cristão" resolva ter lucro em cima das mulheres que buscam um pouco mais de tranquilidade no ciclo Menstrual...
Sempre será assim, se aumentar a procura o produto deixa de ser elitizado e tem que dimunuir o preço...
Gostei tanto da dica que fui atrás de um fornecedor e infelizmente não temos por aqui...
Mas segue a foto e o assunto, para que como eu (antigamente) não tinha acesso à NET e ficava doida para entrar no Site e ver novidades:


Higiene feminina verde: a solução dos reutilizáveis





Certos objetos, por serem inevitáveis aos seres humanos, acabam tendo uma evolução que acompanha as mudanças culturais da sociedade. É por conta disso que os tampões menstruais estão também se adaptando aos apelos ecológicos que rezam a reaproveitamento dos alimentos e objetos mais a diminuição do lixo não bio-degradável produzido por nós.


Atentas a essas novas demandas e a outras vantagens, muitas mulheres em todo mundo têm aderido aos tampões não absorventes, ou copos menstruais. Esses são pequenas tulipas feitas de látex ou silicone que, aplicadas ao interior da vagina, prometem conter o fluxo por, pelo menos, dez horas sem necessidade de troca.




O aparecimento dos copos menstruais ainda são um tanto misteriosos; a maioria credita a atriz americana Leona Chalmers o desenho da tulipa flexível, mas no seu livro “The intimate side of a womans life” a própria Leona aponta o francês L. H. Mallellieau como o criador original. Intitulou-se dona mesmo do produto porque os primeiros copos que desenvolveu e patenteou em 1937 eram feitos de material flexível, ao contrário do similar francês, que era duro.




Os primeiros copos menstruais foram usados dura




nte a Segunda Guerra Mundial, por sua praticidade e menor necessidade de troca. Com o fim do conflito, imaginava-se que fossem substituir os tampões dentro de pouco tempo, o que não aconteceu, e as poucas fábricas que o produziam foram à falência. Sua volta à lista de possibilidades se deu nos anos 80, quando as associações de saúde passaram a alertar sobre a possibilidade de infecções causadas pelo algodão dos tampões internos e, nos dias de hoje, as pequenas tulipas ganharam milhares de adeptas atentas ao impacto ambiental causado pelo descarte ininterrupto de absorventes e pensos de todos os formatos.








Ele pode até ter um aspecto tanto assustador, mas as usuárias do modelo relatam grandes vantagens para além dos benefícios verdes: atóxico, livre de polietileno, não absorve a umidade natural da vagina e dura mais de uma década (!), ou seja, extremamente econômico (embora não custe barato). Como desvantagem, apresenta apenas relatos de pequenos acidentes nos primeiros dias mas, dizem as usuárias, como tudo na vida, é questão de prática. Para as curiosas, as engajadas ou intrigadas em geral, o copo menstrual é vendido em farmácias de produtos naturais europeias e, no Brasil, podem ser encomendadas pelo correio. Estão ainda disponíveis em diversas marcas como o DivaCup, FemmeCup e Keeper.






http://www.lunarhythm.co.za/index.html


Upgrade: 22/11/2010
Venda chegou ao Brasil, não demorou quase nada para a novidade ter seu site de venda Tupiniquim, agora é criar coragem, abrir a carteira e caminhar para uma vida ecologicamente correta:
http://loja.misscup.com.br/




POR MARICARMEN LÓPEZ, ASSESSORA DE LMR E SEXOLOGA
http://www.lamaletaroja.com/pt_PT/revista/magazine_new.php?nid=985 


O que é?
É um copo menstrual que, depois de alojado na vagina, recolhe os fluidos durante os dias do ciclo menstrual. É um sino com o formato de uma "taça" e com uma cauda no final. São fabricados em silicone medicinal, para uma maior segurança sanitária. Além de muito cómodos, são muito, muito ecológicas, pois não geram nenhum resíduo adicional, como os tampões, pensos, etc.

Como se utilizam?
Primeiro temos de lavá-los com água e sabão (na casa de banho). Depois deverão ser fervidos em água durante alguns minutos, (sem que os percam de vista, pois quando a água começar a ferver deverão ser retiradas do lume para que não se estraguem). Quando já estiver frio basta dobrá-lo a meio, em posição vertical, (como se fosse um U-()-). Depois sentamo-nos no banho, ou a principio no bidé. Abrimos a vulva, separamos os lábios, (podemos molhar com água o rebordo para facilitar a sua entrada), introduzimos o copo na vagina e empurramos para dentro notaremos que se abre e ajusta à nossa vagina, deixando a cauda de silicone por dentro, ( como o cordão dos tampões ), de forma que metendo um dedo note que está lá. E para o retirar: colocamo-nos na mesma posição que utilizamos para o introduzir, e com os dedos tiramos a cauda e quando estiver em baixo, mas sem sair totalmente, seguramos com os dedos dentro da vagina, e apertamos um pouco para o retirar. Tiramos o conteúdo, voltamos a lavá-lo e repetimos a mesma operação.

Podem ser usados por qualquer mulher?
Em principio sim, mas há que ter em conta certos aspectos:

Mulheres que tenham sido mães recentemente terão que esperar pelo fim do período de quarentena.
Quando tiverem infecções será aconselhável esperar que sejam curadas.
Se tiver sido diagnosticado una cistite é melhor esperar que seja recuperada.
E se for diagnosticada uma vaginite, quer seja física ou orgânica, será melhor interromper a sua utilização.
Estes são casos pontuais, de resto podem ser utilizados sem problemas.

As jovens também os podem utilizar desde o inicio da menstruação?
Neste caso vamos dizer-lhes que esperem até que o seu ciclo menstrual seja regular e que se habituem a lidar com o ciclo e com o uso de tampões. Este grupo de mulheres vive um momento muito especial no seu desenvolvimento. E são, pelas suas condições hormonais, especialmente cépticas.

Durante quantas horas os podemos utilizar?
Em principio durante 4 a 5 horas entre trocas, dependendo da abundância do fluxo. Se poder esperar para poder mudá-lo em casa será aconselhável, devido à comodidade que terá na operação.
Se tiver que o substituir num WC público existem várias opções, obviamente deverá ter sempre as mãos bem limpas:

Poderá levar consigo uma pequena garrafa de água para enxaguar o Lunette antes de o voltar a introduzir.
Outra alternativa consiste em levar no bolso um segundo Lunette limpo para o poder trocar.

E para dormir?
Neste caso, e de acordo com os profissionais de medicina com os quais tenho mantido e trocado informações sobre este assunto, todos concordaram unanimemente que é melhor não ser utilizado, tal como também é aconselhado com o uso de tampões.

E com o anel anticonceptivo?
Também aqui se fazem alertas sobre a sua utilização. Desde que não se coloque demasiado acima, de forma a não tocar no anel, podemos utilizá-lo. Como tem de ser colocado bem acima, como o tampão (e nesta questão as opiniões são unânimes), bastará não empurrá-lo em demasia.

Quantos tamanhos existem?
Estão disponíveis em dois tamanhos. Um é um pouco maior do que o outro. O mais pequeno foi pensado para as primeiras utilizações e no caso de ainda não ter sido mãe. O outro é aconselhado para mulheres que já tiveram um parto e para as que têm um fluxo mais abundante. Mas, tal como no caso dos perfumes, cada uma de nós sente os aromas de forma diferente, de acordo com o pH da nossa pele. Neste caso terá que experimentar e ver qual se adapta melhor à sua vagina.

Qual a sua durabilidade em boas condições de uso?
Duram aproximadamente três anos, e pelo seu preço, uns 30e., como vai utilizar menos produtos de higiene intima, será mais rentável. Ah! E contribuímos para a manutenção do meio ambiente.

Podem ser mantidas as relações sexuais?
Isso dependerá dos hábitos que tenha. Já sabe que não é obrigatório a penetração nas relações sexuais… o que é certo é que se tentar uma penetração encontrará dificuldades, portanto, se quiser praticar o coito, o melhor será retirá-lo e agir de forma habitual quando está menstruada.

O SEXO FAZ PARTE DA NATUREZA, E EU FICO MARAVILHADA COM A NATUREZA

MARILYN MONROE


31/10/2010

Happy Halloween - Origem e História!!

História do Halloween
http://ilove.terra.com.br/lili/palavrasesentimentos/halloween_historia.asp

A palavra Halloween tem origem na Igreja católica. Vem de uma corrupção contraída do dia 1 de novembro, "Todo o Dia de Buracos" (ou "Todo o Dia de Santos"), é um dia católico de observância em honra de santos. Mas, no século V DC, na Irlanda Céltica, o verão oficialmente se concluía em 31 de outubro. O feriado era Samhain, o Ano novo céltico. 

Alguns bruxos acreditam que a origem do nome vem da palavra hallowinas - nome dado às guardiãs femininas do saber oculto das terras do norte (Escandinávia).

O Halloween marca o fim oficial do verão e o início do ano-novo. Celebra também o final da terceira e última colheita do ano, o início do armazenamento de provisões para o inverno, o início do período de retorno dos rebanhos do pasto e a renovação de suas leis. 

Era uma festa com vários nomes: Samhain (fim de verão), Samhein, La Samon, ou ainda, Festa do Sol. Mas o que ficou mesmo foi o escocês Hallowe'en.

Uma das lendas de origem celta fala que os espíritos de todos que morreram ao longo daquele ano voltariam à procura de corpos vivos para possuir e usar pelo próximo ano. Os celtas acreditavam ser a única chance de vida após a morte. Os celtas acreditaram em todas as leis de espaço e tempo, o que permitia que o mundo dos espíritos se misturassem com o dos vivos.

Como os vivos não queriam ser possuídos, na noite do dia 31 de outubro, apagavam as tochas e fogueiras de suas casa, para que elas se tornassem frias e desagradáveis, colocavam fantasias e ruidosamente desfilavam em torno do bairro, sendo tão destrutivos quanto possível, a fim de assustar os que procuravam corpos para possuir, (Panati).

Os Romanos adotaram as práticas célticas, mas no primeiro século depois de Cristo, eles as abandonaram.

O Halloween foi levado para os Estados Unidos em 1840, por imigrantes irlandeses que fugiam da fome pela qual seu país passava e passa ser conhecido como o Dia das Bruxas.

 
Travessuras ou Gostosuras?(Trick-or-treat)

A brincadeira de "doces ou travessuras" é originária de um costume europeu do século IX, chamado de "souling" (almejar). No dia 2 de novembro, Dia de Todas as Almas, os cristãos iam de vila em vila pedindo "soul cakes" (bolos de alma), que eram feitos de pequenos quadrados de pão com groselha.
Para cada bolo que ganhasse, a pessoa deveria fazer uma oração por um parente morto do doador. Acreditava-se que as almas permaneciam no limbo por um certo tempo após sua morte e que as orações ajudavam-na a ir para o céu.

Abóboras e velas: Jack O'Lantern (Jack da Lanterna)
A vela na abóbora provavelmente tem sua origem no folclore irlandês. Um homem chamado Jack, um alcoólatra grosseiro, em um 31 de outubro bebeu excessivamente e o diabo veio levar sua alma. Desesperado, Jack implora por mais um copo de bebida e o diabo concede. Jack estava sem dinheiro para o último trago e pede ao Diabo que se transforme em uma moeda. O Diabo concorda. Mal vê a moeda sobre a mesa, Jack guarda-a na carteira, que tem um fecho em forma de cruz. Desesperado, o Diabo implora para sair e Jack propõe um trato: libertá-lo em troca de ficar na Terra por mais um ano inteiro. Sem opção, o Diabo concorda. Feliz com a oportunidade, Jack resolve mudar seu modo de agir e começa a tratar bem a esposa e os filhos, vai à igreja e faz até caridade. Mas a mudança não dura muito tempo, não.

No próximo ano, na noite de 31 de outubro, Jack está indo para casa quando o Diabo aparece. Jack, esperto como sempre, convence o diabo a pegar uma maçã de uma árvore. O diabo aceita e quando sobe no primeiro galho, Jack pega um canivete em seu bolso e desenha uma cruz no tronco. O diabo promete partir por mais dez anos. Sem aceitar a proposta, Jack ordena que o diabo nunca mais o aborreça. O diabo aceita e Jack o liberta da árvore.
 

Para seu azar, um ano mais tarde, Jack morre. Tenta entrar no céu, mas sua entrada é negada. Sem alternativa, vai para o inferno. O diabo, ainda desconfiado e se sentindo humilhado, também não permite sua entrada. Mas, com pena da alma perdida, o diabo joga uma brasa para que Jack possa iluminar seu caminho pelo limbo. Jack põe a brasa dentro de um nabo para que dure mais tempo e sai perambulando. Os nabos na Irlanda eram usados como seu "lanternas do Jack" originalmente. Mas quando os imigrantes vieram para a América, eles acharam que as abóboras eram muito mais abundantes que nabos. Então Jack O'Lantern (Jack da Lanterna). na América passa a ser uma abóbora, iluminada com uma brasa.

Bruxas

As bruxas têm papel importantíssimo no Halloween. Não é à toa que ela é conhecida como "Dia das Bruxas" em português. Segundo várias lendas, as bruxas se reuniam duas vezes por ano, durante a mudança das estações: no dia 30 de abril e no dia 31 de outubro. 


Chegando em vassouras voadoras, as bruxas participavam de uma festa chefiada pelo próprio Diabo. Elas jogavam maldições e feitiços em qualquer pessoa, transformavam-se em várias coisas e causavam todo tipo de transtorno.

Diz-se também que para encontrar uma bruxa era preciso colocar suas roupas do avesso e andar de costas durante a noite de Halloween. Então, à meia-noite, você veria uma bruxa!

A crença em bruxas chegou aos Estados Unidos com os primeiros colonizadores. Lá, elas se espalharam e misturaram-se com as histórias de bruxas contadas pelos índios norte-americanos e, mais tarde, com as crenças na magia negra trazidas pelos escravos africanos.

O gato preto é constantemente associado às bruxas. Lendas dizem que bruxas podem transformar-se em gatos. Algumas pessoas acreditavam que os gatos eram os espíritos dos mortos. Muitas superstições estão associadas aos gatos pretos. Uma das mais conhecidas é a de que se um gato preto cruzar seu caminho, você deve voltar pelo caminho de onde veio, pois se não o fizer, é azar na certa.

Halloween pelo mundo

A festa de Halloween, na verdade, equivale ao Dia de Todos os Santos e o Dia de Finados, como foi absorvido pela Igreja Católica para apagar os vínculos pagãos, origem da festa. Os países de origem hispânica comemoram o Dia dos Mortos e não o Halloween. No Oriente, a tradição é ligada às crenças populares de cada país.


Espanha
Como no Brasil, comemora-se o Dia de Todos os Santos em 1º de novembro e Finados no dia seguinte. As pessoas usam as datas para relembrar os mortos, decorando túmulos e lápides de pessoas que já faleceram.

Irlanda
A Irlanda é considerada como o país de origem do Halloween. Nas áreas rurais, as pessoas acendem fogueiras, como os celtas faziam nas origens da festa e as crianças passeiam pelas ruas dizendo o famoso “tricks or treats” (doces ou travessuras).

México
No dia 1º comemora-se o Dia dos Anjinhos, ou Dia dos Santos Inocentes, quando as crianças mortas antes do batismo são relembradas.
O Dia dos Mortos (El Dia de los Muertos), 2 de novembro, é bastante comemorado no México. As pessoas oferecem aos mortos aquilo que eles mais gostavam: pratos, bebidas, flores. Na véspera de Finados, família e amigos enfeitam os túmulos dos cemitérios e as pessoas comem, bebem e conversam, esperando a chegada dos mortos na madrugada.
Uma tradição bem popular são as caveiras doces, feitas com chocolate, marzipã e açúcar.

Tailândia
Nesse país, existe o festival Phi Ta Khon, comemorado com música e desfiles de máscaras acompanhados pela imagem de Buda. Segundo a lenda, fantasmas e espíritos andam entre os homens. A festividade acontece no primeiro dia das festas budistas.

Alguns significados simbólicos
a abóbora: simboliza a fertilidade e a sabedoria
a vela: indica os caminhos para os espíritos do outro plano astral.
o caldeirão: fazia parte da cultura - como mandaria a tradição. Dentro dele, os convidados devem atirar moedas e mensagens escritas com pedidos dirigidos aos espíritos.
a vassoura: simboliza o poder feminino que pode efetuar a limpeza da eletricidade negativa. Equivocadamente, pensa-se que ela servia para transporte das bruxas.
as moedas: devem ser recolhidas no final da festa para serem doadas aos necessitados.
os bilhetes com os pedidos, devem ser incinerados para que os pedidos sejam mais rapidamente atendidos, pois se elevarão através da fumaça.
a aranha - simboliza o destino e o fio que tecem suas teias, o meio, o suporte para seguir em frente.
o morcego - simbolizam a clarividência, pois que vêem além das formas e das aparências, sem necessidades da visão ocular. Captam os campos magnéticos pela força da própria energia e sensibilidade.
o sapo - está ligado à simbologia do poder da sabedoria feminina, símbolo lunar e atributo dos mortos e de magia feminina.
gato preto - símbolo da capacidade de meditação e recolhimento espiritual, autoconfiança, independência e liberdade. Plena harmonia com o Unirverso
Cores:
Laranja - cor da vitalidade e da energia que gera força. Os druidas acreditavam que nesta noite, passagem para o Ano Novo, espíritos de outros planos se aproximavam dos vivos para vampirizar a energia vital encontrada na cor laranja.
Preto - cor sacerdotal das vestes de muitos magos, bruxas, feiticeiras e sacerdotes em geral. Cor do mestre.
Roxo - cor da magia ritualística.

Edição e formatação: Lilian Russo - http://www.ilove.com.br/lili/palavrasesentimentos/

Fontes de Referência:

Folha de São Paulo
Estadinho (30/10/1999)
Guia dos curiosos http://www.guiadoscuriosos.com.br/

14/07/2009

Michael Jackson - o Guri que não queria crescer!!


Bom dia!!
Recebi o email que seguirá abaixo do Grupo de PSP que estou participando e ele resumiu o que sempre pensei sobre o Michael Jackson...

Ontem, vendo a TV Thaty, um psicólogo comentou que daqui 3 anos, todos os mitos serão desmascarados e finalmente saberemos a história real do menino prodígio...

Mais a noitinha, saiu uma nota na Bandnews que me revoltou e sinceramente, me deu náuseas do ser humano (se é que dá para enquadrar o progenitor do Michael como tal): essa figura já está planejando criar um show com os 3 filhos de Michael: Prince Michael, Paris Katherine, Prince Michael II, - já para 2010 - Deus proteja essas crianças... com esse fato já em manchete já nos dá bem a noção do porque o Michael Jackson esconder as crianças...

Não acredita? Leia a notícia vinculada ontem aqui: http://www.band.com.br/entretenimento/conteudo.asp?ID=156586

Minha homenagem não é tardia, só é uma forma de protesto como o email que eu recebi... deixem as crianças viverem a infância, não roube as brincadeiras, os tombos, os choros, os sustos, as pipocas, algodão doce... não roubem as gargalhadas....

Eu sei o que é ver as crianças brincarem e você da janela ver isso acontecer e não poder estar lá...
Quando formos adultos, a vida já nos "prenderá" em horários, compromissos e tantas outras coisas... eduquem... amem.... esteja presente.... não dê seu filho para a TV, internet, gangues, traficantes educarem... no final... a colheita é espinhosa....

Do site Velhos Amigos!


Pequeno Michael Jackson sobre acessórios usados por ele quando adulto.
Muito bem bolado !


MICHAEL, O GURI QUE NUNCA AMADURECEU
Em, 30 de junho de 2009

Não há analgésico que alivie as dores das feridas causadas na infância.
As crianças viviam presas em casa até que o pai voltasse, lá pelas altas horas da noite. Mas como não há preso que não tente fugir, muitas vezes eles conseguiam escapar pra cantar e compor músicas nas casas dos vizinhos. Os irmãos mais velhos utilizavam, pra estudar e ensaiar, a guitarra do pai Joseph, enquanto ele estava no trabalho.

Quando o pai se deu conta do talento promissor dos filhos, percebeu que tinha nas mãos uma mina pra faturar muito dinheiro. Ele não transmitia amor aos filhos. Era um tirano. E, para conseguir o melhor desempenho, Joseph empunhava um cinto, dirigindo os ensaios como um adestrador de animais de circo.

Quando falhavam, as crianças eram surradas. A Michael, que se destacou cantando "Ben" no Jackson Five, não foi permitido crescer, pois frequentemente seu pai lhe dizia que o sucesso da banda se devia a sua voz de criança prodígio.

Para seu pai, o seu estilo de dançar e a sua voz afinada de criança formavam a melhor ferramenta na produção do sucesso e do dinheiro. Com medo de perder o único "elogio" que recebeu do pai, ele se negava a crescer. Mesmo sendo uma criança prodígio, ainda lhe era exigida uma responsabilidade pertinente a um adulto experiente no ofício.

Na adolescência, sofreu de depressão por não aceitar seu crescimento. Mais tarde passou a lutar física e mentalmente contra o envelhecimento.

Michael Jackson, talvez por ter sido o filho mais sensível, foi o que mais sofreu as consequências das críticas e das torturas psicológicas. O pai, com ofensas racistas, censurava seu nariz e seu cabelo.

E dizia que o nariz dele era o mais feio, "era de macaco", e batia em seu rosto, como se o menino tivesse culpa de ter nascido negro - suas características físicas hereditárias. Sua autoestima, desde cedo, já estava destruída.

Por abominar a própria imagem, Michael nem conseguia se olhar no espelho.

Possivelmente, está aí a razão de tantas cirurgias plásticas, fazendo com que se tornasse dependente da hidroquinona (substância pra clarear a pele que, utilizada em excesso e sem acompanhamento médico, é cancerígena).

Durante a infância e até ficar adulto, Michael Jackson sofria pesadelos de que estava sendo sequestrado e acordava chorando. Isto porque, numa noite, ele e seus irmãos esqueceram a janela do quarto do hotel aberta.

A fim de castigá-los, o pai vestiu uma máscara de monstro, subiu na janela e aplicou-lhes um susto jamais esquecido.

Em 1978, Michael co-estrelou "The Wiz" no papel do espantalho e talvez a ideia de produzir a música "Thriller"(em 1982) e o videoclipe, com monstros e zumbis, tenha sido uma forma de exorcizar o "monstro" que era o seu pai.

Ficou rico. Tinha poder pra comprar um parque de diversões, brinquedos infantis, bichinhos de pelúcia, carrinhos, etc., mas não tinha poder pra se tornar uma criança branca nem a liberdade de brincar com outras crianças de sua vizinhança, agora rica.

Seria o resgate pra compensar a chance perdida.

Talvez ele quisesse nascer de novo, ser bebê e viver paparicado por uma babá, que contava historinhas pra ele comer tudo o que estava no prato...

Como na vida cronológica o seu sonho de regredir não foi possível, ele o construiu comprando um parque de diversão que chamou de "Neverland" (Terra do Nunca, como no filme "Peter Pan"), estando frequentemente cercado de crianças.

Ao invés de ser perseguido pelos paparazzi, ele deveria ter sido encaminhado a uma terapia.
Mas as pessoas que o cercavam puseram o interesse financeiro na frente do amor por um ser humano, doente fisicamente e destruído mentalmente.

Em 1985, Michael Jackson se uniu a Lionel Richie e Quincy Jones a fim de arrecadar fundos para a campanha USA for Africa. Os lucros seriam revertidos para reduzir os índices de mortalidade pela fome no continente africano.

A missão ganhou o nome de "We Are The World". Lionel, ao piano, compôs a melodia. E, em apenas um dia, Michael escreveu a letra. Quincy Jones convidou os mais famosos cantores e músicos para gravar a composição musical.

O projeto arrecadou 200 milhões de dólares para combater a fome na Etiópia. Michael ajudou milhões de crianças ao redor do mundo.

Estou escrevendo sobre a vida infeliz de Michael Jackson para lembrar que, neste momento, outras crianças também estão sendo vítimas da ambição de seus pais. Pais que se associam a produtores artísticos, que acabam por roubar a infância de seus filhos, visando a formação de celebridades prematuras.

Nos lares comuns, os pais querem transformar seus filhos, naturalmente, cheios de energia, teimosos, travessos, em robôs que obedecem sem pensar, sem reagir aos comandos de seus pais impacientes, voltados pra si mesmos, para seus negócios, seus lucros, seus amores e frustrações.
Pobres crianças que dependem de remédios controladores de comportamento para conseguirem ficar "bonzinhos".

"Crianças são como cimento molhado, tudo que cai nelas deixa uma marca para sempre." (Haim Ginott)

Não chorei a morte de Michael Jackson. Estou chorando a vida que ele levou.
Lou Micaldas/Roseli



Créditos:
Mensagem recebida da amiga Semida
Imagem recebida em grupo de trocas por Radical Xiq
Formatação Mirna Alonso.

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