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21/11/2012

Os Crimes ABC

Bom dia caríssimos!!

Esse livro me deixou assim, bem reflexiva...

Será que a frieza em planejar um crime é tamanha?

Já li muitos livros da Agatha - cheguei ao número 26 em título, mas como há os contos, é texto que não acaba - mas esse, tem, na minha opinião, traços de crueldade que não vi em outros...

A frieza do assassino, em escolher as vítimas e "o bode expiatório" - me incomodaram - é um livro ótimo - e como todo tema com "serial killer" deixa aquela sensação de impotência, pois você quer parar o processo do criminoso e embora tenha as pistas, fica difícil "chegar antes", saber "onde" e o momento do assassinato...

Boa dose de tensão e de suspense, acredito ser um dos poucos livros que não se passa em um espaço pequeno: casa de campo, navio, avião... claro que vou ler mais e mais, mas como aconteceu com o Misterioso Sr Quin, esse livro me fez pensar e muito, como a mente de Agatha era engenhosa...


Blog Sue Giersbergen

Agatha Christie

BLOG da Happy Batatinha Projeto Agatha Christie
1936 Os Criomes ABC 
Término 19/11 - em PDF


Sinopse: Já aposentado, Hercule Poirot aceita o desafio de desvendar um assassinato cometido por um criminoso que se anuncia com cartas anônimas cheias de menosprezo. O assassino deixa junto de suas vítimas um guia ferroviário. Talvez seja um maníaco por estradas de ferro. Poirot persegue de pista em pista, de letra em letra, o rastro sempre alfabético do inimigo.

“(...) o elemento humano nunca pode ser ignorado.” 

O que a dona de uma tabacaria, uma jovem garçonete e um fazendeiro que moram em diferentes cidades podem ter em comum? Por muito tempo, absolutamente nada. Entretanto quando um perigoso assassino começa agir, a Sra. Ascher, Betty Barnard e Sir Carmichael Clarke se tornam algumas das vítimas dos crimes ABC.

Assim como já é prenunciado pelo título, a obra retrata a ação de um serial killer que escolhe seus alvos de uma maneira bem peculiar: a partir da inicial do sobrenome. Além de matar as pessoas em ordem alfabética, esse meticuloso criminoso ainda se preocupa com mais um detalhe: o nome da cidade onde deve ocorrer o crime deve começar com a mesma letra da inicial do assassinado. Uma mente muito perspicaz, não?

Porém, os diferenciais dessa narrativa não param por aí. Dessa vez, o criminoso não tem medo de ser encontrado, na verdade, é ele mesmo que envolve Hercule Poirot na trama. O nosso astuto detetive recebe cartas, assassinadas com as iniciais A.B.C., onde estão indicados os dias e locais do assassinato. E para provar que ele foi realizado, o assassino deixa, junto aos corpos, um guia de viagem ABC¹.

Nesse policial, onde a mente do leitor é testada mais uma vez, Poirot se depara com um dos seus maiores desafios: encontrar um delinquente que, apesar de não se preocupar em ocultar seus feitos, consegue realizá-los sem deixar grandes pistas. E, ainda mais, encontrar um motivo para tantas mortes. Afinal, um pouco de psicologia pode ajudar muito na solução desse mistério.

A narração, feita em parte pelo Capitão Hastings (grande amigo de Poirot), em parte em terceira pessoa, permite ao leitor receber informações inicialmente desconhecidas das próprias personagens. Contudo, é preciso utilizá-las corretamente, ou elas podem se transformar em mais uma armadilha.

Assim como em muitas de suas obras, Agatha faz referências a alguns autores e outros livros seus. Em Os Crimes ABC os escolhidos são Sherlock Holmes, a quem ela critica, e Cartas na Mesa, livro dela publicado no mesmo ano, cujo enredo é descrito quando Poirot fala sobre o que seria um caso interessante. Portanto, os leitores da Dama do Crime terão mais um motivo para se deliciar enquanto lêem a trama, relembrando alguns crimes memoráveis.

Pouco a pouco, Agatha consegue nos envolver nessa narrativa e desperta em nós uma necessidade de ajudar a encontrar o criminoso, para impedir que ele continue agindo. Entretanto é preciso tomar cuidado, pois a Dama do Crime está mais uma vez pronta para enganar. Somos levados a acreditar que a solução do mistério é bem simples e, inclusive, o leitor pode ficar apreensivo com a demora de Poirot em encontrar uma resposta. Mas é preciso lembrar que as famosas “células cinzentas” do nada modesto detetive surpreendem.

Um aspecto muito importante na obra é a capacidade de prestidigitação² da autora. Da maneira como ela escreve, somos induzidos a chegar às conclusões que ela deseja. Entretanto, após o espantoso final, se o leitor reler alguns trechos, vai perceber que, na verdade, Agatha não escreveu nada que comprometesse ou apontasse o suposto criminoso. Provavelmente, os que já estão acostumados com os livros dela logo perceberão que a solução não pode ser tão óbvia, mas nada, além da intuição, pode ajudar na descoberta do verdadeiro assassino.

Para quem gosta de policiais intrigantes, essa é uma ótima dica. A leitura é bem rápida, mas o livro demora um pouco a pegar ritmo. Entretanto, a curiosidade por descobrir o criminoso e seus motivos supera qualquer coisa e faz com que a leitura continue fluindo. Se prepare, pois você provavelmente será surpreendido por uma das melhores obras da Rainha do Crime!!

Guia de Viagem ABC¹: Guia ferroviário muito conhecido pela abreviatura ABC, pois cita todas as estações e ordem alfabética.

Prestidigitação²: É a arte cênica de entreter e sugestionar uma audiência criando ilusões que confundem, surpreendem e muitas vezes enganam o espectador.

Sobre a colunista: 
Tullia, tem 16 anos, cursa o 3º ano do Ensino Médio e mora no interior da Bahia. É bem capricorniana e uma das suas maiores paixões são os livros!




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