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12/12/2023

Review: Passageiro para Frankfurt

Passageiro para Frankfurt Passageiro para Frankfurt by Agatha Christie
My rating: 5 of 5 stars

Acredito, piamente, que esse é um dos livros mais inusitados de Agatha Christie desde os contos do Arlequin - "reli" as 3 horas finais (audiobook) por 3 vezes, porque a trama é tão ligeira e muda tantas vezes, que eu queria ter o livro "físico" para ler - é IMPRESIONANTE como o tema é contemporâneo.

Para não perder o hábito, escolhi uma resenha em que a leitora escreveu cada frase do que senti, e é tão perfeita que peço que a visitem, pois é um site riquíssimo de resenhas: https://www.postliteral.com.br/

É a primeira vez que pego uma resenha tão recente, completíssima sem spoillers - linda de viver!!!
***************
Resenha de Maria Eugênia Moreira

No aeroporto de Frankfurt, a viagem de Sir Stafford Nye sofre uma reviravolta. Enquanto aguarda seu voo, uma mulher o aborda dizendo estar em perigo mortal. Em um arroubo de cavalheirismo, o diplomata inglês lhe entrega o passaporte e a passagem, ajudando a jovem a escapar. De volta à Inglaterra, Nye reencontra a moça em circunstâncias misteriosas e acaba descobrindo uma conspiração internacional de grandes proporções. Existe um plano em ação para recolocar os
nazistas no poder, e apenas um seleto grupo de agentes pode impedir que isso aconteça.

RESENHA
Passageiro para Frankfurt é um romance policial de Agatha Christie, publicado em 1970, que marca o aniversário de 80 anos da autora. A obra é considerada uma das mais ousadas e controversas da escritora, pois aborda temas como nazismo, conspiração internacional e drogas alucinógenas.
O livro narra a aventura de Sir Stafford Nye, um diplomata inglês que, em uma escala no aeroporto de Frankfurt, é abordado por uma mulher misteriosa que lhe pede para trocar de identidade com ela, alegando estar em perigo de morte. Movido pela curiosidade e pelo tédio, Sir Stafford aceita a proposta e se envolve em uma trama complexa e perigosa, que envolve uma organização secreta que planeja restaurar o poder nazista na Europa.

A mulher misteriosa se revela como Mary Ann, uma agente dupla que trabalha para o governo britânico e para a organização nazista. Ela é a neta de um líder nazista chamado Conde von Schirach, que está escondido na América do Sul e pretende lançar uma revolução mundial com a ajuda de jovens fanáticos e drogados. Mary Ann recruta Sir Stafford para ajudá-la a impedir os planos de seu avô, mas também tem seus próprios interesses e segredos.

O livro é narrado em terceira pessoa, com um estilo ágil e envolvente, típico de Agatha Christie. A autora cria um clima de suspense e mistério, que prende a atenção do leitor até o final. Os personagens são bem construídos e apresentam diversas facetas e motivações. O protagonista, Sir Stafford, é um homem inteligente, irônico e desiludido com sua carreira e sua vida pessoal. Ele se vê
diante de uma oportunidade de mudar seu destino e de participar de uma aventura que pode mudar o rumo da história. Mary Ann é uma mulher sedutora, ambiciosa e manipuladora, que usa sua beleza e seu charme para conseguir o que quer. Ela tem uma relação conflituosa com seu avô, que a considera sua herdeira e sua protegida, mas também a teme e a despreza.

O livro também conta com a participação de outros personagens importantes, como o Conde von Schirach, o líder nazista que sonha em reviver o Terceiro Reich; o Coronel Pikeaway, o chefe do serviço secreto britânico, que tenta desvendar a conspiração nazista; e o Dr. Karl, o cientista que desenvolve a droga que altera a personalidade dos jovens seguidores do Conde.

O livro traz alguns ensinamentos e reflexões sobre temas como o poder, a violência, a ideologia, a juventude, a identidade e a loucura. A autora mostra como o nazismo não foi extinto após a Segunda Guerra Mundial, mas se infiltrou em diversos setores da sociedade e se adaptou aos novos tempos.

Ela também critica a alienação e a manipulação dos jovens, que são usados como massa de manobra pelos líderes inescrupulosos. Além disso, ela explora a questão da identidade, mostrando como os personagens mudam de nome, de aparência e de personalidade ao longo da história, e como isso afeta suas relações e suas escolhas.

O livro é ambientado em diversos cenários, como a Inglaterra, a Alemanha, a França, a Suíça, a Itália e a América do Sul. A autora descreve com detalhes os lugares por onde os personagens passam, criando uma atmosfera realista e verossímil. O livro também se insere no contexto histórico da Guerra Fria, da corrida espacial, da contracultura e dos movimentos sociais dos anos 1960 e 1970.

O livro contém algumas citações marcantes, que revelam o pensamento e o humor dos
personagens. Por exemplo:

"A vida é uma coisa muito estranha. Às vezes, ela nos dá exatamente o que queremos. E, então, descobrimos que não queremos aquilo de jeito nenhum." (Sir Stafford Nye, capítulo 1)

"O mundo está cheio de pessoas que pensam que sabem o que é melhor para os outros. E, às vezes, elas estão certas. Mas, na maioria das vezes, estão erradas." (Mary Ann, capítulo 5)

"O poder é uma coisa terrível. Ele corrompe. Ele destrói. Ele mata. Mas, ao mesmo tempo, ele fascina. Ele seduz. Ele encanta." (Conde von Schirach, capítulo 15)

"A juventude é uma força incrível. Ela pode mudar o mundo. Mas também pode ser enganada, explorada, desperdiçada." (Dr. Karl, capítulo 18)

"A identidade é uma coisa muito frágil. Ela pode ser perdida, roubada, trocada, esquecida. Mas também pode ser reencontrada, reconstruída, reinventada." (Coronel Pikeaway, capítulo 21)

O livro não apresenta uma simbologia explícita, mas pode-se interpretar alguns elementos como símbolos de aspectos da história.

Por exemplo:
O avião, que representa a viagem, a aventura, a fuga e a mudança.
O passaporte, que representa a identidade, o disfarce, a mentira e a confiança.
A droga, que representa o poder, a violência, a alienação e a loucura.
O relógio, que representa o tempo, a urgência, o destino e a morte.

O livro tem uma grande importância e relevância cultural, pois é uma das obras mais originais e polêmicas de Agatha Christie, que se arriscou a sair de sua zona de conforto e a abordar temas delicados e atuais. O livro também é um retrato de uma época de transformações e conflitos, que influenciaram a sociedade e a cultura de forma profunda e duradoura.

A autora, Agatha Christie, foi uma das maiores escritoras de todos os tempos, que se consagrou como a "Rainha do Crime", por seus romances policiais de sucesso. Ela nasceu em 1890, na Inglaterra, e começou a escrever em 1917, por um desafio de sua irmã. Ela criou personagens famosos, como Hercule Poirot e Miss Marple, que se tornaram ícones da literatura. Ela também escreveu peças de teatro, contos e poemas. Ela foi casada duas vezes e viajou pelo mundo com seu segundo marido, o arqueólogo Max Mallowan. Ela morreu em 1976, aos 85 anos, deixando um legado de mais de 80 livros publicados.

Em conclusão, Passageiro para Frankfurt é um livro que vale a pena ser lido, pois é uma obra que mistura suspense, ação, romance e política, com uma trama bem elaborada e personagens interessantes. É um livro que mostra a genialidade e a versatilidade de Agatha Christie, que soube se reinventar e se adaptar aos novos tempos, sem perder sua essência e sua qualidade. É um livro que nos faz pensar e nos emocionar, que nos surpreende e nos diverte, que nos transporta para um mundo de mistério e de aventura. É um livro que é um clássico da literatura policial, que merece ser lido e relido por todos os fãs do gênero.


29/06/2023

Review: Os cinco porquinhos - Agatha Christie

Os cinco porquinhos Os cinco porquinhos by Agatha Christie
My rating: 5 of 5 stars

Boa Tarde Leitores queridos de AC e não leitores de AC - igualmente queridos!

Mais um livro que não pode deixar de ser lido, tá, eu já falei, é outra releitura, e esse o criminoso "tava" fresquinho na mente... escolhi a resenha da Thaís, pois ela cita o seriado de Poirot, que terminei esse ano também: são 62 histórias muito bem contadas, fiéis e com uma interpretação belíssima de David Suchet!
Segue link que dá para assistir tudinho no conforto do seu lar!!
   

*****
Resenha Os Cinco Porquinhos de Thais Gualberto
http://thaisgualberto.com.br/resenha-os-cinco-porquinhos/

Resumo:
Caroline Crale foi condenada à prisão perpétua pelo assassinato de seu marido, o mulherengo e famoso pintor Amyas Crale. Dezesseis anos depois, Carla Lemarchant, a única filha do casal, uma criança à época do ocorrido, retorna à Inglaterra ansiosa pro comprovar se as últimas palavras da mãe para ela eram ou não verdadeiras: em uma carta que a filha deveria ler apenas ao completar 21 anos, a Sra. Crale disse ser inocente. Para isso ela procura o genial e nada humilde, Hercule Poirot, um dos mais queridos detetives da ficção policial. E é assim que começa “Os Cinco Porquinhos”, mais um excelente livro da Rainha do Crime, Agatha Christie.

Resenha:
Para reconstituir o crime tanto tempo depois de ele ter sido cometido, Poirot não apenas fará uso de suas células cinzentas (que sim, são o grande destaque da metodologia Poirot de resolução de mistérios, para quem não está familiarizado com a obra de Christie), como também terá de recorrer aos que estiveram presentes na investigação do crime e no julgamento de Caroline Crale, como o advogado de defesa, o promotor do caso e o superintendente de polícia. Segundo eles, foi surpreendente a resignação e passividade com a qual Caroline Crale portou-se diante o júri, alegando que o marido cometera suicídio, bem como a expressão de paz que a dominou quando foi condenada à prisão perpétua e trabalhos forçados e isso tudo demonstraria que de fato ela era culpada.

Óbvio, para Poirot, contudo, sempre é motivo de desconfiança. E lá vai o pequeno detetive belga abordar as pessoas que estavam na casa de Amyas Crale no dia em que ele tomara cerveja envenenada com coniina. Philip Blake, homem do mercado financeiro e melhor amigo de Amyas; Meredith Crale, irmão mais velho de Philip, o qual apreciava botânica e a farmacologia das plantas; Elsa Greer, modelo para a pintura na qual Amyas estava trabalhando ao morrer; Cecilia Williams, governanta e Angela Warren, irmã mais nova de Caroline, então com 14. Pelos relatos fornecidos por essas cinco pessoas, às quais Poirot associa a cantiga dos cinco porquinhos (e por isso o título do livro), o detetive traça os perfis psicológicos de todos os envolvidos, mas principalmente de Caroline e Amyas, em cuja análise da relação e dos perfis psicológicos Poirot acreditava que encontraria motivações e explicações para os acontecimentos do fatídico dia.

A respeito da leitura, ao menos em minha opinião, é um livro à altura do legado da rainha do crime: um mistério intrigante; ágil, porém com personagens habilmente construídos e dotados de profundidade e individualidade; absolutamente envolvente, do tipo que viramos compulsivamente as páginas para descobrir que segredos guarda o parágrafo seguinte. Mais que isso, “Os Cinco Porquinhos”, agora entre meus favoritos da autora inglesa, traz Hercule Poirot em mais uma excepcional demonstração de sua astúcia quanto a compreender a mente humana e mais uma prova de porque ele é tão querido entre os fãs da literatura policial.

Quanto ao mistério em si, a história não me decepcionou, muito pelo contrário. Acho que desde que li “O Caso dos Dez Negrinhos”, em 2014, também de Agatha Christie, não me empolgava tanto com um romance dela. A resolução do caso é coerente e simultaneamente surpreendente, na medida em que todos os fatos apontam para uma resolução distinta da apontada por Poirot, embora eu tenha acertado quem cometera o crime (em pensar que eu não acertava uma quando comecei a ler Agatha Christie, aos onze anos, com meu ainda favorito “A Testemunha Ocular do Crime” hehe) e a maneira como esses fatos se dão revela-se bastante intricada e algo sádica, então é um livro bastante interessante para os que gostamos do gênero.

capas antigasComo curiosidade, a edição que possuo do livro é a mais recente e os demais livros de Agatha Christie lançados junto com ele pela mesma editora também tem essa sensacional capa em estilo bem pop, bem colorido, visando justamente atrair o público mais jovem para descobrir essa autora magnífica que foi Agatha Christie. Por isso as fotos de edições antigas (bem sem graça, convenhamos, ao menos quando comparada com esta). E para quem curte séries, o canal britânico ITV (o mesmo que produziu a excelente e belíssima Downton Abbey) produziu a série Poirot, entre os anos de 1989 e 2013, na qual o ator David Suchet deu vida a Poirot em 62 episódios correspondentes a 62 romances de Agatha Christie encabeçados pelo detetive belga. O episódio correspondente a obra “Five Little Pigs” é o episódio 1 da 9ª temporada, que foi ao ar originalmente em 2004 na terra da rainha.

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16/06/2023

Review: Hora Zero - Agatha Christie

Hora Zero Hora Zero by Agatha Christie
My rating: 5 of 5 stars

Eu simplesmente fico em choque em como esqueço QUEM é o criminoso nas histórias já lidas.
Eu até sei que vou ser engendrada na trama, mas no final, acabo sendo enganada como da primeira vez.
Essa história é bem "comum", tem alguns pontos que faltaram ser esclarecidos (fora do trama central), mas que fica óbvio o resultado (sobre a filha de Battle).
Como citei dessa vez foi Battle o detetive, e com ele a trama corre mais solta, como se estivéssemos em um filme, com muitas pistas, mas pouco contato com o leitor.
Tem um final inesperado e sim, é um romance que vale a pena ler.
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Resenha de Mila Ferreira
http://www.delivroemlivro.com.br

Hora Zero (Towards Zero, 1944) escrito pela inglesa Agatha Christie é mais um livro que li dentro do cronograma do #PJLendoAgathaChristie2020...

Essa foi a primeira vez que li Hora Zero e me vi fisgada logo nas primeiras páginas com a trama, os personagens e como a própria escritora foi absolutamente criativa ao conduzir a narrativa seguindo todo o conceito de hora zero, proposto no livro.

Desse modo, acho importante mencionar que conceito é esse para conseguir explicar melhor minhas impressões e o enredo desse livro: no prólogo de Hora Zero temos alguns personagens conversando sobre crimes e romances policiais, uma forma que Agatha C. utiliza muito para "brincar" sobre o gênero que escreve. Nessa conversa um dos participantes fala que os romances policiais geralmente iniciam com um crime, porém o crime não é o início, mas o fim de todo uma história que culminou no homicídio.

"Gosto de um bom romance policial, mas, como se sabe, sempre começam do ponto errado! Começam do assassinato. Entretanto, o assassinato é o final! A história começa muito antes disso: algumas vezes anos antes, com todos os motivos e fatos que trazem certas pessoas a certos lugares, numa certa hora e num certo dia."

O que é elencando nesse prólogo é que o crime em si é a hora zero, porém, ele é o fim do ato e não o começo, de modo que, para se entender um homicídio é necessário observar que ele tem início, meses e até anos antes da hora zero e pode se dar em decorrência de inúmeros motivos, no entanto, a Hora Zero é o momento que levou determinadas pessoas a determinados locais e hora de um crime acontecer.

É diante desse conceito que Agatha Christie estrutura sua narrativa, pois o homicídio desse volume acontece lá na metade do livro (e não no começo, como é comum nos romances policiais) e isse conceito também repercute no estilo da narrativa, que é um tanto fragmentada, para acompanharmos os personagens principais principais de maneira separada ao longo de vários meses antes dessa "hora zero".

Então, em Hora Zero, vamos acompanhar um grupo de pessoas que estão planejando ir para a casa de veraneiro da viúva lady Camilla Tressillian, cuja mansão Gulls Point fica ao lado de um penhasco, porém, esse grupo de pessoas apesar de se conhecerem, tem relações bem complexas e algumas nada amistosas, de modo que quando todos combinam de se reunirem em Setembro na mansão, lady Tressillian fica preocupada com as energias negativas e tensões que podem ocorrer nesse período entre os visitantes.

Sempre fui boa em planejar coisas. Nada acontece sem que preparemos o acontecimento. Às vezes você me chama de tola, mas a meu modo sou até bem esperta. Faço com que as coisas aconteçam. Algumas vezes planejo com bastante antecedência.

Todo esse cenário de tensão ocorre porque Nevile Strange, um famoso esportista, largou sua esposa Audrey para se casar com Kay, gerando uma verdadeira onde de desentendimentos, inveja e ciúmes entre essas duas mulheres, no entanto, agora ele gostaria de fazer as pazes com a ex-esposa e que sua atual esposa também se tornasse amiga dela. Obviamente nem tudo vai sair como o esperado, certo?

Além dessa tensão tão grande por conta do triângulo amoroso, também vamos acompanhar o "universo" dos outros personagens, seus atritos, medos, segredos e sentimentos não revelados. A trama de Hora Zero é extremamente envolvente por conta dessas tretas familiares, segredos e triângulo amoroso.

É espantoso o número de mal-entendidos que pode existir, mesmo entre duas pessoas que discutam um certo assunto com bastante frequência, cada uma delas entendi o que melhor lhe convém, sem que o outro desconfie de qualquer disparidade de pensamento.

Para completar, como o crime de Hora Zero acontece na mansão de Gull's Point, ou seja, um ambiente fechado, obviamente todos os que estão presentes na casa tornam-se possíveis suspeitos, assim o superintendente Battle, juntamente com seu sobrinho o inspetor James Leach, ficam responsáveis para conduzir as investigações e descobrir quem é o assassino dentro daquele grupo de pessoas.

O que irá tornar ainda mais difícil na resolução desse caso é a atmosfera de tensão, os segredos e as inúmeras pistas deixadas pelo assassino que podem conduzir a investigação para um "denominador" completamente equivocado.

Honestamente, achei Hora Zero um dos livros mais geniais de Agatha Christie, muito embora - para quem costuma ler a escritora - tenha várias receitas utilizadas pela autora, o que torna mais fácil conseguir "matar a xarada" do livro, no entanto, ainda assim tem uma reviravolta bem incrível e devo dizer que até os últimos momentos fiquei bem dividida entre dois suspeitos e, embora uma das minhas suspeitas tenha se confirmado, ficar dividida não é descobrir o assassino, certo? Então, floppei na tarefa, mas me diverti demais durante a leitura.

Eu tenho um grande respeito pela verdade. Entretanto, descobri que existem coisas mais importantes.

Uma das grandes surpresas de Hora Zero, para mim, também foi o fato das investigações terem sido conduzidas pelo superintendente Battle, pois eu achei esse caso extremamente a cara de Hercule Poirot, tanto é que Battle utiliza muitos dos métodos "Poirotianos" para solucionar o caso e em decorrência disso, devo admitir, que fiquei esperando que o icônico personagem aparecesse em algum momento do livro, mas isso não aconteceu.

De qualquer forma, Hora Zero, foi um livro brilhante, viciante e que me deixou tão envolvida que praticamente não conseguia largar o volume, então, já deixo aqui minha recomendação.

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07/06/2023

Review: Um mistério no Caribe - Agatha Christie

Um mistério no Caribe Um mistério no Caribe by Agatha Christie
My rating: 5 of 5 stars

Olá caros leitores!
Eu sei que é uma releitura, e como sempre, nem cheguei perto de suspeitar quem fez o crime...
A história nos lembra "Morte na Praia" com Hercule Poirot, mas passa super longe dos motivos e pessoas.
Ao ler as resenhas, todos são unânimes em quanto a história é envolvente e como Miss Marple se faz presente e sentimos muito não ter sido mais explorada por AC.
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Resenha de Lucas
https://leitordossonhos.com/

Olá, Sonhadores! Já que não podemos nos dar ao luxo de tirar umas férias no Caribe, então que tal ler esta aventura de férias da nossa querida senhorinha Miss Marple? No livro deste mês de Agatha Christie vamos investigar uma morte repentina muito suspeita e, ao mesmo tempo, aproveitar um banho de sol para relaxar. Vamos lá?

“A senhorita gostaria de ver o retrato de um assassino?”

Sobre a História

Não é porque Miss Marple é uma solteirona aposentada que ela não mereça passar uma temporada de férias no Caribe. Não que ela particularmente desejasse isso, mas seu sobrinho a convenceu de ir e pagou todas as despesas, então por que não? O problema é que Miss Marple está entediada agora. Ela está tão acostumada a observar e mexericar sobre a vida alheia no dia a dia no vilarejo em que mora que não tem muito o que fazer no Caribe com turistas desconhecidos que vem e vão.

Durante uma conversa com o Major Palgrave, Miss Marple faz esse desabafo e o homem, que não perde uma oportunidade de narrar as aventuras que passou na sua juventude para entreter seus ouvintes, conta uma história confusa de um suposto assassinato que saiu impune, mas que de alguma forma ele tinha a foto da pessoa que cometeu o crime. Miss Marple, cansada e distraída, mal estava prestando atenção na história, mas no momento que Palgrave ia lhe mostrar a foto, ela notou que ele recuou de forma muito estranha. O major parecia ter visto algo ou alguém atrás dela que o deixou transtornado.

No dia seguinte, para a surpresa de todos, o major Palgrave foi encontrado morto em seu bangalô. Isso afetou especialmente o casal Tim e Molly, proprietários do resort que Palgrave e Miss Marple estavam hospedados. Eles ficaram alarmados disso prejudicar seus negócios. A morte foi dada como natural, mas Miss Marple não ficou muito convencida e decidiu investigar por conta própria.

Minhas Considerações

A maior parte das obras de Agatha Christie são romances policiais que, em parte seguem um mesmo formato, em partes são únicos e originais. Porém, há uma grande diferença entre os livros com Hercule Poirot, dos livros com Miss Marple como detetive. Isso sem dúvidas faz com que muitos leitores prefiram um ao outro. Eu adoro ambos, mas particularmente gosto um pouco mais de Miss Marple. Primeiramente pelo fato de ela não se declarar (nem se considerar) uma detetive, mas principalmente por ser um tipo de pessoa improvável de ser um. Outra coisa que adoro nos livros com a velhoca é o futrico que sempre tem. É incrível como ela consegue coletar informação das pessoas que adoram uma fofoca, ou como ela consegue futricar para que uma informação chegue numa pessoa chave para o que ela quer.

Isso nos leva a alguns pontos do porquê achei esse livro ótimo e recomendo. Primeiro que eu fui feito de trouxa e passei longe de acertar quem era o/a assassino/a, mesmo sendo uma RELEITURA! Segundo que a futricagem não só é usada pela Miss Marple, mas também pelo assassino! De alguma forma todos sabiam que o major Palgrave sofria de hipertensão e por isso sua morte foi tomada como natural, mas ao mesmo tempo ninguém sabia como sabia, pois ninguém se lembrava do Palgrave dizer isso. Inclusive havia gente que se lembrava do oposto!

Outro ponto muito interessante foi que, como eu disse, Miss Marple não prestou muita atenção na história do assassinato que o major contou a ela. Da mesma forma que todo mundo que também ouviu a mesma história não deu atenção. Sendo assim, ninguém sabia ao certo quais eram os detalhes e cada um dizia ter ouvido uma versão diferente. Isso complicava imensamente as coisas para a investigação, mas me deixava, como leitor, cada vez mais curioso!

Definitivamente é uma obra da Agatha que você deve ler!

“Acho que talvez tenhamos que agir depressa. Muito depressa. Fui tola. Extremamente tola. Eu devia ter me dado conta desde o primeiro instante do que tudo significava. Era tão simples…”

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06/06/2023

Review: Os relógios - Agatha Christie

Os relógios Os relógios by Agatha Christie
My rating: 5 of 5 stars

Esse foi um livro que (finalmente) não tinha lido, mas (infelizmente) assisti o episódio no seriado (mas como sempre), porém não lembrava do enredo (sou meio desligada mesmo).

Para essa postagem li 3 resenhas diferentes e todas foram unânimes: boa história, bom enredo e excelente finalização.

A presença de Poirot não é o foco principal, mas é esse Geniozinho que esclarece a confusão e mistérios envolvendo a história!

Sim, esse é daqueles livros que as pessoas esquecem de classificar como o melhor de AC, mas não porque não seja o melhor, é que Agatha era IMPRESSIONANTE em cada obra que nos presenteava:

A escolha foi finalmente para um leitor que deixo AC na prateleira do Kindle, achando que se era gratuito não poderia ser "the best"...

Confira a impressão e confirme: quem lê AC se apaixona...

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Resenha de Isa
https://percursosliterariosblog.com

Os Relógios traz um curioso caso de assassinato ocorrido em Wilbraham Crescent, por onde Colin Lamb, agente do serviço secreto britânico, estava de passagem por conta de outra investigação. Lamb então é surpreendido por uma jovem, Sheila Webb, que sai gritando do n°19 da W. Crescente, e, em seus braços, ela, em choque, informa-o que há um homem morto dentro da casa. Lamb liga para um colega inspetor da polícia, Detetive Inspetor Hardcastle.

Assim, inicia-se a investigação do assassinato, cuja identidade da vítima, para piorar a situação, também é desconhecida. Além disso, há outras coisas estranhas: Sheila Webb é uma estenógrafa que recebeu ordens de ir ao endereço a pedido da moradora do n°19 de Wilbraham Crescent, Mrs. Pebmarsh. Esta, no entanto, nega veemente que tenha solicitado tal serviço. E embora Mrs. Pebmarsh seja cega, afirma que 4 relógios encontrados em sua casa depois do assassinato não são seus.

Lamb, sendo amigo de Hercule Poirot, decide consultá-lo sobre o assassinato, e Poirot, longe de onde ocorreram os fatos, se vê então desafiado a resolver o caso sem sequer sair de sua poltrona. Com as informações passadas às minúcias por Lamb, Poirot descobre rapidamente os motivos do crime e quem seria o homem assassinado, mas não revela a Lamb, dando apenas pistas aparentemente desconexas ao amigo.

O livro está muito bem avaliado na Amazon: 4.5 estrelas. E é tão bom assim? É, gente! É um romance policial muito agradável de se ler. Embora haja a importantíssima participação de Hercule Poirot – afinal, é ele quem resolve em primeira mão o curioso caso do assassinato (muito simples para Poirot, diga-se de passagem)–, o detetive belga não é o protagonista da história. Na verdade, sua aparição demorou tanto a aparecer que eu realmente não parava de me questionar quando ele entraria em ação.

E quando ele finalmente entra, deparamo-nos com um Poirot entediado, que conta a Lamb que passou um tempo resolvendo, em sua cabeça, casos reais que foram arquivados sem solução e, findo estes, passou a exercitar a mente resolvendo casos da literatura policial. Nesse diálogo com Lamb, Agatha Christie se utiliza de Poirot como emissor de suas opiniões de outros autores do mesmo gênero. Pontos para Sir Conan Arthur Doyle (mas também, né! Por favor! Como não apreciar a escrita de Conan Doyle?)!

O livro conta com duas narrativas paralelas, uma sendo a de Colin Lamb, em primeira pessoa, em que ele tem a intenção, na verdade, de relatar seu progresso quanto à sua investigação inicial, mas que acaba se comunicando com a investigação do assassinato no n° 19 da Wilbraham Crescent, e a outra em terceira pessoa, onisciente. Essa mudança de perspectiva torna a leitura bastante dinâmica, mas tem o genial ardil de distrair o leitor de algumas pistas existentes ao longo do livro.

Esse, aliás, é um dos motivos por que gostei mais dessa leitura do que de Assassinato no Expresso do Oriente, por exemplo, tão falado por conta do filme lançado no ano passado (2017). Em Expresso do Oriente não achei que houve oportunidade do leitor juntar pistas e tentar formar uma teoria. O leitor cria suspeitas, claro, mas não teorias. Já neste, Os Relógios, as pistas estão lá, mas o leitor é distraído e não as vê, só ao final, claro, quando então o raciocínio lógico de Poirot é delineado. Agatha Christie é realmente uma escritora de romance policial impressionante. Cada romance dela que vou lendo, mais me torno sua fã.

Além das breves análises de autores do gênero policial que surgem do diálogo entre Lamb e Poirot, Agatha Christie, indiretamente, ainda faz referência a obras de Lewis Carroll, o que eu simplesmente achei o máximo (e identifiquei o poema na hora!). Eu simplesmente me apaixonei completamente pela escritora depois desse livro e já fiquei ansiosa pela leitura de todos os outros livros que têm Poirot como detetive.

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16/05/2023

Review: Um Crime Adormecido - Agatha Christie

Um Crime Adormecido Um Crime Adormecido by Agatha Christie
My rating: 5 of 5 stars

Olá!
Esse é daqueles livros que li quando era criança e não consegui lembrar da história (quem sabe nunca li).
Mais um romance de Miss Marple e como todos sabem é um romance de ótima qualidade. Só não é mais famoso, pois percebemos duas coisas na literatura de AC: a "mídia" da época não gostava de mulheres protagonistas, ou elas ficavam quietinhas nas salas tomando chás e fofocando, ou era coadjuvante do parceiro, mas aqui e ali, imagino que AC se esforçava para burlar as "regras" e nos presenteava com a inteligência de Miss Marple - solteira, livre para viajar e ajudar os amigos... para aqueles que um dia criticaram a ausência do feminismo de AC, deveria refletir sobre como é difícil, até hoje vencer o patriarcalismo (vide que somente em 2023 temos uma Lei sancionada com o salário semelhante entre homens e mulheres - isonomia salarial).

Escolhi uma resenha de um grupo de meninas (que agora são adultas, e pararam de blogar, mas são Assistentes Sociais e espero que felizes em suas profissões) - ah - uma resenha "de uma resistente a AC" - risos

Resenha de Thais, Tatiane e Natália
http://amorlivroseresenhas.blogspot.com/

Título: Um Crime Adormecido
Autora: Agatha Christie

Sinopse:
A jovem Gwenda surpreende uma inexplicável familiaridade em cada cômodo da sua nova residência. A casa fica no sul da Inglaterra. Um mistério vai crescendo e se insinuando nos seus passos: infância, ecos, evocações, realidade e pesadelo no quarto, na escada, no jardim. Em meio ao sonho de Gwenda, o sono de Helen, madura, coagulada no tempo. Assim, como Miss Marple, o leitor não pode ficar no convívio e pesquisa estrita das personagens do presente - suspeitas de insânia e crime: terá de mergulhar no fundo de uma vida, ou de diversas vidas, com um tanto de detetive e outro tanto de psicólogo.
Quem é que soube adormecer esse crime e esconder a sua sombra no meio de tanta luz? Agatha Christie é quem teceu, aqui, uma das mais engenhosas tramas de sua obra.

Comentários:

Gwenda, recém casada, vai ao sul da Inglaterra e compra uma casa para que possa residir com seu marido. Desde o primeiro momento que viu a casa, já se apaixonou e sentiu uma familiaridade muito grande. Esta sensação se dá por já ter vivido nesta casa, e não se lembrar. Uma das lembranças, a de uma mulher loira morta no saguão, faz com Gwenda e seu marido Giles comecem a buscar por respostas sobre este assassinato. Eles tem a ajuda de Miss Marple, que apesar de aconselhá-los a não mexer em um crime adormecido há 18 anos, não aguenta e resolve fazer suas próprias investigações.

Surgem 3 suspeitos, homens que tiveram envolvimento com a vítima. Até que surge uma testemunha, a copeira que trabalhou na época e suspeitava que a mulher havia sido assassinada pelo seu marido. Coincidentemente, a testemunha também é assassinada, trazendo mais dúvidas ao casal.

Sou um pouco resistente aos livros de Agatha Christie (eu sei, uma heresia!!), porém gostei muito desta história. Apesar, da sempre previsível Miss Marple, é um livro que se pode imaginar todas as maneiras e pessoas para o assassinato, porém o final é imprevisível. SUPER RECOMENDO!!!!

Boa leitura!!

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15/05/2023

Review: A Mão Misteriosa - Agatha Christie

A Mão Misteriosa A Mão Misteriosa by Agatha Christie
My rating: 5 of 5 stars

Boa Semana!

Cheguei ao final da seleção de livros lidos no fim de semana. Sim, fazer um desafio literário com AC e ACD é divertido, são livros fáceis de ler e com poucas páginas, flui e não nos sentimos "devedores" do que nos comprometemos.

A Resenha para ese livro é de alguém que acompanha e gosta de AC, acho válido dar essa oportunidade, pois o livro "A Mão Misteriosa" tem uma forma diferente de ser apresentado, e embora já o havia lido, não consegui sequer lembrar do motivo do crime, de tão surpreendente que é o final.
Já, apesar de ser um romance de Miss Marple, a presença dela é mais do que discreta, e bem no final do romance, o que é de fato uma pena, pois os livros de AC com Miss Marple foram o que me fizeram, de fato, ser fã inveterada de AC

RESENHA: A Mão Misteriosa
De: Mari
http://alemdacontracapa.blogspot.com/

Certa vez li uma reportagem que incluía uma lista dos dez livros que Agatha Christie considerava seus melhores. Entre eles, clássicos como “O Assassinato de Roger Ackroyd”, “O Caso dos Dez Negrinhos”, “Assassinato no Expresso do Oriente” e livros não tão famosos como “A Mão Misteriosa”. Sendo este o único dentre os eleitos pela Dama do Crime que eu ainda não havia lido, tratei de tirá-lo logo da estante e conferir mais um exemplar de sua engenhosidade.

Após um acidente, Jerry Burton e sua irmã, Joana, se mudam para a pequena cidade de Lymstock, onde se supõe que nada de emocionante acontece. Mas pouco tempo após a sua chegada, um deles recebe uma misteriosa carta anônima de tom bastante ofensivo e logo descobrem que há tempos o mesmo tem acontecido com vários moradores locais. Quando um suicídio decorre de uma das cartas, o assunto na cidade já não é outro que a identidade do maldoso escritor.

Cartas anônimas em uma cidade pacata onde todos se tornam suspeitos. Esse é o tipo de premissa que Agatha Christie sabe explorar melhor do que ninguém, transformando uma fórmula simples em um livro que faz o leitor elaborar mil teorias e não querer largá-lo até descobrir se alguma delas está certa.

A autora narra a história pelo ponto de vista de Jerry Burton que revisita os acontecimentos depois que o mistério já teve fim. A visão de Jerry é perfeita para a história já que, como recém-chegado em Lymstock, o personagem não tem vínculos anteriores com os moradores do local, permitindo ao leitor ter suas primeiras impressões sobre eles com base nas dele.

“Nesse caso, meu conselho à polícia seria: estudem a personalidade. Deixem de lado suas impressões digitais, o estudo da caligrafia e seus microscópios. Em vez disso, observem o que as pessoas fazem com as mãos, seus pequenos tiques, o modo como se alimentam, e se às vezes riem sem motivo aparente.” (CHRISTIE, p.154, 2012)

Já li mais livros de Agatha Christie do que posso contar, mas sempre me admira como não consigo evitar terminar essas leituras sem um sorriso no rosto. Não importa quantas de suas tramas já tenhamos lido, de alguma forma Agatha sempre surpreende porque é impossível prever todos os seus truques. Em “A Mão Misteriosa” desenvolvi uma teoria por volta da página 70 e ao longo da leitura fui me convencendo de que a autora tentava desviar a minha atenção daquilo, mas que eu estava sendo esperta e captando suas artimanhas. Nem sei se posso chamar de surpresa ver Agatha revelar nas últimas páginas algo que eu nem havia cogitado, tão envolvida estava com a minha própria teoria (que em nada estava certa, diga-se de passagem).

A revelação, como quase sempre nos livros de Agatha Christie, é simples e estava ali para ser vista desde o início. Em um dado momento, Miss Marple diz que cometer um assassinato é como realizar um truque de mágica: tudo gira em torno de fazer a pessoa olhar para a coisa errada, no lugar errado. Alguma dúvida de que a Dama do Crime conhecia alguns truques de ilusionismo?

E por falar em Miss Marple, a participação da personagem foi a única coisa que me desagradou na história. Só o fato de ela aparecer pela primeira vez depois da página 160 mostra sua irrelevância para a trama. Miss Marple não participa dos acontecimentos, apenas aparece para desvendar o mistério graças ao seu conhecimento da natureza humana. Me pareceu uma participação desnecessária, pois a história funcionava muito bem sem a personagem e o mistério poderia ter sido descoberto de outras maneiras.

Não considero “A Mão Misteriosa” uma das melhores histórias de Agatha Christie, mas é uma típica história da autora, recheada com muito do que ela sabe fazer melhor do que ninguém.

Título: A Mão Misteriosa
Autora: Agatha Christie

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Review: Um Corpo Na Biblioteca - Agatha Christie

Um Corpo Na Biblioteca Um Corpo Na Biblioteca by Agatha Christie
My rating: 5 of 5 stars

Bom dia!

Sempre que posso coloco resenhas de pessoas que não conheciam AC para não parecer "rasgação de seda" e exageros dos fãs que as leituras são leves e surpreendentes... é o caso desse livro, que surpreende do início ao fim, pois, como é possível um corpo em uma biblioteca de uma casa aleatória?

Não conseguimos visualizar essa possibilidade nos dias atuais, onde os muros são altos, porteiros 24 horas por dia, mas assim começa esse livro e termina - com uma explicação lógica e surpreendentemente cabível...
Além de provar que o ser humano é mal, tem também sua dose muito grande de ingenuidade:
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“A dificuldade neste caso é que todo mundo tem sido crédulo e ingênuo demais. Não se pode simplesmente dar-se ao luxo de acreditar em tudo que as pessoas nos dizem. Quando há algo de suspeito, nunca acredito em nada! Conheço muito bem a natureza humana.”
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RESENHA: UM CORPO NA BIBLIOTECA
por Raquel Lucena
https://www.queriaestarlendo.com.br
Resenha: Um corpo na biblioteca

Variando um pouco o repertório de romance, resolvi investir em um policial. Agatha Christie é um clássico! Foi o primeiro livro dela que eu li e comecei pelo Um corpo na Biblioteca.

Sinopse: Miss Jane Marple, ligando acontecimentos triviais da aldeia com problemas mais graves, desvenda o mistério do cadáver de uma moça encontrado na biblioteca do coronel Bantry.

Sempre me disseram que os livros dela eram ótimos e eu nunca duvidei, mas sempre adiava. Gosto bastante do tema policial, apesar de ser uma completa tapada para descobrir o assassino. Nesse livro, um dos romances que envolvem a detetive amadora Miss Marple.

Miss Marple é muito amiga da Sra. Bantry e todos já conhecem a fama dela de descobrir mistérios. Então quando foi encontrado um corpo de uma jovem na biblioteca dos Bantry, ela foi uma das primeiras a ser chamada. Ela fica um pouco resistente para desvendar o mistério e até o final do livro você acha que ela não está fazendo absolutamente nada.

É nítido o quanto os policiais ficam incomodados com a presença de Marple e rapidamente já colocam ela de escanteio e desmerecem a sua capacidade de desvendar o mistério. Ela já desvendou outros no lugar deles e deve ser humilhante como policial ver uma civil fazer seu trabalho, ainda mais uma senhora.

O corpo encontrado na biblioteca era da jovem Ruby Keene, mas o mais absurdo era que o Coronel Bantry e a Sra Bantry nunca tinham visto a garota na vida. Ao longo do livro vamos descobrindo vários detalhes sobre a vida dela. Ela está trabalhando no hotel, é dançarina, foi trazida pela prima Josie quando a mesma torceu o tornozelo e tem a amizade e o carinho do Sr. Jeffords.

Jeffords perdeu os filhos e a esposa em um acidente, que também o deixou em uma cadeira de rodas. Já com certa idade, depende da nora e do genro e tem muito dinheiro. Ruby é descrita como um doce de menina e a princípio não tem ninguém que poderia querer ver ela morta. Porém, lá está seu corpo estrangulado na biblioteca.

Mark e Adelaide, genro e nora de Jeffords tem um forte motivo para querer a jovem morta. Jeffords queria adotar a garota, deixando para ela nada menos do que 50 mil libras. É um bom dinheiro que ficaria com Mark e Adelaide, que precisam dele já que ambos estão falidos. Mas os dois tinham um álibi.

Raymond Starr é o par de Josie nos números de dança do hotel, mas como Josie está machucada, agora ele faz par com Ruby. Ele foi um dos últimos a ver a garota, já que ela foi assassinada entre os dois números de dança que eles apresentam na noite. É ele que nota, desesperado, que a garota sumiu e avisa Josie.
Logo após dançar com Raymond, George Barlett chama Ruby para dar uma volta, mas ele diz que ela negou. Ele está hospedado no hotel e vive chamando Ruby para dançar. Sua situação com o crime não é das melhores, já que ele não tem um álibi e se apresenta muito confuso sobre os acontecimentos da noite do assassinato. A situação só piora quando seu carro é encontrado em uma pedreira com um corpo carbonizado dentro. Sim, senhoras e senhores, temos um segundo assassinato.

Além de George, temos um outro suspeito. Um jovem diretor de cinema, que tem suas desavenças com o Coronel Bantry, o que explicaria o corpo ter ido parar na biblioteca dele.

A leitura desse livro foi muito rápida e várias teorias foram feitas e desfeitas. Em menos de dois dias já tinha lido o livro inteiro. Já me disseram que Agatha tem essa magia. Se você está querendo um livro rápido e que vai te fazer ficar com os olhos grudados nele, não querendo perder nenhum detalhe.

Obviamente, eu não desvendei o crime, mas a Miss Marple sim. De forma maravilhosa e detalhista, devo acrescentar. Como eu disse no começo, ela é só uma senhora e é vista pelos policiais somente como uma fofoqueira da vila por eles, mas obviamente a observadora Miss Marple coloca todos eles no chinelo.

Confesso que esse não é aquele tipo de livro que dá adrenalina e tem todo um super suspense. Achei ele bem tranquilo e olha que sou bem medrosa para tudo. Só por não ter essa adrenalina que eu costumo esperar nos romances policiais que esse livro não ganha um 5+. Mas super recomendo a leitura, principalmente por ser tão rápida.

Título original: The Body in the Library
Autora: Agatha Christie

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07/03/2023

Review: O Cavalo Amarelo - Agatha Christie

O Cavalo Amarelo O Cavalo Amarelo by Agatha Christie
My rating: 0 of 5 stars



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Boa Tarde Caríssimos Leitoras e Leitores!!

O Cavalo Amarelo é uma das releituras mais esperadas por mim: primeiro que até parei a Série Poirot para não "lembrar" o que já tinha lido e segundo, porque é de longe o meu livro favorito de AC.

Acredito que ao ler na adolescência e estar na época, bem interessada em esoterismo, me "amarrei" na trama eo Luiz Santiago coloca em "panos limpos" nessa resenha a história, mas, se eu fosse o leitor não leria a resenha antes de ler o LIVRO!

“Só existem duas coisas que as pessoas querem desesperadamente, a ponto de correrem o risco de serem condenadas. A poção do amor e o cálice de veneno.” (CHRISTIE)

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O CAVALO AMARELO - AGATHA CHRISTIE
Resenha de Luiz Santiago 
https://www.planocritico.com/critica-o-cavalo-amarelo-de-agatha-christie/

Lançado em novembro de 1961, O Cavalo Amarelo é diferente de tudo o que Agatha Christie havia escrito e que escreveria pela frente. Nele, temos no centro das atenções um drama conceitualmente inspirado nos romances macabros e sobrenaturais de Dennis Wheatley, que tinha grande prestígio no Reino Unido. O título da obra — que também é o nome de uma antiga e misteriosa propriedade na vila de Much Deeping, onde grande parte da trama se passa — é uma referência ao Livro do Apocalipse, que em seu sexto capítulo nos traz a seguinte descrição: “ E olhou, e é um cavalo amarelo, eo que estava assentado sobre ele tinha por nome Morte; eo inferno o seguia; e foi-lhes dado poder para matar a quarta parte da terra, com espada, e com fome, e com peste, e com as feras da terra”. É, portanto,

O interessante desse livro é que o seu caráter místico não é apenas uma sugestão espirituosa, citada no início e rapidamente atrasada em detrimento de uma explicação lógica, científica, palpável. O que de fato acontece é que o sobrenatural segue como assunto principal e principal desencadeador das mortes que ganhou a investigação, e o leitor não sabe o que fazer diante dessas informações porque lidar com esse tipo de abordagem num livro de Agatha Christie é difícil, visto que a autora sabe esconder muito bem os seus segredos e suspeitos, fazendo-nos primeiro entrar por um tipo de jornada que, pelo menos no aspecto de “coisas misteriosas no meio de um lugar isolado, mas civilizado“, me fez lembrar de O Homem de Palha, embora não haja uma grande iconografia compartilhada pelo restante da população,

Há uma breve participação de Ariadne Oliver no romance, dando um sabor diferente à trama, porque acrescenta, mesmo em sua pequena participação, o olhar cômico, desajeitado e argumento de uma escritora de romances presidiários, ajudando a dar o clique definitivo para Mark Easterbrook, que é quem assume a investigação dos crimes no livro após uma série de situações que acabam chegando até ele: o assassinado de um padre, uma lista de pessoas que adoecem ou morrem misteriosamente, mulheres com poderes paranormais e a ideia de “desejo de morte” que logo é plantada na cabeça do personagem (também um escritor, mas acadêmico: um historiador que está pesquisando sobre o Império Mogul) quando faz uma visita à misteriosa casa de Much Deeping. Como os crimes começam separados do investigador e só depois vão sendo acoplados à sua linha dramática,

Na reta final do livro, a autora vai descortinando de maneira excelente todos os mistérios, fazendo as devidas influências para as mortes e principalmente nos surpreendendo pela revelação da identidade do assassino, da mesma forma que amarra as muitas pontas deixadas pelos capítulos afora, dando um fechamento completo e forçado à história. Tirando dois pequenos momentos no resultado que diminuíram um pouco a minha nota final (a saber: o favor exigido por Mr. Venables à polícia e desconfortável e reticente cena final, entre Mark e Ginger), O Cavalo Amarelo é uma obra curta, de leitura muito prazerosa e que mexe com situações ainda mais difíceis de se nomear e descobrir antes que a autora faça a revelação definitiva. Uma fantasia fantástica com o sobrenatural, mas sem perder a essência da Rainha do Crime.



06/03/2023

Review: Double Sin and Other Stories (Pecado Duplo)

Double Sin and Other Stories Double Sin and Other Stories by Agatha Christie
My rating: 5 of 5 stars



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Boa semana queridos e queridas leitoras!

Para falar sobre esse livro (cujo título ainda não foi publicado no Brasil), fiz um apanhado na internet e usei os  rewiews de outros países.

Aproveitei e, pacientemente, criei meu "próprio volume", selecionando os contos e criando o "Pecado Duplo", ficou bem legal.

Por que fiz isso? Pois, tirando o conto Santuário, já tinha lido os outros que estão espalhados em 3 outras seleções de contos da Agatha Christie publicados no Brasil.

O outro motivo, é que "ouço" no Edge, como expliquei no POST sobre livros de Domínio Público

Você pode ver como ficou o livro "Pecado duplo" e saberá aqui no post em quais livros foram publicados aqui no Brasil.

Double Sin 1961Pecado duplo    dez/22
Agatha Chistie
A - Os primeiros casos de Poirot
B - A aventura do pudim de Natal
C - Os Últimos Casos de Miss Marple
D - Três Ratos Cegos - Cão da Morte (Contos do Além)
A última sessão ( a última sessão )


Em algum lugar na Internet foi dito:
Essa coleção foi divertida, mas ao mesmo tempo confusa porque eu já tinha lido pelo menos duas das histórias e possivelmente mais cinco ou seis delas. Isso é um problema quando há apenas oito histórias lá dentro, mas pelo menos são boas histórias, e é por isso que me lembrei delas em primeiro lugar.

É porque eu tenho todos os livros de Agatha Christie já publicados, e há alguns cruzamentos entre os livros que foram publicados no Reino Unido e nos EUA . Fiquei confuso , porém, porque algumas das histórias também tinham nomes diferentes, mas então comparei este livro com alguns outros que possuo e vi que, embora os nomes fossem diferentes, os parágrafos de abertura eram os mesmos.

Ainda assim, gostei de lê-lo e recomendaria isso a outros fãs de Agatha Christie. Também é legal porque inclui histórias sobre Hercule Poirot e Miss Marple , o que lhe dá uma pequena dose saudável de ambos. Em suma, há muito o que gostar aqui e não muito o que não gostar.
http://www.danecobain.com/

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Segue outra impressão, também dita em algum lugar da Internet:

'Double Sin' (1961) coloca Poirot em clima de Natal

https://reviewsfrommycouch.com
“Double Sin and Other Stories” (1961) reúne oito histórias de Agatha Christie publicadas em revistas de 1925 a 1960. Com quatro contos de Poirot e dois de Miss Marple, o volume mostra principalmente Christie estabelecendo suas fórmulas e seus estilos de detetive.

No entanto, “The Dressmaker's Doll” é uma história divertidamente selvagem. Para saber o que penso sobre isso no “The Last Séance”, veja minha análise da coleção “Last Séance” publicada em 2019 .
No tradicional roubo de joias inglês é onde quero falar principalmente para “A Aventura do Pudim de Natal” (também conhecido como “O Roubo do Rubi Real”, 1960). Como Poirot, eu queria provar o tradicional Natal inglês.

“Pecado duplo e outras histórias” (1961)

Autora: Agatha Christie

Gênero: Contos de mistério

Série: Hercule Poirot nº 38

Cenário: Inglaterra, 1925-60

É a história mais longa do livro com 52 páginas, misturando um roubo e uma grande mansão com descrições de visco, neve, missa da meia-noite e refeições saudáveis. O estômago de Poirot aprova e ele elogia o pessoal da cozinha.

Poirot chega lá por meio de um convite do amigo do amigo ou algo assim; não importa, a família fica apenas felizes por ele estar lá. Christie diz sobre a geração mais jovem que é melhor deixá-los fazer suas próprias coisas, em vez de tentar controlá-los. As estações mudam de várias maneiras em “Pudim de Natal”, mas são as tradições que brilham.

Poirot esperto demais?

A coleção começa com outra história de Poirot, “Double Sin” (1929), um raro mistério de Christie que não tem um sentido lógico. Um negociante de antiguidades planeja um roubo de suas mercadorias para ser pago duas vezes por elas, mas a história nunca explica por que o comprador está disposto a pagar duas vezes. Poderia fazer sentido se o golpista estivesse atrás do dinheiro do seguro.

“Wasps' Nest” (1929) é um pouco melhor. Poirot visita um amigo e deduz algo bastante extremo na psique do homem que resolve o caso e ajuda o amigo. Está cheio de coincidências convenientes, mas Christie tenta uma peça de personagem.

“The Double Clue” (1925) é semelhante a “Double Sin” em que Poirot usa a lógica que se encaixa com o que realmente aconteceu - mas apenas porque Christie escreve dessa maneira. Uma cena de roubo inclui duas pistas, ambas apontando para a mesma pessoa.

Poirot deduz que o suspeito não é culpado, mas também não foi incriminado com as duas pistas - nenhum incriminador deixaria duas pistasPortanto, um objeto é a pista de e um outro objeto foi genuinamente deixado para trás. Mas vamos lá, um conspirador pode ter deixado duas pistas, e um ladrão pode ter deixado duas pistas. Poirot deve ser mostrado para adivinhar errado de vez em quando.

Detetive de poltrona

“Greenshaw's Folly” (1959) é um mistério de mansão sólida que começa com um rosto familiar: Raymond West, sobrinho de Miss Marple. Aqui aprendemos mais detalhes de sua carreira autoral. Ele recebe seis pedidos de autógrafos diariamente pelo correio, mas isso só o torna um sucesso de nível médio. E romances policiais não são o seu forte.

A prima de West está em cena na extensa mansão titular, então Marple entra para resolver o caso de sua cadeira na sala de estar. É um mistério decente baseado em falsificação, mas não temos descrição suficiente da casa titular. É apenas grande e ventilado, mas isso tornaria todas as casas de sua época uma “loucura”. Eu queria peculiaridades arquitetônicas.

“Sanctuary” (1954) encerra o livro de forma respeitosa, novamente com a estrutura de “Folly's”. Um amigo de Marple passa por um caso estranho, então Marple o resolve de sua poltrona. Você não pode errar com um moribundo sufocando misteriosas palavras finais nos degraus da igreja.

Christie fornece um pouco da história: as igrejas já foram santuários sob a lei inglesa - nem mesmo a polícia poderia prender um suspeito em uma igreja, se ele pedisse refúgio lá. Embora a lei tenha mudado, a tradição permanece na época da história.

E ei, as igrejas se encaixam no Natal. Então venha para o “Pudim de Natal”, mas fique para todo o banquete de “Pecado Duplo e Outras Histórias”.

De 'Pecado Duplo e Outras Histórias' (1961)

“The Last Seance” (1926) é uma história bizarramente direta – e violenta – de uma médium realizando uma última sessão antes de desistir da prática porque é fisicamente exaustiva. Já que não há reviravolta no final, acho que a própria ideia de alguém que serve como um elo para o além foi chocante o suficiente em 1926. Essa história é notável por ser inequivocamente sobrenatural - um ponto raro para os Murders por aí.

“A Boneca da Costureira” (1958) é a única história de terror que Christie escreveu na segunda metade do século, e é minha obra favorita de seu gênero. Está firmemente alinhado com filmes de bonecas assustadoras como "Annabelle" e "The Boy".

O autor explica por que as bonecas podem mudar rapidamente de divertidas para assustadoras. As mulheres em uma sala de costureiras (modista) deixam a boneca ocupar um quarto para que não tenham que lidar com suas travessuras (que envolvem simplesmente mudar de um lugar para outro). O final da reviravolta baseada na moral é brilhante e não foi repetido nos filmes recentes de bonecas assustadoras.

******************Resumos**************************

https://www.cin.ufpe.br/~pmgj/agatha/pudim.html
“Pecado duplo e outras histórias” (1961) - não publicado no Brasil em um livro, mas sim em outros títulos relacionado no início do post.

Pecado duplo ( operação dupla )
O Duplo Delito

Durante uma viagem que Poirot e Hastings fazem juntos, eles conhecem uma jovem chamada Mary Durrant que iria vender miniaturas valiosas. No meio da viagem as miniaturas são roubadas e Poirot tenta descobrir quem as roubou e como foram furtadas.


Ninho de Vespa ( a Abelha )
A Casa de Maribondos

Neste caso, Hercule Poirot vai a casa de John Harrison para tentar evitar um assassinato em que a própria vítima não sabe que está correndo perigo. Atuando de forma discreta, Poirot consegue evitar que uma tragédia aconteça.


O Roubo do Rubi Real ( pudim de Natal )
A Aventura do Pudim de Natal

Para tentar resolver o caso do roubo de um rubi, Poirot é convidado a passar o Natal em uma casa que celebra a festa da forma tradicional inglesa. No dia de Natal ele recebe um bilhete avisando a não comer o pudim de passas. Analisando o comportamento das pessoas da casa Poirot tenta descobrir onde está o rubi desaparecido e quem o roubou.


A boneca da costureira ( a costureira de bonecas )
A boneca da modista

Ninguém que havia visitado a modista Alicia Coombe antes havia reparado em uma boneca que descansava em uma grande poltrona de veludo. A boneca parecia ter feições próprias de um ser humano, e mesmo quem não acreditava em possessão de objetos inanimados poderia negar que ela tinha expressões humanas. Com o passar do tempo as ajudantes da modista começaram a perceber que a boneca mudava de lugar sozinha. Eles a colocavam em um determinado local e algumas horas depois ela estava em outro. E estava sempre sentada, demonstrando que estava se sentindo à vontade. O caso não possui nada relacionado à investigação, mas deixa o leitor um pouco apreensivo com o teor “macabro” da história.


Loucura de Greenshaw ( o policial diz as horas )
A extravagância de Greenshaw

Greenshaw foi um homem que conseguiu juntar uma grande fortuna e construiu uma enorme mansão. Porém, ele havia investido tudo na casa e não deixou mais nada de herança para seus parentes. Sua única herdeira foi uma neta, que, depois da morte dele, passou a morar na mansão com uma governanta e um jardineiro. A sobrinha de Miss Marple tem a oportunidade então de produzir um livro sobre o velho Greenshaw e usar a documentação da casa para suas pesquisas, mas um assassinato acontece diante de seus olhos, e o que ela vê pode ser algo totalmente diferente do que parece. É graças a Miss Marple que a verdade é revelada e quem está por trás do crime.

A pista dupla ( o índice duplo )
O Duplo Indício

Ao final de uma reunião informal em sua casa, Mr Marcus Hardman percebe que as joias que estavam dentro de seu cofre foram roubadas. Como ele desconfia de um de seus amigos, vai ao encontro de Hercule Poirot e entrega o caso em suas mãos.

A última sessão ( a última sessão )
A Última Sessão

Na última sessão de uma médium, ela tem que receber o espírito de uma menina, para sua mãe ficar mais tranquila. Mas algo estranho acontece e a médium sofre graves consequências.

Santuário ( Asilo )
Santuário

Um homem chega ferido em uma igreja e Bunch, a esposa do vigário, presencia o fato e ouve suas últimas palavras. Bunch pedirá ajuda à sua velha tia que é perita em resolver casos assim. A tia é nada mais nada menos do que Miss Marple, que rapidamente arma um plano para pegar o(a) assassino(a).

É isso... são 8 histórias tão diferentes entre si, mas impressionantes em suas nuances!

Boas leituras!

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