15/12/2022

Review: O Cadáver atrás do Biombo e Um Furo Jornalístico - Agatha Christie

O Cadáver atrás do Biombo O Cadáver atrás do Biombo by The Detection Club
My rating: 5 of 5 stars



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Não sei se tenho problema em ler livros feito em conjunto com a Agatha, confesso que coloco 5* em homenagem ao trabalho de criar, mas achei os textos bem cansativos. 

Ainda bem que uso resenhas de outras pessoas para equilibrar opiniões.
Segue resenha do blog: https://www.voandocomlivros.com

O Cadáver Atrás do Biombo e Um Furo Jornalístico - resenha

"O Cadáver Atrás do Biombo"

Autores- Hugh Walpole, Agatha Christie, Dorothy L. Sayers, Anthony Berkeley, E. C. Bentley e Ronald Knox.

Gênero - Romance Policial

Classificação - 4,5⭐

Sinopse - "A vida de Wilfred Hope, estudante de medicina, é tudo o que sempre sonhou. Tem pela frente uma carreira promissora e está noivo da encantadora Amy Ellis. Mas a partir do momento em que o sombrio Paul Dudden aluga um quarto na casa dos Ellis, a vida da família desmorona. Todos vivem sempre nervosos e apreensivos, como se temessem o misterioso hóspede. Um dia, quando visita a namorada, Wilfred descobre, atrás de um biombo na sala de estar onde todos se encontravam, o corpo ensanguentado de Dudden."

"A morte tem várias portas para roubar a vida, como disse o poeta. Não tão largas como as de uma igreja mas o bastante para serem utilizadas."

Após admitir, como um pensionista, um senhor chamado Paul Dudden, a família Ellis passou a viver preocupada, aflita e, até mesmo, aterrorizada. Quem mais sentiu essa mudança foi o estudante de medicina, Wilfred Hope, noivo da encantadora Amy Ellis. Mas uma trágica reviravolta ameaça tirar a paz de todos, quando o corpo ensanguentado de Dudden é descoberto atrás do biombo.

Esse primeiro livro foi escrito por 6 autores diferentes. Todos eram membros do Detection Club (um clube só de autores de histórias policiais). Escreveram esse enredo para a televisão, e somente depois foi publicado em forma de livro. 

A elaboração da trama aconteceu como uma espécie de jogo. Hugh Walpole escreveu o primeiro capítulo sem conversar com os demais autores. Agatha Christie e Dorothy L. Sayers fizeram suas criações da mesma forma, partindo do ponto onde o predecessor deixara. Os últimos três autores - Anthony Berkeley, E. C. Bentley e Ronald Knox- se reuniram para resolver o mistério e engendrar uma solução para o desfecho.

O capítulo escrito pela Agatha Christie estabelece uma conexão com o restante da história. Ela consegue, com muita habilidade, armar as tramas a serem solucionadas.

Outro capítulo que ganhou destaque e me chamou atenção foi o primeiro, do Hugh Walpole. Ficou misterioso e eu amei a escrita com o ar um pouco poético.

"Um Furo Jornalístico"

Autores- Dorothy L. Sayers, Agatha Christie, Clemence Dane, E. C. Bentley, Anthony Berkeley,  e Freeman Wills Crofts.

Gênero - Romance Policial

Classificação - 4,5⭐

Sinopse - "Como seu título indica, tem o desenrolar de seu enredo na redação de um matutino e gira em torno da morte de um repórter que estava investigando para seu jornal um misterioso crime cometido num isolado bangalô em Sussex."

Diferente de "O Cadáver Atrás do Biombo", "Um Furo Jornalístico" foi um trabalho em grupo dos autores. Primeiro criaram um esboço e depois, quando iniciada a fase de redação, Sayers assumiu a cordenação.

A história ficou robusta, com vários personagens e cheia de tramas. Confesso que não tentei descobrir quem era o assassino, e acredito que se tivesse tentado eu erraria feio mais uma vez haha...

A variedade, o estilo e as características dos autores, imprimem uma profundidade diferente ao enredo, deixando a história bem interessante.

Eu adorei essa leitura. Apesar de terem estilos bem diferentes, os dois livros me agradaram. Fiquei bem entretida tentando observar as diferenças de narração de um escritor para outro. Além da Agatha, eu fiquei encantada com o Walpole, gostei da técnica ousada da Sayers e dos levantamentos psicológicos de Clemence Dane.


14/12/2022

Sobre o Domínio Público e livros grátis

 Boa Tarde Caríssimos e caríssimas leitoras!

Como sabem, "me viro" para ler alguns livros que comento por aqui.

Sempre tive algumas limitações da infância até boa parte da minha vida adulta, em que investir em compra de livros para leitura, pois significaria tornar meu orçamento menor do que era.

Uma das alternativas que utilizei foi pedir para as pessoas me doarem livros, e sim, ganhei centenas de livros ao longo da vida e na semana passada até veio outra remessa.

Mas, assim como aconteceu comigo, muitas pessoas pararam de comprar e quem compra, quer manter o livro consigo. 

Doei muitos e conservei os que quero ler, ou são meus queridinhos. Só para ter uma ideia doei todos os livros da "Operação Cavalo de Tróia" e adoro. 

Não vou comentar quais são as minhas fontes quando busco o que quero ler (desenho, caligrafia, lápis de cor e literatura), deem suas buscas no Google e divirtam-se, porque tá acabando. O pessoal que vigia os direitos autorais tá de olho e a "fonte tá secando".

Voltemos ao Domínio Público: tem muitos livros e obras que podemos achar livres pela internet, uns pela data de morte do autor, ou mesmo pela data de publicação (depende das regras e do País). Muitos títulos podem ser salvos no computador e, definitivamente, temos uma Biblioteca Infinita nessa jornada e não se fica mais sem material de leitura.

Onde encontrar essas joias e não estar a margem da Lei?

No Projeto Gutenberg, no Archive.Org e no Domínio Público (enquanto eu digitava o texto e olhava o site deu fila, espero que o site esteja no ar)

Sei que estou falando de um tema conhecido, mas o que eu queria compartilhar MESMO são os livros que estão no ARCHIVE.ORG da Agatha Christie (e navegue um pouco mais que acharão edições raras de outros livros e autores - achei de Caligrafia)

A página com os livros da Agatha Christie já está em meus favoritos: Agatha no Archive.ORG e esse site é um baú mágico para antigos sites e blogs. 

Dica de NERD: Pegue seu livro em Inglês, traduza com o google (https://translate.google.com/?hl=pt), faça download do documento, transforme em PDF pelo BROFFICE, agora é LibreOffice (https://pt-br.libreoffice.org/ ) e,  pronto, mais uma alternativa de leitura. 

Ler é mágico, mesmo que use o Browser Edge (download aqui) e faça de seus livros favoritos um áudio book temporário. O Microsoft Edge lê seus textos que estão em formato PDF.

Bem, para hoje foi isso: dicas para ler e estar em dia com o que a Internet tem para nos dar.

Em tempo, alguns livros são gratuitos no Kindle lá na AMAZON, se você tem o APP no celular também pode acessar, mesmo sem o KINDLE tá bem?

UPDATE:
APP no Google Store: Kindle
Meu APP de Leitura favorito: ReadEra

13/12/2022

Review: Cipreste Triste - - Agatha Christie

Cipreste Triste Cipreste Triste by Agatha Christie
My rating: 5 of 5 stars View all my reviews

Olá bons e amados leitores!
Uma releitura de menos de 1 ano, consegui lembrar quem era o culpado e adorei a experiência, pois se presta atenção às pistas!

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Encontrei uma resenha com todas as nuances e impressões semelhantes às minhas, então segue:

Resenha de Lucas - blogueiro em https://leitordossonhos.com/

Olá, Sonhadores! Tem alguém na sua vida que você colocaria sua mão no fogo por ela? Que se surgir alguma acusação contra essa pessoa, com tudo corroborando para sua culpa, você ainda acreditaria na inocência dela? Bem, em Cipreste Triste da grande rainha do crime, Agatha Christie, temos um caso desses. Antes de começar um disclaimer: não há spoilers nessa resenha, tudo o que eu falei está logo nas primeiras páginas do livro!

“- Ah, minha cara Elinor, a mente humana é um mecanismo muito curioso. A sra. Welman pode ter pensado que gostaria de morrer; no entanto, concomitantemente a esse sentimento, havia a esperança de que fosse se recuperar por completo. E por causa desse esperança, acho, sentia que fazer o testamento traria azar. Não era questão de não haver intenção de fazer um, mas de que estava eternamente adiando a decisão.”

Sobre a História

O livro começa nos apresentando Elinor Carlisle e Roddy Welman, dois primos que recebem uma carta anônima dizendo que alguém estava tentando manipular a velha tia Laura, uma riquíssima senhora que estava próxima da morte depois de ter sofrido um derrame, a fazer um testamento deixando toda a sua fortuna para essa pessoa. Juridicamente, a herança deveria ir para Elinor e Roddy que eram seus únicos parentes próximos, mas essa ameaça os fizeram ir até a mansão da tia para averiguar a situação.

Os primos não sabiam quem enviara a carta, mas já tinham uma suspeita sobre a quem ela se referia: Mary Gerrard. Ela era uma jovem, filha do caseiro que trabalhava na mansão e que cresceu junto com Elinor e Roddy. Os amigos já não eram mais próximos como na infância, mas sabiam que Mary, que continuara morando por lá, era muito afeiçoada a tia Laura de forma recíproca. Era bem possível que tia Laura deixasse algum dinheiro para a garota, afinal ela se dedicava muito a cuidar da mulher enferma. Mas manipula-la para ficar com tudo… era um absurdo!

Infelizmente, durante a visita de Elinor e Roddy, a tia Laura morre e é descoberto que, afinal, ela não havia feito testamento nenhum e a fortuna, portanto, ia integralmente para Elinor. E é aqui que começa uma grande emaranhado de tramas: Roddy fica um pouco indignado de não receber nada da herança, mas como ele pretendia se casar com Elinor (que sempre fora apaixonada por ele) ia acabar ficando com a fortuna de qualquer forma. Porém, seu desejo pelo dinheiro foi ofuscado por sua paixão repentina por Mary Gerrard. Assim que ele a reencontrou depois de tantos anos, desistiu do casamento com a prima para tentar conquistar Mary. Porém, seus planos são interrompidos quando a menina é encontrada morta envenenada. Apesar de rica, a vida de Elinor vira de cabeça pra baixo depois de ter seu coração partido por Roddy, pois agora ela é a principal suspeita do assassinato de Mary & da tia Laura.

A única pessoa em defesa de Elinor é o médico que cuidava de tia Laura, Peter Lord. O jovem médico se apaixonou pela mulher e não acreditava, nem por um momento, que ela fosse uma assassina. Peter, então, procura a ajuda da única pessoa no mundo que poderia salva-la dessa acusação: Hercule Poirot!

Minhas Considerações

Eu adoro dar uma atenção a trama nas resenhas dos livros da Agatha, pois elas são sempre muito mirabolantes e atraem nossa curiosidade que adora um fuxico edificante sobre a vida de gente rica passando por problemas. Mas vamos falar um pouco sobre minhas impressões com essa releitura. Antes de qualquer coisa, como eu disse, foi uma releitura, eu já havia lido esse livro anos atrás, lembrava que tinha gostado bastante, mas não lembrava absolutamente nada da história! Inclusive falhei miseravelmente (de novo!) tentando descobrir quem era o(a) assassino(a).

Para quem nunca leu Agatha Christie, eu diria que esse livro é uma boa opção para começar. Ele contém todos os elementos característicos da autora; nos introduz seu detetive mais famoso, Hercule Poirot; tem uma trama complexa o suficiente pra não óbvia e ao mesmo tempo não é impossível de se descobrir a verdade; e não tem tantos personagens a ponto de fazer o leitor se perder. Inclusive, isso é uma das coisas que mais tenho ouvido as pessoas colocarem como “defeito” nos livros da Agatha. Sendo um romance policial, que precisa ter tramas para dificultar a investigação do leitor e adicionar possibilidades de suspeito, é justo que esse tipo de livro tenha uma quantidade maior de personagens. E olha que nem acho que são tantos assim. Me parece mais falta de costume de pessoas que, por algum motivo, acabam lendo mais livros que tem uma quantidade pequena de personagens. Especialmente considerando o fato de que a Agatha usa e abusa de estereótipos em seus personagens, de forma que fica muito fácil identificar eles através disso. Já vi livros com muito menos personagens, mas que têm personalidades tão parecidas que acabam se confundindo muito mais.

Uma coisa que não entendi nesse livro é o título. Não tem referência nenhuma na história. A ilustração de rosas na capa dessa minha edição faz até mais sentido, pois uma roseira é mencionada num momento. Porém nada de ciprestes, muito menos tristes. Eu até fui ver se o título original fazia mais sentido, mas é o mesmo. Então não sei se “cipreste triste” é alguma expressão com significado cultural. Se você souber me conte, por favor!

ADENDO de outra resenha https://literaturapolicial.com/: “Cipreste Triste” faz parte da lista. Escrito em 1940, seu título foi escolhido de um trecho da comédia “Noite de Reis” de Shakespeare:

Vamos rápido, morte, se apresse!
Deito em tábuas tristes de cipreste.
Vai-te embora, sopro de vida meu!
Matou-me uma donzela linda e cruel.
Mortalha branca em muito teixo,
Já deixem tudo feito.
Não houve um outro mais fiel que eu:
Chegou aqui e morreu.

Enfim, como todos os outros livros da autora, é uma leitura que vale super a pena!

“Não sobrevivemos porque nossa razão decide viver. Aquele que, como costumamos achar, ‘estariam melhor mortos’, não querem morrer! E as pessoas que aparentemente têm todos os motivos para viver vão se deixando extinguir porque não têm energia para lutar”

Cipreste Triste
Agatha Christie


Sinopse: A dona de uma mansão no interior da Inglaterra morre durante o sono, depois de padecer de uma longa doença. Enquanto a família ainda se recupera do golpe, uma jovem aparece morta nas redondezas. Quando a bela Elinor é incriminada mediante provas aparentemente irrefutáveis, Hercule Poirot é a única pessoa que pode provar sua inocência. Para chegar à verdade dos fatos, ele terá de travar um embate sem igual na justiça inglesa. Este é o primeiro romance de tribunal protagonizado pelo mais famoso personagem da Rainha do crime.
Publicado em 1940, Cipreste triste foi escrito em plena Segunda Guerra Mundial, um período de intensa produção na carreira de Agatha Christie, que se tornaria um dos nomes mais célebres do século XX em matéria de histórias de tribunal imortalizadas no cinema.

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