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Agatha Christie na Amazon: Livros
O livro que me deixou de queixo caído, simples assim!
Como sempre, procuro sites que já escreveram resenhas, pois não sou muito talentosa em escrever algo e não correr o risco de falar demais ou me enrolar!
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RESENHA: O Caso do Hotel Bertram
De: MARIANA FONTANA SZEWKIES
alemdacontracapa blogspot com
“Existe um lugar formidável em Londres: chama-se hotel Bertram. É como recuar um século e encontrar a velha Inglaterra! As pessoas que se hospedam lá não se encontram mais em lugar nenhum.” (CHRISTIE, 2010, p.15)
Há quanto tempo eu não encontrava Miss Marple em uma de suas acidentais aventuras! Para quem não a conhece, vale apresentar rapidamente a segunda personagem mais famosa criada por Agatha Christie, a simpática velhinha de Saint Mary Mead que parece ter um dom especial para atrair problemas – e por problemas leia crimes e assassinatos - para suas proximidades. Miss Marple não é detetive, embora muitas vezes ajude a policia, sendo até fundamental, na resolução dos crimes. Ela é simplesmente uma pessoa atenta, que repara nos menores detalhes e é, acima de tudo, uma grande conhecedora da natureza humana – como na maioria das vezes é descrita.
Em “O Caso do Hotel Bertram”, Miss Marple hospeda-se no referido hotel para tirar uns dias de férias. Tudo o que ela quer é apreciar a atmosfera do local, que permanece a mesma desde os tempos em que ela era menina, e descansar. Mas como sempre, coisas acontecem quando ela está por perto e desaparecimentos, roubos e mortes cercam o charmoso hotel.
Agatha não tem pressa em apresentar os personagens que viverão essa aventura. Introduz cada um aos poucos na trama, dando tempo para que o leitor os conheça com calma. E quantas personalidades distintas podem ser encontradas no Bertram! O velho e desmemoriado vigário que desaparece sem deixar rastro, a jovem e rica herdeira que insiste em querer saber quem ficará com sua fortuna caso ela venha a morrer antes de se apropriar do dinheiro – algo que só acontecerá quando fizer 21 anos - e a mulher ousada, famosa por suas aventuras e indiscrições são apenas algumas das figuras que Agatha Christie coloca nesse cenário fazendo o que sabe fazer de melhor: deixar o leitor ter noção o suficiente do que está acontecendo – a ponto de se sentir inteligente – ao mesmo tempo que tem consciência de que não sabe exatamente o que está acontecendo, de forma que quando a autora revela o mistério, o leitor se surpreende. Mestre!
Pode se dizer que “O Caso do Hotel Bertram” apresenta duas histórias paralelas: os curiosos roubos, com o mistério das placas semelhantes, e o assassinato – que em se tratando de um livro da dama do crime não poderia faltar. Com tantos elementos em mãos, Agatha lança várias interrogações ao leitor e é hábil o suficiente para que chegado o momento das explicações consiga dar duas respostas plausíveis, mesmo que erradas, antes de dar a resposta correta. Tudo isso nas últimas 15 páginas. Quando você acha que sabe o que está acontecendo, a autora mostra que está tudo errado e quando você se convenceu a abandonar a primeira teoria porque, obviamente, a segunda é a correta ela vem e diz: errado de novo! Repito: Mestre!
Eu já disse, repeti e prometi continuar repetindo o quanto sou fã de Agatha Christie. Miss Marple não é a minha personagem preferida criada por ela, mas é absolutamente adorável e inteligente. Por ser calma e do tipo observadora, suas histórias sempre me parecem seguir um pouco esse rumo: são calmas, com menos urgência que outros casos policiais centrados em detetives profissionais - como Marlowe, Maigret e, claro, Poirot - e do tipo que o leitor observa para ver o que vai acontecer tendo a certeza que, mais cedo ou mais tarde – ou deveria dizer, mais páginas ou menos páginas – Jane Marple e Agatha Christie lhe presentearão com uma grande surpresa.
Em “O Caso do Hotel Bertram”, Miss Marple hospeda-se no referido hotel para tirar uns dias de férias. Tudo o que ela quer é apreciar a atmosfera do local, que permanece a mesma desde os tempos em que ela era menina, e descansar. Mas como sempre, coisas acontecem quando ela está por perto e desaparecimentos, roubos e mortes cercam o charmoso hotel.
Agatha não tem pressa em apresentar os personagens que viverão essa aventura. Introduz cada um aos poucos na trama, dando tempo para que o leitor os conheça com calma. E quantas personalidades distintas podem ser encontradas no Bertram! O velho e desmemoriado vigário que desaparece sem deixar rastro, a jovem e rica herdeira que insiste em querer saber quem ficará com sua fortuna caso ela venha a morrer antes de se apropriar do dinheiro – algo que só acontecerá quando fizer 21 anos - e a mulher ousada, famosa por suas aventuras e indiscrições são apenas algumas das figuras que Agatha Christie coloca nesse cenário fazendo o que sabe fazer de melhor: deixar o leitor ter noção o suficiente do que está acontecendo – a ponto de se sentir inteligente – ao mesmo tempo que tem consciência de que não sabe exatamente o que está acontecendo, de forma que quando a autora revela o mistério, o leitor se surpreende. Mestre!
Pode se dizer que “O Caso do Hotel Bertram” apresenta duas histórias paralelas: os curiosos roubos, com o mistério das placas semelhantes, e o assassinato – que em se tratando de um livro da dama do crime não poderia faltar. Com tantos elementos em mãos, Agatha lança várias interrogações ao leitor e é hábil o suficiente para que chegado o momento das explicações consiga dar duas respostas plausíveis, mesmo que erradas, antes de dar a resposta correta. Tudo isso nas últimas 15 páginas. Quando você acha que sabe o que está acontecendo, a autora mostra que está tudo errado e quando você se convenceu a abandonar a primeira teoria porque, obviamente, a segunda é a correta ela vem e diz: errado de novo! Repito: Mestre!
Eu já disse, repeti e prometi continuar repetindo o quanto sou fã de Agatha Christie. Miss Marple não é a minha personagem preferida criada por ela, mas é absolutamente adorável e inteligente. Por ser calma e do tipo observadora, suas histórias sempre me parecem seguir um pouco esse rumo: são calmas, com menos urgência que outros casos policiais centrados em detetives profissionais - como Marlowe, Maigret e, claro, Poirot - e do tipo que o leitor observa para ver o que vai acontecer tendo a certeza que, mais cedo ou mais tarde – ou deveria dizer, mais páginas ou menos páginas – Jane Marple e Agatha Christie lhe presentearão com uma grande surpresa.
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