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13/07/2023

Review: As Aventuras de Sherlock Holmes Arthur Conan Doyle

As Aventuras de Sherlock Holmes As Aventuras de Sherlock Holmes by Arthur Conan Doyle
My rating: 4 of 5 stars

Bom dia!

Ainda tenho resistência aos contos de Arthur Conan Doyle (ACD) - por isso é tão bom fazer a pesquisa e descobrir outros leitores e fã, assim consigo mostrar a qualidade da literatura e profundidade dos temas sem colocar meus sentimentos, pois gosto do que leio, mas não me apaixonei como sou apaixonada por AC.

Para concluir a resenha precisei recorrer a 3 Sites em separado, pois aqui no Brasil os contos foram repartidos em dois volumes - ou mesmo foram publicados em outros títulos (muito comum, por sinal)

Boas leituras e até a próxima aventura literária!

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Resenha de Isabelle: https://www.mundodoslivros.com/
Título: As Aventuras de Sherlock Holmes (Edição Bolso Luxo)
Autor: Arthur Conan Doyle

Sinopse: O cenário é Baker Street, virada do século XIX para o século XX em uma Inglaterra cavalheiresca e genial, ao mesmo tempo, problemática e ambígua. Sherlock Holmes é um famoso detetive, em tanto excêntrico, que tenta solucionar mistérios acompanhado por seu fiel escudeiro Watson. O livro traz os doze primeiros contos do autor, publicados entre julho de 1891 a junho de 1892 na Strand Magazine.

Título: Escândalo na Boêmia

Em "O Escândalo da Boêmia", meu conto favorito do melhor detetive do mundo, um aristocrata se vê em apuros, devido à atos impensados de juventude, cabendo a Sherlock e seu amigo, Dr. Watson, investigarem e pegarem de volta as provas de tais ações da bela e sagaz Irene Adler. Nesse conto vemos que mesmo o mais esperto dos detetives pode falhar em sua missão, e o melhor ainda, ele foi "derrotado" por uma mulher! Não é um dos mais emocionantes e repletos de ação, mas mostra como o papel da mulher já vinha mudando na sociedade, sendo ela também capaz de raciocínio rápido e uma esperteza ímpar!

Título: A Liga dos Cabeças Vermelhas

No conto "A Liga dos Cabeças Vermelhas" (ou ruivos, a depender a tradução) Watson chega à casa de seu velho amigo, quando o mesmo está recebendo seu mais novo caso. Nessa nova aventura, descobrimos uma excêntrica liga, que faz seu cliente prestar um serviço relativamente simples por um ônus relativamente alto. Sherlock então investiga esse curioso grupo, deparando-se com algo pérfido e engenhoso, bem como o envolvimento um dos vigaristas mais procurados de Londres. Esse é um conto com boa dose de ação, mostrando mais uma vez Sherlock como uma autoridade a ser respeitada!

Título: Um Caso de Identidade

Em "Um Caso de Identidade", Sherlock e Watson estão discutindo sobre os casos do detetive e como, por mais simplório que seja, pode esconder um estratagema atípico e uma conclusão extravagante. Em meio a essa discussão, chega a senhorita Mary Sutherland.

Essa jovem moça está a procura de seu noivo, um rapaz que a encantou e jurou eterna fidelidade e que, no dia de seu casamento, desapareceu da carruagem que os levava, sem deixar qualquer rastro. Cabe então ao consultor criminal, a partir do relato da jovem, desvendar o quebra-cabeças, dando-nos um resultado no mínimo, instigante.

Esse conto é deveras curioso, pois apresenta justamente a concepção trazida ao começo: De que um caso, aparentemente banal e sem importância, pode trazer consigo uma resolução fora do normal. Mostra também como a ambição humana pode ultrapassar alguns limites e que, quem muito quer, uma hora pode acabar tendo que pagar o preço.

Título: O Mistério do Vale Bascombe

Em "O Mistério do Vale Boscombe", Sherlock e Watson parte para o interior da Inglaterra, a pedido de seu conhecido da Scotland Yard, Lestrade. Eles precisam resolver um assassinato, cujo o principal suspeito é o próprio filho da vítima, que alega inocência, apesar de afirmar também ser merecedor deste castigo. Esse conto mostra que Sherlock não importa-se com provas substanciais, revelando-nos que elas podem ser enganosas, e que, quanto mais simples parece o crime, mais complexa é a sua resolução.

Título: As Cinco Sementes de Laranja

"As Cinco Sementes de Laranja" foi um dos contos mais sensoriais que li do Sherlock Holmes. Ambientado em uma noite chuvosa que Watson está passando na Baker Street após a sua esposa viajar, somos surpreendidos pela figura de um jovem aterrorizado pela ardilosa trama que a sua família foi envolta.

Sendo seus parentes perseguidos por uma misteriosa organização identificada como K.K.K. que enviou sementes de laranja para cada um até que estes sucumbissem de maneira misteriosa, ele procura Holmes em um ato de desespero para buscar um fim não só para esse mistério, como também, para escapar de um destino aterrador.

Apesar do cenário no qual a história foi narrada ser a sala de Holmes, Doyle leva o seu leitor a um passeio pela Inglaterra através do relato do jovem cliente do detetive. Fiquei absolutamente encantada com a atmosfera criada pelo autor, ainda mais por sentir que era capaz de resolver o problema junto com os personagens. Infelizmente, essa característica é abandonada e logo nos deparamos com um desfecho pouco comum para as histórias do autor: a ausência de resolução da problemática trazida inicialmente, bem como, a presença de um final que deixa muito para o leitor definir o que de fato aconteceu com alguns importantes personagens deste conto.

Título: O Homem da Boca Torta

"O Homem da Boca Torta" é mais um conto narrado por Watson em que vemos um pouco da sua vida de casado. Ele que acabara de chegar em casa quando a esposa de um cliente seu o procura desesperada por informações que pudessem levá-la até o marido que estava há dias desaparecido, tem seu repouso interrompido por mais tempo que imaginava.

Deparando-se com um local onde há um consumo intenso de ópio, Watson logo vê o seu paciente que apesar de estar delirando, encontra-se perfeitamente bem. Entretanto, mais do que isso, ele acaba por ser interceptado por um Sherlock Holmes completamente disfarçado e concentrado em resolver mais um de seus mistérios.

O caso que ele está trabalhando, inicialmente, parece ser simples de ser solucionado, porém, quando analisado mais profundamente percebe-se que nada está esclarecido como deve. Afinal, como um homem (morto ou vivo) poderia desaparecer diante dos olhos atentos de uma esposa? E mais importante, como fazer isso deixando pistas que não revelam de modo algum o seu paradeiro?

Confesso que esse foi um dos contos que demorou a me fisgar, porém, logo que consegui pegar o fio da meada me vi em uma leitura intensa a fim de conhecer os verdadeiros fatos. Nesta história, temos o relato de vários personagens, o que dá ainda mais força ao sentimento de que estamos diante de uma investigação.

Também há a transferência de alguns aspectos da vida do Holmes para outros personagens, bem como, mais uma prova do quanto a amizade entre o bom doutor e o investigador é forte. A solução desse mistério foi uma das mais criativas que vi, principalmente por trabalhar a questão do ver mas não observar. Sem sombra de dúvidas, mesmo com o ritmo mais lento esse é um dos melhores contos do livro "As Aventuras de Sherlock Holmes".

Continuação da resenha de Pedro Miguel: https://deusmelivro.com/

“A Aventura do Carbúnculo Azul” é um dos mais alucinados contos deste volume, onde Holmes terá de descobrir a quem pertence um chapéu velho e um ganso, perdidos durante um confronto com um grupo de rufias. Sherlock mostra aqui o seu lado humano, que não vai necessariamente na direcção do cumprimento da lei.

“A Aventura da Faixa Malhada” é, de acordo com o escriba Watson, o caso mais invulgar com que se depararam, onde irão investigar uma morte precedida por um assobio e um som metálico. Um conto com ecos de xxx, romance policial de xxx.

“A Aventura do Polegar do Engenheiro” envolve um cliente que perdeu o dedo durante a reparação de uma máquina com um propósito suspeito; em “A Aventura do Solteiro Nobre”, a dupla tentará descobrir uma noiva que desapareceu durante o almoço da boda; “A Aventura da Coroa de Berilos” parte de um volumoso adiantamento bancário para um conto onde um símbolo da nação acaba destituído de três preciosas pérolas; a terminar, “As Faias Cor de Cobre” apresenta-nos a uma rapariga que recebeu uma aparentemente irrecusável proposta para ser governanta, onde em troca de um salário chorudo terá de tomar conta de uma criança, usar um vestido azul, cortar o cabelo muito curto e sentar-se aqui e acolá quando lhe pedirem.

E finalmente, o final do livro resenha de Tatiane: https://paisdaliteratura.wordpress.com/

Hoje vou falar sobre os outros três contos do livro o roubo da Coroa de Berilos. Na semana passada eu falei sobre os contos O Carbúnculo Azul, A Faixa Manchada e O Polegar do Técnico. Hoje vou falar sobre O Solteirão Nobre, O Roubo da Coroa de Berilos e As faias de cobre. Você também pode clicar aqui para conferir as outras resenhas de Sherlock Holmes.

O solteirão nobre

O inglês Lorde St. Simon, em viagem aos Estados Unidos, conheceu a bela Srta. Hatty Doran. Os dois ficaram muito próximos nos EUA e, quando a jovem e seu pai chegaram ao Reino Unido, os dois se reencontraram. Após a reaproximação, aconteceu o noivado e o casamento. Tudo estava perfeito e todos estavam radiantes, até que após o almoço de casamento a noiva saiu e não foi mais vista.

É um caso bem curioso porque, como coloca o próprio Holmes, esses sumiços costumam acontecer antes do casamento ou durante a lua-de-mel. Mas o mais curioso é acompanhar o raciocínio de Holmes que, em pouquíssimos minutos, tinha resolvido o caso. Isso sem nem mesmo sair de casa. Às vezes o que pode parecer complicado e estranho fica muito mais simples se ligarmos os fatos sem fazer suposições precipitadas.

O roubo da Coroa de Berilos

O Sr. Alexander Holder é um famoso banqueiro londrino que, um dia, teve a surpresa de receber em seu banco um homem pedindo um empréstimo de 500 mil libras e dando como garantia um verdadeiro tesouro da realeza inglesa. Como qualquer pessoa precavida, o Sr. Holder levou a coroa para a casa, mantendo-a perto de si o tempo todo, onde estaria segura. Moravam com ele apenas o filho, a sobrinha e algumas criadas, todas de muita confiança. Mas, que surpresa ele teve ao acordar à noite e ver seu próprio filho segurando a coroa com uma parte e três berilos faltando.

Holmes é envolvido no caso para evitar escândalo, como a maioria dos casos em que ele trabalha. Esse não é tão difícil de acompanhar quanto alguns outros. À medida que ele faz perguntas para a família, a mesma ideia que surge para ele surgiu para mim. Tudo baseado na forte crença de que o filho não havia roubado nada. Talvez pelo fato de que eu consegui realmente acompanhar o raciocínio e até antecipar algumas coisas, esse é um dos contos que eu mais gosto!

As faias de cobre

A senhorita Violet Hunter é uma moça que havia perdido o emprego de governanta e estava desesperada à procura de uma nova oportunidade. E ela veio com o senhor Jephro Rucastle, e acompanhada de uma excelente quantia em dinheiro. A moça, com dúvidas sobre o emprego e as exigências feitas pela família, foi se aconselhar com Sherlock Holmes, que se pôs à disposição dela caso algo acontecesse. E não foi nenhuma surpresa que, 15 dias após aceitar o emprego, uma carta da moça, cheia de preocupações e suspeitas foi endereçada à rua Baker.

Esse conto não tem muito de misterioso ou complicado. Muito do que seria o grande mistério já é previsto logo no começo da história e apenas confirmado depois. Mas, eu gosto da forma como ele se encaixa nesse livro, junto com os outros contos.

Eu gosto desse livro porque ele aborda um outro aspecto da riqueza das pessoas, mostra suas vulnerabilidades de diversas formas e traz questões que não são tão surpreendentes e absurdas. As histórias desse livro são, na verdade, muito próximas da realidade. Isso é uma das coisas que eu mais gosto nas histórias.

15/06/2023

Review: O vale do medo - Arthur Conan Doyle

O vale do medo O vale do medo by Arthur Conan Doyle
My rating: 4 of 5 stars

Mais um livro sobre Sherlock!
Me sinto culpada, mas não consigo ter a mesma paixão por ele do que tenho pelo Poirot, sei que são estilos diferentes, mas me permito ser crítica.
Quanto a esse livro, gostei só da primeira parte, a segunda foi algo tão sem sentido pra mim, por isso procurei uma resenha de quem gostou, pois assim fica mais fácil!
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Resenha de Isabelle:
https://www.mundodoslivros.com

Título: O Vale do Medo
Série: Sherlock Holmes
Autor: Arthur Conan Doyle

Por meio de uma mensagem cifrada, Sherlock Holmes e seu leal Watson descobrem que um certo John Douglas, proprietário e morador do Solar Birlstone, está correndo risco de morrer. Pouco mais de uma hora depois, no entanto, ficam sabendo que o assassinato fora consumado na noite anterior, em circunstâncias extraordinárias. A casa estava trancada, a ponte levadiça suspensa, como alguém poderia ter pulado o profundo fosso que cercava a construção? Desvendar esse mistério acabará transportando Holmes e Watson para décadas antes. Na Pensilvânia dos anos 1880, uma organização secreta, corrupta e violenta, assombrava os dias e noites de operários de uma mina de carvão. Essa mistura perigosa viria a determinar o futuro do infeliz John Douglas.

Sherlock Holmes e Dr. Watson tinham um problema em mãos para resolver. No entanto, todas as tentativas para elucidá-lo pareciam ruir pela falta de uma importante peça para encaixar o quebra-cabeça oferecido pelo bilhete cifrado que fora enviado para o detetive. Trabalhando em um processo de eliminação de teorias, depois de algum tempo eles finalmente conseguem entender a mensagem contida naquela mensagem. Mas para o espanto de ambos, o que estava escrita ali era nada mais nada menos do que o aviso de que um homem chamado John Douglas estava ameaçado de morte. Antes mesmo que eles pudessem refletir sobre o que fazer para avisar a possível vítima dos riscos que ela corria, um velho conhecido de Holmes bate a sua porta e traz a fatídica notícia de que o crime que eles foram alertados que ocorreria, de fato ocorreu.

Partindo imediatamente para a propriedade de John, eles se surpreendem quando são recebidos por uma cena de violência grotesca em que tudo levava a crer que o desejo de vingança tinha sido o grande motivador do crime. Todavia, após uma grande reviravolta no caso, chegam até o conhecimento deles uma história assombrosa de uma terra sem lei, onde homens possuidores dos piores instintos cometiam assassinatos bárbaros e imputavam o terror nos moradores de uma cidade que sobrevivia através dos trabalhos gerados nas minas localizadas ao redor do lugar. Adentrando mais profundamente na mente do homem que narra esses fatos, aos poucos Holmes e Watson percebem que nem tudo o que parece, é.

Assim como o primeiro romance da série protagonizada por Sherlock Holmes, o livro “O Vale do Medo” é dividido em duas partes. Como a primeira delas é dedicada à investigação, ela é narrada por Watson enquanto a segunda é narrada sob a perspectiva de um homem de caráter duvidoso conhecido como Jack McMurdo e que nos revela pouco a pouco os segredos terríveis que o famigerado vale esconde. Mais do que um policial com foco na descoberta do responsável pelo crime, nesse livro Doyle traz uma história obscura que paralisa o leitor diante de um relato que apesar de fictício, carrega em sua essência a triste realidade vivida por pessoas que viveram o terror imputado por uma facção criminosa conhecida pelo nome de “Molly Maguires” que agia em determinadas regiões dos Estados Unidos em meados do século XIX.

Segundo o estudioso Leslie S. Kingler que comenta a edição, além desta, são várias as analogias que Doyle faz a pessoas e acontecimentos reais nesse livro. Tanto, que para ajudar o leitor a se orientar melhor nesse aspecto, ele disponibiliza uma tabela com todos os análogos que ele conseguiu catalogar na área de anexos do livro, como também, discorre sobre cada um deles nas notas do livro. Mas não é só isso. Antes de iniciar a narrativa intitulada de “Os Scowrers”, ele discorre brevemente sobre uma curiosa possibilidade: a de que a segunda parte de “O Vale do Medo” pode ter sido escrita por outra pessoa que não Doyle.

Ao que se sugere, o dito autor possuía certos conhecimentos históricos sobre o assunto, bem como, algum talento para escrever ficção. Se isso for verdade, posso dizer sem sobre de dúvidas que isso o ajudou a carregar a narrativa com tamanha densidade e fluidez que mesmo quando ele está descrevendo ataques frios e cruéis a pessoas inocentes, o leitor não consegue deixar de ler cada página avidamente. Ouso dizer até, que nesse livro a segunda parte suplanta com certa vantagem a narração de Watson sobre a investigação conduzida por Holmes, pois por mais que ela seja envolvente, deixa a desejar se equiparada com “O Cão dos Baskerville”, por exemplo. Se isso é também uma consequência da “ressurreição” de Sherlock Holmes que Doyle teve que realizar mesmo a contra gosto, eu não sei. A única coisa que sei com certeza é que esse é um livro que faz o leitor refletir seriamente sobre o real significado de justiça e vingança.


[...] Este é o Vale do Medo, o vale da morte. O terror está nos corações das pessoas do crepúsculo ao raiar do dia. Pág. 177

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18/05/2023

Review: O Cão dos Baskervilles - Arthur Conan Doyle

O Cão dos Baskervilles O Cão dos Baskervilles by Arthur Conan Doyle
My rating: 5 of 5 stars






Olá!

Livro interessante de se ler, fico sempre envolvida pela criatividade e a contemporaneidade: dinheiro, poder, maldade.
Não percebemos o mal se não o "olharmos" a fundo, sim, as coisas ruins vendem mais e influenciam mais os sentimentos...
Com mais Sherlocks, mais Poirots, será que teríamos menos crimes?

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Resenha de Beatriz Andrade
http://vocedebemcomaleitura.blogspot....

Título: O Cão dos Baskerville
Autor: Arthur Conan Doyle

Sinopse: Uma terrível maldição pesa sobre os Baskerville na velha mansão de seus ancestrais, no meio de um pântano selvagem no interior da Inglaterra: quando um cão enorme e demoníaco, uma fera gigantesca e faiscante aparece, é morte certa para um membro da família. As circunstâncias dramáticas da morte repentina de Sir Charles Baskerville e os uivos aterrorizantes que vêm do pântano parecem confirmar essa maldição. Seria essa morte causada por um ser sobrenatural? Ou seria ela um macabro homicídio?
Henry Baskerville, o herdeiro de Sir Charles, volta do Canadá para tomar posse de seu título e de seus domínios. Ainda em Londres, recebe um bilhete anônimo: “Se você dá valor à sua vida ou à sua sanidade mental, deve se manter longe do pântano.” Apesar da ameaça e sem noção do terror que os espera, Sir Henry decide ir para a Mansão Baskerville, acompanhado por Watson, amigo e assistente de Sherlock Holmes encarregado pelo detetive de proteger o rapaz. Enquanto isso, Sherlock se empenha em resolver o enigma sem o conhecimento dos outros…
Escrita em 1902, esta história fascinante, que beira o fantástico, é uma das mais famosas investigações de Sherlock Holmes.

Resenha
O Detetive Sherlock Holmes está diante de um caso interessante e completamente enigmático. Todos que escutam falar sobre a lenda do Cão dos Baskerville têm a certeza de que há algo sobrenatural e maligno nela, uma maldição que assola a família há gerações. Tudo começou quando o cruel Hugo Baskerville sequestrou uma bela donzela e a manteve como prisioneira, seus planos eram sórdidos e antes que tivesse a oportunidade de executá-los e jovem conseguiu fugir.

Quando Hugo deu falta da moça partiu para capturá-la antes que ela conseguisse retornar para a sua casa. Os amigos dele (muito bêbados) foram atrás, no caminho encontraram com um pastor apavorado dizendo que viu a perseguição e que atrás de Hugo corria “um cão dos infernos”. Os homens não acreditaram, mas ao chegarem a cena que encontraram os chocou, a jovem estava morta, perto dela estava Hugo e em cima dele um cão dilacerando a sua garganta.
“Bem diante deles, a besta arrancou a garganta de Hugo Baskerville, e quando o animal os fitou com os olhos ardentes e as mandíbulas pingando de sangue, os três berraram de pavor e fugiram gritando pelo pântano. Dizem que um deles morreu naquela mesma noite, em decorrência do pânico, e os outros dois viveram atormentados pelo resto de seus dias.”

Se a história é verdadeira ou não ninguém sabe, mas os membros da família Baskerville enfrentam mortes trágicas e misteriosas desde então. O pântano se tornou um lugar onde ninguém tem coragem de ir após o anoitecer, principalmente se for um Baskerville. Porém, Sir Charles Baskerville – ainda não se sabe por qual motivo – entrou no pântano à noite e acabou morto.

Sir Charles levava a sério a lenda e nunca ia ao pântano à noite, vinha sofrendo de problemas no coração e sua saúde estava bastante abalada. A causa da morte divulgada ao público foi a de insuficiência cardíaca, o médico ainda relatou que o rosto de Sir Charles estava distorcido tão intensamente que foi difícil reconhecê-lo, mas que isso é comum em casos como esse. No entanto, o Dr. Mortimer ocultou um fato muito importante!

Bem próximo ao corpo havia pegadas e ele pôde perceber que pertenciam a um cão gigante. Para não alimentar a supertição local e espalhar o pânico, ele manteve essa informação fora do inquérito. Mas decidiu revelá-lo a Sherlock porque precisa da ajuda do brilhante detetive. Sir Henry Baskerville é o herdeiro da mansão e está a caminho, mas o médico teme pela vida dele e pede a Sherlock que lhe diga o que fazer.

Sherlock está muito atarefado em Londres, então envia seu fiel amigo Dr. Watson para fazer a segurança do rapaz e ser o responsável por relatar todos os acontecimentos para que Sherlock possa, ainda que de longe, estudar o caso. O que acontecerá a seguir deixa a todos completamente surpresos. De fato Sir Henry corre perigo e um cão grotesco está a sua espera, mas Sherlock Holmes será capaz de solucionar esse enigma antes que seja tarde demais?

Minha impressão
Esse é o meu gênero literário preferido, eu amo uma boa trama investigativa e quando se trata de Sherlock Holmes é impossível não se envolver com a leitura. O Cão dos Baskerville é uma obra que traz um lado misterioso e um toque sobrenatural que deixa tudo ainda mais interessante. Holmes é genial, mas aqui temos mais contato com Watson, embora quem dê a grande tacada, a jogada de mestre, é o nosso detetive... e faz isso brilhantemente!

Eu acho incrível como um livro clássico pode ainda nos surpreender, esta história foi escrita em 1902 e tem tanto a nos oferecer, para amantes da literatura policial é uma leitura obrigatória. Vergonhosamente eu ainda não conhecia e fiquei muito satisfeita em ter tido essa experiência, foi uma leitura completamente agradável e que atendeu a todas as minhas expectativas.

Essa versão é integral – sem adaptação – e faz parte da coleção Clássicos Autêntica que conta com obras como: Viagens de Gulliver, A Escrava Isaura, Pollyanna e muitos mais. A edição está impecável, com uma capa belíssima e ilustrações de Sidney Paget. É um livro curtinho e que pode ser lido em poucas horas. Uma leitura que eu recomendo.

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15/05/2023

Review: O Sinal dos Quatro - Arthur Conan Doyle

O Sinal dos Quatro O Sinal dos Quatro by Arthur Conan Doyle
My rating: 5 of 5 stars

No ano de 2023 decidi que Arthur Conan Doyle deveria ser mais um dos meus desafios, e não me decepcionei.
Em 2001 tinha lido "Os cães de Baskerville", portanto, pra quem AMA investigações, é quase uma leitura obrigatória!

A Resenha de hoje é de Natália Araújo
http://www.revelandosentimentos.com.br
Resenha: O signo dos quatro

Olá gente linda,

Toda vez que nenhum dos meus livros parece interessante e a vontade de ler está fraca (a tal da ressaca literária), basta eu pegar um volume das maravilhosas aventuras de Sherlock Holmes que é alegria na certa.

Conan Doyle possui uma escrita detalhada a diferenciada, que conduz o leitor em um caso cheio de desdobramentos, ou o afasta de vez da narrativa. Resumindo: Conan Doyle, ame-o ou deixe-o (ou você ama, ou detesta). Eu sou dessas pessoas que ama, então obviamente a resenha aqui será bastante positiva.

Nossa história, narrada pelo Dr. Watson, acompanha mais um caso peculiar: uma morte misteriosa e um roubo grandioso.

Certo dia, Holmes encontra-se entediado e depressivo, pois não tendo nenhum caso para resolver, o mesmo mergulha na mais profunda melancolia. Watson, como sempre, se preocupa com a saúde do amigo, mas nada pode fazer para ajudar. Inesperadamente ambos recebem a visita de uma meiga dama chamada Mary Morstan, que está preocupada com um bilhete recém-recebido. O aviso lhe pede que leve dois amigos consigo a um endereço informado e lhe promete fazer justiça.

A jovem, então, conta sobre suas desconfianças com relação ao recado: seu pai, Mr. Morstan ,misteriosamente morto há dez anos, deixou-a completamente sozinha no mundo. Porém, um tempo depois de sua morte ela começou a receber pérolas raras por correio, de um remetente desconhecido.

A dama desconfiava que a pessoa que lhe enviou o bilhete era a mesma pessoa que lhe enviava as pérolas.

Imediatamente a par dos acontecimentos, Holmes e Watson acompanham a jovem Mary ao intrigante encontro. Uma vez lá, a dama é informada por Mr. Thaddeus Sholto de que é dona de um exorbitante tesouro, o qual a deixará tão rica quanto a própria Rainha.

Mr. Sholto possui um irmão gêmeo, o qual está em posse de todo o dinheiro. Ambos herdaram todo o dinheiro de seu falecido pai, Major Sholto, que foi muito amigo de Mr. Morstan, pai da dama. Originalmente o tesouro pertencia a ambos - Major Sholto e Mr. Morstan, mas devido à morte do último, o tesouro foi desfrutado somente pelo primeiro.

Chegando à casa do gêmeo de Thaddeus para que Mary pegue sua parte do tesouro, eles o encontram morto de uma forma assustadora, e o tesouro foi roubado.

São necessários então os conhecimentos incríveis de Sherlock Holmes para desvendar esse caso que parece muito óbvio para os precipitados, mas impossível de resolver para os cautelosos. Como sempre, Conan Doyle não deixa pontas soltas e nos esclarece até os mínimos detalhes.

Watson serve de narrador para que nós, leigos na arte de ler as evidências, possamos entender exatamente como Holmes chega a todas as suas conclusões, pois como é mencionado na introdução do livro (aqui não cito literalmente): O leitor nunca será tão esperto quanto Holmes, mas também não será tão leigo quanto Watson.

Se você, assim como eu, é fã das aventuras do detetive mais famoso do mundo, não tenho dúvidas de que amará também essa história cheia de mistérios.


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27/12/2022

Review: O Sinal dos Quatro - Arthur Conan Doyle

O Sinal dos Quatro
O Sinal dos Quatro by Arthur Conan Doyle
My rating: 5 of 5 stars






Olá!

Para esse ano (2022), acredito ser meu derradeiro livro para o desafio.
Dona de casa e trabalhar fora, na chegada da virada de ano, bem, muitas coisas para fazer.
Embora sejam livros de áudio, precisa focar para ouvir e estou de avião.

Vou usar a resenha de Silvana: http://www.revelandosentimentos.com.br/ , achei simples e direto ao ponto, lembrando que ele é extremamente fã de Conan Doyle...
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Nossa história, narrada por Dr. Watson, acompanha mais um caso peculiar: uma morte misteriosa e um roubo grandioso.

Certo dia, Holmes encontra-se entediado e deprimido, pois não tendo nenhum caso para resolver, o mesmo mergulhou na mais profunda melancolia. Watson, como sempre, se preocupa com a saúde do amigo, mas nada pode fazer para ajudar. Inesperadamente, ambos recebem a visita de uma meiga dama chamada Mary Morstan, que está preocupada com um bilhete recém-recebido. O aviso lhe pede que leve dois amigos consigo a um endereço informado e lhe promete fazer justiça.


A jovem, então, conta sobre suas desconfianças com relação ao recado: seu pai, Mr. Morstan, misteriosamente morto há dez anos, deixou-a completamente sozinha no mundo. Porém, um tempo depois de sua morte ela começou a receber pérolas raras por correio, de um destinatário desconhecido.
A dama desconfiava que a pessoa que lhe invejava o bilhete era a mesma pessoa que lhe invejava as pérolas.

Imediatamente a par dos acontecimentos, Holmes e Watson acompanham a jovem Mary ao intrigante encontro. Uma vez lá, a dama é influenciada pelo Sr. Thaddeus Sholto de que é dona de um tesouro exorbitante, o qual a deixará tão rica quanto a própria Rainha.

Sholto possui um irmão gêmeo, o qual está em posse de todo o dinheiro. Ambos herdaram todo o dinheiro de seu pai falecido, Major Sholto, que foi muito amigo do Sr. Morstan, pai da dama. Originalmente o tesouro permaneceu a ambos - Major Sholto e Mr. Morstan, mas devido à morte do último, o tesouro foi desfrutado somente pelo primeiro.

Chegando à casa do gêmeo de Thaddeus para que Mary pegue sua parte do tesouro, eles o encontram morto de uma forma assustadora, e o tesouro foi escondido.

São necessários então os conhecimentos incríveis de Sherlock Holmes para desvendar esse caso que parece muito óbvio para os precipitados, mas impossível de resolver para os cautelosos. Como sempre, Conan Doyle não deixa pontas soltas e nos esclareceu até os mínimos detalhes.

Watson serve de narrador para que nós, leigos na arte de ler como comprovativos, podemos entender exatamente como Holmes chega a todas as suas seis, pois como é mencionado na introdução do livro (aqui não cito literalmente): O leitor nunca será tão esperto quanto Holmes, mas também não será tão leigo quanto Watson.

Se você, assim como eu, é fã das aventuras do detetive mais famoso do mundo, não tenho dúvidas de que amará também essa história cheia de mistérios.

21/12/2022

Review: A Aventura da Priory School - Arthur Conan Doyle

A Aventura da priory school A Aventura da priory school  ou o Sequestro do Pequeno Duque Sir Arthur Conan Doyle
My rating: 5 of 5 stars



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Comecei essa jornada de Conan Doyle por ter conhecido Sherlock Holmes há mais de 20 anos (em livro) e ADORAR filmes e séries que já assisto, quero também continuar a conhecer escritores de livros de mistérios e detetivescos.
Apesar de ler O Cão de Baskerville, não me lembro muito da forma de escrever de Conan, então "começar pelo começo" foi uma boa pedida!
O audio-book que escolhi apresentou mais 3 contos para serem apreciados, são eles:
- O pé do diabo
- O pequeno lord
- Os planos do Submarino

"Um Estudo em Vermelho" nos apresenta Watson, o início da amizade com Sherlock e um caso muito bom de se ler.
Não perderei a mania de colocar resenha de outros leitores, muito mais capazes e experientes que eu de fazer um "apanhado" de um conto ou livro sem ser cansativo ou entregar a estória toda.

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A "leitura" que fiz no áudio do "Pequeno Lorde" tem uma falha, falta a introdução do conto, onde o Diretor da Priory School Dr. Thorneycroft Huxtable, implora a Holmes que volte a Mackleton com ele para investigar o desaparecimento de um de seus alunos, Lord Saltire, de dez anos, cujo pai é o riquíssimo e famoso Duque de Holdernesse. Huxtable explica que não só o menino desapareceu, mas também o mestre alemão, Heidegger, junto com sua bicicleta.
Uma vez no Norte, o duque diz a Holmes que não acha que sua ex- esposa tenha algo a ver com o desaparecimento de seu filho, nem houve um pedido de resgate. Holmes estabelece que o menino e seus sequestradores não poderiam ter usado a estrada próxima sem serem vistos, sugerindo que eles atravessassem o país. Como que para confirmar isso, a polícia encontra o bônus escolar do menino na posse de alguns cigarros. Eles juram que simplesmente o encontraram na charneca, mas a polícia os prende.
(continuação do resumo com spoller aqui: https://en.wikipedia.org/wiki/The_Adv... )

O fato de mudarem o nome do conto e reduzirem a introdução foi quase impossível identificar o texto, mas como prometido, fiz minha pesquisa e passo para vocês o resumo)




20/12/2022

Review: Os Planos do Submarino Bruce-Partington - Arthur Conan Doyle

Os Planos do Submarino Bruce-Partington / O Pé do Diabo / A Caixa de Papelão Os Planos do Submarino Bruce-Partington / O Pé do Diabo / A Caixa de Papelão by Arthur Conan Doyle
My rating: 5 of 5 stars

Como disse no "Estudo em Vermelho", li esse conto no mesmo livro.

Resenha de https://resumodelivro.wordpress.com/
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Os Planos do Submarino

“Eu sabia que por algo interessante, Holmes referia-se a algo de interessa criminal. Havia a notícia de uma revolução, de uma possível guerra e de uma iminente mudança de governo, mas isso não alcançava o horizonte de interesse de meu companheiro.”

A segunda aparição do irmão de Holmes, chamado Mycroft. Dessa vez, Mycroft procura pelo seu irmão pois ele, como alto membro do governo inglês, não pode se envolver abertamente no caso. E é um caso gravíssimo: um jovem funcionário do Arsenal Woolwich, Arthur West, é encontrado morto na linha férrea. Em seu paletó são encontrados as plantas de construção do submarino Bruce-Partington, a mais moderna arma naval jamais pensada. O mais estarrecedor é que estão faltando 3 das 10 partes, exatamente as partes mais importantes.

Trata-se de um problema internacional de suma gravidade que você tem de resolver. Por que West retirou os papéis? Onde forma parar os documentos desaparecidos? Como ele morreu? Como o cadáver chegou aonde foi encontrado? Como se pode consertar o malfeito? Descubra respostas para todas essas perguntas e terá prestado um serviço a seu país.

Holmes começa a sua investigação pelo corpo: uma grande ferida na cabeça, mas sem sangue no local onde foi encontrado. Sem bilhetes de passagens. sem testemunhas. Mas como ele foi encontrado na saída de um túnel, em uma curva onde há uma interseção com outra linha, Holmes supõe que ele estava em cima do vagão, e com o solavanco seu corpo caiu onde foi encontrado. Mas quem o havia assassinado e por que ele estava com os papéis ainda era uma incógnita.

Uma das mais notáveis características de Sherlock Holmes era o poder de lançar o cérebro fora de ação e transferir todos os pensamentos para coisas mais amenas sempre que se convencia de que não mais podia trabalhar com proveito.

Seguindo pistas fornecidas por Mycroft, Holmes descobre que um dos espiões ingleses saiu recentemente do país. Ligando os pontos, o detetive descobre que o irmão do chefe do Departamento de Submarinos, James Walter, vendeu os papéis para o espião, e repassou parte do valor recebido para West. Mas diante da insegurança de West em entregar as plantas, James Walter o assassina e o coloca sobre o vagão, no momento em que este fazia uma parada rápida próxima a uma janela, antes de entrar na estação. Holmes e Watson fecham o cerco e conseguem capturar James West e colocar a polícia francesa no encalço do espião inglês.



Review: O Pé do Diabo: Um caso de Sherlock Holmes - Arthur Conan Doyle

O Pé do Diabo: Um caso de Sherlock Holmes O Pé do Diabo: Um caso de Sherlock Holmes by Arthur Conan Doyle
My rating: 5 of 5 stars



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Parte do Livro que li "Estudo em Vermelho" esse conto de Sherlock nos trás os mistérios e mal uso do conhecimento ancestral de venenos e poções, e, me levou a pensar em Agatha Christie - que sinto se inspirou e muito nas obras de Conan!

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Resenha de: Gabriel Moura https://resumodelivro.wordpress.com/

“Todo aplauso popular sempre aborreceu esse espírito sombrio e cínico, e nada o divertia mais ao fim de um caso bem-sucedido que entregar a solução de fato a um funcionário ortodoxo e ouvir, com um sorriso zombeteiro, o coro geral de inadequadas felicitações.”

Nesse conto, Watson relembra o caso do “Horror da Cornualha”, que se passou em um momento diferente, pois Watson e Holmes estavam de férias na Cornualha quando foram chamados pelo vigário local para dar a solução para um caso bizarro. Mortimer Tregennis estava na casa de seus irmãos, dois homens e uma dama, jogando carteado até tarde da noite. Retornou para a sua própria casa e retornou ante do amanhecer, mas encontrou um cenário de terror:

A irmão sentava-se recostada, morta, na cadeira, enquanto os dois irmãos, ao lado, riam, gritavam e cantavam ensandecidos. Todos os três, a morta e os dois dementes, exibiam no rosto uma expressão de extremo horror – uma convulsão de terror assustadora de olhar.

Holmes e Watson saem em busca de explicações, mas logo se deparam com outro caso: o próprio Tregennis jazia morto em seus aposentos, com a mesma expressão de horror em sua face. Logo o detetive descobre que algo maior estava por trás daquelas mortes e um recém chegado da África poderia ser a chave para descobrir o assassino. Leon Sterndale, um notável caçador de leões, era apaixonado pela irmã de Tregennis, Brenda, mas eles não podiam se casar.

Receio que, se a questão transcende a natureza humana, sem dúvida vai além da minha capacidade. Precisamos, contudo, esgotar todas as explicações naturais antes de recorre a uma teoria como essa.

Quando Mortimer descobriu que Leon estava retornando para finalmente se casar com sua irmã, Mortimer decidiu matá-la utilizando uma erva que o próprio Leon havia dado muitos anos antes, chamada Erva Pé do Diabo. Descobrindo que sua amada fora morta, Leon jurou vingança e usou o mesmo veneno em Mortimer. Holmes e Watson usaram, então, parte da dose para descobrir os seus efeitos e ficaram horrorizados com o que sentiram. Absolveram Leon e o deixaram partir, pois sabiam que seu coração partido era a sua maior punição.

Review: Um Estudo em Vermelho e outros contos - Arthur Conan Doyle

Um Estudo em Vermelho Um Estudo em Vermelho by Arthur Conan Doyle
My rating: 5 of 5 stars



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Comecei essa jornada de Conan Doyle por ter conhecido Sherlock Holmes há mais de 20 anos (em livro) e ADORAR filmes e séries que já assisto, quero também continuar a conhecer escritores de livros de mistérios e detetivescos.
Apesar de ler O Cão de Baskerville, não me lembro muito da forma de escrever de Conan, então "começar pelo começo" foi uma boa pedida!
O audio-book que escolhi apresentou mais 3 contos para serem apreciados, são eles:
- O pé do diabo
- O pequeno lord
- Os planos do Submarino

"Um Estudo em Vermelho" nos apresenta Watson, o início da amizade com Sherlock e um caso muito bom de se ler.
Não perderei a mania de colocar resenha de outros leitores, muito mais capazes e experientes que eu de fazer um "apanhado" de um conto ou livro sem ser cansativo ou entregar a estória toda.
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A "leitura" que fez no áudio do "Pequeno Lorde" tem uma falha, falta a introdução do conto, onde o Diretor da Priory School Dr. Thorneycroft Huxtable, implora a Holmes que volte a Mackleton com ele para investigar o desaparecimento de um de seus alunos, Lord Saltire, de dez anos, cujo pai é o riquíssimo e famoso Duque de Holdernesse. Huxtable explica que não só o menino desapareceu, mas também o mestre alemão, Heidegger, junto com sua bicicleta.
(resumo com spoller aqui: https://en.wikipedia.org/wiki/The_Adv... )
O fato de mudarem o nome do conto e reduzirem a introdução foi quase impossível identificar o texto, mas como prometido, fiz minha pesquisa e passo para vocês o resumo)

Uma vez no Norte, o duque diz a Holmes que não acha que sua ex- esposa tenha algo a ver com o desaparecimento de seu filho, nem houve um pedido de resgate. Holmes estabelece que o menino e seus sequestradores não poderiam ter usado a estrada próxima sem serem vistos, sugerindo que eles atravessassem o país. Como que para confirmar isso, a polícia encontra o bônus escolar do menino na posse de alguns cigarros. Eles juram que simplesmente o encontraram na charneca, mas a polícia os prende.

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Resenha de Thamiris: https://euliouvouler.wordpress.com/

Um estudo em vermelho – Arthur Conan Doyle

Sinopse: O cadáver de um homem, nenhuma razão para o crime. É a primeira investigação de Sherlock Holmes, que fareja o assassino como um “cão de caça”. Lamentava-se de que “não há mais crimes nem criminosos nos nossos dias”, quando, nesse instante, recebe uma carta a pedir a sua ajuda — o cadáver de um homem foi encontrado numa casa desabitada, mas não há qualquer indício de roubo ou da natureza da morte. Sherlock Holmes não resiste ao apelo, mas sabe que o mérito irá sempre para a Polícia. Um Estudo em Vermelho (1887), de Arthur Conan Doyle (1859-1930), é a estreia de Holmes. A história foi editada pela primeira vez na revista Beeton's Christmas Anual e logo fascinou vários leitores, para quem o endereço do detetive — 221B Baker Street, Londres — se tornou uma das ruas mais famosas da literatura.

Hoje comecei a falar aqui das histórias de Sherlock Holmes escritas por Arthur Conan Doyle. Eu tenho o box publicado pela Nova Fronteira e ele é dividido em 4 volumes, no primeiro temos os livros: Um estudo em vermelho (romance, 1887), O sinal dos quatro (romance, 1890) e As aventuras de Sherlock Holmes (contos, 1892). Esse é um personagem muito conhecido e que eu já gostava, mas ainda não tinha lido nenhum dos livros, só visto filmes e outras características. É claro que hoje há muitos outros livros que usam o personagem, seja já velhinho ou na adolescência. Tem até Sherlock no Brasil, no livro de Jô Soares O Xangô de Baker Street.

Ele próprio e sua aparência chamavam a atenção dos observadores mais desatentos. Tinha mais de 1,80 de altura, mas a magreza fazia excessivamente com que parecesse ainda mais alto. Seus olhos eram atentos e penetrantes, exceto durante aqueles intervalos de torpor a que já me referi; eo nariz delgado, aquilino, dava a fisionomia um ar de vigilância e experiência.

E eu vou fazer um post para cada livro dentro do volume, então hoje falaremos do livro Um estudo em vermelho. Como diz a sinopse essa é a primeira história de Sherlock e nela vemos como ele conheceu Watson, como decidiu morar juntos e junto com Watson somos apresentados no mundo da dedução. Sherlock é bem excêntrico e isso faz Watson desconfiar de seus métodos no início. Mas logo fica fascinado como o leitor com o poder de dedução de Sherlock. Para o detetive só deve ocupar a cabeça com informações úteis, assim Watson percebe como ele pouco sabe de áreas que estão sentindo seu trabalho.

Para mim, o cérebro de um homem, originalmente, é como um sótão vazio, que deve ser entulhado com móveis que escolhemos. Um tolo o encher com todos os tipos de quinquilharia que vai encontrar pelo caminho, a ponto de os conhecimentos que lhe seriam úteis para evitar soterrados ou na melhor das hipóteses, tão misturados às outras coisas que ficariam difíceis de selecionar.

A história é contada nos diários do Watson, ele começa a registrar os trabalhos de Sherlock e também a se envolver nas tramas. Sherlock explica como funciona a dedução e resolve o caso de deixar todos de boca aberta. Além dos textos de Watson, para entender o assassinato misterioso é narrado no livro, antes das grades revelações de Sherlock, a história dos personagens envolvidos e isso é bem bacana. É uma história cheia de reviravoltas envolvendo a comunidade Mórmon e o fanatismo religioso. No começo fiquei “ai não, queria logo saber da explicação do Sherlock e o livro me vem com uma história quebrando o clima”, mas me surpreendi torcendo pelos personagens mesmo sabendo que aquilo ali não ia acabar bem.

Sherlock não se preocupa com a opinião dos outros, não tenta nem de longe ser modesto quanto a seus dons. Ele até menospreza outros detetives da literatura quando Watson tenta compará-lo. Ele realmente acredita na dedução e em seus recursos.

Como todas as artes, a Ciência da Dedução e da Análise só pode ser adquirida após um aprendizado demorado e paciente, mas a vida não é longa o suficiente para permitir que algum mortal represente a perfeição esse campo.

Ler os livros me fez repensar o que já assisti de Sherlock, e em relação aos filmes é claro que lembrei logo dos últimos dois com Robert Downey Jr. e Judie Law, como Sherlock e Watson. Revi o primeiro filme e é bacana pelas entendidas, mas é mais uma história de ação quase, embora no final tenha o pensamento do Sherlock.

Mas para mim o Sherlock que mais me lembra o do livro é o da série Sherlock da BBC, que eu tenho que voltar a assistir (é curtinha, 3 episódios por temporada, mas acho que não vi os da terceira e já está na quarta) . Nela a história se passa nos dias atuais e temos Benedict Cumberbatch como Sherlock Holmes e Martin Freeman como Doutor John Watson. Adoro os dois nos papéis. E se não me engano a forma como eles se conhecem lembra bem a do livro.

E eu quero muito ver o Sr. Holmes, provavelmente farei isso após terminar de ler tudo do Conan Doyle. O livro é de Mith Cullen conta a história de Sherlock já velhinho e aposentado em uma fazenda em Sussex. “Intercalando lembranças de relacionamentos importantes que Holmes teve ao longo da vida, seus casos de amor, as amizades e um sentimento paternal inesperado, o romance de Mitch Cullin explora o lado humano de um Sherlock Holmes colocado diante dos surpreendentes mistérios da vida e da morte , sobre os quais ele ainda não tem a menor pista. Reflexões que, na voz de Holmes, mostram o efeito indelével que o envelhecimento exerce sobre o modo como enxergamos o mundo”. E o filme baseado no livro, foi laçado ano passado e traz Ian McKellen (<3) como Sherlock.
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Os Planos do Submarino

Resenha de Gabriel Moura https://resumodelivro.wordpress.com/

“Eu sabia que por algo interessante, Holmes referia-se a algo de interessante criminal. Havia a notícia de uma revolução, de uma possível guerra e de uma iminente mudança de governo, mas isso não alcançava o horizonte de interesse do meu companheiro.”

A segunda apareceu do irmão de Holmes, chamado Mycroft. Dessa vez, Mycroft procura pelo seu irmão pois ele, como alto membro do governo inglês, não pode se envolver abertamente no caso. E é um caso gravíssimo: um jovem funcionário do Arsenal Woolwich, Arthur West, é encontrado morto na linha férrea. Em seu paletó são encontradas as plantas de construção do submarino Bruce-Partington, uma arma naval mais moderna jamais pensada. O mais estarrecedor é que estão faltando 3 das 10 partes, exatamente as partes mais importantes.

Trata-se de um problema internacional de suma gravidade que você tem de resolver. Por que West retirou os papéis? Onde parar os documentos desaparecidos? Como ele morreu? Como o cadáver chegou onde foi encontrado? Como se pode consertar o malfeito? Descubra respostas para todas essas perguntas e terá prestado um serviço a seu país.

Holmes começa sua investigação pelo corpo: uma grande ferida na cabeça, mas sem sangue no local onde foi encontrada. Sem bilhetes de passagens. sem testemunhas. Mas como ele foi encontrado na saída de um túnel, em uma curva onde há uma interseção com outra linha, Holmes supõe que ele estava em cima do vagão, e com o solavanco seu corpo caiu onde foi encontrado. Mas quem o havia assassinado e por que ele estava com os papéis ainda era uma incógnita.

Uma das mais notáveis ​​características de Sherlock Holmes era o poder de lançar o cérebro fora de ação e transferir todos os pensamentos para coisas mais amenas sempre que se convencia de que não mais podia trabalhar com proveitoso.

Seguindo pistas fornecidas por Mycroft, Holmes descobre que um dos espiões ingleses saiu recentemente do país. Ligando os pontos, o detetive descobre que o irmão do chefe do Departamento de Submarinos, James Walter, vendeu os papéis para o espião, e repassou parte do valor recebido para West. Mas diante da insegurança de West em entregar as plantas, James Walter o assassinou e o coloca sobre o vagão, no momento em que este fazia uma parada rápida próxima a uma janela, antes de entrar na estação. Holmes e Watson fecham o cerco e conseguem capturar James West e colocar a polícia francesa no encalço do espião inglês.
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O Pé do Diabo
Parte do Livro que li "Estudo em Vermelho" esse conto de Sherlock nos trás os mistérios e mal uso do conhecimento ancestral de venenos e poções, e, me levou a pensar em Agatha Christie - que sinto se inspirou e muito nas obras de Conan!

********
Resenha de: Gabriel Moura https://resumodelivro.wordpress.com/

“Todo aplauso popular sempre aborreceu esse espírito sombrio e cínico, e nada o divertia mais ao fim de um caso bem-sucedido que entregar a solução de fato a um funcionário ortodoxo e ouvir, com um sorriso zombeteiro, o coro geral de felicidades desejadas.”

Nesse conto, Watson relembra o caso do “Horror da Cornualha”, que se passou em um momento diferente, pois Watson e Holmes estavam de férias na Cornualha quando foram chamados pelo vigário local para dar a solução para um caso bizarro. Mortimer Tregennis estava na casa de seus irmãos, dois homens e uma dama, jogando carteado até tarde da noite. Retornou para a sua própria casa e passou ante do amanhecer, mas encontrou um cenário de terror:

O irmão sentava-se recostado, morta, na cadeira, enquanto os dois irmãos, ao lado, riam, gritavam e cantavam ensandecidos. Todos os três, a morta e os dois dementes, exibem no rosto uma expressão de extremo horror – uma convulsão de terror assustadora de olhar.

Holmes e Watson saem em busca de entusiasmo, mas logo se partem com outro caso: o próprio Tregennis jazia morto em seus aposentos, com a mesma expressão de horror em sua face. Logo o detetive descobre que algo maior estava por trás de mortes e um recém-chegado da África poderia ser a chave para descobrir o assassino. Leon Sterndale, um notável caçador de leões, era apaixonado pela irmã de Tregennis, Brenda, mas eles não podiam se casar.

Receio que, se a questão transcende a natureza humana, sem dúvida vai além da minha capacidade. Precisamos, contudo, esgotar todas as tendências naturais antes de recorrer a uma teoria como essa.

Quando Mortimer descobriu que Leon estava retornando para finalmente se casar com sua irmã, Mortimer decidiu matar-la usando uma erva que o próprio Leon havia dado muitos anos antes, chame Erva Pé do Diabo. Descobrindo que sua amada fora morta, Leon jurou vingança e usou o mesmo veneno em Mortimer. Holmes e Watson usaram, então, parte da dose para descobrir os seus efeitos e ficaram horrorizados com o que sentiram. Absolveram Leon e a vantagem de partir, pois sabiam que seu coração partido era a sua maior punição.

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