My rating: 5 of 5 stars
Olá Caríssimos leitores!
Como sempre, coloco uma resenha de leitores assíduos de Conan Doyle, principalmente se tem um perfil de escrita que me faça sentir representada com as palavras do autor.
Esse é a resenha de Leda: https://literaturapolicial.com/2015/0...
– De acordo com uma pesquisa realizada anos trás, ao lado de Papai Noel e Mickey
Mouse, Sherlock Holmes é uma das personagens mais conhecidas do planeta. Portanto,
ele dispensa apresentações, especialmente, entre os apreciadores de uma boa história
de detetive. O mesmo acontece com seu fiel escudeiro, Dr. Watson, cuja lentidão de
raciocínio sempre foi um consolo para minhas deduções.
Por sinal, devo confessar meu profundo interesse pelos contos de Conan Doyle, um
mestre da escrita cujos enredos influenciaram indelevelmente o gênero policial no século
XX e ainda hoje, repaginados, continuam fazendo sucesso em livros, filmes e seriados.
Curiosamente, o próprio escritor costumava usar esse artifício, por exemplo, é inegável a
semelhança entre “As Faias Acobreadas” e “O Corretor” cujo texto faz parte do livro
“Memórias de Sherlock Holmes” que acabo de reler.
Lançado em 1895, trata-se de uma seleção de doze histórias publicadas originalmente
na revista “Strand Magazine” entre dezembro de 1892 e dezembro de 1893. No entanto,
na primeira edição eram só onze pois, na última hora, o escritor excluiu “A Caixa de
Papelão” cuja violência o desagradava. Porém, como sua abertura era impecável, ela foi
aproveitada em “O Paciente Residente”. Somente anos mais tarde, na segunda edição,
Doyle autorizou reverter tais mudanças, voltando o livro a ter seu formato original.
Essa é a versão costumeiramente preferida pelas editoras e segue uma breve
apresentação de cada episódio:
Silver Blaze – Seu título refere-se ao nome de um cavalo campeão que desaparece
poucos dias antes da “Taça de Sussex”. Holmes é contratado para descobrir seu
paradeiro, a medida que, líder nas apostas, sua ausência interessa a muita gente.
A Caixa de Papelão – Esse caso gira em torno de uma caixa contendo duas orelhas que
vai parar nas mãos de Miss Cushing, uma pacata dona de casa. Afinal, de quem é ou
quem são seus proprietários?
A Face Amarela – Politicamente incorreto, o episódio envolve um suposto adultério,
expondo o preconceito racial de forma bastante cruel, mas adequada ao comportamento
da sociedade da época.
O Corretor – O conto é baseado numa estranha proposta: que tal você ganhar o dobro
num novo emprego desde que jamais apareça para trabalhar? Se ficou interessado, leia
o texto antes de pedir a conta.
A Tragédia do Gloria Scott – Primeira investigação de Holmes, quando ainda era um
estudante. O caso foi o estopim para ele escolher a carreira de detetive e trata do
desaparecimento de um navio, o Glória Scott, com mais de cem pessoas a bordo.
O Ritual Musgrave – Um de seus primeiros casos. Victor Trevor, um amigo dos tempos
de faculdade, recorre ao detetive para descobrir o estranho sumiço de seu mordomo.
Os Fidalgos de Reigate – O leitor encontra Holmes adoentado, descansando na
França, após a resolução de uma investigação de importância internacional. No entanto,
seu sossego dura pouco, quando um cocheiro aparece morto na vizinhança.
O Corcunda – Trata do violento assassinato do coronel James Barclay. O detetive
consegue solucionar o mistério baseado num episódio do Velho Testamento que conta a
curiosa história de Betsabé, uma das esposas do rei Davi.
O Paciente Residente – Apresenta as desventuras de Mr. Blessington que, idoso e
doente, teve a infeliz ideia de convidar seu médico, Dr. Trevilyan, para ir morar com ele e
montar um consultório em sua casa.
O Intérprete Grego – Envolvendo um poliglota grego, chantagem e sequestro, o conto
revela uma surpresa: Mycroft, o irmão mais velho de Holmes, considerado o mais astuto
da família.
O Tratado Naval – Depois do irmão, chega a vez de conhecer um dos raros amigos do
detetive, Percy Phelps, acusado do desaparecimento de importantes documentos do
governo.
O Problema Final – Nessa narrativa, Doyle, cansado do detetive, mata Holmes. No
entanto, acabou tendo que “ressuscitá-lo” de olho nas finanças e por conta da insistência
dos fãs. O responsável por sua morte é o Professor Moriarty, conhecido como o
“Napoleão do Crime Organizado” e posso garantir que “muita água vai rolar” até o
desfecho da história.
Esses casos fazem parte da fase áurea do escritor. Posteriormente, deprimido com a
perda dos familiares e cada vez mais envolvido com o Espiritismo, suas histórias foram
adquirindo um tom mais sombrio e fantástico, mas esse é um assunto para um próximo
comentário e só resta desejar a todos uma boa leitura.
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