20/12/2022

Review: Um Estudo em Vermelho e outros contos - Arthur Conan Doyle

Um Estudo em Vermelho Um Estudo em Vermelho by Arthur Conan Doyle
My rating: 5 of 5 stars



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Comecei essa jornada de Conan Doyle por ter conhecido Sherlock Holmes há mais de 20 anos (em livro) e ADORAR filmes e séries que já assisto, quero também continuar a conhecer escritores de livros de mistérios e detetivescos.
Apesar de ler O Cão de Baskerville, não me lembro muito da forma de escrever de Conan, então "começar pelo começo" foi uma boa pedida!
O audio-book que escolhi apresentou mais 3 contos para serem apreciados, são eles:
- O pé do diabo
- O pequeno lord
- Os planos do Submarino

"Um Estudo em Vermelho" nos apresenta Watson, o início da amizade com Sherlock e um caso muito bom de se ler.
Não perderei a mania de colocar resenha de outros leitores, muito mais capazes e experientes que eu de fazer um "apanhado" de um conto ou livro sem ser cansativo ou entregar a estória toda.
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A "leitura" que fez no áudio do "Pequeno Lorde" tem uma falha, falta a introdução do conto, onde o Diretor da Priory School Dr. Thorneycroft Huxtable, implora a Holmes que volte a Mackleton com ele para investigar o desaparecimento de um de seus alunos, Lord Saltire, de dez anos, cujo pai é o riquíssimo e famoso Duque de Holdernesse. Huxtable explica que não só o menino desapareceu, mas também o mestre alemão, Heidegger, junto com sua bicicleta.
(resumo com spoller aqui: https://en.wikipedia.org/wiki/The_Adv... )
O fato de mudarem o nome do conto e reduzirem a introdução foi quase impossível identificar o texto, mas como prometido, fiz minha pesquisa e passo para vocês o resumo)

Uma vez no Norte, o duque diz a Holmes que não acha que sua ex- esposa tenha algo a ver com o desaparecimento de seu filho, nem houve um pedido de resgate. Holmes estabelece que o menino e seus sequestradores não poderiam ter usado a estrada próxima sem serem vistos, sugerindo que eles atravessassem o país. Como que para confirmar isso, a polícia encontra o bônus escolar do menino na posse de alguns cigarros. Eles juram que simplesmente o encontraram na charneca, mas a polícia os prende.

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Resenha de Thamiris: https://euliouvouler.wordpress.com/

Um estudo em vermelho – Arthur Conan Doyle

Sinopse: O cadáver de um homem, nenhuma razão para o crime. É a primeira investigação de Sherlock Holmes, que fareja o assassino como um “cão de caça”. Lamentava-se de que “não há mais crimes nem criminosos nos nossos dias”, quando, nesse instante, recebe uma carta a pedir a sua ajuda — o cadáver de um homem foi encontrado numa casa desabitada, mas não há qualquer indício de roubo ou da natureza da morte. Sherlock Holmes não resiste ao apelo, mas sabe que o mérito irá sempre para a Polícia. Um Estudo em Vermelho (1887), de Arthur Conan Doyle (1859-1930), é a estreia de Holmes. A história foi editada pela primeira vez na revista Beeton's Christmas Anual e logo fascinou vários leitores, para quem o endereço do detetive — 221B Baker Street, Londres — se tornou uma das ruas mais famosas da literatura.

Hoje comecei a falar aqui das histórias de Sherlock Holmes escritas por Arthur Conan Doyle. Eu tenho o box publicado pela Nova Fronteira e ele é dividido em 4 volumes, no primeiro temos os livros: Um estudo em vermelho (romance, 1887), O sinal dos quatro (romance, 1890) e As aventuras de Sherlock Holmes (contos, 1892). Esse é um personagem muito conhecido e que eu já gostava, mas ainda não tinha lido nenhum dos livros, só visto filmes e outras características. É claro que hoje há muitos outros livros que usam o personagem, seja já velhinho ou na adolescência. Tem até Sherlock no Brasil, no livro de Jô Soares O Xangô de Baker Street.

Ele próprio e sua aparência chamavam a atenção dos observadores mais desatentos. Tinha mais de 1,80 de altura, mas a magreza fazia excessivamente com que parecesse ainda mais alto. Seus olhos eram atentos e penetrantes, exceto durante aqueles intervalos de torpor a que já me referi; eo nariz delgado, aquilino, dava a fisionomia um ar de vigilância e experiência.

E eu vou fazer um post para cada livro dentro do volume, então hoje falaremos do livro Um estudo em vermelho. Como diz a sinopse essa é a primeira história de Sherlock e nela vemos como ele conheceu Watson, como decidiu morar juntos e junto com Watson somos apresentados no mundo da dedução. Sherlock é bem excêntrico e isso faz Watson desconfiar de seus métodos no início. Mas logo fica fascinado como o leitor com o poder de dedução de Sherlock. Para o detetive só deve ocupar a cabeça com informações úteis, assim Watson percebe como ele pouco sabe de áreas que estão sentindo seu trabalho.

Para mim, o cérebro de um homem, originalmente, é como um sótão vazio, que deve ser entulhado com móveis que escolhemos. Um tolo o encher com todos os tipos de quinquilharia que vai encontrar pelo caminho, a ponto de os conhecimentos que lhe seriam úteis para evitar soterrados ou na melhor das hipóteses, tão misturados às outras coisas que ficariam difíceis de selecionar.

A história é contada nos diários do Watson, ele começa a registrar os trabalhos de Sherlock e também a se envolver nas tramas. Sherlock explica como funciona a dedução e resolve o caso de deixar todos de boca aberta. Além dos textos de Watson, para entender o assassinato misterioso é narrado no livro, antes das grades revelações de Sherlock, a história dos personagens envolvidos e isso é bem bacana. É uma história cheia de reviravoltas envolvendo a comunidade Mórmon e o fanatismo religioso. No começo fiquei “ai não, queria logo saber da explicação do Sherlock e o livro me vem com uma história quebrando o clima”, mas me surpreendi torcendo pelos personagens mesmo sabendo que aquilo ali não ia acabar bem.

Sherlock não se preocupa com a opinião dos outros, não tenta nem de longe ser modesto quanto a seus dons. Ele até menospreza outros detetives da literatura quando Watson tenta compará-lo. Ele realmente acredita na dedução e em seus recursos.

Como todas as artes, a Ciência da Dedução e da Análise só pode ser adquirida após um aprendizado demorado e paciente, mas a vida não é longa o suficiente para permitir que algum mortal represente a perfeição esse campo.

Ler os livros me fez repensar o que já assisti de Sherlock, e em relação aos filmes é claro que lembrei logo dos últimos dois com Robert Downey Jr. e Judie Law, como Sherlock e Watson. Revi o primeiro filme e é bacana pelas entendidas, mas é mais uma história de ação quase, embora no final tenha o pensamento do Sherlock.

Mas para mim o Sherlock que mais me lembra o do livro é o da série Sherlock da BBC, que eu tenho que voltar a assistir (é curtinha, 3 episódios por temporada, mas acho que não vi os da terceira e já está na quarta) . Nela a história se passa nos dias atuais e temos Benedict Cumberbatch como Sherlock Holmes e Martin Freeman como Doutor John Watson. Adoro os dois nos papéis. E se não me engano a forma como eles se conhecem lembra bem a do livro.

E eu quero muito ver o Sr. Holmes, provavelmente farei isso após terminar de ler tudo do Conan Doyle. O livro é de Mith Cullen conta a história de Sherlock já velhinho e aposentado em uma fazenda em Sussex. “Intercalando lembranças de relacionamentos importantes que Holmes teve ao longo da vida, seus casos de amor, as amizades e um sentimento paternal inesperado, o romance de Mitch Cullin explora o lado humano de um Sherlock Holmes colocado diante dos surpreendentes mistérios da vida e da morte , sobre os quais ele ainda não tem a menor pista. Reflexões que, na voz de Holmes, mostram o efeito indelével que o envelhecimento exerce sobre o modo como enxergamos o mundo”. E o filme baseado no livro, foi laçado ano passado e traz Ian McKellen (<3) como Sherlock.
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Os Planos do Submarino

Resenha de Gabriel Moura https://resumodelivro.wordpress.com/

“Eu sabia que por algo interessante, Holmes referia-se a algo de interessante criminal. Havia a notícia de uma revolução, de uma possível guerra e de uma iminente mudança de governo, mas isso não alcançava o horizonte de interesse do meu companheiro.”

A segunda apareceu do irmão de Holmes, chamado Mycroft. Dessa vez, Mycroft procura pelo seu irmão pois ele, como alto membro do governo inglês, não pode se envolver abertamente no caso. E é um caso gravíssimo: um jovem funcionário do Arsenal Woolwich, Arthur West, é encontrado morto na linha férrea. Em seu paletó são encontradas as plantas de construção do submarino Bruce-Partington, uma arma naval mais moderna jamais pensada. O mais estarrecedor é que estão faltando 3 das 10 partes, exatamente as partes mais importantes.

Trata-se de um problema internacional de suma gravidade que você tem de resolver. Por que West retirou os papéis? Onde parar os documentos desaparecidos? Como ele morreu? Como o cadáver chegou onde foi encontrado? Como se pode consertar o malfeito? Descubra respostas para todas essas perguntas e terá prestado um serviço a seu país.

Holmes começa sua investigação pelo corpo: uma grande ferida na cabeça, mas sem sangue no local onde foi encontrada. Sem bilhetes de passagens. sem testemunhas. Mas como ele foi encontrado na saída de um túnel, em uma curva onde há uma interseção com outra linha, Holmes supõe que ele estava em cima do vagão, e com o solavanco seu corpo caiu onde foi encontrado. Mas quem o havia assassinado e por que ele estava com os papéis ainda era uma incógnita.

Uma das mais notáveis ​​características de Sherlock Holmes era o poder de lançar o cérebro fora de ação e transferir todos os pensamentos para coisas mais amenas sempre que se convencia de que não mais podia trabalhar com proveitoso.

Seguindo pistas fornecidas por Mycroft, Holmes descobre que um dos espiões ingleses saiu recentemente do país. Ligando os pontos, o detetive descobre que o irmão do chefe do Departamento de Submarinos, James Walter, vendeu os papéis para o espião, e repassou parte do valor recebido para West. Mas diante da insegurança de West em entregar as plantas, James Walter o assassinou e o coloca sobre o vagão, no momento em que este fazia uma parada rápida próxima a uma janela, antes de entrar na estação. Holmes e Watson fecham o cerco e conseguem capturar James West e colocar a polícia francesa no encalço do espião inglês.
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O Pé do Diabo
Parte do Livro que li "Estudo em Vermelho" esse conto de Sherlock nos trás os mistérios e mal uso do conhecimento ancestral de venenos e poções, e, me levou a pensar em Agatha Christie - que sinto se inspirou e muito nas obras de Conan!

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Resenha de: Gabriel Moura https://resumodelivro.wordpress.com/

“Todo aplauso popular sempre aborreceu esse espírito sombrio e cínico, e nada o divertia mais ao fim de um caso bem-sucedido que entregar a solução de fato a um funcionário ortodoxo e ouvir, com um sorriso zombeteiro, o coro geral de felicidades desejadas.”

Nesse conto, Watson relembra o caso do “Horror da Cornualha”, que se passou em um momento diferente, pois Watson e Holmes estavam de férias na Cornualha quando foram chamados pelo vigário local para dar a solução para um caso bizarro. Mortimer Tregennis estava na casa de seus irmãos, dois homens e uma dama, jogando carteado até tarde da noite. Retornou para a sua própria casa e passou ante do amanhecer, mas encontrou um cenário de terror:

O irmão sentava-se recostado, morta, na cadeira, enquanto os dois irmãos, ao lado, riam, gritavam e cantavam ensandecidos. Todos os três, a morta e os dois dementes, exibem no rosto uma expressão de extremo horror – uma convulsão de terror assustadora de olhar.

Holmes e Watson saem em busca de entusiasmo, mas logo se partem com outro caso: o próprio Tregennis jazia morto em seus aposentos, com a mesma expressão de horror em sua face. Logo o detetive descobre que algo maior estava por trás de mortes e um recém-chegado da África poderia ser a chave para descobrir o assassino. Leon Sterndale, um notável caçador de leões, era apaixonado pela irmã de Tregennis, Brenda, mas eles não podiam se casar.

Receio que, se a questão transcende a natureza humana, sem dúvida vai além da minha capacidade. Precisamos, contudo, esgotar todas as tendências naturais antes de recorrer a uma teoria como essa.

Quando Mortimer descobriu que Leon estava retornando para finalmente se casar com sua irmã, Mortimer decidiu matar-la usando uma erva que o próprio Leon havia dado muitos anos antes, chame Erva Pé do Diabo. Descobrindo que sua amada fora morta, Leon jurou vingança e usou o mesmo veneno em Mortimer. Holmes e Watson usaram, então, parte da dose para descobrir os seus efeitos e ficaram horrorizados com o que sentiram. Absolveram Leon e a vantagem de partir, pois sabiam que seu coração partido era a sua maior punição.

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