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Boa Tarde Caríssimos Leitoras e Leitores!!
O Cavalo Amarelo é uma das releituras mais esperadas por mim: primeiro que até parei a Série Poirot para não "lembrar" o que já tinha lido e segundo, porque é de longe o meu livro favorito de AC.
Acredito que ao ler na adolescência e estar na época, bem interessada em esoterismo, me "amarrei" na trama eo Luiz Santiago coloca em "panos limpos" nessa resenha a história, mas, se eu fosse o leitor não leria a resenha antes de ler o LIVRO!
Acredito que ao ler na adolescência e estar na época, bem interessada em esoterismo, me "amarrei" na trama eo Luiz Santiago coloca em "panos limpos" nessa resenha a história, mas, se eu fosse o leitor não leria a resenha antes de ler o LIVRO!
“Só existem duas coisas que as pessoas querem desesperadamente, a ponto de correrem o risco de serem condenadas. A poção do amor e o cálice de veneno.” (CHRISTIE)
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O CAVALO AMARELO - AGATHA CHRISTIE
Resenha de Luiz Santiago
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O CAVALO AMARELO - AGATHA CHRISTIE
Resenha de Luiz Santiago
https://www.planocritico.com/critica-o-cavalo-amarelo-de-agatha-christie/
Lançado em novembro de 1961, O Cavalo Amarelo é diferente de tudo o que Agatha Christie havia escrito e que escreveria pela frente. Nele, temos no centro das atenções um drama conceitualmente inspirado nos romances macabros e sobrenaturais de Dennis Wheatley, que tinha grande prestígio no Reino Unido. O título da obra — que também é o nome de uma antiga e misteriosa propriedade na vila de Much Deeping, onde grande parte da trama se passa — é uma referência ao Livro do Apocalipse, que em seu sexto capítulo nos traz a seguinte descrição: “ E olhou, e é um cavalo amarelo, eo que estava assentado sobre ele tinha por nome Morte; eo inferno o seguia; e foi-lhes dado poder para matar a quarta parte da terra, com espada, e com fome, e com peste, e com as feras da terra”. É, portanto,
O interessante desse livro é que o seu caráter místico não é apenas uma sugestão espirituosa, citada no início e rapidamente atrasada em detrimento de uma explicação lógica, científica, palpável. O que de fato acontece é que o sobrenatural segue como assunto principal e principal desencadeador das mortes que ganhou a investigação, e o leitor não sabe o que fazer diante dessas informações porque lidar com esse tipo de abordagem num livro de Agatha Christie é difícil, visto que a autora sabe esconder muito bem os seus segredos e suspeitos, fazendo-nos primeiro entrar por um tipo de jornada que, pelo menos no aspecto de “coisas misteriosas no meio de um lugar isolado, mas civilizado“, me fez lembrar de O Homem de Palha, embora não haja uma grande iconografia compartilhada pelo restante da população,
Há uma breve participação de Ariadne Oliver no romance, dando um sabor diferente à trama, porque acrescenta, mesmo em sua pequena participação, o olhar cômico, desajeitado e argumento de uma escritora de romances presidiários, ajudando a dar o clique definitivo para Mark Easterbrook, que é quem assume a investigação dos crimes no livro após uma série de situações que acabam chegando até ele: o assassinado de um padre, uma lista de pessoas que adoecem ou morrem misteriosamente, mulheres com poderes paranormais e a ideia de “desejo de morte” que logo é plantada na cabeça do personagem (também um escritor, mas acadêmico: um historiador que está pesquisando sobre o Império Mogul) quando faz uma visita à misteriosa casa de Much Deeping. Como os crimes começam separados do investigador e só depois vão sendo acoplados à sua linha dramática,
Na reta final do livro, a autora vai descortinando de maneira excelente todos os mistérios, fazendo as devidas influências para as mortes e principalmente nos surpreendendo pela revelação da identidade do assassino, da mesma forma que amarra as muitas pontas deixadas pelos capítulos afora, dando um fechamento completo e forçado à história. Tirando dois pequenos momentos no resultado que diminuíram um pouco a minha nota final (a saber: o favor exigido por Mr. Venables à polícia e desconfortável e reticente cena final, entre Mark e Ginger), O Cavalo Amarelo é uma obra curta, de leitura muito prazerosa e que mexe com situações ainda mais difíceis de se nomear e descobrir antes que a autora faça a revelação definitiva. Uma fantasia fantástica com o sobrenatural, mas sem perder a essência da Rainha do Crime.
Lançado em novembro de 1961, O Cavalo Amarelo é diferente de tudo o que Agatha Christie havia escrito e que escreveria pela frente. Nele, temos no centro das atenções um drama conceitualmente inspirado nos romances macabros e sobrenaturais de Dennis Wheatley, que tinha grande prestígio no Reino Unido. O título da obra — que também é o nome de uma antiga e misteriosa propriedade na vila de Much Deeping, onde grande parte da trama se passa — é uma referência ao Livro do Apocalipse, que em seu sexto capítulo nos traz a seguinte descrição: “ E olhou, e é um cavalo amarelo, eo que estava assentado sobre ele tinha por nome Morte; eo inferno o seguia; e foi-lhes dado poder para matar a quarta parte da terra, com espada, e com fome, e com peste, e com as feras da terra”. É, portanto,
O interessante desse livro é que o seu caráter místico não é apenas uma sugestão espirituosa, citada no início e rapidamente atrasada em detrimento de uma explicação lógica, científica, palpável. O que de fato acontece é que o sobrenatural segue como assunto principal e principal desencadeador das mortes que ganhou a investigação, e o leitor não sabe o que fazer diante dessas informações porque lidar com esse tipo de abordagem num livro de Agatha Christie é difícil, visto que a autora sabe esconder muito bem os seus segredos e suspeitos, fazendo-nos primeiro entrar por um tipo de jornada que, pelo menos no aspecto de “coisas misteriosas no meio de um lugar isolado, mas civilizado“, me fez lembrar de O Homem de Palha, embora não haja uma grande iconografia compartilhada pelo restante da população,
Há uma breve participação de Ariadne Oliver no romance, dando um sabor diferente à trama, porque acrescenta, mesmo em sua pequena participação, o olhar cômico, desajeitado e argumento de uma escritora de romances presidiários, ajudando a dar o clique definitivo para Mark Easterbrook, que é quem assume a investigação dos crimes no livro após uma série de situações que acabam chegando até ele: o assassinado de um padre, uma lista de pessoas que adoecem ou morrem misteriosamente, mulheres com poderes paranormais e a ideia de “desejo de morte” que logo é plantada na cabeça do personagem (também um escritor, mas acadêmico: um historiador que está pesquisando sobre o Império Mogul) quando faz uma visita à misteriosa casa de Much Deeping. Como os crimes começam separados do investigador e só depois vão sendo acoplados à sua linha dramática,
Na reta final do livro, a autora vai descortinando de maneira excelente todos os mistérios, fazendo as devidas influências para as mortes e principalmente nos surpreendendo pela revelação da identidade do assassino, da mesma forma que amarra as muitas pontas deixadas pelos capítulos afora, dando um fechamento completo e forçado à história. Tirando dois pequenos momentos no resultado que diminuíram um pouco a minha nota final (a saber: o favor exigido por Mr. Venables à polícia e desconfortável e reticente cena final, entre Mark e Ginger), O Cavalo Amarelo é uma obra curta, de leitura muito prazerosa e que mexe com situações ainda mais difíceis de se nomear e descobrir antes que a autora faça a revelação definitiva. Uma fantasia fantástica com o sobrenatural, mas sem perder a essência da Rainha do Crime.
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