My rating: 5 of 5 stars
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Bom dia Caríssimos Leitores e Leitoras
A Série Outlander assusta quem não está preparado para tantos volumes e tantas páginas, mas depois que começa a ler, é uma entrega à viagem, queremos estar com todos em todos os lugares e em todos os momentos, queremos ajudar, avisar, consolar.., nos tornamos da família!
Escolhi uma resenha, que apesar de avisar que pode conter Spoiler, não acho que nos esclareça sobre todos os problemas que irão surgir no meio do caminho!
Escolhi uma resenha, que apesar de avisar que pode conter Spoiler, não acho que nos esclareça sobre todos os problemas que irão surgir no meio do caminho!
É um dos livros mais emocionantes da série, não é lento como os outros, não sei se por conta do "vai e volta" do tempo, não sei se é a ansiedade de ver as cartas serem lidas com mais rapidez, enfim, é uma leitura que vale muito a pena!!
***************
Resenha de Por Tuísa Sampaio
http://www.lallybroch.net/2019/09/res...
Pode conter spoilers
“- O que afirmo é que realmente o amo. E se você caçar à noite, você voltará para casa.(...)
-E dormirei aos seus pés.”
Curiosamente, “Um sopro de neve e cinzas” é finalizado em 1777, enquanto “Ecos” inicia-se um ano antes, em 1776, destacando a não-linearidade comum nessa série, afinal o tempo e a História são dois grandes protagonistas e nem um dos dois são fêmeas retos. A revolução americana havia começado e os Fraser, de certa forma, estavam divididos entre os dois polos, uma vez que William, mesmo não carregando o sobrenome, não deixou de ser um. O sétimo romance retorna ao paralelismo temporal dos primeiros, revezando a história de um passado e futuro (1980), que justifica o nome que recebeu em português.
Para mim, os verdadeiros ecos seriam o sistema de troca de cartas que foi estabelecido entre as famílias Fraser e Mackenzie que “desafia” o tempo, entretanto elas seriam melhor denominadas de “ecos do passado” uma vez que eram via de mão única, enviadas dos Fraser para seus filhos e netos no futuro, uma forma de matar a saudade de Jemmy, Bree e Roger e fazer com que Mandy conhecesse um pouco das avós que eles acreditavam que a menina nunca veria. O seguimento de história dos Mackenzie tem uma abertura lenta por mostrar principalmente seu estabelecimento no novo tempo, sua rotina e as dificuldades de Jemmy de adaptação, no entanto, quando os conflitos surgem, iniciando-se em especial com o novo emprego de Brianna e as dificuldades que ela enfrenta por ser uma mulher no meio de tantos homens,
No século XVIII, os Fraser se preparam para retornar à Escócia a fim de recuperar a máquina de impressão de Jamie. Como o jovem Ian havia cometido um assassinato em Fraser's Ridge, Jamie resolveu cumprir a promessa que havia feito para a irmã anos antes e levar seu filho de volta para ela e ainda protegê-lo de qualquer represália nas trezes colônias. Ainda na “América”, um homem chamado Percy Beauchamp/Wainwright (antigo conhecido de Lorde John e de quem o próprio Lorde tem suas suspeitas) está a procura de Fergus que pode ser um herdeiro de uma família rica, mas ninguém sabe ao certo se isso não pode trazer algum perigo para todos eles. Na ida para a Escócia, uma nova aventura no mar surge, assim como um sentimento de nostalgia em relação ao “Resgate no mar”.
Quem começa a ganhar bastante destaque nesse livro é William Hamson, filho ilegítimo de Jamie e enteado de Lorde John. Eu tenho a opinião de que ele é um personagem insuportável desde criança e a idade ainda não fez com que ele melhorasse – muito provavelmente resultado de ser um jovem rico e mimado criado para acreditar que poderia ter tudo- e os pontos de vista dele são no geral os que eu mais detesto, porém o seu enredo faz conexões importantes e instigantes com a história, em especial quando sua trama cruza com a dos Fraser. Além disso, eu tenho esperança de que William amadureça ao longo de sua jornada com todas as verdades e novas realidades que ele exigirá enfrentar. Talvez ele se torne alguém menos irritante. Lorde John também vai ganhar um papel cada vez maior nesse patamar da trama assim como vão sendo apresentados outros membros de sua família de forma mais destacada, como seu irmão Hal, o qual havia feito pequenas participações em alguns dos livros anteriores – mas se você já leu os contos da série Outlander, pode estar muito bem familiarizado com ele nas aventuras de Lorde John e na história de como Hal e sua esposa Minnie se conheceram-- e sua sobrinha (filha de Hal), Dottie, além dos outros filhos de Hal que tendem a ir aparecendo ou tendo importância para o desenrolar da história. Eu sou completamente apaixonada por Hal e Minnie e pela família deles como um todo, queria muito que Diana reservasse um espaço para outra novela ou conto mostrando mais sobre a dinâmica familiar deles, quando seus filhos eram crianças, ou mais detalhes do início do seu casamento, pois no conto “A fugitive green” (sem tradução para português ainda e incluso na Antologia de Outlander, “Seven Stones to Stand or Fall) vemos apenas como Hal e Minnie se casaram. Outra aparência importante, porém tratada de forma bastante incidental no enredo é a de Denis Randall-Isaacs, filho de Alex e Mary Randall, mas que historicamente todos acreditam ser de Black Jack.
As teorias que os personagens criam sobre as viagens do tempo passam a retornar a trama quando Roger encontra uma notícia sobre o incêndio na casa dos Frasers- o qual ele já sabia não ter matado seus sogros através de uma de suas cartas- e os dados estão mudados (Para saber mais sobre a teoria Gabaldon sobre viagem no tempo, leia: A teoria Gabaldon de viagem no tempo). A ideia de que eles podem sim mudar a história, em pequenas situações, na esfera individual, é reacendida.
O primeiro Fraser com quem William tem um forte relacionamento é Ian, não apenas o primo lhe salva a vida, mas eles se apaixonam pela mesma mulher, Rachel, e isso passará, mais à frente a causar discórdia entre os dois. O clima de guerra na América é muito forte, e como Jamie e Claire foram obrigados a parar no forte Ticonderoga pelo seu capitão, atrasando sua viagem para a Escócia, eles participaram durante uma parte grande do enredo dos preparativos das batalhas e dos acampamentos de guerra, trazendo um contexto parecido ao da segunda metade de A libélula no Âmbar. Não apenas o contexto, mas assuntos, que acreditávamos estar enterrados no segundo romance ressurgem e podem ameaçar os Frasers. Ao chegar a Lallybroch, Jamie, Claire e o jovem Ian descobrem que Ian sênior está morrendo. Por mais que Jenny peça, não há nada que Claire possa fazer, e isso acaba por causar uma rachadura na amizade deles. Claire precisa voltar à América para socorrer Henri-Christian e assim o casal se separar mais uma vez. O reencontro deles é fantástico, principalmente por todos os preparativos relacionados ao fato de tanto Claire, quanto Lorde John acharem que Jamie havia falecido em um naufrágio.
Surpreendentemente, Roger encontra um viajante do tempo nos anos oitenta, alguém por quem ele não tem nenhum afeto após acontecimentos em livros anteriores e o desaparecimento de Jemmy causa uma grande reviravolta na vida dos Mackenzie.
O final do livro sete é encantador, sendo protagonizado por Ian e Rachel e tenho certeza que não há um único leitor da série que não torcesse para que Ian encontresse sua paz e seu amor, após tanto sofrimento nesse ângulo da vida do rapaz. Diana escolheu como tema desse livro “Nexo”, e honestamente foi o tema mais vago de todos até agora, pois todos os protagonistas tendem a estar ligados em seus livros não apenas nesse. O tema alternativo faz mais sentido para mim, o qual ela afirma ser “mortalidade”, mas também é algo presente em outros livros, porém não com tanta força. Talvez por acharem temporariamente que Jamie e Jenny morreram, pelo falecimento de Ian idoso, por Claire precisar viajar sem o marido para ajudar a salvar a vida de Henri-Christien, o ferimento de Rollo, o ataque a Ian e Rachel mais no final e etc...,
Nessa edição, a autora nos presenteia com uma nota falando um pouco sobre a sua pesquisa e alguns pontos da história que ou são reais ou que foram adaptados de situações e pessoas que existiram. É um romance que conta com tudo que amamos de Outlander, e apesar de graças a Deusa dos bons leitores não terminar em suspense, ele contém problemas os quais não são completamente resolvidos que atraem o leitor para o próximo livro.
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Resenha de Por Tuísa Sampaio
http://www.lallybroch.net/2019/09/res...
Pode conter spoilers
“- O que afirmo é que realmente o amo. E se você caçar à noite, você voltará para casa.(...)
-E dormirei aos seus pés.”
Curiosamente, “Um sopro de neve e cinzas” é finalizado em 1777, enquanto “Ecos” inicia-se um ano antes, em 1776, destacando a não-linearidade comum nessa série, afinal o tempo e a História são dois grandes protagonistas e nem um dos dois são fêmeas retos. A revolução americana havia começado e os Fraser, de certa forma, estavam divididos entre os dois polos, uma vez que William, mesmo não carregando o sobrenome, não deixou de ser um. O sétimo romance retorna ao paralelismo temporal dos primeiros, revezando a história de um passado e futuro (1980), que justifica o nome que recebeu em português.
Para mim, os verdadeiros ecos seriam o sistema de troca de cartas que foi estabelecido entre as famílias Fraser e Mackenzie que “desafia” o tempo, entretanto elas seriam melhor denominadas de “ecos do passado” uma vez que eram via de mão única, enviadas dos Fraser para seus filhos e netos no futuro, uma forma de matar a saudade de Jemmy, Bree e Roger e fazer com que Mandy conhecesse um pouco das avós que eles acreditavam que a menina nunca veria. O seguimento de história dos Mackenzie tem uma abertura lenta por mostrar principalmente seu estabelecimento no novo tempo, sua rotina e as dificuldades de Jemmy de adaptação, no entanto, quando os conflitos surgem, iniciando-se em especial com o novo emprego de Brianna e as dificuldades que ela enfrenta por ser uma mulher no meio de tantos homens,
No século XVIII, os Fraser se preparam para retornar à Escócia a fim de recuperar a máquina de impressão de Jamie. Como o jovem Ian havia cometido um assassinato em Fraser's Ridge, Jamie resolveu cumprir a promessa que havia feito para a irmã anos antes e levar seu filho de volta para ela e ainda protegê-lo de qualquer represália nas trezes colônias. Ainda na “América”, um homem chamado Percy Beauchamp/Wainwright (antigo conhecido de Lorde John e de quem o próprio Lorde tem suas suspeitas) está a procura de Fergus que pode ser um herdeiro de uma família rica, mas ninguém sabe ao certo se isso não pode trazer algum perigo para todos eles. Na ida para a Escócia, uma nova aventura no mar surge, assim como um sentimento de nostalgia em relação ao “Resgate no mar”.
Quem começa a ganhar bastante destaque nesse livro é William Hamson, filho ilegítimo de Jamie e enteado de Lorde John. Eu tenho a opinião de que ele é um personagem insuportável desde criança e a idade ainda não fez com que ele melhorasse – muito provavelmente resultado de ser um jovem rico e mimado criado para acreditar que poderia ter tudo- e os pontos de vista dele são no geral os que eu mais detesto, porém o seu enredo faz conexões importantes e instigantes com a história, em especial quando sua trama cruza com a dos Fraser. Além disso, eu tenho esperança de que William amadureça ao longo de sua jornada com todas as verdades e novas realidades que ele exigirá enfrentar. Talvez ele se torne alguém menos irritante. Lorde John também vai ganhar um papel cada vez maior nesse patamar da trama assim como vão sendo apresentados outros membros de sua família de forma mais destacada, como seu irmão Hal, o qual havia feito pequenas participações em alguns dos livros anteriores – mas se você já leu os contos da série Outlander, pode estar muito bem familiarizado com ele nas aventuras de Lorde John e na história de como Hal e sua esposa Minnie se conheceram-- e sua sobrinha (filha de Hal), Dottie, além dos outros filhos de Hal que tendem a ir aparecendo ou tendo importância para o desenrolar da história. Eu sou completamente apaixonada por Hal e Minnie e pela família deles como um todo, queria muito que Diana reservasse um espaço para outra novela ou conto mostrando mais sobre a dinâmica familiar deles, quando seus filhos eram crianças, ou mais detalhes do início do seu casamento, pois no conto “A fugitive green” (sem tradução para português ainda e incluso na Antologia de Outlander, “Seven Stones to Stand or Fall) vemos apenas como Hal e Minnie se casaram. Outra aparência importante, porém tratada de forma bastante incidental no enredo é a de Denis Randall-Isaacs, filho de Alex e Mary Randall, mas que historicamente todos acreditam ser de Black Jack.
As teorias que os personagens criam sobre as viagens do tempo passam a retornar a trama quando Roger encontra uma notícia sobre o incêndio na casa dos Frasers- o qual ele já sabia não ter matado seus sogros através de uma de suas cartas- e os dados estão mudados (Para saber mais sobre a teoria Gabaldon sobre viagem no tempo, leia: A teoria Gabaldon de viagem no tempo). A ideia de que eles podem sim mudar a história, em pequenas situações, na esfera individual, é reacendida.
O primeiro Fraser com quem William tem um forte relacionamento é Ian, não apenas o primo lhe salva a vida, mas eles se apaixonam pela mesma mulher, Rachel, e isso passará, mais à frente a causar discórdia entre os dois. O clima de guerra na América é muito forte, e como Jamie e Claire foram obrigados a parar no forte Ticonderoga pelo seu capitão, atrasando sua viagem para a Escócia, eles participaram durante uma parte grande do enredo dos preparativos das batalhas e dos acampamentos de guerra, trazendo um contexto parecido ao da segunda metade de A libélula no Âmbar. Não apenas o contexto, mas assuntos, que acreditávamos estar enterrados no segundo romance ressurgem e podem ameaçar os Frasers. Ao chegar a Lallybroch, Jamie, Claire e o jovem Ian descobrem que Ian sênior está morrendo. Por mais que Jenny peça, não há nada que Claire possa fazer, e isso acaba por causar uma rachadura na amizade deles. Claire precisa voltar à América para socorrer Henri-Christian e assim o casal se separar mais uma vez. O reencontro deles é fantástico, principalmente por todos os preparativos relacionados ao fato de tanto Claire, quanto Lorde John acharem que Jamie havia falecido em um naufrágio.
Surpreendentemente, Roger encontra um viajante do tempo nos anos oitenta, alguém por quem ele não tem nenhum afeto após acontecimentos em livros anteriores e o desaparecimento de Jemmy causa uma grande reviravolta na vida dos Mackenzie.
O final do livro sete é encantador, sendo protagonizado por Ian e Rachel e tenho certeza que não há um único leitor da série que não torcesse para que Ian encontresse sua paz e seu amor, após tanto sofrimento nesse ângulo da vida do rapaz. Diana escolheu como tema desse livro “Nexo”, e honestamente foi o tema mais vago de todos até agora, pois todos os protagonistas tendem a estar ligados em seus livros não apenas nesse. O tema alternativo faz mais sentido para mim, o qual ela afirma ser “mortalidade”, mas também é algo presente em outros livros, porém não com tanta força. Talvez por acharem temporariamente que Jamie e Jenny morreram, pelo falecimento de Ian idoso, por Claire precisar viajar sem o marido para ajudar a salvar a vida de Henri-Christien, o ferimento de Rollo, o ataque a Ian e Rachel mais no final e etc...,
Nessa edição, a autora nos presenteia com uma nota falando um pouco sobre a sua pesquisa e alguns pontos da história que ou são reais ou que foram adaptados de situações e pessoas que existiram. É um romance que conta com tudo que amamos de Outlander, e apesar de graças a Deusa dos bons leitores não terminar em suspense, ele contém problemas os quais não são completamente resolvidos que atraem o leitor para o próximo livro.
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