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11/04/2023

Resenha: Ecos do futuro (Outlander #7 - Diana Gabaldon)

Ecos do futuro Ecos do futuro by Diana Gabaldon
My rating: 5 of 5 stars



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Bom dia Caríssimos Leitores e Leitoras

A Série Outlander assusta quem não está preparado para tantos volumes e tantas páginas, mas depois que começa a ler, é uma entrega à viagem, queremos estar com todos em todos os lugares e em todos os momentos, queremos ajudar, avisar, consolar.., nos tornamos da família!

Escolhi uma resenha, que apesar de avisar que pode conter Spoiler, não acho que nos esclareça sobre todos os problemas que irão surgir no meio do caminho!

É um dos livros mais emocionantes da série, não é lento como os outros, não sei se por conta do "vai e volta" do tempo, não sei se é a ansiedade de ver as cartas serem lidas com mais rapidez, enfim, é uma leitura que vale muito a pena!!

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Resenha de Por Tuísa Sampaio
http://www.lallybroch.net/2019/09/res...

Pode conter spoilers

“- O que afirmo é que realmente o amo. E se você caçar à noite, você voltará para casa.(...)
-E dormirei aos seus pés.”

Curiosamente, “Um sopro de neve e cinzas” é finalizado em 1777, enquanto “Ecos” inicia-se um ano antes, em 1776, destacando a não-linearidade comum nessa série, afinal o tempo e a História são dois grandes protagonistas e nem um dos dois são fêmeas retos. A revolução americana havia começado e os Fraser, de certa forma, estavam divididos entre os dois polos, uma vez que William, mesmo não carregando o sobrenome, não deixou de ser um. O sétimo romance retorna ao paralelismo temporal dos primeiros, revezando a história de um passado e futuro (1980), que justifica o nome que recebeu em português.

Para mim, os verdadeiros ecos seriam o sistema de troca de cartas que foi estabelecido entre as famílias Fraser e Mackenzie que “desafia” o tempo, entretanto elas seriam melhor denominadas de “ecos do passado” uma vez que eram via de mão única, enviadas dos Fraser para seus filhos e netos no futuro, uma forma de matar a saudade de Jemmy, Bree e Roger e fazer com que Mandy conhecesse um pouco das avós que eles acreditavam que a menina nunca veria. O seguimento de história dos Mackenzie tem uma abertura lenta por mostrar principalmente seu estabelecimento no novo tempo, sua rotina e as dificuldades de Jemmy de adaptação, no entanto, quando os conflitos surgem, iniciando-se em especial com o novo emprego de Brianna e as dificuldades que ela enfrenta por ser uma mulher no meio de tantos homens,

No século XVIII, os Fraser se preparam para retornar à Escócia a fim de recuperar a máquina de impressão de Jamie. Como o jovem Ian havia cometido um assassinato em Fraser's Ridge, Jamie resolveu cumprir a promessa que havia feito para a irmã anos antes e levar seu filho de volta para ela e ainda protegê-lo de qualquer represália nas trezes colônias. Ainda na “América”, um homem chamado Percy Beauchamp/Wainwright (antigo conhecido de Lorde John e de quem o próprio Lorde tem suas suspeitas) está a procura de Fergus que pode ser um herdeiro de uma família rica, mas ninguém sabe ao certo se isso não pode trazer algum perigo para todos eles. Na ida para a Escócia, uma nova aventura no mar surge, assim como um sentimento de nostalgia em relação ao “Resgate no mar”.

Quem começa a ganhar bastante destaque nesse livro é William Hamson, filho ilegítimo de Jamie e enteado de Lorde John. Eu tenho a opinião de que ele é um personagem insuportável desde criança e a idade ainda não fez com que ele melhorasse – muito provavelmente resultado de ser um jovem rico e mimado criado para acreditar que poderia ter tudo- e os pontos de vista dele são no geral os que eu mais detesto, porém o seu enredo faz conexões importantes e instigantes com a história, em especial quando sua trama cruza com a dos Fraser. Além disso, eu tenho esperança de que William amadureça ao longo de sua jornada com todas as verdades e novas realidades que ele exigirá enfrentar. Talvez ele se torne alguém menos irritante. Lorde John também vai ganhar um papel cada vez maior nesse patamar da trama assim como vão sendo apresentados outros membros de sua família de forma mais destacada, como seu irmão Hal, o qual havia feito pequenas participações em alguns dos livros anteriores – mas se você já leu os contos da série Outlander, pode estar muito bem familiarizado com ele nas aventuras de Lorde John e na história de como Hal e sua esposa Minnie se conheceram-- e sua sobrinha (filha de Hal), Dottie, além dos outros filhos de Hal que tendem a ir aparecendo ou tendo importância para o desenrolar da história. Eu sou completamente apaixonada por Hal e Minnie e pela família deles como um todo, queria muito que Diana reservasse um espaço para outra novela ou conto mostrando mais sobre a dinâmica familiar deles, quando seus filhos eram crianças, ou mais detalhes do início do seu casamento, pois no conto “A fugitive green” (sem tradução para português ainda e incluso na Antologia de Outlander, “Seven Stones to Stand or Fall) vemos apenas como Hal e Minnie se casaram. Outra aparência importante, porém tratada de forma bastante incidental no enredo é a de Denis Randall-Isaacs, filho de Alex e Mary Randall, mas que historicamente todos acreditam ser de Black Jack.

As teorias que os personagens criam sobre as viagens do tempo passam a retornar a trama quando Roger encontra uma notícia sobre o incêndio na casa dos Frasers- o qual ele já sabia não ter matado seus sogros através de uma de suas cartas- e os dados estão mudados (Para saber mais sobre a teoria Gabaldon sobre viagem no tempo, leia: A teoria Gabaldon de viagem no tempo). A ideia de que eles podem sim mudar a história, em pequenas situações, na esfera individual, é reacendida.

O primeiro Fraser com quem William tem um forte relacionamento é Ian, não apenas o primo lhe salva a vida, mas eles se apaixonam pela mesma mulher, Rachel, e isso passará, mais à frente a causar discórdia entre os dois. O clima de guerra na América é muito forte, e como Jamie e Claire foram obrigados a parar no forte Ticonderoga pelo seu capitão, atrasando sua viagem para a Escócia, eles participaram durante uma parte grande do enredo dos preparativos das batalhas e dos acampamentos de guerra, trazendo um contexto parecido ao da segunda metade de A libélula no Âmbar. Não apenas o contexto, mas assuntos, que acreditávamos estar enterrados no segundo romance ressurgem e podem ameaçar os Frasers. Ao chegar a Lallybroch, Jamie, Claire e o jovem Ian descobrem que Ian sênior está morrendo. Por mais que Jenny peça, não há nada que Claire possa fazer, e isso acaba por causar uma rachadura na amizade deles. Claire precisa voltar à América para socorrer Henri-Christian e assim o casal se separar mais uma vez. O reencontro deles é fantástico, principalmente por todos os preparativos relacionados ao fato de tanto Claire, quanto Lorde John acharem que Jamie havia falecido em um naufrágio.

Surpreendentemente, Roger encontra um viajante do tempo nos anos oitenta, alguém por quem ele não tem nenhum afeto após acontecimentos em livros anteriores e o desaparecimento de Jemmy causa uma grande reviravolta na vida dos Mackenzie.

O final do livro sete é encantador, sendo protagonizado por Ian e Rachel e tenho certeza que não há um único leitor da série que não torcesse para que Ian encontresse sua paz e seu amor, após tanto sofrimento nesse ângulo da vida do rapaz. Diana escolheu como tema desse livro “Nexo”, e honestamente foi o tema mais vago de todos até agora, pois todos os protagonistas tendem a estar ligados em seus livros não apenas nesse. O tema alternativo faz mais sentido para mim, o qual ela afirma ser “mortalidade”, mas também é algo presente em outros livros, porém não com tanta força. Talvez por acharem temporariamente que Jamie e Jenny morreram, pelo falecimento de Ian idoso, por Claire precisar viajar sem o marido para ajudar a salvar a vida de Henri-Christien, o ferimento de Rollo, o ataque a Ian e Rachel mais no final e etc...,

Nessa edição, a autora nos presenteia com uma nota falando um pouco sobre a sua pesquisa e alguns pontos da história que ou são reais ou que foram adaptados de situações e pessoas que existiram. É um romance que conta com tudo que amamos de Outlander, e apesar de graças a Deusa dos bons leitores não terminar em suspense, ele contém problemas os quais não são completamente resolvidos que atraem o leitor para o próximo livro.


01/03/2023

Resenha: Um sopro de neve e cinzas (Outlander #6 - Diana Gabaldon)

Um sopro de neve e cinzas Um sopro de neve e cinzas by Diana Gabaldon
My rating: 5 of 5 stars



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Esse livro é extenso, conta tantos detalhes do Romance, que poderia ser o primeiro livro pra quem quer conhecer a História de Claire e Jamie.. 

Achei que leria em 15 dias, mas passei de 1 mês... mas valeu a pena.

Como já assumi que não sou boa em resenhas, escolhi a Resenha feita Por Tuísa Sampaio, na qual já nos avisa que contém Spoillers:


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Resenha com Spoillers:

Claire e Jamie. Brianna e Roger. Jovem Ian e Rollo. As aventuras dessa família e de vários outros personagens continuam nesse sexto romance da série Outlander, Um Sopro de Neve e Cinzas (título original: A Breath of snow and ashes). O ano inicial é de 1773, o livro, dividido em um prólogo, doze partes e dois epílogos, tem como abertura o momento em que Jovem Ian escuta um grupo de homens passando próximo ao local onde estava na floresta e precisa se esconder, levando-o a ter uma conversa com Deus, e o encontro dos Frasers com uma cabana queimada cheia de cadáveres em algum lugar da colina. Quando retornam à sua casa, uma reunião com o Major Macdonald os aguarda, trazendo notícias de novos colonos escoceses e um convite para Jamie tornar-se um agente entre os índios.

Como em todo romance dessa série, novos personagens surgem e dentre eles está Bobby Higgins, enviado com uma carta para Jamie por Lorde John, Bobby havia sido marcado como assassino no rosto, condenação que Lorde John considerava injusta. Infelizmente, Bobby é ameaçado pelos Browns e seu comitê de segurança que não acreditam em sua inocência e não querem um homicida nas redondezas, ansiosos por mostrar efetividade em suas ações. A decisão de Jamie de tornar-se um agente indigenista, então, apesar dos possíveis riscos, ocorre justamente para impedir que Richard Brown o seja. Tentando descobrir mais sobre a guerra que está por vir, Jamie conversa com Roger sobre o que ele sabe que vai acontecer, o que o leva a lembrar-se de uma vidente que conhecera em Paris e que havia lhe dito que ele iria morrer nove vezes antes de ir para o túmulo. Essa previsão é uma quem vem levantando discussões nos fóruns de fãs de quais seriam as mortes de Jamie e em qual vida ele estaria. Como já vimos e também como Claire conclui, Jamie Fraser não é um homem fácil de se matar.

Dentre as trocas de correspondências entre Lorde John e os Fraser, Brianna recebe fósforo, uma substância que havia requisitado ao amigo, para que pudesse fabricar palitos de fósforo, facilitando assim o processo de acender qualquer fogo que fosse necessário. Um dos pontos que eu gosto muito em Brianna é esse seu lado “inventora/construtora”. Ela consegue facilmente trazer seus conhecimentos de química e física do século XX, além de sua habilidade com desenho para melhorar a sua vida e de toda a sua família, mesmo que isso a faça ser vista como “estranha” pelas pessoas das redondezas. Um exemplo, além dos fósforos, é sua tentativa de fazer Robin McGillivray montar as armas que ela havia desenhado, conhecimento incomum até para meninas de sua época. Ela mostra seu lado progressista com orgulho e (na maioria das vezes) não dá ouvido aos comentários maldosos. Obviamente, isso vem um pouco de Claire, entretanto, as “inovações” trazidas por Claire ao século XVIII, são no geral, relacionadas à medicina, como a sua produção de penicilina que se inicia em Tambores do Outono e as tentativas da criação de éter em Um sopro de Neve e Cinzas para poder adormecer os pacientes em quem precisa realizar cirurgias, como a de apendicite que ela faz em Aidan McCallum. Também não é possível deixar de lado a influência que o conhecimento de Frank sobre a volta de Claire ao passado fez com que ele ensinasse coisas incomuns à sua filha para uma mocinha da cidade dos anos 60- com receio que ela também viajasse- como andar a cavalo e atirar. Brianna é uma mulher bastante independente, assim como sua mãe e isso ao longo desse livro, acaba influenciando seu casamento com Roger, que não é tão moderno quanto Jamie, no quesito adaptar-se à individualidade de sua esposa. Eu entendo que a diferença maior é que para Brianna foi muito mais fácil encaixar-se no dia a dia de Fraser’s Ridge do que para ele, e isso faz com que ele se sinta inútil diante dela, enquanto Jamie nunca enfrentou esse problema. O desejo de Roger de tornar-se ministro finda por lhe dar um propósito que facilita a comunicação entre o casal, pois permite a Roger encontrar sua própria independência e sentir-se mais útil dentro de sua comunidade. Brianna mostra à lealdade que tem ao marido estando pronta para apoiá-lo em sua escolha de carreira e se dispondo a ajudar no que for preciso para que ele seja bem-sucedido.

Esse é um livro que mostra, assim como a Cruz de Fogo, muito da comunidade dos Frasers, entretanto com mais ação e sem a monotonia do romance anterior. Nele, Claire vai conseguir uma nova aprendiz e assistente em Malva Christie- com quem cria um carinho, para depois ser traída de uma forma covarde, levantando dúvidas acerca da lealdade de Jamie - e um paciente extremamente teimoso em seu pai- que se revelará leal à Claire e aos sentimentos que havia escondido dela, em busca de salvá-la de uma sentença injusta por um crime que a Sra. Fraser não havia cometido. Três dos acontecimentos principais do enredo cada vez mais intricado são o sequestro de Claire por uma gangue - onde ela finda por encontrar outro viajante do tempo-mais à frente; o de Brianna, por Stephen Bonnet e o momento em que toda a família aguarda o suposto incêndio que deveria matar Jamie e Claire, mas que não ocorre na data prevista no jornal, e sim tempos depois, tendo todos os presentes –Jamie e Claire inclusive- saído com vida, mas resultando na destruição de sua casa. Jamie, ademais, tem que lidar com a decisão de virar um rebelde, pois ele sabe que a guerra será ganha por eles, mas qual seria o momento certo para se declarar? E a descoberta da verdadeira paternidade de Jemmy, além de uma nova gestação de Brianna estão entre os pontos de destaque dos enredos dos Frasers e Mackenzies.

O crescente companheirismo entre Jamie e Roger também chama atenção. Quando se conhecem em Os Tambores do Outono, a inimizade causada pelo mal-entendido da identidade de Roger faz com que mesmo com devidas emendas realizadas, eles dois não se deem lá muito bem. Ao longo dos livros seguintes, eles vão gradativamente tornando-se parceiros e confidentes. Em Um sopro de Neve e Cinzas, ambos aconselham-se quando necessário e uma relação de pai e filho vai se materializando em suas devidas proporções, mais ligada ainda quando se unem para resgatar Brianna, o laço de lealdade que os une.

O nascimento do quarto filho de Fergus e Marsali traz momentos de conflito dentro da comunidade, sendo ele um anão, em um assentamento de pessoas interioranas e supersticiosas, medo e preconceito afloram. E assim cada vez mais os Frasers se ligam para proteger uns aos outros. Como em todo livro dessa série, Diana escolheu uma palavra para ser tema e em Um Sopro de Neve e Cinzas foi lealdade. Sobrevivência seria um sub-tema que ela quase usou como definição, mas a lealdade ainda estava acima, por isso que ao longo do texto venho destacando esses dois pontos. Acredito que ambos estejam fortemente interligados pelo livro. O pequeno Henri-Christian, filho caçula de Fergus e Marsali tem a lealdade de seus pais e outros membros de sua família, mas precisa lutar para sobreviver dentro de Fraser’s Ridge. Fergus sente que não pode ser o homem que eles precisam, em uma área onde o modo de vida é a agricultura e ele tem apenas uma mão, o desespero então o domina. A saída para a sobrevivência da família será um trabalho na cidade, onde há menos preconceito e Fergus poderá realizar o ofício de tipógrafo.

Lizzie é uma personagem com um desenrolar de acontecimentos peculiares neste livro. E quando digo que o romance fica cada vez mais intricado (e a meu ver isso vem acontecendo ao longo dos livros, principalmente a partir de Tambores do Outono) é porque mesmo com a maioria das cenas sendo de Jamie e Claire ou relacionadas a eles, tramas paralelas fortes surgem. Em Um Sopro de Neve e Cinzas, além da história de Roger e Brianna que caminha quase em pé de igualdade com Jamie e Claire, são muito presentes em determinados momentos da trama, a de Fergus e Marsali, Ian e a luta para superar seu passado com os Mohawks e o romance de Lizzie com os gêmeos Beardsleys, que choca Fraser’s ridge, pelo conceito de poliamor não ser um conhecido no século XVIII.

O nascimento da filha de Roger e Brianna, Mandy, faz com que eles tenham que tomar a decisão de voltar ao século XX, uma vez que a menina precisa de uma cirurgia cardíaca para sobreviver, a qual Claire não tinha condições de realizar no tempo em que estavam e com os recursos que tinham. Com a partida dos Mackenzies e a destruição da casa dos Frasers, Claire e Jamie decidem voltar à Escócia para trazer a prensa de Jamie para as treze Colônias e entrar na luta da revolução americana. Na conclusão do livro, temos um relance da vida de Roger, Brianna e seus filhos em Lallybroch, onde se estabeleceram- no século XX- e a explicação de como a data foi escrita errada no jornal que anunciou a morte equivocada de Jamie e Claire.                                              

Dentre as referências literárias que podem ser encontradas no livro, está o título da quinta parte “Great Unexpectations” (Grandes Inesperanças), a qual provavelmente relaciona-se com o título de Charles Dickens “Great Expectations” (em português: Grandes Esperanças). Não é à toa que Dickens foi um dos autores a quem Gabaldon dedicou o livro. Eu já comentei em resenhas anteriores, mas ao longo da série existem várias referências literárias e citações. Muito comum além de quotes bíblicos, são também os de Shakespeare, principalmente Hamlet e O mercador de Veneza. Infelizmente, como a maioria deles não é referenciado em uma nota de rodapé ou no próprio texto- e as inúmeras traduções do dramaturgo britânico também dificultam o reconhecimento- é difícil para o leitor encontrar todas.

Uma curiosidade acerca da parte histórica dos livros de Outlander é que os nomes dos governadores da Carolina do Norte que aparecem desde Tambores foram mantidos, e eles realmente existiram. Pode parecer obvio para alguns, mas eu imaginei que William Tryon e Josiah Martin fossem invenção da cabeça de Diana, porém sua pesquisa histórica nunca decepciona, e até onde eu vi todos os chefes de milícias citados nos livros (coronéis, capitães e etc...) também são reais. Certamente, o comportamento deles diante dos Frasers foi realmente obra da criatividade da autora, mas seus atos históricos, não. Josiah Martin, que aparece em Um Sopro de Neve e Cinzas, foi o último governador da Carolina do Norte antes da revolução americana. Outro personagem histórico importante a fazer aparição em Um sopro de Neve e Cinzas foi Flora McDonald (especificamente em uma recepção em River Run), famosa por ter ajudado o príncipe Charles Stuart a fugir disfarçado de mulher após a derrota na batalha de Culloden.

Em um livro no qual lealdade e sobrevivência se entrelaçam, uma mente estratégica como a de Jamie Fraser é extremamente poderosa. É graças a ele que muitos dos conflitos são solucionados. A sua lealdade para com Claire e para com a sua família é absolutamente admirável, mas sempre esperada. Lindo foi também ver relances da sempre presente lealdade de Lorde John para com seu amigo Jamie em suas trocas de cartas em meio à guerra iminente, a qual pretende testar os laços que os unem. Com a Revolução Americana cada vez mais próxima, essas lealdades devem ser mais expostas e as tensões irão aumentar. Um Sopro de Neve e Cinzas é um livro forte e cheio de ação, mas também repleto de amor e respeito aos laços familiares e às escolhas que precisamos fazer para sobreviver, sabendo dosar na medida certa a calmaria do dia a dia do assentamento, com os embates que a disturbam.

13/10/2022

Review: Outlander Livros 1 a 5

A Cruz de fogo - parte I A Cruz de fogo - parte I by Diana Gabaldon
My rating: 5 of 5 stars



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Outlander na AMAZON: Livros e Série

Não consegui fazer resenha desses livros, aliás, já assumi que não sou muito boa em fazer resumos.

Vou continuar a leitura de OUTLANDER em 2023 - geralmente dedico uma quinzena por mês para cada volume, mas o volume 5 "consumiu" todo o mês de outubro.

Outlander é uma história sobre viagem no tempo: Claire, uma enfermeira que trabalhou na segunda guerra viaja com seu marido para a Escócia. Frank, Historiador, queria conhecer a história de Randall.
Entre aventuras nas terra da Escócia a finalmente chegada ao Novo Mundo, as viagens de Claire são regadas de muitas aventuras, lágrimas e lutas.

Não tem como contar em poucas palavras o que se passa em cada volume, mas a viagem por Castelo da França, Prisão da Escócia, bruxarias e superstições tornaram esse Romance tão incrível em Seriado (acompanho na NETFLIX).

Ao decidir ler os livros (pois já assisti até a temporada 5), fiquei com receio de me frustrar com eles, mas qual não foi minha surpresa: a série é altamente fiel aos personagens e a descrição dos eventos e cenários. Descobri ao ler sobre que a escritora é consultora e segue as gravações, então compreendi essa fidedignidade.

Nos apaixonamos pelos casais que se formam, as famílias se unem e ficamos com receio do que será essa mistura de: passado, futuro, agora - pois o agora da Escócia, não é o mesmo agora de 1968.. 
Sim, a viagem no tempo não é só viagem no tempo, o tempo também passa.

Muitos personagens, várias intrigas e vários enredos, é uma História que vale a pena ler e ficar atiçado de curiosidade.

São 9 livros, não sei se ainda terão mais, evito ler sobre, pois muitas pessoas passam Spoiller, então vamos combinar: quem tem preguiça assiste o seriado, não ficará decepcionado.

Tem na NETFLIX (até temporada 5) e na Starplus (todas as temporadas - 1 a 6) - ainda não vi a temporada 6.

O engraçado, ou coincidência, que assisti as 5 temporadas e li os 5 primeiro volume, as histórias pararam praticamente no mesmo lugar.

Queria ter essa esperança de que teremos de 9 a 10 temporadas, a ver.

Voltarei com OUTLANDER de 6 a 9 (planos ainda) no ano de 2023.

UPDATE: Resenha OUTLANDER 2 - feito em fevereiro 2022
A viagem por vários lugares e a descrição dos costumes de época, faz dessa série uma viagem além do tempo.

O segundo livro se passa basicamente na França e quem leu "Os Miseráveis" sabe que o glamour da França se restringe a corte e aos amigos do Rei.

Traições, teorias da conspiração, bruxaria e ocultismo, a fase supersticiosa da humanidade é bem retratada.

Quem quer um livro rápido e decisivo NÃO LEIA... pois essa série é uma viagem por todos os sentimentos humanos: do amor ao medo, do ódio à compassividade... infelizmente a vaidade de um causa muitas mudanças nas histórias!!

Até mais e já já vem outra resenha (de terceiros) da Agatha!!!

Bjins e boa sexta!!!



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