My rating: 5 of 5 stars
Esse foi um livro que (finalmente) não tinha lido, mas (infelizmente) assisti o episódio no seriado (mas como sempre), porém não lembrava do enredo (sou meio desligada mesmo).
Para essa postagem li 3 resenhas diferentes e todas foram unânimes: boa história, bom enredo e excelente finalização.
A presença de Poirot não é o foco principal, mas é esse Geniozinho que esclarece a confusão e mistérios envolvendo a história!
Sim, esse é daqueles livros que as pessoas esquecem de classificar como o melhor de AC, mas não porque não seja o melhor, é que Agatha era IMPRESSIONANTE em cada obra que nos presenteava:
A escolha foi finalmente para um leitor que deixo AC na prateleira do Kindle, achando que se era gratuito não poderia ser "the best"...
Confira a impressão e confirme: quem lê AC se apaixona...
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Resenha de Isa
https://percursosliterariosblog.com
Os Relógios traz um curioso caso de assassinato ocorrido em Wilbraham Crescent, por onde Colin Lamb, agente do serviço secreto britânico, estava de passagem por conta de outra investigação. Lamb então é surpreendido por uma jovem, Sheila Webb, que sai gritando do n°19 da W. Crescente, e, em seus braços, ela, em choque, informa-o que há um homem morto dentro da casa. Lamb liga para um colega inspetor da polícia, Detetive Inspetor Hardcastle.
Assim, inicia-se a investigação do assassinato, cuja identidade da vítima, para piorar a situação, também é desconhecida. Além disso, há outras coisas estranhas: Sheila Webb é uma estenógrafa que recebeu ordens de ir ao endereço a pedido da moradora do n°19 de Wilbraham Crescent, Mrs. Pebmarsh. Esta, no entanto, nega veemente que tenha solicitado tal serviço. E embora Mrs. Pebmarsh seja cega, afirma que 4 relógios encontrados em sua casa depois do assassinato não são seus.
Lamb, sendo amigo de Hercule Poirot, decide consultá-lo sobre o assassinato, e Poirot, longe de onde ocorreram os fatos, se vê então desafiado a resolver o caso sem sequer sair de sua poltrona. Com as informações passadas às minúcias por Lamb, Poirot descobre rapidamente os motivos do crime e quem seria o homem assassinado, mas não revela a Lamb, dando apenas pistas aparentemente desconexas ao amigo.
O livro está muito bem avaliado na Amazon: 4.5 estrelas. E é tão bom assim? É, gente! É um romance policial muito agradável de se ler. Embora haja a importantíssima participação de Hercule Poirot – afinal, é ele quem resolve em primeira mão o curioso caso do assassinato (muito simples para Poirot, diga-se de passagem)–, o detetive belga não é o protagonista da história. Na verdade, sua aparição demorou tanto a aparecer que eu realmente não parava de me questionar quando ele entraria em ação.
E quando ele finalmente entra, deparamo-nos com um Poirot entediado, que conta a Lamb que passou um tempo resolvendo, em sua cabeça, casos reais que foram arquivados sem solução e, findo estes, passou a exercitar a mente resolvendo casos da literatura policial. Nesse diálogo com Lamb, Agatha Christie se utiliza de Poirot como emissor de suas opiniões de outros autores do mesmo gênero. Pontos para Sir Conan Arthur Doyle (mas também, né! Por favor! Como não apreciar a escrita de Conan Doyle?)!
O livro conta com duas narrativas paralelas, uma sendo a de Colin Lamb, em primeira pessoa, em que ele tem a intenção, na verdade, de relatar seu progresso quanto à sua investigação inicial, mas que acaba se comunicando com a investigação do assassinato no n° 19 da Wilbraham Crescent, e a outra em terceira pessoa, onisciente. Essa mudança de perspectiva torna a leitura bastante dinâmica, mas tem o genial ardil de distrair o leitor de algumas pistas existentes ao longo do livro.
Esse, aliás, é um dos motivos por que gostei mais dessa leitura do que de Assassinato no Expresso do Oriente, por exemplo, tão falado por conta do filme lançado no ano passado (2017). Em Expresso do Oriente não achei que houve oportunidade do leitor juntar pistas e tentar formar uma teoria. O leitor cria suspeitas, claro, mas não teorias. Já neste, Os Relógios, as pistas estão lá, mas o leitor é distraído e não as vê, só ao final, claro, quando então o raciocínio lógico de Poirot é delineado. Agatha Christie é realmente uma escritora de romance policial impressionante. Cada romance dela que vou lendo, mais me torno sua fã.
Além das breves análises de autores do gênero policial que surgem do diálogo entre Lamb e Poirot, Agatha Christie, indiretamente, ainda faz referência a obras de Lewis Carroll, o que eu simplesmente achei o máximo (e identifiquei o poema na hora!). Eu simplesmente me apaixonei completamente pela escritora depois desse livro e já fiquei ansiosa pela leitura de todos os outros livros que têm Poirot como detetive.
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