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29/06/2023

Review: Os cinco porquinhos - Agatha Christie

Os cinco porquinhos Os cinco porquinhos by Agatha Christie
My rating: 5 of 5 stars

Boa Tarde Leitores queridos de AC e não leitores de AC - igualmente queridos!

Mais um livro que não pode deixar de ser lido, tá, eu já falei, é outra releitura, e esse o criminoso "tava" fresquinho na mente... escolhi a resenha da Thaís, pois ela cita o seriado de Poirot, que terminei esse ano também: são 62 histórias muito bem contadas, fiéis e com uma interpretação belíssima de David Suchet!
Segue link que dá para assistir tudinho no conforto do seu lar!!
   

*****
Resenha Os Cinco Porquinhos de Thais Gualberto
http://thaisgualberto.com.br/resenha-os-cinco-porquinhos/

Resumo:
Caroline Crale foi condenada à prisão perpétua pelo assassinato de seu marido, o mulherengo e famoso pintor Amyas Crale. Dezesseis anos depois, Carla Lemarchant, a única filha do casal, uma criança à época do ocorrido, retorna à Inglaterra ansiosa pro comprovar se as últimas palavras da mãe para ela eram ou não verdadeiras: em uma carta que a filha deveria ler apenas ao completar 21 anos, a Sra. Crale disse ser inocente. Para isso ela procura o genial e nada humilde, Hercule Poirot, um dos mais queridos detetives da ficção policial. E é assim que começa “Os Cinco Porquinhos”, mais um excelente livro da Rainha do Crime, Agatha Christie.

Resenha:
Para reconstituir o crime tanto tempo depois de ele ter sido cometido, Poirot não apenas fará uso de suas células cinzentas (que sim, são o grande destaque da metodologia Poirot de resolução de mistérios, para quem não está familiarizado com a obra de Christie), como também terá de recorrer aos que estiveram presentes na investigação do crime e no julgamento de Caroline Crale, como o advogado de defesa, o promotor do caso e o superintendente de polícia. Segundo eles, foi surpreendente a resignação e passividade com a qual Caroline Crale portou-se diante o júri, alegando que o marido cometera suicídio, bem como a expressão de paz que a dominou quando foi condenada à prisão perpétua e trabalhos forçados e isso tudo demonstraria que de fato ela era culpada.

Óbvio, para Poirot, contudo, sempre é motivo de desconfiança. E lá vai o pequeno detetive belga abordar as pessoas que estavam na casa de Amyas Crale no dia em que ele tomara cerveja envenenada com coniina. Philip Blake, homem do mercado financeiro e melhor amigo de Amyas; Meredith Crale, irmão mais velho de Philip, o qual apreciava botânica e a farmacologia das plantas; Elsa Greer, modelo para a pintura na qual Amyas estava trabalhando ao morrer; Cecilia Williams, governanta e Angela Warren, irmã mais nova de Caroline, então com 14. Pelos relatos fornecidos por essas cinco pessoas, às quais Poirot associa a cantiga dos cinco porquinhos (e por isso o título do livro), o detetive traça os perfis psicológicos de todos os envolvidos, mas principalmente de Caroline e Amyas, em cuja análise da relação e dos perfis psicológicos Poirot acreditava que encontraria motivações e explicações para os acontecimentos do fatídico dia.

A respeito da leitura, ao menos em minha opinião, é um livro à altura do legado da rainha do crime: um mistério intrigante; ágil, porém com personagens habilmente construídos e dotados de profundidade e individualidade; absolutamente envolvente, do tipo que viramos compulsivamente as páginas para descobrir que segredos guarda o parágrafo seguinte. Mais que isso, “Os Cinco Porquinhos”, agora entre meus favoritos da autora inglesa, traz Hercule Poirot em mais uma excepcional demonstração de sua astúcia quanto a compreender a mente humana e mais uma prova de porque ele é tão querido entre os fãs da literatura policial.

Quanto ao mistério em si, a história não me decepcionou, muito pelo contrário. Acho que desde que li “O Caso dos Dez Negrinhos”, em 2014, também de Agatha Christie, não me empolgava tanto com um romance dela. A resolução do caso é coerente e simultaneamente surpreendente, na medida em que todos os fatos apontam para uma resolução distinta da apontada por Poirot, embora eu tenha acertado quem cometera o crime (em pensar que eu não acertava uma quando comecei a ler Agatha Christie, aos onze anos, com meu ainda favorito “A Testemunha Ocular do Crime” hehe) e a maneira como esses fatos se dão revela-se bastante intricada e algo sádica, então é um livro bastante interessante para os que gostamos do gênero.

capas antigasComo curiosidade, a edição que possuo do livro é a mais recente e os demais livros de Agatha Christie lançados junto com ele pela mesma editora também tem essa sensacional capa em estilo bem pop, bem colorido, visando justamente atrair o público mais jovem para descobrir essa autora magnífica que foi Agatha Christie. Por isso as fotos de edições antigas (bem sem graça, convenhamos, ao menos quando comparada com esta). E para quem curte séries, o canal britânico ITV (o mesmo que produziu a excelente e belíssima Downton Abbey) produziu a série Poirot, entre os anos de 1989 e 2013, na qual o ator David Suchet deu vida a Poirot em 62 episódios correspondentes a 62 romances de Agatha Christie encabeçados pelo detetive belga. O episódio correspondente a obra “Five Little Pigs” é o episódio 1 da 9ª temporada, que foi ao ar originalmente em 2004 na terra da rainha.

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