20/12/2024

Review: As Memórias de Sherlock Holmes

As Memórias de Sherlock Holmes As Memórias de Sherlock Holmes by Arthur Conan Doyle
My rating: 5 of 5 stars

Olá Caríssimos leitores!
Como sempre, coloco uma resenha de leitores assíduos de Conan Doyle, principalmente se tem um perfil de escrita que me faça sentir representada com as palavras do autor.

Esse é a resenha de Leda: https://literaturapolicial.com/2015/0...

– De acordo com uma pesquisa realizada anos trás, ao lado de Papai Noel e Mickey
Mouse, Sherlock Holmes é uma das personagens mais conhecidas do planeta. Portanto,
ele dispensa apresentações, especialmente, entre os apreciadores de uma boa história
de detetive. O mesmo acontece com seu fiel escudeiro, Dr. Watson, cuja lentidão de
raciocínio sempre foi um consolo para minhas deduções.

Por sinal, devo confessar meu profundo interesse pelos contos de Conan Doyle, um
mestre da escrita cujos enredos influenciaram indelevelmente o gênero policial no século
XX e ainda hoje, repaginados, continuam fazendo sucesso em livros, filmes e seriados.
Curiosamente, o próprio escritor costumava usar esse artifício, por exemplo, é inegável a
semelhança entre “As Faias Acobreadas” e “O Corretor” cujo texto faz parte do livro
“Memórias de Sherlock Holmes” que acabo de reler.

Lançado em 1895, trata-se de uma seleção de doze histórias publicadas originalmente
na revista “Strand Magazine” entre dezembro de 1892 e dezembro de 1893. No entanto,
na primeira edição eram só onze pois, na última hora, o escritor excluiu “A Caixa de
Papelão” cuja violência o desagradava. Porém, como sua abertura era impecável, ela foi
aproveitada em “O Paciente Residente”. Somente anos mais tarde, na segunda edição,
Doyle autorizou reverter tais mudanças, voltando o livro a ter seu formato original.
Essa é a versão costumeiramente preferida pelas editoras e segue uma breve
apresentação de cada episódio:

Silver Blaze – Seu título refere-se ao nome de um cavalo campeão que desaparece
poucos dias antes da “Taça de Sussex”. Holmes é contratado para descobrir seu
paradeiro, a medida que, líder nas apostas, sua ausência interessa a muita gente.
A Caixa de Papelão – Esse caso gira em torno de uma caixa contendo duas orelhas que
vai parar nas mãos de Miss Cushing, uma pacata dona de casa. Afinal, de quem é ou
quem são seus proprietários?

A Face Amarela – Politicamente incorreto, o episódio envolve um suposto adultério,
expondo o preconceito racial de forma bastante cruel, mas adequada ao comportamento
da sociedade da época.

O Corretor – O conto é baseado numa estranha proposta: que tal você ganhar o dobro
num novo emprego desde que jamais apareça para trabalhar? Se ficou interessado, leia
o texto antes de pedir a conta.
A Tragédia do Gloria Scott – Primeira investigação de Holmes, quando ainda era um
estudante. O caso foi o estopim para ele escolher a carreira de detetive e trata do
desaparecimento de um navio, o Glória Scott, com mais de cem pessoas a bordo.

O Ritual Musgrave – Um de seus primeiros casos. Victor Trevor, um amigo dos tempos
de faculdade, recorre ao detetive para descobrir o estranho sumiço de seu mordomo.

Os Fidalgos de Reigate – O leitor encontra Holmes adoentado, descansando na
França, após a resolução de uma investigação de importância internacional. No entanto,
seu sossego dura pouco, quando um cocheiro aparece morto na vizinhança.

O Corcunda – Trata do violento assassinato do coronel James Barclay. O detetive
consegue solucionar o mistério baseado num episódio do Velho Testamento que conta a
curiosa história de Betsabé, uma das esposas do rei Davi.

O Paciente Residente – Apresenta as desventuras de Mr. Blessington que, idoso e
doente, teve a infeliz ideia de convidar seu médico, Dr. Trevilyan, para ir morar com ele e
montar um consultório em sua casa.

O Intérprete Grego – Envolvendo um poliglota grego, chantagem e sequestro, o conto
revela uma surpresa: Mycroft, o irmão mais velho de Holmes, considerado o mais astuto
da família.

O Tratado Naval – Depois do irmão, chega a vez de conhecer um dos raros amigos do
detetive, Percy Phelps, acusado do desaparecimento de importantes documentos do
governo.

O Problema Final – Nessa narrativa, Doyle, cansado do detetive, mata Holmes. No
entanto, acabou tendo que “ressuscitá-lo” de olho nas finanças e por conta da insistência
dos fãs. O responsável por sua morte é o Professor Moriarty, conhecido como o
“Napoleão do Crime Organizado” e posso garantir que “muita água vai rolar” até o
desfecho da história.

Esses casos fazem parte da fase áurea do escritor. Posteriormente, deprimido com a
perda dos familiares e cada vez mais envolvido com o Espiritismo, suas histórias foram
adquirindo um tom mais sombrio e fantástico, mas esse é um assunto para um próximo
comentário e só resta desejar a todos uma boa leitura.


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19/12/2024

Princípios do Desenho: Um Guia Rápido

Princípios do Desenho: Um Guia Rápido

Desenhar é mais do que apenas traçar linhas no papel. Envolve a compreensão e aplicação de certos princípios fundamentais que podem transformar sua arte.

Decidi incluir nessas dicas, alguns "Zentangles" para exemplificar esses princípios de forma simples, lembrando que "tangles" e "doodles" são livres para praticar, usei esses exemplos como um ponto curioso de como o desenho é algo infinito.

Sobre Zentangle: é uma forma de arte meditativa que utiliza padrões repetitivos e estruturados para criar belas obras de arte. Criado por Rick Roberts e Maria Thomas, o Zentangle visa promover relaxamento, foco e bem-estar através do desenho.

Sobre Doodles: Carol Edmonston, também conhecida como "The Doodle Lady", é uma autora e artista que explora os poderes curativos e sagrados do desenho livre, ou "doodle". Em seu livro e DVD intitulados "Sacred Doodles", Carol apresenta uma forma de meditação visual que utiliza desenhos simples e repetitivos para promover relaxamento e bem-estar

1. Linhas e Formas:

As linhas são a base do desenho. Elas podem ser simples, como contornos, ou complexas, criando texturas e sombreamentos. As formas surgem da interseção de linhas e podem ser geométricas ou orgânicas.

5. Composição:

É a forma como os elementos são organizados no espaço do desenho. Uma boa composição guia o olhar do espectador através da obra e cria um equilíbrio visual.
7. Cor e Valor:

Cor adiciona vida ao desenho, enquanto o valor (a intensidade da luz e da escuridão) ajuda a definir formas e criar contraste.
Quer uma prática meditativa completa e acessível?

Passo a Passo Meditativo de Doodle Sagrado e Zentangle

Preparação:
1. Ambiente Tranquilo: Encontre um lugar calmo onde você não será interrompido. Coloque uma música relaxante, se desejar.
2. Materiais Necessários: Papel, caneta preta, lápis para sombreamento (opcional).

Passo 1: Início Intuitivo
- Respire Fundo: Sente-se confortavelmente, feche os olhos e respire profundamente algumas vezes para relaxar.
- Intenção: Defina uma intenção positiva ou foco para a sua prática de desenho, como relaxamento, concentração ou simplesmente prazer artístico.

Passo 2: Doodles Sagrados
- Desenho Livre: Comece a desenhar livremente no papel, sem se preocupar com o resultado final. Deixe sua mão se mover de forma intuitiva, criando formas e linhas simples.
- Atenção Plena: Concentre-se no movimento da sua mão e nas sensações enquanto desenha. Permita que sua mente relaxe e se envolva totalmente no processo.

Passo 3: Padrões de Zentangle
- Divisão do Espaço: Use linhas leves para dividir o papel em várias seções, criando pequenas "tiles" ou áreas.
- Padrões Repetitivos: Preencha cada seção com padrões repetitivos (tangles). Concentre-se em um padrão de cada vez e permita que cada linha seja desenhada com intenção e atenção.
- Variedade de Padrões: Experimente diferentes tipos de tangles para criar uma composição rica e diversificada.

Passo 4: Adicionando Profundidade
- Sombreamento: Use um lápis para adicionar sombras e dar profundidade aos padrões. Isso ajudará a dar mais dimensão ao seu desenho.

Passo 5: Finalização e Reflexão
- Observe: Quando terminar, observe seu desenho completo e aprecie o trabalho realizado.
- Reflexão: Tome um momento para refletir sobre a experiência. Como você se sente após o desenho? O que aprendeu sobre você mesmo durante o processo?

Passo 6: Compartilhar ou Guardar
- Compartilhe: Se sentir vontade, compartilhe sua obra com amigos ou em redes sociais.
- Guarde: Armazene seu desenho em um lugar especial onde você possa revisitá-lo e continuar sua prática de desenho meditativo.

Aplicar esses princípios pode elevar significativamente a qualidade do seu trabalho artístico e meditativo. Experimente e veja a mágica acontecer!







17/12/2024

Resenha: Talvez você deva conversar com alguém

 

Talvez você deva conversar com alguém: Uma terapeuta, o terapeuta dela e a vida de todos nósTalvez você deva conversar com alguém: Uma terapeuta, o terapeuta dela e a vida de todos nós by Lori Gottlieb
My rating: 5 of 5 stars

Quando me propus ler esse livro (audiobook) foi por curiosidade de saber como esse livro poderia ajudar.

O interessante que, pessoalmente, faço terapia e gostei das abordagens de como, normalmente, um terapeuta deve se portar. Como um paciente reagirá e quando não reage, o que pode acontecer.

É uma literatura muito necessária para aqueles que não sabem o sentido de uma consulta, também é válido para aprendermos que quem é ser humano pode sofrer de várias maneiras com sua diversidade e histórias!

É uma autobiografia da escritora, com os nomes fictícios de seus pacientes e terapeuta!

Algumas passagens são bem sensíveis e emocionantes - para quem tem empatia - é melhor ter sua caixa de lenço à disposição.

Leitura recomendada para quem: faz terapia, para aprender a entender e aproveitar o máximo da experiência que temos ao passar por uma sessão, para os céticos, descobrirem o que se esconde em cada ser humano, para os curiosos, que descobrirão que nem sempre a terapia é para quem está "doente" e sim para quem quer procurar o melhor de si e para os resistentes a fazer, a terapia pode ser uma viagem fantástica.

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12/12/2024

Bem-vindo à Holanda, por Emily Perl Kingsley

Bem-vindo à Holanda

por Emily Perl Kingsley

O lido com um diagnóstico de síndrome de down é difícil para muitos pais. Chegado o momento do enfrentamento do diagnóstico, são comuns as reações de culpa, tristeza e a inquietação: “o que eu fiz de errado para que isso acontecesse?”

Com o tempo, no entanto, as emoções se modificam, os vínculos com a criança se fortalecem e, ao final, a viagem terá valido muito a pena.

Escrito por Emily Perl Kingsley, mãe de uma criança com síndrome de Down, esse texto trata da experiência de ter suas expectativas de vida viradas de cabeça para baixo.
Bem-vindo à Holanda

Esperar um bebê é como planejar uma viagem fabulosa à Itália. você compra um monte de guias e faz seus planos maravilhosos. O Coliseu, o David de Michelangelo, as gôndolas de Veneza. Pode ser que você aprenda algumas frases praticas em italiano. Tudo é muito excitante.

Depois de meses de expectativa e ansiedade, finalmente chega o dia.

Depois de meses de expectativa e ansiedade, finalmente chega o dia. Você faz as malas e vai. Várias horas depois, o avião aterrissa. A aeromoça aparece e diz: "Bem-vindos à Holanda".

"Holanda!?!", você diz. "Como assim, Holanda?? Minha viagem era para a Itália! Eu deveria estar na Itália. Passei a vida toda sonhando em ir para a Itália".

Mas houve uma mudança no plano de voo. Eles aterrissaram na Holanda, e é lá que você tem que ficar.

O importante é que eles não te levaram para um lugar horroroso, desagradável, imundo, cheio de pestilência, fome e doenças. É apenas um lugar diferente.

Então, você precisa sair e comprar novos guias. Precisa aprender uma língua completamente nova. Você vai conhecer todo um novo grupo de pessoas que nunca viu.

Trata-se apenas de um lugar diferente. É mais tranquilo do que a Itália, menos chamativo do que a Itália, mas depois que você está lá por um tempo e consegue recuperar o fôlego, olha em volta... e começa a reparar que a Holanda tem moinhos de vento... e a Holanda tem tulipas. A Holanda tem até Rembrandt.

Mas todo mundo que você conhece está na agitação de ir e vir da Itália... Todos se vangloriam sobre a temporada maravilhosa que passaram lá. E pelo resto da sua vida, você dirá: É, era para lá que eu deveria ter ido. Foi isso que planejei".

A dor disso nunca, jamais, jamais, jamais desaparecerá... porque a perda desse sonho é uma perda muito, muito significativa.

Mas... se você passar a vida toda lamentando o fato de não ter chegado à Itália, pode ser que nunca se sinta livre para aproveitar coisas muito especiais e encantadoras que existem na Holanda.

Estamos todos na Holanda, porque a maioria das pessoas não tem a vida exatamente como planejou. E está tudo bem nos adaptarmos e buscarmos novas formas de viver e perceber o mundo ao nosso redor. Bem-vindo à vida, que está constantemente nos ensinando a viver em constantes transformações. A forma como encaramos os obstáculos dependerá do ângulo pelo qual o encaramos.

Não hesite em buscar ajuda profissional se se sentir muito desafiado diante daquilo que a vida coloca diante de si.



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