Convite para um homicídio by Agatha Christie
My rating: 5 of 5 stars
Olá!
Mais uma obra prima da Agatha, com a presença da doce Miss Marple, astuta, discreta dessa vez e como sempre, certeira em suas descobertas...
Novamente, segue uma resenha de outro leitor, para mostrar o quanto AC é querida e lida... fãs parecem mães corujas, não veem defeitos nos livros...
Faltam 13 livros para eu terminar essa jornada de 44 anos lendo Agatha, me sinto como se eu estivesse me despedindo de AC, foi uma longa jornada... com muitos aprendizados, entre eles, que a natureza humana é sempre surpreendente.
Resenha de Deusa:
https://deusa1000.wixsite.com/leitura...
Livro: Convite para um homicídio
Autora: Agatha Christie
Na seção de classificados do jornal na Inglaterra geralmente serviços ou produtos são oferecidos e/ou requisitados. Na edição de um dia típico no pequeno vilarejo de Chipping Claghorn um anúncio diferente foi realizado na Gazette, o jornal local: Um Convite Para um Homicídio. Sim, às 18:30h em Little Peddocks, convocação única. Na mansão da Sra. Blacklock, uma senhora de idade, porém firme, que mora com sua amiga de infância Dora Bunner; seus primos distantes Patrick e Julia Simmons, filhos de uma prima que não vê a mais de trinta anos; e Mitzi, uma empregada estrangeira muito faladeira e mentirosa; a notícia do anúncio foi recebida de forma abrupta, deixando-a com raiva, porém tentando não se preocupar. Mas, conhecendo a comunidade em que mora, sabe que seus vizinhos com certeza aparecerão.
E assim, bem previsto, a partir das 18:20h, todos os moradores que viram o anúncio resolveram realizar uma visita a Little Peddocks. Curiosos que só, todos compareceram, cada um com uma desculpa diferente, para participarem do que achavam ser uma brincadeira de detetive e assassino (algo incomum em suas rotinas e que seria interessante viver para variar): o Sr. e Sra. Easterbook (um coronel e sua jovem esposa), a Sra. Swettenham e seu filho Edmund (um escritor iniciante), a Sra. Harmon (tratada carinhosamente de Bunch e esposa do reverendo) e as Srtas. Hinchcliffe e Murgatroyd. Porém, o que de início fora tratado como uma brincadeira, às 18:30h se tornou muito sério. Quando as luzes se apagam e um suposto assaltante entra na casa e começa a atirar, todos se encontraram mergulhados em um mistério em que todos eram suspeitos de um terrível assassinato.
Será que sua morte foi acidental? Qual o propósito desta brincadeira macabra? À quem ele queria atingir?
"Subitamente, a brincadeira não mais era uma brincadeira. Alguém gritou."
Chamado para investigar o caso, o detetive Craddock se surpreende ao saber que seu tio Sir. Henry recebeu uma carta de uma velhinha muito simpática, que pedindo mil desculpas por qualquer incômodo, dizia saber de algo que poderia ajudar no caso que estava sendo investigado. Miss Marple, que está hospedada no mesmo hotel em que o rapaz assassinado trabalhava, é muito bem recebida e ouvida em um almoço entre os senhores. Descrente de que uma senhora de pele tão enrugada e rosada, que parece ser bem mais velha do que aparenta, possa ser de grande ajuda na resolução do caso, Craddock logo a descarta como uma gagá para logo depois se surpreender com suas habilidades incríveis de percepção e conhecimento da humanidade. O que seria dele sem ela?
"Mais uma vez, Miss Marple tem o prazer e honra de aceitar um convite para um homicídio!"
Um clássico publicado em 1950, este é o quinto livro da autora em que a detetive amadora Miss Marple participa de uma investigação policial. Agatha Christie, considerada a Rainha do Crime, mais uma vez não deixa a desejar. A história é contada na terceira pessoa e é extremamente envolvente. Com cada gancho que é deixado de um capítulo para o outro, o leitor se sente totalmente envolvido na investigação, e faz com que o leitor até se sinta a vontade para realizar anotações e conjecturar sobre possíveis soluções para o caso. A autora também revela muitos segredos dos personagens fazendo com que o leitor desconfie de todos e ao mesmo tempo se torne íntimo dos personagens.
Importante ressaltar que, por ser um livro que foi publicado em 1950, podemos encontrar algumas palavras não muito utilizadas hoje em dia e sua escrita é quase formal, mas não o suficiente a ponto de deixar o leitor de hoje em dia cansado da leitura. Na verdade faz até com que se sinta mais envolvido e até importante.
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20/03/2024
Review: A terceira moça - Agatha Christie
A terceira moça by Agatha Christie
My rating: 5 of 5 stars
Bom novo ano para todos leitores e leitoras!
Sim, é minha primeira resenha de 2024 - muito atrasada com as leituras, mas quem liga? risos
Como sempre, não sou muito criativa e sempre prestigio outros leitores de AC para não me sentir sozinha nessa "tietagem"....
Segue a resenha de uma das melhores blogueiras literária que conheço: MARIANA FONTANA SZEWKIES - vai lá visitá-la, vale a pena.
Resenha de Mary: A Terceira Moça
https://alemdacontracapa.blogspot.com...
“Também achava, cada vez mais, que havia maldade verdadeira em algum lugar. Ele conhecia a crueldade. Já deparara com ela antes. Conhecia seu lado picante, seu gosto, os trejeitos que tinha. O problema era que não sabia ainda exatamente onde estava localizada. (...) Algo estava acontecendo, algo estava em andamento, algo que ainda não estava concluído. Alguém, em algum lugar, estava em perigo." (CHRISTIE, 2012, p.227).
Hercule Poirot, “o mais verdadeiro dos detetives de verdade” (pag.41), está tomando seu café da manhã tranquilamente quando uma moça pouco bonita e muito desesperada requisita alguns minutos da sua atenção e faz a mais estranha das confissões: ela acredita que talvez tenha assassinado alguém. Depois disso, foge e desaparece. Intrigado, e percebendo que a moça realmente precisa de ajuda, Poirot tenta encontrá-la e descobrir o que está acontecendo, afinal, ter assassinado alguém é algo que sabe. Ou se fez ou não se fez. Nessa aventura, ele conta com a ajuda de sua amiga de longa data, a escritora de romances policiais Ariadne Oliver.
A alegria e o bem-estar de voltar para casa. É assim que me sinto cada vez que leio um livro de Agatha Christie. Talvez com “A Terceira Moça” isso tenha se intensificado já que há muitos meses eu não tinha a oportunidade de ler nada dessa que é uma das minhas autoras favoritas desde que eu tinha 12 anos. E estamos falando de Agatha Christie, portanto, é claro que eu encontrei nessa aventura tudo que eu esperava.
Se eu adoro incondicionalmente a autora, isso se duplica quando se trata de um caso do Poirot que, além de genial, excêntrico e incomparável, é absolutamente hilário. Se ler Agatha é voltar para casa, ter Poirot na aventura é ser recepcionada por um dos meus melhores (e mais antigos) amigos. Em “A Terceira Moça”, o detetive e Ariadne Oliver (provável alter-ego de Agatha) precisam encarar as mudanças advindas da década de 60, em especial o comportamento (e as roupas!) da juventude da época, a independência das moças e os relacionamentos. Inclusive nesse livro são abordados temas que não recordo ter visto com frequência nos livros de Agatha, como uso de drogas.
O mistério é magistralmente arquitetado. O inusitado é que, ao contrário dos casos que têm mortes e suspeitos, esse não tem uma morte. Não tem o crime. Apenas um possível crime que o detetive nem mesmo sabe qual é, onde ou quando ocorreu. De certa forma, esse é um caso que não é um caso. Então do que se suspeita?
A mocinha que pode, ou não, ser louca; o namorado que pode, ou não, ser um interesseiro; as colegas de quarto independentes; o pai ausente que há pouco voltou para casa trazendo consigo uma madrasta indesejável; o tio rico, desmemoriado e cego e sua jovem e bela secretária que pode, ou não, ser uma espécie de espiã ou simplesmente uma interesseira; são os personagens que desfilam por essas páginas.
Agatha manipula seus leitores como ninguém e é a rainha da pista-recompensa. Por isso sempre encerro uma leitura com orgulho de mim mesma quando consigo desvendar suas artimanhas (quem já leu os livros da autora divide o sentimento comigo, tenho certeza). Nesse caso, descobri o quem, o como e o porquê, mas ainda assim a autora aprontou algumas que eu não captei.
Leitura deliciosamente fluida, intrigante e bem amarrada. “A Terceira Moça” poderia ganhar muitos elogios, mas para mim basta um: é um Agatha Christie.
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Bom novo ano para todos leitores e leitoras!
Sim, é minha primeira resenha de 2024 - muito atrasada com as leituras, mas quem liga? risos
Como sempre, não sou muito criativa e sempre prestigio outros leitores de AC para não me sentir sozinha nessa "tietagem"....
Segue a resenha de uma das melhores blogueiras literária que conheço: MARIANA FONTANA SZEWKIES - vai lá visitá-la, vale a pena.
Resenha de Mary: A Terceira Moça
https://alemdacontracapa.blogspot.com...
“Também achava, cada vez mais, que havia maldade verdadeira em algum lugar. Ele conhecia a crueldade. Já deparara com ela antes. Conhecia seu lado picante, seu gosto, os trejeitos que tinha. O problema era que não sabia ainda exatamente onde estava localizada. (...) Algo estava acontecendo, algo estava em andamento, algo que ainda não estava concluído. Alguém, em algum lugar, estava em perigo." (CHRISTIE, 2012, p.227).
Hercule Poirot, “o mais verdadeiro dos detetives de verdade” (pag.41), está tomando seu café da manhã tranquilamente quando uma moça pouco bonita e muito desesperada requisita alguns minutos da sua atenção e faz a mais estranha das confissões: ela acredita que talvez tenha assassinado alguém. Depois disso, foge e desaparece. Intrigado, e percebendo que a moça realmente precisa de ajuda, Poirot tenta encontrá-la e descobrir o que está acontecendo, afinal, ter assassinado alguém é algo que sabe. Ou se fez ou não se fez. Nessa aventura, ele conta com a ajuda de sua amiga de longa data, a escritora de romances policiais Ariadne Oliver.
A alegria e o bem-estar de voltar para casa. É assim que me sinto cada vez que leio um livro de Agatha Christie. Talvez com “A Terceira Moça” isso tenha se intensificado já que há muitos meses eu não tinha a oportunidade de ler nada dessa que é uma das minhas autoras favoritas desde que eu tinha 12 anos. E estamos falando de Agatha Christie, portanto, é claro que eu encontrei nessa aventura tudo que eu esperava.
Se eu adoro incondicionalmente a autora, isso se duplica quando se trata de um caso do Poirot que, além de genial, excêntrico e incomparável, é absolutamente hilário. Se ler Agatha é voltar para casa, ter Poirot na aventura é ser recepcionada por um dos meus melhores (e mais antigos) amigos. Em “A Terceira Moça”, o detetive e Ariadne Oliver (provável alter-ego de Agatha) precisam encarar as mudanças advindas da década de 60, em especial o comportamento (e as roupas!) da juventude da época, a independência das moças e os relacionamentos. Inclusive nesse livro são abordados temas que não recordo ter visto com frequência nos livros de Agatha, como uso de drogas.
O mistério é magistralmente arquitetado. O inusitado é que, ao contrário dos casos que têm mortes e suspeitos, esse não tem uma morte. Não tem o crime. Apenas um possível crime que o detetive nem mesmo sabe qual é, onde ou quando ocorreu. De certa forma, esse é um caso que não é um caso. Então do que se suspeita?
A mocinha que pode, ou não, ser louca; o namorado que pode, ou não, ser um interesseiro; as colegas de quarto independentes; o pai ausente que há pouco voltou para casa trazendo consigo uma madrasta indesejável; o tio rico, desmemoriado e cego e sua jovem e bela secretária que pode, ou não, ser uma espécie de espiã ou simplesmente uma interesseira; são os personagens que desfilam por essas páginas.
Agatha manipula seus leitores como ninguém e é a rainha da pista-recompensa. Por isso sempre encerro uma leitura com orgulho de mim mesma quando consigo desvendar suas artimanhas (quem já leu os livros da autora divide o sentimento comigo, tenho certeza). Nesse caso, descobri o quem, o como e o porquê, mas ainda assim a autora aprontou algumas que eu não captei.
Leitura deliciosamente fluida, intrigante e bem amarrada. “A Terceira Moça” poderia ganhar muitos elogios, mas para mim basta um: é um Agatha Christie.
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