24/11/2022

Review: Punição para a Inocência - Agatha Christie

Punição para a Inocência Punição para a Inocência by Agatha Christie
My rating: 5 of 5 stars







Olá caros leitores de AC!

Mais um ótimo livro sem os personagens costumeiros. Acredito no que li na resenha do 'É fácil matar": quando não havia pressão das editoras ficava mais fácil dar asas à imaginação, e mais uma vez vislumbrei o culpado, mas não a causa... nem tudo é perfeito na nossa leitura

Como sempre, prestigio a resenha de leitores de AC que, como eu, faz essa jornada, muits vezes solitária, mesmo AC sendo atemporal.

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http://leitorcompulsivo.com.br/

Sinopse: Jacko Argyle é detido sob alegação de que teria assassinado sua mãe em um surto de loucura, sendo condenado à prisão perpétua. Dois anos depois, surge uma prova, encontrada pelo doutor Arthur Calgary, de que o preso é inocente, mas a descoberta chega tarde demais: Jacko morre atrás das grades. Os achados do doutor reabrem as feridas dos membros da família, que passam a encarar uns aos outros com desconfiança e suspeita, assombrados com a possibilidade de que o verdadeiro assassino ainda esteja entre eles. (Resenha: Punição para a Inocência – Agatha Christie)

Opinião: Punição para a inocência foi uma leitura diferente para mim. Primeiro livro que li da Agatha sem um detetive famoso para ajudar a desvendar o mistério. Nada de Poirot ou Miss Marple. Aqui, o leitor vai adentrando nos acontecimentos junto de todos os suspeitos.

Preciso dizer que, de todas as minhas leituras de Agatha Christie, essa foi a mais intensa. Os personagens são todos muito bem caracterizados, como em toda história dela, mas nesse foi diferente. A cada capítulo, um membro da família era o foco e você chega a gostar dessa pessoa (ou, pelo menos, simpatizar)… Até que a autora puxa seu tapete e te alerta: NÃO CONFIE EM NINGUÉM.

Comecei a desconfiar até mesmo da minha sombra enquanto estava lendo Punição para a inocência. Agatha faz um jogo mental nessas páginas que é de pirar a cabeça. O tempo inteiro os personagens se questionam se realmente conhecem seus pais, seus irmãos, seus amores. Tudo fica muito obscuro quando o caso de Jacko é reaberto. Novos relatos surgem e você não sabe pra onde correr ou em quem confiar.

A Rainha do Crime foi muito pertinente ao enlaçar o mistério junto com os dramas de uma família despedaçada pelo tempo. Todos os membros da família são desenvolvidos primorosamente, cada um à sua maneira, e seus respectivos problemas com o conceito familiar criado na história são parte essencial para o entendimento do crime. É incrível como a autora conseguiu criar também o ambiente da casa em que a trama se desenrola. Todo o clima é pesado, os cômodos parecem ter vida própria e ninguém está seguro dentro daquele lugar.

A conclusão é chocante, mas ao mesmo tempo estava na nossa cara o tempo todo. Agatha vai soltar pistas (que podem vingar ou não) ao longo de toda a narrativa. A melhor parte é realmente juntar todas as peças do quebra-cabeça, apostar em um culpado e, no final, ser feito de trouxa pela autora. Obviamente, tudo se encaixa e você fica perplexo pela genialidade dessa escrita tão fluida e cativante. Punição para a inocência ficou, claro, com 5 estrelas!

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22/11/2022

Review: É Fácil Matar - Agatha Christie

É Fácil Matar É Fácil Matar by Agatha Christie
My rating: 5 of 5 stars



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Um dos melhores livros que li da Agatha Christie, sinceramente, melhor do que o "Não sobrou nenhum (O Caso dos 10 Negrinhos)" - na minha humilde opinião.

Como sempre, indico a resenha de outro leitor de AC, pois pra mim, realmente é difícil criar resenhas...

É uma releitura e dessa vez acertei quem é o assassino... bom livro para quem sempre é enganado pela AC
;-)
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https://literaturapolicial.com/2015/0...

Por Leila Gonçalves – Publicado em 1939, “É Fácil Matar” possui um título sob medida para atrair a atenção de quem gosta de um bom livro de mistério. Logo na primeira página, o leitor é apresentado a Luke Fitzwilliam, um policial recém-aposentado que acaba de chegar à Inglaterra, após residir durante muitos anos na Índia. Ao desembarcar em Dover, ele toma um trem para Londres e acaba dividindo a cabine com uma velhinha tagarela, Miss Pinkerton, cujo destino é a Scotland Yard onde ela pretende denunciar um astuto criminoso, responsável por quatro assassinatos sem levantar suspeitas.

Educadamente, Fitzwilliam escuta toda a história, mas não dá o menor crédito até que poucos dias depois, ele lê no jornal que sua nova amiga havia falecido num acidente de trânsito ao deixar a estação ferroviária. Aturdido, ele decide investigar o que realmente pode estar acontecendo na pequena Wychwood-under-Ashe, o vilarejo onde Miss Pinkerton residia.

Confesso minha curiosidade pelos livros de Agatha Christie sem seus costumeiros detetives. Livre da pressão dos editores que insistiam especialmente na lucrativa presença de Poirot, ela tinha mais espaço para dar asas à imaginação, criando personagens impecáveis para o papel, mas que curiosamente jamais eram reaproveitados.

Fitzwilliam é um bom exemplo. Esqueça qualquer sinal de competência, ele sai bisbilhotando por toda a cidade em busca de pistas, duvidando de todos, levantando suspeitas e não demora para ficar sob a mira do assassino. Se tudo acaba bem, é graças a intervenção do Investigador Battle que assume o caso nas últimas páginas. Para quem não o conhece, ele é amigo de Poirot e aparece em outros quatro livros: “O Segredo de Chimneys”, “O Mistério dos Sete Relógios”, “Cartas na Mesa” e “Hora Zero”.

Remetendo às velhas lendas de bruxaria, típicas do folclore da região, esse romance prima pela impecável construção de Wychwood e seus habitantes. Nele, há desde o velho médico até o advogado, o vigário e a indefectível solteirona. Mrs. Christie traça um retrato fiel retrata da vida rural inglesa à beira da Segunda Guerra onde a nobreza cada vez mais empobrecida tinha que ceder espaço aos novos ricos sem qualquer “finesse” ou tradição.

O único deslize fica por conta da autoria dos crimes. Muitos leitores criticam a escolha do culpado ou culpada, facilmente identificável do meio para o final do livro. Como apostei minhas fichas na pessoa errada, não posso corroborar com essa afirmação.

Enfim, “É Fácil Matar” é um bom livro de suspense com elementos folhetinescos e um final repleto de ação. Apesar de não constar entre os best-sellers da Rainha do Crime, é uma boa opção para um final de semana frio e chuvoso, especialmente, se acompanhado de uma boa xícara de chá inglês. 

Happy reading!





21/11/2022

Fase: Detesto segunda-feira

 


Alguém mais?

Gente, sempre que lia as tirinhas do Garfield e via essa frase morria de rir, mas é #fato: hoje acordei agarrada de ódio da segunda-feira.

Já fiz várias coisas para me distrair desse pensamento, mas hoje tá difícil: sono, desânimo com o clima do País - ai que saudades do Nosso País "na paz", sem pessoas pedindo golpe... passei minha infância toda lendo pichações "Abaixo a Ditadura" e hoje, caminhando para ser idosa e ver as pessoas pedindo a volta da Ditadura...

Até eu, na infância, sentia algo pesado no ar, silêncios, medo da polícia, nem sabia porque. Uma hora ou outra a família não falar de política, economia, ou qualquer outro assunto que não fosse "caseiro".

Faixas pretas antes dos programas e filmes começarem, modulando a censura do programa.. e conforme fui ficando adulta e de pensamento livre, enxerguei o que havia por trás dos olhares, dos silêncios e das "despesas compradas na venda".

Faltava dinheiro, faltava quem lutasse pelo aumento do salário, faltava jornais informando... sobrava revistas de moda, fotonovelas, telenovelas e muitos programas alienantes... e é isso que as pessoas estão pedindo: me silenciem, me alienem, não aumentem meu salário, torne impossível eu estudar e trabalhar, nos faça ter mais fome e desemprego...

Por hoje eu detesto a segunda, e não tem como mudar esse sentimento observando as instituições motivando a chegada sorrateira da ditadura, do fascismo, do pouco caso com a pobreza, as minorias e, pior, com as pessoas que de fato trabalham o dia todo ... o trabalhador tem todas as cores, gêneros, raças, idades, o trabalhador não aguenta mais trabalhar 6 meses e só pagar impostos, o trabalhador tá cansado, sangrando, chorando e sofrendo - e o que estão fazendo para proteger o povo???



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