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15/12/2022

Review: O Cadáver atrás do Biombo e Um Furo Jornalístico - Agatha Christie

O Cadáver atrás do Biombo O Cadáver atrás do Biombo by The Detection Club
My rating: 5 of 5 stars



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AGATHA CHRISTIE NA AMAZON: LIVROS


Não sei se tenho problema em ler livros feito em conjunto com a Agatha, confesso que coloco 5* em homenagem ao trabalho de criar, mas achei os textos bem cansativos. 

Ainda bem que uso resenhas de outras pessoas para equilibrar opiniões.
Segue resenha do blog: https://www.voandocomlivros.com

O Cadáver Atrás do Biombo e Um Furo Jornalístico - resenha

"O Cadáver Atrás do Biombo"

Autores- Hugh Walpole, Agatha Christie, Dorothy L. Sayers, Anthony Berkeley, E. C. Bentley e Ronald Knox.

Gênero - Romance Policial

Classificação - 4,5⭐

Sinopse - "A vida de Wilfred Hope, estudante de medicina, é tudo o que sempre sonhou. Tem pela frente uma carreira promissora e está noivo da encantadora Amy Ellis. Mas a partir do momento em que o sombrio Paul Dudden aluga um quarto na casa dos Ellis, a vida da família desmorona. Todos vivem sempre nervosos e apreensivos, como se temessem o misterioso hóspede. Um dia, quando visita a namorada, Wilfred descobre, atrás de um biombo na sala de estar onde todos se encontravam, o corpo ensanguentado de Dudden."

"A morte tem várias portas para roubar a vida, como disse o poeta. Não tão largas como as de uma igreja mas o bastante para serem utilizadas."

Após admitir, como um pensionista, um senhor chamado Paul Dudden, a família Ellis passou a viver preocupada, aflita e, até mesmo, aterrorizada. Quem mais sentiu essa mudança foi o estudante de medicina, Wilfred Hope, noivo da encantadora Amy Ellis. Mas uma trágica reviravolta ameaça tirar a paz de todos, quando o corpo ensanguentado de Dudden é descoberto atrás do biombo.

Esse primeiro livro foi escrito por 6 autores diferentes. Todos eram membros do Detection Club (um clube só de autores de histórias policiais). Escreveram esse enredo para a televisão, e somente depois foi publicado em forma de livro. 

A elaboração da trama aconteceu como uma espécie de jogo. Hugh Walpole escreveu o primeiro capítulo sem conversar com os demais autores. Agatha Christie e Dorothy L. Sayers fizeram suas criações da mesma forma, partindo do ponto onde o predecessor deixara. Os últimos três autores - Anthony Berkeley, E. C. Bentley e Ronald Knox- se reuniram para resolver o mistério e engendrar uma solução para o desfecho.

O capítulo escrito pela Agatha Christie estabelece uma conexão com o restante da história. Ela consegue, com muita habilidade, armar as tramas a serem solucionadas.

Outro capítulo que ganhou destaque e me chamou atenção foi o primeiro, do Hugh Walpole. Ficou misterioso e eu amei a escrita com o ar um pouco poético.

"Um Furo Jornalístico"

Autores- Dorothy L. Sayers, Agatha Christie, Clemence Dane, E. C. Bentley, Anthony Berkeley,  e Freeman Wills Crofts.

Gênero - Romance Policial

Classificação - 4,5⭐

Sinopse - "Como seu título indica, tem o desenrolar de seu enredo na redação de um matutino e gira em torno da morte de um repórter que estava investigando para seu jornal um misterioso crime cometido num isolado bangalô em Sussex."

Diferente de "O Cadáver Atrás do Biombo", "Um Furo Jornalístico" foi um trabalho em grupo dos autores. Primeiro criaram um esboço e depois, quando iniciada a fase de redação, Sayers assumiu a cordenação.

A história ficou robusta, com vários personagens e cheia de tramas. Confesso que não tentei descobrir quem era o assassino, e acredito que se tivesse tentado eu erraria feio mais uma vez haha...

A variedade, o estilo e as características dos autores, imprimem uma profundidade diferente ao enredo, deixando a história bem interessante.

Eu adorei essa leitura. Apesar de terem estilos bem diferentes, os dois livros me agradaram. Fiquei bem entretida tentando observar as diferenças de narração de um escritor para outro. Além da Agatha, eu fiquei encantada com o Walpole, gostei da técnica ousada da Sayers e dos levantamentos psicológicos de Clemence Dane.


13/12/2022

Review: Cipreste Triste - - Agatha Christie

Cipreste Triste Cipreste Triste by Agatha Christie
My rating: 5 of 5 stars View all my reviews

Olá bons e amados leitores!
Uma releitura de menos de 1 ano, consegui lembrar quem era o culpado e adorei a experiência, pois se presta atenção às pistas!

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Encontrei uma resenha com todas as nuances e impressões semelhantes às minhas, então segue:

Resenha de Lucas - blogueiro em https://leitordossonhos.com/

Olá, Sonhadores! Tem alguém na sua vida que você colocaria sua mão no fogo por ela? Que se surgir alguma acusação contra essa pessoa, com tudo corroborando para sua culpa, você ainda acreditaria na inocência dela? Bem, em Cipreste Triste da grande rainha do crime, Agatha Christie, temos um caso desses. Antes de começar um disclaimer: não há spoilers nessa resenha, tudo o que eu falei está logo nas primeiras páginas do livro!

“- Ah, minha cara Elinor, a mente humana é um mecanismo muito curioso. A sra. Welman pode ter pensado que gostaria de morrer; no entanto, concomitantemente a esse sentimento, havia a esperança de que fosse se recuperar por completo. E por causa desse esperança, acho, sentia que fazer o testamento traria azar. Não era questão de não haver intenção de fazer um, mas de que estava eternamente adiando a decisão.”

Sobre a História

O livro começa nos apresentando Elinor Carlisle e Roddy Welman, dois primos que recebem uma carta anônima dizendo que alguém estava tentando manipular a velha tia Laura, uma riquíssima senhora que estava próxima da morte depois de ter sofrido um derrame, a fazer um testamento deixando toda a sua fortuna para essa pessoa. Juridicamente, a herança deveria ir para Elinor e Roddy que eram seus únicos parentes próximos, mas essa ameaça os fizeram ir até a mansão da tia para averiguar a situação.

Os primos não sabiam quem enviara a carta, mas já tinham uma suspeita sobre a quem ela se referia: Mary Gerrard. Ela era uma jovem, filha do caseiro que trabalhava na mansão e que cresceu junto com Elinor e Roddy. Os amigos já não eram mais próximos como na infância, mas sabiam que Mary, que continuara morando por lá, era muito afeiçoada a tia Laura de forma recíproca. Era bem possível que tia Laura deixasse algum dinheiro para a garota, afinal ela se dedicava muito a cuidar da mulher enferma. Mas manipula-la para ficar com tudo… era um absurdo!

Infelizmente, durante a visita de Elinor e Roddy, a tia Laura morre e é descoberto que, afinal, ela não havia feito testamento nenhum e a fortuna, portanto, ia integralmente para Elinor. E é aqui que começa uma grande emaranhado de tramas: Roddy fica um pouco indignado de não receber nada da herança, mas como ele pretendia se casar com Elinor (que sempre fora apaixonada por ele) ia acabar ficando com a fortuna de qualquer forma. Porém, seu desejo pelo dinheiro foi ofuscado por sua paixão repentina por Mary Gerrard. Assim que ele a reencontrou depois de tantos anos, desistiu do casamento com a prima para tentar conquistar Mary. Porém, seus planos são interrompidos quando a menina é encontrada morta envenenada. Apesar de rica, a vida de Elinor vira de cabeça pra baixo depois de ter seu coração partido por Roddy, pois agora ela é a principal suspeita do assassinato de Mary & da tia Laura.

A única pessoa em defesa de Elinor é o médico que cuidava de tia Laura, Peter Lord. O jovem médico se apaixonou pela mulher e não acreditava, nem por um momento, que ela fosse uma assassina. Peter, então, procura a ajuda da única pessoa no mundo que poderia salva-la dessa acusação: Hercule Poirot!

Minhas Considerações

Eu adoro dar uma atenção a trama nas resenhas dos livros da Agatha, pois elas são sempre muito mirabolantes e atraem nossa curiosidade que adora um fuxico edificante sobre a vida de gente rica passando por problemas. Mas vamos falar um pouco sobre minhas impressões com essa releitura. Antes de qualquer coisa, como eu disse, foi uma releitura, eu já havia lido esse livro anos atrás, lembrava que tinha gostado bastante, mas não lembrava absolutamente nada da história! Inclusive falhei miseravelmente (de novo!) tentando descobrir quem era o(a) assassino(a).

Para quem nunca leu Agatha Christie, eu diria que esse livro é uma boa opção para começar. Ele contém todos os elementos característicos da autora; nos introduz seu detetive mais famoso, Hercule Poirot; tem uma trama complexa o suficiente pra não óbvia e ao mesmo tempo não é impossível de se descobrir a verdade; e não tem tantos personagens a ponto de fazer o leitor se perder. Inclusive, isso é uma das coisas que mais tenho ouvido as pessoas colocarem como “defeito” nos livros da Agatha. Sendo um romance policial, que precisa ter tramas para dificultar a investigação do leitor e adicionar possibilidades de suspeito, é justo que esse tipo de livro tenha uma quantidade maior de personagens. E olha que nem acho que são tantos assim. Me parece mais falta de costume de pessoas que, por algum motivo, acabam lendo mais livros que tem uma quantidade pequena de personagens. Especialmente considerando o fato de que a Agatha usa e abusa de estereótipos em seus personagens, de forma que fica muito fácil identificar eles através disso. Já vi livros com muito menos personagens, mas que têm personalidades tão parecidas que acabam se confundindo muito mais.

Uma coisa que não entendi nesse livro é o título. Não tem referência nenhuma na história. A ilustração de rosas na capa dessa minha edição faz até mais sentido, pois uma roseira é mencionada num momento. Porém nada de ciprestes, muito menos tristes. Eu até fui ver se o título original fazia mais sentido, mas é o mesmo. Então não sei se “cipreste triste” é alguma expressão com significado cultural. Se você souber me conte, por favor!

ADENDO de outra resenha https://literaturapolicial.com/: “Cipreste Triste” faz parte da lista. Escrito em 1940, seu título foi escolhido de um trecho da comédia “Noite de Reis” de Shakespeare:

Vamos rápido, morte, se apresse!
Deito em tábuas tristes de cipreste.
Vai-te embora, sopro de vida meu!
Matou-me uma donzela linda e cruel.
Mortalha branca em muito teixo,
Já deixem tudo feito.
Não houve um outro mais fiel que eu:
Chegou aqui e morreu.

Enfim, como todos os outros livros da autora, é uma leitura que vale super a pena!

“Não sobrevivemos porque nossa razão decide viver. Aquele que, como costumamos achar, ‘estariam melhor mortos’, não querem morrer! E as pessoas que aparentemente têm todos os motivos para viver vão se deixando extinguir porque não têm energia para lutar”

Cipreste Triste
Agatha Christie


Sinopse: A dona de uma mansão no interior da Inglaterra morre durante o sono, depois de padecer de uma longa doença. Enquanto a família ainda se recupera do golpe, uma jovem aparece morta nas redondezas. Quando a bela Elinor é incriminada mediante provas aparentemente irrefutáveis, Hercule Poirot é a única pessoa que pode provar sua inocência. Para chegar à verdade dos fatos, ele terá de travar um embate sem igual na justiça inglesa. Este é o primeiro romance de tribunal protagonizado pelo mais famoso personagem da Rainha do crime.
Publicado em 1940, Cipreste triste foi escrito em plena Segunda Guerra Mundial, um período de intensa produção na carreira de Agatha Christie, que se tornaria um dos nomes mais célebres do século XX em matéria de histórias de tribunal imortalizadas no cinema.

12/12/2022

Review: Holiday Terminal - Um Reencontro de Natal - Christy Anderson & Gwyn McNamee



Holiday Terminal by Gwyn McNamee
My rating: 5 of 5 stars



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Caros leitores, vou postar uma resenha do site da Lu: https://www.balaiodebabados.com.br/

Pela capa eu esperava uma história fofinha de Natal e recebi no lugar uma com bastante carga emocional. Alternando na narração entre Penelope e Artie, vemos como os dois ainda se amam e sofrem na mesma medida. No passado, os dois viveram um belo romance de verão, mas tudo acabou rapidamente, com muitas lágrimas e um segredo da parte de Penelope.

Confesso que em muitos momentos Penelope me torrou a paciência com suas suposições a respeito de Artemis, mas como ela já tem um histórico de ter acreditado nele e ter seu coração partido, dá até para relevar alguns surtos da moça. Já Artie desde o princípio quer provar para Penelope que continua a mesma pessoa do seu passado - no caso, querer sair das garras da família - mas sabe que apenas palavras não basta.

A história toda aqui se passa mais ou menos num espaço de tempo de uma noite, mas isso não influencia no quanto ela é envolvente e os conflitos entre Penelope e Artemis são bem trabalhados. Claramente por ser um romance de Natal, temos sim um final feliz com direito a correr (literamente) atrás do amor da sua vida. Então, esse livro está mais que indicado para quem deseja ler uma romântica história de Natal.


09/12/2022

Review: A Mansão Hollow - Agatha Christie

A Mansão Hollow A Mansão Hollow by Agatha Christie
My rating: 0 of 5 stars



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AGATHA CHRISTIE NA AMAZON: LIVROS

Caros leitores!

Um dos melhores livros de Agatha Christie (tá, eu sempre digo isso de um ou outro), mas esse é intrincado, é fácil de descobrir o culpado e é UM LIVRO DE DETETIVE clássico dos clássicos.

Esse livro é uma releitura e consegui lembrar quem era o culpado, diferente da resenha que anexei.

A Lucy é meio cansativa, mas no final, ela faz parte de todo a história e faz o enredo se fechar... mesmo queimando várias chaleiras...

Segue uma resenha super bem feita e sugiro irem ao site, pois a leitora coloca imagens lindas em cada citação!!

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A Mansão Hollow, Agatha Christie
Resenha da Mila

Quem foi que disse que a verdadeira tragédia da vida é a pessoa conseguir tudo que deseja?

Em A Mansão Hollow somos apresentados a Lucy e Henry Angkatell, proprietários da Mansão Hollow, que estão se preparando para receber familiares e amigos no final de semana, algo que já ficamos sabendo ser bastante normal.

Porém, nesse final de semana específico, Lucy fala com sua prima Midge Hardcastle dizendo estar preocupada com as pessoas que estarão presentes na casa, porque vai ter o acréscimo de mais pessoas e são as "pessoas erradas", fala também que convidou "o homem do crime", Hercule Poirot, que mora em um chalé próximo a Mansão Hollow.

Então quando todos estão reunidos: Lucy e Henry Angkatell, Midge Hardcastle, Gerda e John Christow, Henrietta Savernake, Edward Angkatell e David Angkayell, percebemos que Agatha Christie começa a construir uma atmosfera mais carregada, tensa e pesada entre os convidados na Mansão Hollow e os contornos de uma tragédia começa a se delinear.

O fatídico crime acontece e uma parte bem intrigante é que Hercule Poirot - que vai para o almoço, no domingo - chega bem no momento em que o fato acabou de acontecer e a vítima está dando seu suspiro final. Poirot achou toda a cena dramática e como se tivesse sido ensaiada, de modo que o próprio "homem do crime" demora a acreditar que a cena é real, pois acredita estar sendo vítima de uma peça.

Hercule Poirot surgiu na clareira da piscina e, imediatamente, também ele se tornou um pouco rígido, mas por aborrecimento. Aquilo era demais, realmente, era demais! Jamais suspeitara do mau gosto dos Angkatell. O longo percurso pela estrada, o desapontamento ao chegar e agora isto! O senso de humor fora de hora dos ingleses!

Eis que a polícia é chamada e uma série de investigações passam a acontecer para tentar desvendar quem foi o autor do crime, qual foi o propósito e como de fato ocorreu, já que a cena inicial pode levantar a algumas dúvidas.

Agatha Christie foi sensacional em A Mansão Hollow por diversos motivos. Primeiro, temos uma narrativa bastante diferente da que encontramos em outros livros que Hercule Poirot aparece. Segundo, temos um desenlace pouco convencional também. Terceiro, temos um dramalhão de família cujo pacto familiar fala bem mais alto que a verdade. Vou explicar!

A questão da narrativa é que temos uma introdução realmente muito grande, assim, Agatha demora a introduzir Poirot no livro, de modo que o leitor realmente esquece que o detetive irá fazer parte da narrativa. De fato ele é um personagem dispensável e quando aparece é possível perceber o quando Poirot está deslocado e é estranho para o desenvolvimento da história. Fiquei com a impressão de que A Mansão Hollow poderia ter acontecido realmente sem a participação de Poirot, até porque não tem um papel preponderante para o descobrimento do crime. Inclusive vi em algum lugar que a própria Agatha Christie se arrependeu de ter colocado Poirot nessa história. Interessante, não é mesmo?

Sobre o desenlace do crime, tem a ver com a participação de Poirot. Quando falamos de um livro de Poirot esperamos ver aquele final tradicional, quando o detetive faz uma reunião e conta sua descoberta de quem é o assassino, mas aqui temos algo completamente diferente e ao mesmo tempo bem coerente e aceitável.

Pois reconfortante e agradável era o segredo de sua superioridade. Com alguma frequência, começou a se divertir um pouco. Sim, era divertido saber mais do que as pessoas pensavam que você sabia. Ser capaz de fazer uma coisa, mas não deixar que ninguém percebesse isso. E ainda tinha a vantagem, subitamente descoberta, de as pessoas geralmente fazerem as coisas por você.

O terceiro ponto em que achei Agatha Christie genial em A Mansão Hollow foi ter colocado esse pacto silencioso, ou pacto familiar entre todos os que estavam na Mansão Hollow naquele final de semana, algo que faz com que o crime se tornasse mais intrincado e complexo, de modo a dificultar as investigações da polícia. Afinal tudo levava a crer que todos estavam tentando se encobertar, mas quem será que cometeu o crime? Eis a grande questão.

Pra finalizar, preciso confessar que fiquei absolutamente viciada nesse livro, simplesmente não conseguia soltar A Mansão Hollow, porque a trama me envolveu de uma forma indescritível, embora também reconheça que esse livro é pouco convencional de Agatha Christie e, por isso, pode não agradar a todo mundo, sobretudo, porque é bem fácil "matar a charada", no entanto, ainda assim super recomendo. Amei!

_ Sim, eu vi o que aconteceu... mas os olhos, inspetor Granger, não são testemunhas dignas de confiança. Os olhos veem, às vezes, o que se quer que eles vejam.





06/12/2022

Review: A Noiva do Dono da Mercearia

A Noiva do Dono da Mercearia A Noiva do Dono da Mercearia by Cheryl Wright
My rating: 5 of 5 stars



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Outro livro da Série Noivas por Correspondência!

Esse trouxe um tema bem "atual", promessas de um trabalho, mas na verdade é fachada para a prostituição

A temática ainda é um Romance de Época e personagens femininas que buscam independência e segurança em um casamento (mesmo que com um desconhecido)

Decidi ler romances leves para o desafio de Natal e fiz bem...

Mais um Romance tranquilo e previsível.

:-)
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Um impulso da decisão do momento salvou sua vida. Uma vida inteira de solidão tornou sua personalidade mais forte. 
Eles podem encontrar o amor em um casamento de conveniência? Phoebe Jackson vive para dançar. Bonita e talentosa, ela não consegue perceber o perigo em que se encontra até quase ser tarde demais. 
Sua única opção - tornar-se uma noiva por correspondência. O dono da Mercearia, Edward Horvard, é solitário e precisa de ajuda em sua loja. Em uma cidade desprovida de mulheres elegíveis, uma noiva por correspondência é sua única opção. Estas duas pessoas de mundos totalmente diferentes podem fazer um casamento sem amor funcionar? 

Ou ambas estão condenadas a viver uma mentira?

Review: A Noiva de Natal do Barbeiro


A Noiva de Natal do Barbeiro by Cheryl Wright
My rating: 5 of 5 stars

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Outro livro da Série Noivas pro Correspondência!
Um pouco mais elaborado, com um pouco mais de problemas pessoais envolvidos na trama!

Sim, livro de época e aqui conhecido "romance de banca".

Decidi ler romances leves para o desafio de Natal e fiz bem...

Mais um Romance tranquilo e previsível.

:-)

*****
Uma criada em fuga e um barbeiro que precisa de ajuda e companhia. Eles podem fazer seu casamento inesperado funcionar? Até que a violência de seu empregador a fez temer por sua vida, Allie MacIntosh nunca havia estado desesperada o suficiente para se tornar uma noiva por correspondência. O barbeiro da pequena cidade, Charlie Jones, é solitário. Vive para seu trabalho com pouca coisa mais. Ele quer alguém para compartilhar sua vida, e uma noiva por correspondência é sua única esperança. Quando Allie chega, Charlie fica instantaneamente apaixonado, mas será que ela alguma vez sentirá o mesmo por ele? E qual é o terrível segredo que ela está escondendo?


05/12/2022

Review: A Aventura do Pudim de Natal - Agatha Christie

A Aventura do Pudim de Natal A Aventura do Pudim de Natal by Agatha Christie
My rating: 5 of 5 stars



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AGATHA CHRISTIE NA AMAZON: LIVROS


Bem apontado na resenha a seguir, há somente um conto de Natal nesse livro, mas tudo bem, vale a pena ler todos os contos e como disse, acho primoroso a forma sucinta que AC nos faz vislumbrar cada história!

Se eu pudesse responder à critica de Luiz Santiago, diria que os contos eram ensaios para livros mais elaborados...

********
CRÍTICA | A AVENTURA DO PUDIM DE NATAL, DE AGATHA CHRISTIE

https://www.planocritico.com/critica-...

Publicado em 24 de outubro de 1960, A Aventura do Pudim de Natal é uma coletânea de seis contos de Agatha Christie, contendo cinco histórias protagonizadas por Hercule Poirot e uma por Miss Marple. O título do livro é também o título do único conto natalino do livro (nesse ponto, a obra engana o leitor).

Algumas notas de publicação sobre essas histórias precisam ser dadas: 1) que a autora já havia publicado, em 1923, uma versão curta do conto-título A Aventura do Pudim de Natal; 2) O Reprimido já havia sido publicado em 1926; 3) O Sonho já havia sido publicado em 1938; 4) O Caso das Amores Pretas já havia sido publicado em 1941; 5) O Mistério do Baú Espanhol é também uma versão expandida de um conto publicado por ela em 1932; e, por último, A Extravagância de Greenshaw foi publicado na revista Woman’s Journal em agosto de 1960, apenas dois meses antes de ser oficialmente lançado nessa coletânea.

Todas as outras publicações citadas acima também foram originalmente publicadas em revistas do Reino Unido, como The Sketch, Strand Magazine, The London Magazine, Strand Magazine e a já citada Woman’s Journal.

***

A Aventura do Pudim de Natal
The Adventure of the Christmas Pudding

Único conto de Natal do livro, essa história de Hercule Poirot é uma verdadeira brincadeira de obviedades natalinas, como se a autora estivesse nos forçando a brincar de um amigo secreto misterioso. Está elencado o sempre bem-vindo humor e até cinismo do detetive belga, que é convidado, em extremo desespero, por representantes do governo e de uma “nação amiga” a passar o Natal em uma casa de campo e tentar descobrir o desaparecimento de uma rara joia, “perdida” (sim, entre aspas mesmo) por um príncipe prestes a se casar.

Todo o ambiente de preparação para a ceia de Natal (que na verdade é um almoço de Natal… hum… bem interessante!) e o constantemente citado “Natal tradicional britânico” dá ao leitor aquela sensação calorosa de estar acompanhando um mistério que bem poderia ter acontecido no quintal de sua casa, na mesma data, guardadas as devidas proporções. Os adolescentes, jovens, adultos e velhos; os donos da casa, os empregados; as brincadeiras, birras e outras tentativas de desviar o leitor não funcionam. No meu caso, pela primeira vez depois de anos e anos lendo romances e contos de Agatha Christie, me deparei com uma história onde consegui desvendar o mistério quase que completamente (e acertei todas as minhas suposições), o que não é necessariamente algo glorioso, porque a autora não faz questão de esconder muita coisa.

Se levarmos em conta a introdução que ela escreve, falando de seu Natal em família e das lembranças dessa data em um passado nostálgico, a trama ganha ainda mais significado. Particularmente acho o final “fácil demais” — não digo a revelação do caso, mas a despedida de Poirot mesmo — e um último momento bastante insosso, mas ainda assim é possível aproveitar plenamente o trajeto percorrido até ali, quando o detetive conclui que tivera, de fato, um feliz Natal.
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O Mistério do Baú Espanhol / O Mistério da Arca Espanhola
The Mystery of the Spanish Chest

Bem mais intricada que a aventura anterior e com uma resolução nada óbvia, O Mistério do Baú Espanhol consegue dispersar o leitor no processo de investigação e se estrutura tanto em depoimentos quanto em detalhes dos cenários da casa onde o assassinato acontece, alguns dos quais são pistas falsas (como as azeitonas, que me fizeram imaginar as mais estúpidas ligações) enquanto outras, que menos esperamos, são verdadeiros motivos ou parte das explicações para o crime.

A princípio, Poirot está envolvido com a investigação de crimes fiscais de dirigentes de uma grande petrolífera, mas não pode deixar de se ver atraído pela fascinante notícia que lê nos jornais, sobre um corpo encontrado apunhalado no pescoço, dentro de um baú espanhol (ou “arca espanhola”, como também é intitulado este conto, em outras traduções). Como coadjuvante, a sua assistente, Miss Lemon é escalada como “princípio de pensamento” pelo detetive, que lhe faz perguntas soltas, solicita que ela prepare uma lista de detalhes jornalísticos sobre o caso e discute este ou aquele detalhe com ela, até que convenientemente — essas coisas sempre me incomodam um pouco na obra de Agatha Christie — um telefonema acaba colocando Poirot em contato com o caso pelo qual ele tanto havia se interessado.

O processo de investigação é divertido e cheio de detalhes. As perguntas e o método de Poirot são inteligentes e a forma como ele vai reunindo pontas soltas e detalhes que nos passam desapercebidos são essenciais para se ter uma ideia do todo, sempre impressionando no final… bom, exceto no caso de situações bem óbvias, como o conto natalino que abre esse volume. A explicação para o que aconteceu na noite do assassinato é convincente, mas novamente o conto padece um pouco na finalização, algo que também notei na história anterior: muita rapidez e, de repente, uma constatação definitiva que simplifica ou encerra uma situação que demandava bem mais cuidado.
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O Reprimido ou Poirot Sempre Espera
The Under Dog

Os dois títulos dessa história são bastante propícios para o que acontece na vida da família protagonista (e seus agregados) após o assassinato de Sir Reuben Astwell, ocasião em que Poirot é chamado para iniciar a investigação, tendo como um ponto de partida um elemento inteligentíssimo por parte da autora — e que se repete outras vezes no decorrer da narrativa –, ou seja, a explicação ou mesmo detalhamento de determinadas cenas/ocasiões de maneira orgânica, ou como parte natural de um diálogo, confissão ou como solilóquio do detetive belga, que neste caso em específico não tem de pronto as respostas que imaginaria ter e se prepara para passar algumas semanas na casa de Lady Astwell, a fim de resolver o caso.

Os ingredientes básicos dos romances e contos mais bojudos de Agatha Christie se fazem presentes aqui. Primeiro, um cenário de crime perfeito (no sentido de descrição dos eventos e número de pistas + suspeitos a seguir), explorado em diversas camadas, inclusive fazendo relação com outros casos resolvidos pelo detetive. Segundo, não existe facilidades no decorrer da investigação, mas a solução não é exatamente mind blow. A autora termina o conto com algo que já havia anunciado desde o início e que nós, com a leitura mais ou menos viciada, ou procurando por mais complicações, simplesmente rejeitamos (deixamos de exercer a lição de o próprio Poirot aprendeu cedo, em A Aventura da Cozinheira de Clapham).

Do meio para o final do conto, as coisas vão ficando mais interessantes. Isso porque algumas confissões já haviam sido feitas e parte das suspeitas já haviam sido transferidas para outras pessoas ou deixadas em suspenso, momento onde o leitor realmente procura encaixar o MOTIVO para o assassinato junto com a POSSIBILIDADE do assassinato dentro dos dados fornecidos ao longo da história. O mesmo motor de narração utilizado no princípio da trama aparece outras vezes, sempre dando detalhes ou acrescentando possibilidades. Cenas como as da hipnose de Lady Astwell ou as semanas em que Poirot resolve fazer um “jogo de amedrontar” as pessoas na casa onde está hospedado são inesquecíveis. O final é bem fechadinho, muito melhor que os dois contos que antecederam esse, mas a reação da pessoa culpada, até pela carga psicológica envolvida, poderia muito bem ganhar uns parágrafos a mais.
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O Caso das Amoras Pretas
Four and Twenty Blackbirds

Um conto curto sobre a obstinação de Poirot, que, como diz para o amigo com quem aparece jantando no início da narrativa, tem a mente organizada e gosta que tudo esteja em seus devidos lugares. Trata-se de um conto sobre comida, sobre ser guloso, avarento, sobre os hábitos das pessoas e sobre como certas coisas organizadas demais podem assustar indivíduos que gostam de padrões; mas não de todos os padrões. Essas nuances dramáticas sempre foram muito fortes nas obras de Agatha Christie e em situações menores como a desta história, se destacam com charme, embora dentro de um contexto não muito genial.

Pesa sobre O Caso das Amoras Pretas a forma não verossímil como Poirot vai atrás de um caso encerrado, como não encontra dificuldades maiores para ter acesso a ele e como chega rapidamente à conclusão que esperava chegar, com uma acareação junto ao sobrinho dos gêmeos falecidos. A conversa é rápida, com os detalhes necessários para dar fim ao conto, mas não para torná-lo bom, com o devido contexto e justificativas das coisas apresentadas.

Em alguns casos na literatura de Christie, a conveniência pode não ser tão negativa, como em Os Relógios (1963), por exemplo. Já em outros, não é exatamente o melhor ponto de partida, uma vez que a história, por ser curta, clama pelos mínimos detalhes que a autora puder lhe dar. O resultado final pode não ser ruim, mas é apenas ok, uma conclusão não muito animadora em se tratando da Rainha do Crime.
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O Sonho
The Dream

Se fosse possível enxugar ao máximo o cenário e os atores de um drama qualquer, em uma cena do crime, que caminhos possíveis um detetive ou um observador poderiam seguir para solucionar o caso? Esta é basicamente a pergunta-perspectiva que Agatha Christie se faz responder neste conto um tantinho confuso na explicação sobre o processo de assassinato de um milionário excêntrico (a autora sempre gostou de retratar milionários sob uma certa perspectiva cínica) que tem um sonho repetitivo onde que ele se suicidava em uma hora específica do dia. Curioso, muito curioso. Até Poirot sai confuso da entrevista estranha com o milionário e vai para casa pensando no ocorrido.

O “desfecho” do drama se dá na semana seguinte, quando o detetive recebe o telefonema do jovem Dr. Stillingfleet, um amigo que o chama de “bestalhão” e que o convida à mansão de Benedict Farley, que está morto. O leitor ri nevosamente ao receber essa informação, porque tudo parecia insanidade demais para ser verdade, e a cosia mais ou menos caminha para algo sobrenatural (em menor escala) ou para algo ligado à hipnose ou forte sugestão psíquica (em maior escala), algo na linha do que vemos no clássico À Meia-Luz, de Patrick Hamilton. A autora, inclusive, faz de tudo para distrair o leitor e levá-lo por esse caminho, insistindo, através de Poirot, em hipnose. Mas a resolução vai por um lado bem diferente.

O cenário e a forma como Poirot resolve o caso é brilhante, porque não há enrolação. Aliás, a ligação das perguntas feitas às pessoas da casa, a observação precisa do cenário, as deduções e induções, tudo é bem orquestrado, como um produto final de um “suicídio” já tido como fato consumado e caso encerrado, mas onde o detetive encontra uma brecha e chega à conclusão de que coisas arrumadinhas demais são um perigo, a mesma linha de pensamento que ele utilizara em O Caso das Amoras Pretas.
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A Extravagância de Greenshaw
Greenshaw’s Folly

De todos os contos desse volume, este é definitivamente o mais fraco. Eu sempre gostei da enorme paciência de Miss Marple, seu nível cultural que sempre é utilizado como parte das resoluções do caso, seu senso de moralidade de tia (e com idade para ser avó), resultando em uma responsabilidade que Poirot, por mais fino que seja, nem sonha em ter. Nesse conto, porém, essas qualidades são aplicadas em uma trama que até poderia ter algo maravilhoso, mas cobra demais do leitor a suspensão da descrença, falhando com sua própria linha de investigação.

Tudo nesse enredo é indireto. A tal “extravagância” (uma mansão que é um projeto arquitetônico insano) surge como parte de um “passeio turístico” para um amigo de Raymond West, sobrinho de Miss Marple. Nesse ponto, já fica terrivelmente complicado digerir a ideia de que a excêntrica Miss Greenshaw tenha pedido para que dois estranhos fossem testemunhas de seu testamento. Simplesmente não dá para aceitar a ação, logo no início do conto, mas a leitura prossegue com um quê de curiosidade, pois apresenta boas possibilidades criminosas, digamos assim.

Quase toda a totalidade da narrativa se passa em uma pacífica narração de eventos, até que no final tudo se atropela e tem uma resolução ainda mais excêntrica, com parentescos que são um verdadeiro deus ex machina. Uma das obras menos inspiradas de Agatha Christie.

A Aventura do Pudim de Natal (The Adventure of the Christmas Pudding and a Selection of Entrées) — Reino Unido, 1960
Autora: Agatha Christie
No Brasil: Círculo do Livro, 1985


02/12/2022

Review: Um Gato entre os Pombos - Agatha Christie

Um Gato entre os Pombos Um Gato entre os Pombos by Agatha Christie
My rating: 5 of 5 stars



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Finalmente relendo, após 42 anos, o livro que me apresentou AC e Poirot.

Se fosse para eu sugerir a qualquer pessoa por onde começar a ler AC, certamente indicaria esse.
Parece ser o livro mais bem elaborado de todas as obras, Poirot não está 100% presente, mas são suas observações que colocam a história em seu devido lugar.

Eu tinha 10 anos quando ganhei esse livro e como nunca fui de reler, fazer essas releituras de AC por ordem cronológica faz entender a presença de Poirot sendo reduzida gradativamente, a ausência de Hastings, é como seguir a vida - pequenos desaparecimentos que não faz diferença para um e outro, mas para quem está próximo, trará saudades...

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Um Gato entre os Pombos - Agatha Christie - Resenha

"Esse livro irá desafiar seu senso investigativo."
Por Eric Silva

https://conhecertudoemais.blogspot.co...

Em Um Gato entre os Pombos, Agatha Christie, a Rainha do Crime, nos faz embarcar numa narrativa que se inicia em Ramat, no longínquo Oriente Médio e vai desencadear em misteriosos assassinatos em um respeitado colégio para moças na Inglaterra, o Meadowbank. Numa teia de acontecimentos que deixam o leitor completamente sem saber ou ter noção dentre os vários personagens quem pode ser o(s) assassino(s).

Em Ramat uma revolução está preste o estourar contra o príncipe Ali Yusuf e tira-lo do poder devida sua posição de criar um Programa de Bem Estar Social. Ali pressentindo a manobra política pede ao seu amigo inglês Bob Rawlinson para que ele tirasse do país algumas pedras preciosas que guardava consigo para uma emergência, e também arquitetam uma forma de saírem do país. Sem saber o que fazer para tirar as joias do país, Bob tem a ideia de escondê-las entre as coisas da irmã que passava uma temporada em Ramat com a filha Jennifer. Encontra entre os objetos pessoais das duas o esconderijo perfeito para tirar despercebidamente as joias do Oriente Médio, o que ele não contava que graças a um jogo de reflexos de espelhos alguém via todos os seus movimentos dentro do quarto da irmã. A misteriosa pessoa ainda tenta roubar as joias assim que Bob sai, mas é surpreendida pela volta da irmã do rapaz e tem que fugir antes que fosse descoberta. Joan, irmã de Bob e Jennifer são obrigadas a deixar o país às pressas com a explosão da revolução e as joias saem de Ramat assim como planejava Bob. Porém Bob e Ali não possuem a mesma sorte. A partir dali muitas pessoas suspeitam da saída das joias do país e de que estejam com Joan e Jeniffer, surgindo grupos interessados em possui-las: o misterioso Sr. Robinson, a pessoa dos espelhos e os revolucionários.

Assim numa trama bem construída esses fatos tão singulares se ligam ao Colégio Meadowbank, onde no Pavilhão de esportes acontecem estranhos e desconexos assassinatos de professoras. Como esses fatos se ligam? Só lendo para descobrir.

A autora
Agatha mostra mais uma vez porque é chamada da Rainha do Crime e de uma das melhores escritoras policiais que já se ouviu falar. Com maestria liga duas circunstâncias aparentemente desconexas revelando ao leitor que toda trama gira em torno do desaparecimento das joias, mas escondendo e despistando até o fim quem é o assassino e a quem ele está ligado. Lançando nossa atenção para pistas erradas e fatos estranhos que não são diretamente ligados ao assassino, Agatha nos faz imaginas os mais variados desfechos e, no fim, nos surpreende com um final inesperado com uma trama complexa, bem armada e lógica que liga o assassino revelado à Ramat, à Meadowbank, às joias e a seu disfarce (um gato entre os pombos). Trama brilhantemente descoberta pelo detetive Hercules Poirot.

Para quem quiser conferir existe o filme de mesmo nome com áudio em Inglês e legenda em português dirigido por James Kent e com 92 minutos de duração. Porém o roteiro do filme possui alterações em relação ao livro como:

1. São retirados da trama pelo menos cinco personagens: Joan, Sr. Robinson, Coronel Pikeaway, Srta. Vansittart e O jardineiro Briggs, entre outros mais secundários;

2. É removida a cena da mulher loira que conversa com Jennifer no colégio;

3. Muda-se como se dá a primeira morte que originariamente seria à bala;

4. É substituída uma morte por uma tentativa de morte e troca-se as vitimas;

5. Poirot participa da narrativa como hospede em Meadowbank, quando na verdade ele só vai até lá no meio da narrativa quando a aluna Júlia vai procura-lo.

Algumas dessas alterações foram necessárias para não dar pistas ao espectador e acabar com o mistério, mas muitas delas foram desnecessárias. Ainda assim vale apena ver depois de ter lido o livro.


24/11/2022

Review: Punição para a Inocência - Agatha Christie

Punição para a Inocência Punição para a Inocência by Agatha Christie
My rating: 5 of 5 stars







Olá caros leitores de AC!

Mais um ótimo livro sem os personagens costumeiros. Acredito no que li na resenha do 'É fácil matar": quando não havia pressão das editoras ficava mais fácil dar asas à imaginação, e mais uma vez vislumbrei o culpado, mas não a causa... nem tudo é perfeito na nossa leitura

Como sempre, prestigio a resenha de leitores de AC que, como eu, faz essa jornada, muits vezes solitária, mesmo AC sendo atemporal.

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http://leitorcompulsivo.com.br/

Sinopse: Jacko Argyle é detido sob alegação de que teria assassinado sua mãe em um surto de loucura, sendo condenado à prisão perpétua. Dois anos depois, surge uma prova, encontrada pelo doutor Arthur Calgary, de que o preso é inocente, mas a descoberta chega tarde demais: Jacko morre atrás das grades. Os achados do doutor reabrem as feridas dos membros da família, que passam a encarar uns aos outros com desconfiança e suspeita, assombrados com a possibilidade de que o verdadeiro assassino ainda esteja entre eles. (Resenha: Punição para a Inocência – Agatha Christie)

Opinião: Punição para a inocência foi uma leitura diferente para mim. Primeiro livro que li da Agatha sem um detetive famoso para ajudar a desvendar o mistério. Nada de Poirot ou Miss Marple. Aqui, o leitor vai adentrando nos acontecimentos junto de todos os suspeitos.

Preciso dizer que, de todas as minhas leituras de Agatha Christie, essa foi a mais intensa. Os personagens são todos muito bem caracterizados, como em toda história dela, mas nesse foi diferente. A cada capítulo, um membro da família era o foco e você chega a gostar dessa pessoa (ou, pelo menos, simpatizar)… Até que a autora puxa seu tapete e te alerta: NÃO CONFIE EM NINGUÉM.

Comecei a desconfiar até mesmo da minha sombra enquanto estava lendo Punição para a inocência. Agatha faz um jogo mental nessas páginas que é de pirar a cabeça. O tempo inteiro os personagens se questionam se realmente conhecem seus pais, seus irmãos, seus amores. Tudo fica muito obscuro quando o caso de Jacko é reaberto. Novos relatos surgem e você não sabe pra onde correr ou em quem confiar.

A Rainha do Crime foi muito pertinente ao enlaçar o mistério junto com os dramas de uma família despedaçada pelo tempo. Todos os membros da família são desenvolvidos primorosamente, cada um à sua maneira, e seus respectivos problemas com o conceito familiar criado na história são parte essencial para o entendimento do crime. É incrível como a autora conseguiu criar também o ambiente da casa em que a trama se desenrola. Todo o clima é pesado, os cômodos parecem ter vida própria e ninguém está seguro dentro daquele lugar.

A conclusão é chocante, mas ao mesmo tempo estava na nossa cara o tempo todo. Agatha vai soltar pistas (que podem vingar ou não) ao longo de toda a narrativa. A melhor parte é realmente juntar todas as peças do quebra-cabeça, apostar em um culpado e, no final, ser feito de trouxa pela autora. Obviamente, tudo se encaixa e você fica perplexo pela genialidade dessa escrita tão fluida e cativante. Punição para a inocência ficou, claro, com 5 estrelas!

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11/11/2022

O Mistério da Regata e Outras Histórias - Agatha Christie


 Boa Tarde Amores e Amoras!!!

A Próxima Leitura é para ser buscado e 4 livros publicados no Brasil.

Como sempre tenho dificuldade de ter certinho o que preciso ler, já "pulei" esse livro (ainda não publicado no Brasil), umas 3 ou 4 vezes, na mesma proporção li e reli Um Acidente e outras histórias, não riam, é que sempre recomeço e não sabia como me organizar e ter disciplina para ter os 4 livros em mãos. 😊

Agora tá certinho, começarei a leitura e depois termino de postar as resenhas: publicação em etapas como a leitura 😜

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UPDATE: Criei o Livro: "O Mistério da Regata e Outras Histórias" - simples e direto..

Se quiser ler é só ir na compilação que fiz, está no link: O mistério da Regata e outras Histórias

O Mistério da Regata e Outras Histórias
A - Um acidente e outras Histórias
"O Mistério da Regata"
"Problema na Baía de Polensa"
"Os Íris Amarelos"
"Miss Marple Conta uma História"
"Através de um Espelho Sombrio" ou "No Fundo do Espelho"
B - Aventuras do Pudim de Natal
"O Sonho"
C - Os primeiros casos de Poirot
"Que Bonito É o Seu Jardim?"
"Problema a Bordo"
D - Enquanto houver luz e Poirot sempre espera e outras histórias
"O Mistério do Baú de Bagdá" ou "O Mistério da Arca de Bagdá"


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