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13/12/2022

Review: Cipreste Triste

Cipreste Triste Cipreste Triste by Agatha Christie
My rating: 5 of 5 stars View all my reviews

Olá bons e amados leitores!
Uma releitura de menos de 1 ano, consegui lembrar quem era o culpado e adorei a experiência, pois se presta atenção às pistas!

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Encontrei uma resenha com todas as nuances e impressões semelhantes às minhas, então segue:

Resenha de Lucas - blogueiro em https://leitordossonhos.com/

Olá, Sonhadores! Tem alguém na sua vida que você colocaria sua mão no fogo por ela? Que se surgir alguma acusação contra essa pessoa, com tudo corroborando para sua culpa, você ainda acreditaria na inocência dela? Bem, em Cipreste Triste da grande rainha do crime, Agatha Christie, temos um caso desses. Antes de começar um disclaimer: não há spoilers nessa resenha, tudo o que eu falei está logo nas primeiras páginas do livro!

“- Ah, minha cara Elinor, a mente humana é um mecanismo muito curioso. A sra. Welman pode ter pensado que gostaria de morrer; no entanto, concomitantemente a esse sentimento, havia a esperança de que fosse se recuperar por completo. E por causa desse esperança, acho, sentia que fazer o testamento traria azar. Não era questão de não haver intenção de fazer um, mas de que estava eternamente adiando a decisão.”

Sobre a História

O livro começa nos apresentando Elinor Carlisle e Roddy Welman, dois primos que recebem uma carta anônima dizendo que alguém estava tentando manipular a velha tia Laura, uma riquíssima senhora que estava próxima da morte depois de ter sofrido um derrame, a fazer um testamento deixando toda a sua fortuna para essa pessoa. Juridicamente, a herança deveria ir para Elinor e Roddy que eram seus únicos parentes próximos, mas essa ameaça os fizeram ir até a mansão da tia para averiguar a situação.

Os primos não sabiam quem enviara a carta, mas já tinham uma suspeita sobre a quem ela se referia: Mary Gerrard. Ela era uma jovem, filha do caseiro que trabalhava na mansão e que cresceu junto com Elinor e Roddy. Os amigos já não eram mais próximos como na infância, mas sabiam que Mary, que continuara morando por lá, era muito afeiçoada a tia Laura de forma recíproca. Era bem possível que tia Laura deixasse algum dinheiro para a garota, afinal ela se dedicava muito a cuidar da mulher enferma. Mas manipula-la para ficar com tudo… era um absurdo!

Infelizmente, durante a visita de Elinor e Roddy, a tia Laura morre e é descoberto que, afinal, ela não havia feito testamento nenhum e a fortuna, portanto, ia integralmente para Elinor. E é aqui que começa uma grande emaranhado de tramas: Roddy fica um pouco indignado de não receber nada da herança, mas como ele pretendia se casar com Elinor (que sempre fora apaixonada por ele) ia acabar ficando com a fortuna de qualquer forma. Porém, seu desejo pelo dinheiro foi ofuscado por sua paixão repentina por Mary Gerrard. Assim que ele a reencontrou depois de tantos anos, desistiu do casamento com a prima para tentar conquistar Mary. Porém, seus planos são interrompidos quando a menina é encontrada morta envenenada. Apesar de rica, a vida de Elinor vira de cabeça pra baixo depois de ter seu coração partido por Roddy, pois agora ela é a principal suspeita do assassinato de Mary & da tia Laura.

A única pessoa em defesa de Elinor é o médico que cuidava de tia Laura, Peter Lord. O jovem médico se apaixonou pela mulher e não acreditava, nem por um momento, que ela fosse uma assassina. Peter, então, procura a ajuda da única pessoa no mundo que poderia salva-la dessa acusação: Hercule Poirot!

Minhas Considerações

Eu adoro dar uma atenção a trama nas resenhas dos livros da Agatha, pois elas são sempre muito mirabolantes e atraem nossa curiosidade que adora um fuxico edificante sobre a vida de gente rica passando por problemas. Mas vamos falar um pouco sobre minhas impressões com essa releitura. Antes de qualquer coisa, como eu disse, foi uma releitura, eu já havia lido esse livro anos atrás, lembrava que tinha gostado bastante, mas não lembrava absolutamente nada da história! Inclusive falhei miseravelmente (de novo!) tentando descobrir quem era o(a) assassino(a).

Para quem nunca leu Agatha Christie, eu diria que esse livro é uma boa opção para começar. Ele contém todos os elementos característicos da autora; nos introduz seu detetive mais famoso, Hercule Poirot; tem uma trama complexa o suficiente pra não óbvia e ao mesmo tempo não é impossível de se descobrir a verdade; e não tem tantos personagens a ponto de fazer o leitor se perder. Inclusive, isso é uma das coisas que mais tenho ouvido as pessoas colocarem como “defeito” nos livros da Agatha. Sendo um romance policial, que precisa ter tramas para dificultar a investigação do leitor e adicionar possibilidades de suspeito, é justo que esse tipo de livro tenha uma quantidade maior de personagens. E olha que nem acho que são tantos assim. Me parece mais falta de costume de pessoas que, por algum motivo, acabam lendo mais livros que tem uma quantidade pequena de personagens. Especialmente considerando o fato de que a Agatha usa e abusa de estereótipos em seus personagens, de forma que fica muito fácil identificar eles através disso. Já vi livros com muito menos personagens, mas que têm personalidades tão parecidas que acabam se confundindo muito mais.

Uma coisa que não entendi nesse livro é o título. Não tem referência nenhuma na história. A ilustração de rosas na capa dessa minha edição faz até mais sentido, pois uma roseira é mencionada num momento. Porém nada de ciprestes, muito menos tristes. Eu até fui ver se o título original fazia mais sentido, mas é o mesmo. Então não sei se “cipreste triste” é alguma expressão com significado cultural. Se você souber me conte, por favor!

ADENDO de outra resenha https://literaturapolicial.com/: “Cipreste Triste” faz parte da lista. Escrito em 1940, seu título foi escolhido de um trecho da comédia “Noite de Reis” de Shakespeare:

Vamos rápido, morte, se apresse!
Deito em tábuas tristes de cipreste.
Vai-te embora, sopro de vida meu!
Matou-me uma donzela linda e cruel.
Mortalha branca em muito teixo,
Já deixem tudo feito.
Não houve um outro mais fiel que eu:
Chegou aqui e morreu.

Enfim, como todos os outros livros da autora, é uma leitura que vale super a pena!

“Não sobrevivemos porque nossa razão decide viver. Aquele que, como costumamos achar, ‘estariam melhor mortos’, não querem morrer! E as pessoas que aparentemente têm todos os motivos para viver vão se deixando extinguir porque não têm energia para lutar”

Cipreste Triste
Agatha Christie


Sinopse: A dona de uma mansão no interior da Inglaterra morre durante o sono, depois de padecer de uma longa doença. Enquanto a família ainda se recupera do golpe, uma jovem aparece morta nas redondezas. Quando a bela Elinor é incriminada mediante provas aparentemente irrefutáveis, Hercule Poirot é a única pessoa que pode provar sua inocência. Para chegar à verdade dos fatos, ele terá de travar um embate sem igual na justiça inglesa. Este é o primeiro romance de tribunal protagonizado pelo mais famoso personagem da Rainha do crime.
Publicado em 1940, Cipreste triste foi escrito em plena Segunda Guerra Mundial, um período de intensa produção na carreira de Agatha Christie, que se tornaria um dos nomes mais célebres do século XX em matéria de histórias de tribunal imortalizadas no cinema.

23/02/2021

Cipreste Triste e Segredo de Chimneys

 


Bom dia!!

Finalmente consegui ler mais livros da minha querida Escritora... me ajuda muito ser em áudio book... de uns anos para cá, bem, uso óculos e não me concentro muito em leituras... coisas de mulher "madura"... e por falar em mulher madura, no livro o "Segredo de Chimneys" - Agatha nos mostra como a sociedade era estranha: uma mulher de 27 anos já se achava "na meia idade"... imaginem só?

O áudio book do "Segredo de Chimneys" deixa um pouco a desejar, adoro a história - releitura - primeira vez lido contei aqui.
Já o Cipreste Triste, achei que tinha lido em algum momento de minha infância, mas sem certeza.. portanto, dois títulos inéditos e que amei.. indico!!

Aproveito e indico a leitura do "Mistério da Regata" - aqui - todos sabem que o livro não foi publicado, mas os contos estão espalhados, estou fazendo a releitura dos contos e ainda não postei os resumos (estou devendo há um tempo)... 



Áudio Book


RESENHA: Cipreste Triste

“ – Mas não seria um pouco antiético o que está propondo? Chegar à verdade, sim, isso sempre me interessa. Mas a verdade é uma faca de dois gumes. Suponhamos que eu descubra fatos contra essa senhora?” (CHRISTIE, p. 121, 2014)

Após uma longa doença, a velha Sra. Welman morre durante o sono. Para a surpresa de todos, ela nunca havia elaborado um testamento e assim toda a sua fortuna vai para a sobrinha, a bela Elinor Carlisle. Atendendo os desejos da tia, Elinor distribui uma generosa quantia para os empregados, as enfermeiras e principalmente para a jovem Mary Gerrard, filha de um dos empregados a quem sua tia era muito apegada. Mas quando Mary é assassinada, Elinor é acusada pelo crime. As provas contra ela são bastante incriminadoras: ninguém tinha motivo para querer Mary morta e nenhuma outra pessoa tivera oportunidade de matá-la. Além disso, todos sabem que o noivado de Elinor e seu primo Roddy terminou depois que ele se apaixonou por Mary. Agora cabe a Hercule Poirot descobrir a verdade e livrar Elinor de um crime que talvez ela não tenha cometido.

Mais uma ótima trama da Dama do Crime, “Cipreste Triste” inicia com um breve prólogo em que temos um vislumbre do julgamento de Elinor. Depois disso, a trama se divide em três partes: na primeira, somos apresentados aos personagens e a dinâmica da família enquanto a Sra.Weldon ainda é viva, acompanhamos como lidam com a sua morte e chegamos à morte de Mary. Na segunda parte entra em cena Hercule Poirot e a investigação do detetive tem início. Por fim, na terceira parte acompanhamos o julgamento de Elinor.

Nessa história Agatha usa de três ótimos personagens: Mary, Elinor e Roddy. Mary é a moça que veio de uma classe inferior e é grata por alguém ter lhe proporcionado uma educação que não estava dentro das suas condições. Mary parece ter um carinho genuíno pela velha Sra.Weldon e querer retribuir o que a senhora fez por ela da maneira que lhe for possível, mas será isso mesmo ou será ela uma interesseira?

Temos também os primos Elinor e Roddy que sempre tiveram carinho pela tia e mesmo cientes de que sua morte lhes traria uma generosa quantia em dinheiro, nunca quiseram pensar em um cenário em que a velha já não vivesse, até porque o dinheiro para eles pouco significa e pouco importa se os dois ou apenas um serão herdeiros visto que em breve pretendem se casar. Mas serão eles mesmo tão desapegados à fortuna? Será que Roddy realmente quer se casar com Elinor? Será que Elinor é tão gentil e generosa quanto parece ou está armando alguma coisa por trás? As dúvidas pairam especialmente porque sabemos que tanto Elinor quanto Roddy sempre foram hábeis em esconder seus sentimentos e se estendem a Mary que é, em muitos aspectos, uma desconhecida.

Usando do núcleo familiar como origem do crime e de seu detetive mais célebre para conduzir essa investigação, Agatha acrescenta um elemento poucas vezes visto em seus livros: o tribunal. Embora já tivesse escrito a peça de teatro “Testemunha de Acusação” (que anos depois ganhou as telas de cinema sob a direção de Billy Wilder) esse é o primeiro romance que Agatha reveste de thriller jurídico, contando com a participação de Poirot (com direito ao detetive belga no banco de testemunhas e tudo).

Mas não pense que por causa disso você irá encontrar um romance que foge do que conhecemos (e amamos) em Agatha Christie. Com uma narrativa fluida e envolvente que é característica dos seus livros, a trama de “Cipreste Triste” se desenvolve como um típico mistério da autora e, justamente por isso, agrada.

Título: Cipreste Triste
Autora: Agatha Christie
Nº de páginas: 271
Editora: L&PM


O SEGREDO DE CHIMNEYS

The Secret Of Chimneys

[Capa do livro 'O Segredo de Chimneys']No magnífico palácio de Chimneys morre assassinado o monarca de um país dos Bálcãs. Somam-se ao crime o desaparecimento de um manuscrito revelador de importantes segredos de Estado, o roubo de uma coleção de cartas comprometedoras e a existência de um valioso diamante escondido no palácio. Ao redor destes fatos misteriosos movimentam-se os principais personagens do romance: o simpático e corajoso aventureiro, cuja identidade é enigmática, Anthony Cade, que traz o manuscrito da África; a atraente Lady Virginia Revel, que, com a ajuda de Anthony oculta o cadáver de um chantagista; um célebre ladrão, o “Rei Vítor”, que procura apoderar-se do valiosíssimo diamante; o alto e pomposo funcionário do Foreign Office, George Lomax; o colecionador de livros raros H. Fish, que de livros sabe muito pouco; o magnata Isaac Stein, que quer explorar o petróleo balcânico; o inteligente e imperturbável superintendente Battle, da Scotland Yard, que sempre sabe mais do que aparenta; e por fim, o velho proprietário de Chimneys, Lord Caterham, que só pretende, inutilmente, que o deixem em paz, e no qual a romancista concentrou seu característico sentido de humor.


Até a próxima leitura!!




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