09/04/2024

Review: A Noite das Bruxas - Agatha Christie

A Noite das Bruxas A Noite das Bruxas by Agatha Christie
My rating: 5 of 5 stars

Olá queridos fãs de Agatha Christie!!

Mais uma resenha garimpada da rede. Muitos blogueiros apreciam AC, muitos são leitores iniciais, e assim consigo resenhas bem feitas e objetivas!

Essa resenha é bem interessante, achei uma leitora que conseguiu achar o assassino - raríssimo, mas acontece!!

Boas leituras...
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Resenha de Criss...
https://perdidanaluacheia.blogspot.com/
Perdidas e Perdidos. Aproveitando que o cheiro de abóboras e poções fervilhando no caldeirão ainda está no ar, não podia deixar passar a leitura de A Noite Das Bruxas, uma história cheia de mistério da Dama do Crime, Agatha Christie.
...

Uma festa de Halloween está acontecendo na casa da Sra. Rowena Drake, uma espécie de mandachuva de Woodleigh Common, um vilarejo perto de Londres, Inglaterra. A “festa dos mais de onze”, como a anfitriã a chama, é destinada aos jovens de dez aos dezessete anos de idade que se esbaldam comendo, bebendo e participando de várias brincadeiras especialmente elaboradas para os festejos do Dia das Bruxas.

Entre os convidados está nada mais nada menos que a renomada Sra. Ariadne Oliver, escritora de romances policiais. E embora a festa tenha transcorrido muitíssimo bem, nem tudo são doces nesta noite das bruxas.

No fim da festa, durante uma rápida limpeza do local, descobrem o corpo da adolescente Joyce Reynolds, de apenas treze anos, afogada no balde de água usado na brincadeira de pesca das maçãs.

− Pecados antigos possuem sombras compridas – citou Poirot.

Aturdida e totalmente transtornada com o crime cometido durante a celebração e quando todos ainda estavam na casa, Ariadne procura o detetive Hercule Poirot, a quem considera um amigo leal, íntegro e competente. Ela espera que ele consiga resolver o caso e lhe diz que Joyce mais cedo naquele dia, durante os preparativos para a festa, declarou ter presenciado um assassinato alguns anos atrás. E, todos, de amigos e família a professores, afirmaram que ela tem fama de mentirosa e que provavelmente só estava querendo impressioná-la.

Quem matou Joyce Reynolds? Por que? Até que ponto Joyce mentiu?

Essas são algumas perguntas que o detetive Poirot tem que responder. Então, partindo da ideia inicial de que Joyce viu um homicídio e que talvez esse tenha sido o motivo de sua morte, Poirot começa as investigações para desvendar seu assassinato. Para isso, Poirot procura por pistas em crimes que não tenham sido solucionados ou que sequer tenham sido considerados crimes pela polícia local.

É claro que no decorrer da trama outros assassinatos acontecem, vários suspeitos são ponderados e outras linhas de raciocínio são desenvolvidas até culminar na solução do mistério e na punição do responsável pelos crimes.

Poirot retirou seu bloquinho do bolso e fez uma anotação.
− O que o senhor está escrevendo aí?
− Algumas coisas que aconteceram no passado.
− O senhor parece muito perturbado com o passado.
− O passado é o pai do presente – disse Poirot, sentenciosamente.
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Vou ser sincera com vocês: este é o segundo livro de Agatha Christie que eu leio. O primeiro foi uma história com a fofoqueira de plantão, Miss Marple, chamada Um Punhado De Centeio, de 1953. Tenho que dizer que escolhi este livro pelo nome sugestivo A Noite Das Bruxas, cuja primeira publicação foi em 1969, e porque era com o superdetetive belga Hercule Poirot. Tão famoso, excepcional e egocêntrico quanto Sherlock Holmes.

[...] Havia apenas uma coisa em sua própria aparência que realmente lhe agradava, e era o bigode cheio e o modo como reagia ao pente, ao tratamento e às aparas. Era um bigode magnífico. Não conhecia ninguém com um bigode semelhante. Poirot jamais havia sido belo.

Vou ser chata e confessar que neste livro descobri a identidade do assassino bem rápido, assim como no anterior (Um Punhado De Centeio). Não é que eu seja uma analista da condição humana, apenas segui uma certa lógica. Ou a minha lógica, sei lá. Mas, é claro que todas as mínimas implicações que levaram aos crimes eu não descobri. Aí já seria demais... Hahahahahahahaha! Deixo isso para Poirot e seu excelente senso de dedução.

Achei o livro bem interessante. Agatha nos guia através dos detalhes da Floresta da Pedreira, uma espécie de jardins gregos rebaixados de uma ricaça do local, e de cenários bucólicos bem ao estilo inglês e das descobertas realizadas por Poirot. É curioso ver a mente dedutiva do detetive belga trabalhando e tentando decifrar as pistas que levam ao criminoso. Investigando e recolhendo dados de crimes anteriores à morte da menina para saber se há alguma conexão.

Realmente, pensou Poirot, não dava mesmo para fugir das maçãs. Nada poderia ser mais agradável do que uma suculenta maçã inglesa. Mas ali, as maçãs misturavam-se com cabos de vassoura, bruxas, antigos folclores e uma criança assassinada.

Ariadne Oliver, talvez um reflexo da própria Agatha, é o momento de descontração, dando mais leveza à trama. Ela, que adora maçãs e tem um cabelo que se recusa a ser moldado, aparece em outros livros sempre tentando de algum modo ajudar o detetive Poirot.

Um fato que me chamou atenção foi que as pessoas acreditavam que um assassinato desse tipo naquela época, em 1969, e numa comunidade como a fictícia Woodleigh Common só poderia ser realizado por um doente mental ou uma pessoa com algum tipo de distúrbio. Matar uma menina tão jovem só poderia ser obra de um louco.

Não dá para falar muito, senão a surpresa e o mistério acabam. E, em romance policial spoiler nem pensar, né? O que dá para dizer é que a história nos prende desde o início e as conexões entre as pessoas e os eventos vão surgindo, amarrando qualquer ponta solta. Afinal, quando se trata de investigações e misteriosos assassinatos, ninguém melhor do que a Rainha do Crime, Dame Agatha Christie, para apimentar a história, unir todos os elementos, instigar os leitores e nos surpreender no final. A Noite das Bruxas agradará em cheio os fãs mais ardorosos da escritora, assim como aqueles que dão os primeiros passos na literatura policial. Uma boa diversão!

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08/04/2024

Review: Um Pressentimento Funesto - Agatha Christie

Um Pressentimento Funesto Um Pressentimento Funesto by Agatha Christie
My rating: 5 of 5 stars

Olá..
Tenho a vaga lembrança de ter lido esse livro entre os primeiros, lá pelos idos anos 80, pegava os livros nas bibliotecas, tinha 10 dias para lê-los e o fazia andando de ônibus, da escola ou trabalho para casa e vice-versa, é um tempo tão distante, mas consigo "ver" a adolescente que em mim habita distraída com essa leituras.

Como sempre, prestigio outros leitores de Agatha Christie, para, além de divulgar outros blogs, também mostrar o quão é vasto a lista de fãs e leitores de AC, uma das melhores escritoras de todos os tempos.. é muito difícil descobrir, realmente, quem é o criminoso, pois, no meio do caminho, não bastando AC nos enredar com seus textos, os personagens também nos passa falsas pistas...
É assim esse livro... cheio de reviravoltas...

Boas Leituras!!!
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Resenha de Raiane
https://estanteculturalblog.wordpress...

Parecia que o futuro reservaria apenas calma e tranquilidade para o casal Tommy e Tuppence Beresford. Mas, em uma visita de rotina à tia de Tommy num asilo para senhoras, Tuppence acaba conhecendo a estranha sra. Lancaster, que lhe fez uma inusitada pergunta: A coitadinha era sua filha?. Sem entender do que ela estava falando, Tuppence fica mais perplexa ainda quando descobre que a sra. Lancaster foi levada para outro asilo por uma misteriosa parente e decide investigar a fundo seu desaparecimento. O casal Beresford não vai medir esforços para entender até que ponto suas suspeitas têm fundamento, mesmo que para isso suas vidas corram perigo.

...

Então, temos Tuppence e seu Marido Tommy. Tuppence é uma mulher bastante inteligente e curiosa. Podemos considera-la como um tipo de detetive não convencional. Ela é impulsiva e só sossega quando consegue descobrir o que deseja.

Seu marido, Tommy, tem uma tia que vive em uma casa de repouso. Os dois resolvem fazer uma visita para essa tia e durante o encontro Tuppence conhece a Senhora Lancaster. Durante a conversa das duas, a senhora pergunta se a menininha morta que havia sido enterrada perto da lareira era sua filha. Devido a essa situação, Tuppence fica completamente assustada mas ignora a pergunta por achar que a velha estava delirando.

Algumas semanas depois a tia do Tommy morre. Os dois voltam ao asilo para pegar os pertences da tia. Ao chegar no local, eles descobrem que a senhora Lancaster havia abandonado a casa de forma bastante misteriosa, mas que tinha deixado um quadro de uma casa que ela, anteriormente, já tinha presenteado a falecida tia do Tommy.

Diante de toda situação, Tuppence desconfia que a tia do Tommy havia sido assassinada, e esse mesmo assassino pode ter envolvimento com o desaparecimento da senhora Lancaster, já que a mesma teria comentado com Tuppence sobre a morte dessa suposta menininha na lareira. Tuppence resolve investigar mais a fundo e descobre que a cidade tem muito mais mistérios do que ela imagina.

A história é narrada em terceira pessoa. O enredo é super envolvente e o final é surpreendente. Recomendo esse livro. Agatha nunca decepciona. E a escrita dela é impecável!


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02/04/2024

Review: Convite para um homicídio - Agatha Christie

Convite para um homicídio Convite para um homicídio by Agatha Christie
My rating: 5 of 5 stars

Olá!
Mais uma obra prima da Agatha, com a presença da doce Miss Marple, astuta, discreta dessa vez e como sempre, certeira em suas descobertas...

Novamente, segue uma resenha de outro leitor, para mostrar o quanto AC é querida e lida... fãs parecem mães corujas, não veem defeitos nos livros...

Faltam 13 livros para eu terminar essa jornada de 44 anos lendo Agatha, me sinto como se eu estivesse me despedindo de AC, foi uma longa jornada... com muitos aprendizados, entre eles, que a natureza humana é sempre surpreendente.

Resenha de Deusa:
https://deusa1000.wixsite.com/leitura...
Livro: Convite para um homicídio
Autora: Agatha Christie

Na seção de classificados do jornal na Inglaterra geralmente serviços ou produtos são oferecidos e/ou requisitados. Na edição de um dia típico no pequeno vilarejo de Chipping Claghorn um anúncio diferente foi realizado na Gazette, o jornal local: Um Convite Para um Homicídio. Sim, às 18:30h em Little Peddocks, convocação única. Na mansão da Sra. Blacklock, uma senhora de idade, porém firme, que mora com sua amiga de infância Dora Bunner; seus primos distantes Patrick e Julia Simmons, filhos de uma prima que não vê a mais de trinta anos; e Mitzi, uma empregada estrangeira muito faladeira e mentirosa; a notícia do anúncio foi recebida de forma abrupta, deixando-a com raiva, porém tentando não se preocupar. Mas, conhecendo a comunidade em que mora, sabe que seus vizinhos com certeza aparecerão.

E assim, bem previsto, a partir das 18:20h, todos os moradores que viram o anúncio resolveram realizar uma visita a Little Peddocks. Curiosos que só, todos compareceram, cada um com uma desculpa diferente, para participarem do que achavam ser uma brincadeira de detetive e assassino (algo incomum em suas rotinas e que seria interessante viver para variar): o Sr. e Sra. Easterbook (um coronel e sua jovem esposa), a Sra. Swettenham e seu filho Edmund (um escritor iniciante), a Sra. Harmon (tratada carinhosamente de Bunch e esposa do reverendo) e as Srtas. Hinchcliffe e Murgatroyd. Porém, o que de início fora tratado como uma brincadeira, às 18:30h se tornou muito sério. Quando as luzes se apagam e um suposto assaltante entra na casa e começa a atirar, todos se encontraram mergulhados em um mistério em que todos eram suspeitos de um terrível assassinato.

Será que sua morte foi acidental? Qual o propósito desta brincadeira macabra? À quem ele queria atingir?

"Subitamente, a brincadeira não mais era uma brincadeira. Alguém gritou."

Chamado para investigar o caso, o detetive Craddock se surpreende ao saber que seu tio Sir. Henry recebeu uma carta de uma velhinha muito simpática, que pedindo mil desculpas por qualquer incômodo, dizia saber de algo que poderia ajudar no caso que estava sendo investigado. Miss Marple, que está hospedada no mesmo hotel em que o rapaz assassinado trabalhava, é muito bem recebida e ouvida em um almoço entre os senhores. Descrente de que uma senhora de pele tão enrugada e rosada, que parece ser bem mais velha do que aparenta, possa ser de grande ajuda na resolução do caso, Craddock logo a descarta como uma gagá para logo depois se surpreender com suas habilidades incríveis de percepção e conhecimento da humanidade. O que seria dele sem ela?

"Mais uma vez, Miss Marple tem o prazer e honra de aceitar um convite para um homicídio!"

Um clássico publicado em 1950, este é o quinto livro da autora em que a detetive amadora Miss Marple participa de uma investigação policial. Agatha Christie, considerada a Rainha do Crime, mais uma vez não deixa a desejar. A história é contada na terceira pessoa e é extremamente envolvente. Com cada gancho que é deixado de um capítulo para o outro, o leitor se sente totalmente envolvido na investigação, e faz com que o leitor até se sinta a vontade para realizar anotações e conjecturar sobre possíveis soluções para o caso. A autora também revela muitos segredos dos personagens fazendo com que o leitor desconfie de todos e ao mesmo tempo se torne íntimo dos personagens.

Importante ressaltar que, por ser um livro que foi publicado em 1950, podemos encontrar algumas palavras não muito utilizadas hoje em dia e sua escrita é quase formal, mas não o suficiente a ponto de deixar o leitor de hoje em dia cansado da leitura. Na verdade faz até com que se sinta mais envolvido e até importante.



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